Soluções



Capítulo 6-Soluções

Escorpio estatelou-se no chão em cima de Andrew.
Ele olhou em volta, confuso, e viu que estava sobre o amigo inconsciente. Malfoy não fazia idéia do que acontecia.
Louise sorriu.
“Escorpio! Escorpio! Ele está acordando!” berrou
Escorpio não fazia idéia de nada, e, ainda sobre Andrew, viu o amigo abrir levemente os olhos, começando a movimentar a varinha. Escorpio tentou se afastar, levantando. Andrew mal tinha aberto os olhos, e face sobre a dele estava tão apagada que não era possível identificar qual dos quatro fundadores era.
Andrew levantou-se, trêmulo, e a face de Griffindor tomou conta dele. Colocou a varinha em algum lugar dentro da calça.
Sorriu. Escorpio estava de olhos arregalados.
“De igual para igual.” Declarou Godric
Escorpio estava confuso, mas conseguiu relacionar o amigo com um fantasma sobre ele a perigo. Andrew deu um salto em direção a Escorpio, pronto para derrubá-lo.
Mas o louro não se entregou com facilidade.
Abaixou-se, e, com um soco bem aplicado, acertou Andrew/Godric na barriga. Aproveitando o momento de dor, acertou na nuca, e o garoto caiu.
Escorpio arfou, chegando próximo a Louise, agachando-se a sua frente.
“Me explique.” pediu
“Me tire daqui.” Exigiu Louise
Escorpio entendeu a urgência de imediato. Tentou puxar a corda, mas a magia não cede tão facilmente. Virou-se para Andrew inerte no chão.
“Preciso de uma varinha.”
“Tenho uma no sutiã.” Respondeu ela.
“O...o que? Eu... poderia pegar a de Andrew, e...”
Louise revirou os olhos.
“Está nas calças dele. A minha e a dele. A sua está no decote. Se preferir colocar a mão dentro da calça de Andrew, eu entendo.”
Escorpio soltou um pequeno “Yargh” com a proposta. Sentou-se ao lado de Louise, e com as mesma mãos vacilantes, tentou aproximar-se da camisa dela.
O garoto tremia ligeiramente e parecia um pouco tenso.
Louise não estava com paciência.
“Escorp, vai logo! Eu não consigo respirar direito.” Ao ver a hesitação do amigo, irritou-se ainda mais “Ok. Ok. Vou te ajudar. Pegue estas duas mãos aí, e use para abrir dois botões da minha camisa.”
Escorpio obedeceu como um robô, trêmulo.
Por baixo da camisa, havia um sutiã negro, e, entre os seios alvos de Louise, havia o cabo de uma varinha a mostra, aparentemente posto de uma forma desconfortável.
Escorpio ficou rosa.
“Agora, você está vendo o cabo da varinha, cabeção. Basta tirá-la!”
“Co... como?”
Louise ficou vermelha de impaciência.
“Com as mãos, tapado!”
Escorpio fechou os olhos, e puxou a varinha depois de um esbarrão no peito da amiga. Ele inclinou-se para fecha a camisa, mas Louise deu berro:
“Só me libere daqui, Escorpio!”
Ele recuou um passo e apontou a varinha para as cordas.
“Diffindo” ordenou.
“Ei!”
Os dois botões desabotoados caíram no chão. A varinha havia tremido.
“Escorpio!” reclamou a garota
“Desculpe...” disse.
E, proclamando o feitiço pela segunda vez, ele cortou as amarras mágicas que prendiam a garota. Ela vacilou e deitou-se no chão, suspirando profundamente, e aliviada.
“Obrigada.” Disse. E, olhando para a própria camisa, verificou o corte dos botões. “Me deve uma camisa nova.”
Ele baixou os olhos para a camisa, porém desviou-os ao ter a visão do sutiã negro.
“Ok. Agora explique.”
Louise explicou da melhor e mais rápida forma que conseguiu.
“Hm”
Esse foi o comentário de Escorpio quando ela terminou.
Louise levantou-se.
“Quando Slytherin entrou na minha cabeça, eu pude ver um pouco da dele. E eu sei como podemos acabar com isso.”
Escorpio arregalou os olhos.
“Como?”
“Descobrindo seus segredos.”
Sem mais nenhuma palavra, Louise agachou-se ao lado de Andrew, respirou fundo e colocou as mãos dento da calça de Andrew.
Puxou duas varinhas, sem expressão alguma. Empunhou a sua e manteve a outra na mão direita.
Tocou a ponta das duas.
“Priori Incantatem”
A varinha de Andrew refez seu último feitiço: a atmosfera densa que parecia abrir a porta para segredos.
Ela aproximou-se de Andrew e tocou sua testa.
Um turbilhão de imagens que passava rapidamente acertou-a como uma marretada, porém ela conseguia ver um padrão ordenado e distinguir cada lembrança.
Porém, não era as que queria. Ela estava revistando a cabeça de Andrew.
Não importava o quanto tentasse revirar a cabeça dele, constrangida, não encontrava nada que pertencesse a nenhum dos quatro fundadores, separou-se de Andrew, quase caindo para rãs. Sentiu-se mal por ter visto ate os lados mais obscuros de sua vida.
Mas, sobretudo, de ter confirmado o que Salazar dissera.
Olhou tristemente para Escorpio. Os olhos dele esverdearam levemente ao ver ao dar de cara com a camisa ainda aberta de Louise. Louise ignorou.
“Nada.”
Escorpio sentou-se próximo da taça.
“Procurou no hospedeiro errado.”
Ao dizer isso, tocou o emblema de Hogwarts que o coração trazia.
Andrew continuava inconsciente, mas a face translúcida de Slytherin apareceu:
“Não!”
Tarde demais.
Escorpio viajava em um misto de quatro mentes juntas, tentando discernir lembranças umas das outras.
Andrew começou a se debater.
Louise. Não conseguiria ver dois amigos sofrendo daquela maneira: um se debatendo e outro com o perigo de fritar os miolos.
Ela sentou-se ao lado de Andrew e encostou-o nela. Abraçada a ele, murmurou em seu ouvido:
“Shhhh...”
Andrew tremia, e apertava o braço da amiga como quem tenta manter-se são.
“O grande segredo de Ravenclaw, ora veja...” Escorpio encostou-se em uma parede, febril, agarrado a taça. Ele suava muito. “...traição.”
A face irada de Ravenclaw apareceu.
“Nunca!” berrou.
Andrew debateu-se, e Louise passou a mão pelos cabelos dele, tentando acalmá-lo.
“...traição da filha... Helena Ravenclaw roubou diadema da inteligência de sua mãe por algo tão mesquinho quanto... ambição.” Sentenciou o louro “E você escondeu isso do mundo por algo tão mesquinho como a imagem que zela.”
Com um grito raivoso, a imagem de Ravenclaw se dissipou, sendo substituída pela de Griffindor. Louise abraçou o amigo com mais força.
“Griffindor, Griffindor...” Escorpio começou a escorregar em direção ao chão. Fraco. Suado. Triunfante. “Você.. você nunca foi realmente contra, foi? Você nunca foi completamente contra retirar os sangue ruins da escola. Você apenas não mostrou isso para as pessoas ao seu redor.”
Godric simplesmente echou os olhos e evaporou, resignado.
Huflepuff.
“Você desejou Griffindor com todas as suas forças, não foi, Helga?”
Todo o ódio do mundo parecia estar concentrado no último olhar da fundadora de Huflepuff.
Slytherin apareceu. Andrew se debateu tão fortemente que quase escapou dos braços de Louise.
“Você lançou um encantamento na família. Você planejou o nascimento de Você-sabe-quem.” Escorpio sentenciou isso como se não fosse nada de mais. Exaurido, deixou a taça cair no chão com um barulho metálico. Encostou-se na parede, suado e arfando como se tivesse acabado de parir.
Andrew respirou aliviado, porém não acordou. Louise não quis acordá-lo a não ser no momento necessário.
Aproximou-se de Escorpio e sentou-se ao seu lado, passando o braço em volta do ombro do amigo.
“Foi muita persistência segurar a taça. Ela queimava?”
Escorpio acenou arfando.
“Lou... você está sentindo isso.”
Ele não precisou explicar. Ela sentia.
Hogwarts perdera a magia.
Morrera.
Louise arrastou-se até a taça.
“Vou ceder magia, Escorp.”
Era o único jeito. Viveria como doadora, morreria como parte do coração.
Ela ia puxar a taça com a ponta dos dedos para perto de si, quando o milagre aconteceu.

Primeiro uma aura, depois formas brancas com cor desbotadas tomaram todo o recinto, modelando-se para assumir formas definidas. Louise e Escorpio fitaram aquilo atônitos.
Foi neste momento que o fantasma que parecia atuar como um líder ali tomou frente.
Era um velho de cabelos brancos, tão longos quanto a barba, olhos azuis e oclinhos meia lua na ponta do nariz.
“Meu nome é Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore, e eu vou me sacrificar por esta escola e ceder-me a taça.”
Ele apenas sorriu para eles.
“Destinados a grandes feitos!” dirigiu o olhar para Andrew, que ormia tranqüila e profundamente.
O ex-diretor tocou a taça. Ele brilhou, em seguida a própria taça brilhou, e sumiu.
Depois seguiu uma linda mulher de olhos verdes.
“Eu sou Lílian Evans, e quero ceder minha energia mágica a taça.”
E assim taça recarregava-se: após Lílian, aproximou-se Tiago Potter, Sirius Black, Remo Lupin, Ninfadora Tonks e um ruivo chamado Fred Weasley.
A taça brilhava como nunca, a luz cegava quem tentasse olhá-la diretamente. Quando eles abriram de novo os olhos, os fantasmas sumiram e a taça também, sendo engolida pela agora viva escola de Hogwarts.
Havia acabado.

“Enervate” ordenou Louise, com a varinha apontada para Andrew. Andrew abriu os olhos. Olhou desnorteado para os dois amigos.
“Eu... ahhhh... Os fantasmas...” ele tentava organizar tudo em sua cabeça “Por Merlin, minha cabeça dói como se um gigante tivesse me pisoteado!”
Escorpio apenas sorriu e estendeu a mão, o ajudando a levantar.
Eles prosseguiram em silêncio com a luz das varinhas iluminando o certo caminho até a corrente que subiriam. No meio do caminho, Andrew passou os olhos por Louise e comentou:
“Sua... camisa.” Ela percebeu o olhar um tanto ostensivo para o sutiã, e colocou a mão por cima por instinto.
“Escorpio fez exatamente a mesma cara que você e, na hora de cortar as amarras, cortou dois botões.”
Andrew deu uma risadinha.
Louise percebeu um olhar abaixo da linha de seu pescoço de Escorpio, porém preferiu fingir que não via.
Ela estava apreensiva: em todo o momento que Andrew estava consciente, ele podia lembrá-lo. Então ele sabia que Louise sabia. Porém, não expressara preocupação, nem mesmo conhecimento.
Pararão no pé da corrente.
“Quem vai primeiro?” perguntou Escorpio
Andrew colocou a varinha iluminada na gola da camisa, para iluminar o caminho, tomou frente.
Queria sair de lá o mais rápido possível.
“Parece que dá para não carregar varinhas nos dentes.” Comentou Escorpio, colocando a varinha na gola da camisa.
Louise apenas sorriu e guardou a varinha na linha da saia.
“Estou cansada de coisas na minha camisa.” Escorpio ficou com o rosto vermelho e os olhos em algum tom entre verde e amarelo, devido o fato de estar com feitiço Lumus ativado e vergonha “Vou depois de Andrew, e aproveito a luz de vocês dois.”
O louro acenou com a cabeça, e Louise começou a subir.
No meio da escalada, lembrou infeliz que esquecera a capa largada na entrada da antecâmara.
Separada de Andrew em dois metros, a me distância de Escorpio, mal conseguia enxergar com a luz dos dois. Tateava os elos as cegas e escalava usando apenas o tato.
Escorpio subia galgando pela corrente com o apoio da luz de sua varinha. Tinha que olhar para cima, mas o evitava.
Louise estava usando saia.
E Louise, infeliz, também percebera isso.
Quando Andrew chegou ao topo, mandou os outros se segurarem e começou a balançar a correntes. Depois de pender quatro vezes, Andrew conseguiu tocar os pés na margem, largando a corrente e caindo de quatro no chão.
Andrew arrastou-se até o buraco, e, apontando a varinha iluminada para baixo, procurou o olhar dos amigos.
A corrente ainda balançava um pouco.
“Tudo bem?”
Louise segurava a corrente com uma mão e a sai com a outra.
“Aham!” berraram os dois, em uníssono.
Andrew aproveitou para segurar a corrente que ainda balançava, jogando-se no chão e usando o próprio peso para mantê-la encostada na parede, para facilitar a subida dos amigos.
Ainda subindo, Louise arfava de cansado por aquela noite fantástica. Quando ergueu-se com os braços para a boca do buraco, jogou-se no chão, exaurida. Andrew, ainda tentando sustentar a corrente, só a olhou.
Escorpio por fim subiu e eles puderam largar a corrente e todas as más lembranças que trazia.

Chegar na porta dormitório foi como voltar a realidade. Louise tateou pelas chaves, porém lembrou-se que estavam no bolso interno da capa.
Bateu na porta, uma, duas, três vezes. Lily, Anchal e Priscylla não acordavam.
Tentou a última coisa que restava
“Alorromora”
A porta não abriu. Maldita tranca anti-invasão do colégio. Virou-se para os garoto, que aguardavam no pé da escada.
“Não... consigo entrar.” Declarou ela.
Andrew e Escorpio riram.
“Pode vir conosco.”

Louise fitava-se no espelho. Estava fazendo alguma hora: não tinha nenhuma roupa de dormir, por isso dormiria apenas de camisa e roupa de baixo. Esperava que os amigos adormecessem antes que saísse do banheiro.
Vagarosa, dirigiu-se para o dormitório.
Parada na porta, olhou para as quatro camas: Syllas Finnnigan, James Potter, Andrew Longbotton e Escorpio Malfoy.
Não dormiria no chão.
Riscou os primeiros dois: um era desconhecido, o outro fissurado em sexo.
Restava Andrew e Escorpio.
Olhou para Andrew. Normalmente o escolheria, pois achava que ele não era do tipo que seguia instintos carnais. Porem...
Sentiu um medo imenso da atração do amigo.
Esperou alguns minutos para ter certeza que dormiam, e tirou a saia. Puxou uma das cobertas reservas da pilha e deitou-se na outra ponta da cama. Enrolou-se na coberta e fechou os olhos.
Ouviu a respiração ritmada de Escorpio aumentar, sentiu-a mais perto.
“Lou?” falou ele, voz aveludada, em seu ouvido.
Louise virou-se para ele e o encarou nos olhos.
“O quê?”
Ele afastou a coberta, e passou a mão por sua cintura. Ela, arrepiada, não sabia o que fazer.
As mãos dele subiram, passando suavemente pelos seios, porém subindo até a nuca. Lá, um cafuné lento e luxuriante foi iniciado. Ele aproximou os lábios dos dela, até que ela aproximou-se também. Com isso, ele afastou-se por um segundo, sorrindo, vendo a amiga sedenta.
Depois esmagou seus lábios contra os dela, sentindo os braços da morena em volta do seu pescoço, num ritmo alucinado, um beijo caloroso.
Escorpio girou e ficou sobre ela. Louise beijava seu pescoço com intensidade.
Lentamente ele desceu a face. Deu um beijo em seu umbigo, e ela riu. Subiu um pouco e deu em seu abdome. Mais um beijo, desta vez o colo dos seios. Foi direto para o o pescoço dela, Louise arrepiando-se. Ela puxou a face dele para si e o beijou com voracidade.
Um ímpeto hormonal, um desejo carnal. Rolaram novamente e ela ficou por cima.
Ainda se beijando, ela sentada sobre ele, puxou pelo colarinho do pijama para ele sentar também.
Beijando, beijando, sempre beijando. Ela desabotoava o pijama dele, e, ainda faltando um botão, o garoto o arrancou, sem paciência.
Agarrados, suados, Escorpio separou os lábios dos dela e começou a brincar com sua orelha, ora beijando, ora mordendo. Ela apreciava o momento, curtia. Afastou um Escorpio sedento de sua orelha, olhou provocadora para os olhos dele. Aproximou os lábios, tocando-os levemente e se distanciando, como Escorpio fizera. Mordeu o lábio inferior dele depois aprofundou-se em um beijo de língua.
Esmagaram-se um no outro como se não houvesse amanhã.
Não perceberam que Andrew abriu os olhos.

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Um draminha é sempre legal =D

Bi@~~Ballu

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