Primeira vez



Capítulo 7- Primeira vez
Depois de uma noite que pode ser considerada beirada ao selvagem, Louise precisou levar alguns cutucões mais fortes de Escorpio para perceber que deveria meter-se na saia e ir para o próprio quarto.
Puxou a saia de debaixo da cama, e demorou dois instantes para lembrar-se da noite anterior, do que acontecera nos confins de Hogwarts e na cama de Escorpio... Chegara perto de perder a virgindade naquele escorregão que tiveram...
Um escorregão delicioso, se ela tentasse descrever.
Andrew aparentemente não acordara, assim como os demais colegas de quarto de Malfoy. Louise olhou sem jeito para a própria camisa rasgada e para o peito nu de Escorpio, que naquele dia especialmente dormira apenas de calça.
Ele se levantou também, os olhos agora verde, e deu um sorriso encabulado. Se levantou, e os dois se olharam nos olhos por um instante. Escorpio era uns cinco centímetros mais alto do que ela.
“Escorp, olhe...” começou ela
Escorpio acenou negativamente com a cabeça.
“Lou, esqueça. Sei que não vai rolar nada. Apaixonadas não fazem... aquilo, não na primeira noite. E eu sei que, fora a nossa amizade, não...”
Ela sorriu.
“Há nada. Obrigada, Escorp.”
Ele sorriu, e os dois se abraçaram com um enorme carinho, um carinho especial que sempre teriam um pelo outro.
Louise caminhou até o seu dormitório, onde qual o movimento estava começando. Bateu na porta três vezes.
“Quem é?” perguntou Lílian
“Sou eu.”
Lílian abriu a porta de imediato e abriu um sorriso.
“Hey, fujona! Estava aonde?” depois de passar os olhos pelos trajes amassados de Louise, ela não deve ter tirado uma conclusão descente.
Louise deu uma risada.
“Não! Vocês me trancaram pra fora, perdi a chave e a capa. Dormi no sofá.”
Lily apenas sorriu: acabara de reparar nos botões arrancados de Louise, e não acreditara naquela desculpa besta. Porém, não faria perguntas.
Louise tomou um banho demorado, lavou mais que as impurezas: lavou as lembranças ruins da noite anterior e o arrepio que ainda sentia ao pensar no que fizera com Escorpio.
Colocou roupas limpas (e inteiras) e vestiu uma nova capa por cima. Quando terminou, pegou sua chave reserva do dormitório e desceu para o Salão Comunal e logo dpeois para o refeitório.
Lá, conversou principalmente com Archie, o estranho garoto com broche do rabanete, o qual se revelara bem legal. Escorpio desceu, porém Andrew não, alegando mal estar.
Quem o culparia?
O dia revelou-se um sábado alegre, o qual os dois amigos praticaram com as vassouras e armaram um partida de quadribol de quartetos, meninos versus meninas: Louise, Lílian, Rose, Louise e Priscylla contra Escorpio, James, Hugo e Alvo.
As meninas ganharam.
Largando as vassouras o gramado em frente ao Lago Negro, os oito conversaram normalmente, rindo, se divertindo. Foi então que Louise, ao longe viu Andrew se aproximando. Pediu Licença e foi vê-lo.
Tinha coisas a resolver.
“Andrew...”
“Hey, Lou. Eu tava indo lá ver vocês, melhorei do estômago.
Louise deu um sorriso fraco.
“Que bom. Escute, Andrew...”
Ele parou e a olhou nos olhos. Foi uma intensidade tão grande que ela mal conseguiu sustentá-lo.
“Se você e Escorpio querem ficar, está bem.”
“Ahn?” Louise de repente entendeu. “Não, Andy! Eu quero falar sobre o que Salazar me disse e...”
Andrew fechou a cara.
“Você tinha que tentar fazer isso, Louise?” ela viu o olhar triste do amigo. Havia tocado em um ponto fraco.
Ele virou-se e saiu.
Instantes que pareceram horas passaram para Louise antes que ela decidisse correr atrás dele.
Já o havia perdido de vista, onde ele estava? Revistou cada canto do colégio, inclusive próximo ao Lago Negro caso ele tivesse se juntado aos amigos.
Mas não.
Até debaixo da escada.
Louise não fazia idéia de onde ele poderia estar. Meia hora de procura infrutífera, até que lembrou-se de um lugar.
Passou três vezes por um corredor determinado, o qual nunca tentara: sempre acreditara que aquela sala era uma lenda.
‘Quero estar junto de Andrew.’
‘Quero estar junto de Andrew.’
‘Quero estar junto de Andrew.’
Três voltas, o número mágico. Uma passagem se abriu, e, após Louise entrar, desmaterializou-se.
Lá dentro, o que havia?
Um labirinto de folhas e flores.
Louise odiou aquilo, por instante. Mas depois seguiu em frente, determinada.
Algo que anteriormente nunca sentira por Andrew começara a nascer. Muito diferente do puro... na falta de uma palavra melhor, tesão que sentira por Escorpio.
E ela seguiu. Não saberia dize quanto tempo passara ali, tentando se achar naquele emaranhado de corredores coloridos pelas flores.
Até que o achou.
Andrew.
Sentado no que deveria ser o centro do labirinto, em um banco no meio das flores.
Quando o garoto a viu, desviou os olhos.
“Andrew...”
Ele não respondeu.
“Andrew, se você não quer falar, ouça. Olhe, eu não sei explicar. Até a pouco, eu queria esclarecer com você que sabia o que sentia e dizer que não saberia corresponder a isso. Quando comecei a te procurar, eu... eu simplesmente não sei o que me deu, Andy. Eu senti algo que nunca senti.” Ele ia interrompê-la, mas ela o impediu com um gesto “Ontem, com Escorpio, ele que começou tudo. Claro, é uma rua de duas mãos e eu também o fiz. Porém.. Andrew, aquilo foi o corpo falando. Hoje de manhã, Escorpio esclareceu isso.” Ela sorriu levemente.
Ele olhou pra ela sem expressão nenhuma.
“Lou..”
Ela agiu como se não ouvisse e brincou com os dedos nos lábios dele.
“Eu quero você, Andrew. Muito, muito mais do que quero um amigo.”
Eles se olharam por um instante. Ele a beijou.
Foi um beijo de início suave, romântico, diferente do que Louise tivera no dia anterior. Foram se aprofundando, posicionando as mãos na cintura dela e no pescoço dele. Num desenrolar apenas um pouco mais devagar que o do dia anterior, mas mesmo assim rápido, eles deitaram no estreito espaço que era o banco de mármore.
Ele se beijaram, rolando para o lado e caindo do banco. Eles riram, porem sem desgrudar os lábios. Ela sentou sobre, ele, exatamente como fizera com Escorpio, e o puxou para sentar também.
Disposta a fazer tudo por ele, foi direto para o seu pescoço, e ele, de olhos fechados, a acariciava. Experiente, passou a mão suavemente por todas as costas dela e foi parar com as mãos atrás de sua orelha, no lóbulo, fazendo uma pequena carícia. Ela parou tudo por um instante, sentindo, e depois retirou a mão dele, e com as faces juntas quase em um beijo, ela falou:
“Você me ama?”
Ele tocou os dedos pela sua face macia, a pele leitosa, murmurou em seu ouvido:
“Mais do que tudo. Faria tudo por você.”
Ela notou seu olhar baixar e cair sobre a camisa negra que usava, que agora não exibia o sutiã. Ela percebeu o que ele queria.
E ele percebeu que ela percebera, numa sincronia assustadora.
O beijo retomou-se, mas caloroso, selvagem, caliente. Louise segurava as faces dele com as pontas dos dedos, e juntos arrancaram a camiseta que ele usava, passando-a por cima de sua cabeça. A frágil camisa de Louise, complexa na hora de ser aberta, por pouco não fora rasgadas pelas mãos ansiosas do garoto.
A capa de Louise, abandonada ao lado do banco, provavelmente também será perdida.
Agarrados, acariciando-se beijando-se, Andrew tirou a calça. Despindo-se por completo. Louise, apenas de roupas íntimas, parou por um instante para olhar o garoto, agora aos seus olhos um homem. Enrolou por um instante, depois colocou as mãos para trás e abriu o fecho do sutiã.
Restava a última peça, a calcinha teimosa: Andrew a desceu.
Louise gemeu, de dor e prazer no rompimento do hímem.
Haviam provado para si mesmos o amor que sentiam um pelo outro.

Escorpio notou a troca de olhares dos dois amigos em Hogsmead, notou a diferença, e sabia o porquê. Sorriu feliz.
Seus melhores amigos mereciam ficar juntos.

O bebê chorou no colo dele, mas ele não se preocupou. O bebê chorava no colo de todos. Louise o tomou e colocou-o no berço, o qual ele tentou erguer-se de pé.
Louise passou os dedos pelos lábios dele. Andrew sorriu.
“Já chamei a babá.”
Louise sorriu, e assim aguardaram alguns minutos para uma jovem de vinte e poucos chegar e pegar o bebê nas mãos.
O nome do bebê era Apolo. A babá o pegou no colo.
“Voltaremos as onze.” Anunciou, e foi embora com o bebê.
Louise sorriu e beijou o marido, que simplesmente a carregou no colo até o quarto. Foram fazer exatamente o que tinham feito pela primeira vez quinze anos atrás.

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Foi muito bom para mim escrever esta fic. espero q vc tnha gostado d lê-la.

bjs

Bi@~~Ballu

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