A volta desconhecida



Cap 2. A volta desconhecida
Quando se sonha, entra-se em um mundo paralelo, que não se sabe interno ou externo, mas afirma-se ligado. Até mesmo nos sonhos, há as indiossincrasias, as chamadas "loucuras de cada um", ou simplesmente as manias. Pois bem, Sara tinha a idiossincrasia de sonhar, mas ela nunca pôde sonhar que um dia, seus sonhos se realizariam.
Parada em plena Plataforma 9 ¾, olhando o rubro e deslumbrante Expresso de Hogwarts, ela pensava como não havia conhecido tudo isso antes? Por que sempre lhe esconderam a melhor verdade?
E em meio aos seus devaneios, ouviu um grito, alguém a chamara, olhou para os lados à procura do responsável, ao se virar viu sua mãe.
-Sara, venha aqui filha, queremos lhe apresentar alguém.
Seguindo para onde seus pais estavam, pôde ver um casal ao lado deles, e infelizmente, ela reconheceu aquelas duas cabeleiras louro-brancos, “O que é que meus pais estão fazendo ao lado daquelas duas cobras?”, pensou.
-Oi mãe, oi pai!-“Caracas, por mais que eles sejam desprezíveis, eles são um casal até bonitinho.”
-Sara, queremos lhe apresentar uns amigos.-“Amigos..interessante, pensei que essa palavra se aplicava a pessoas de bem e que fazem coisas boas para os iguais. Não à pessoas que costumam lhe lançar um crucio se você virar de costas.Paaai, você já teve amigos?”
A garota sorriu, como ela mesma pensou “O que mais poderia fazer?”, então sua mãe declarou, inocentemente, afinal, como ela poderia pensar que essa era a pior notícia a dar para a filha, enfim como ela poderia imaginar que a notícia que informou à filha, sobre aquele casal prepotente, que no momento, para sua surpresa, não carregava seus característicos sorrisos de deboche, havia causado pior impacto que um basilisco alado.
-Filha, esse são seus verdadeiros padrinhos, Lúcio e Narcisa Malfoy. – silêncio
-KKKKKKKKKKKKKKK, m-mãe (inspiração) puff, KKKKK, mãezinha, eu amo as suas piadas!- “Por que ninguém ta rindo? Esse parece um daqueles momentos em que eu me sinto constrangida. Opa, meu rosto ta ardendo, acho que eu to ficando vermelha.” Ela estava realmente ficando vermelha. E havia parado o acesso de riso, mas para a surpresa de todos, quem começa a rir?
-KKKKKKKKKKKKKKK, ela tem mesmo ótimo senso de humor - Lúcio Malfoy.
-Não te perguntei! – “Oia, querendo se aproveitar da MINHA piada!”
-O que é isso Sara, que falta de respeito é essa com seu padrinho, minha filha? – o pai de Luiza.
-ELE NÃO É MEU PADRINHO!-gritou para o pai, arrependendo-se rapidamente do que havia feito, e falando mais baixo. – Desculpe pai, por ter gritado com o senhor, eu não queria, mas estar perto deles – e apontou para os padrinhos – me deixa enervada. Pai, vou ser sincera, eu ODEIO Lúcio e Narcisa Malfoy.
Segundo silêncio, dessa vez, quem quebrou o silêncio foi a pessoa mais improvável, Narcisa.
-Você já leu os livros de Harry Potter não, Sarinha? Posso te chamar assim, era como eu lhe chamava quando você era pequena.-perguntou em tom de súplica.
-Li, e pode me chamar sim. –respondeu arrogante.
-Você acredita em tudo que está escrito nele?
-Não sei se devo, mas acredito em boa parte do que os livros dizem, afinal estou aqui neah?!
-Está, mas você não se pergunto, desde que descobriu que era bruxa, o porquê de nunca ter sido apresentada a esse mundo? Ou por que viveu todo esse tempo se passando por trouxa? Ou por que você está conversando amigavelmente com um dos principais vilões da coleção de livros que você descobriu que era realidade?
-Bem, na verdade, eu estava pensando nisso, antes de você perguntar em voz alta, mas já que perguntou..
-Deixa que eu continuo Narcisa, poisé Imperia, a sua madrinha estava tentando explicar que não somos tão maus como aquele livro diz- guinchou a doninha loira crescida.
-Ah claro, isso eu já tinha entendido, mas num entendi uma coisa, por que você me chamou de Imperia? – ironia no ar.
-Porque você foi a única pessoa que eu conheci que já resistia a uma maldição imperius com oito anos de idade.-falou orgulhoso.
-Você lançou um imperius em mim, QUANDO EU TINHA OITO ANOS DE IDADE? Mas você é um CRÁPULA mesmo..
-Calma aí, não fui eu não, foi meu filho Draco, além do que, foi em uma de suas aulas particulares de DCAT!
-Eu recebi um imperius do Draco Malfoy? E tive aulas particulares com ele? Ah, mas é muita audácia. – “ E eu pensei que tendo isso como padrinhos já estava ótimo! Mas não, desgraça pouca é bobagem, e dizem que Merlim não usa o mundo como peça de fantoches. Por mais que eu não esteja tão certa de que sejam meus padrinhos, ué, se fosse verdade eu lembrava, afinal, lembrei dos feitiços que minha mãe me ensinava e ocultava na minha mente, por que então eu não lembro dessas aulas, nem de eles serem meus parentes?”
O ambiente foi invadido pelo apito alto do trem, e começou a sessão de despedida. Então após o abraço dos pais, Sara recebeu uma carta de Narcisa, que lhe disse para abri-la só quando chegasse à escola. A menina agradeceu meio relutante, e subiu no trem, disposta a treinar feitiços em uma cabine vazia. Treinar, ela treinou, tranquilamente, e até arriscou uns mais complexos, até que... no exato momento em que ela lançou um feitiço na porta, um garoto entrou e foi atingido pelo feitiço. O feitiço que deveria mudar a cor da porta, mudou a cor dos cabelos do garoto, que de louro-brancos ficaram negros.
“Cabelos louro-brancos, ei esse doido é o...”
-Draco Malfoy- as palavras saíram involuntariamente da boca de Sara.
-O que é que você fez com o meu cabelo? – Draco perguntou se olhando no reflexo da janela. – E como sabe meu nome? – dessa vez, a pergunta saiu com uma vesga de malícia.
-Oh garoto, foi você que entrou nessa cabine sem nem ver se tinha alguém. E sei seu nome, porque você é o maior idiota da escola. –afirmou como se fosse óbvio.
O garoto apontou a varinha para ela, sem perceber que a da mesma já estava em mãos, então alguém abriu a porta novamente.
-Draquinhoooo! O que você ta fazendo com essa garota? – Pansy falou enojada – VOCÊ TÁ ME TRAINDO? NÃÃÃÃO. Ow, o que aconteceu com seu cabelo, amor?
-Saia daqui sua louca, eu não te quero! Não dá pra entender? – Draco.
-KKKKKK, vou deixar o casalzinho a sós – Sara quase chegou à porta, quando Draco a segurou." Merda, por que ele não é um 'pouquinho' mais lerdo?"
-Sonha que você vai me deixar desse jeito! – e Draco a puxou para o estofado da cabine, enquanto empurrava "delicadamente" Pansy para a saída, lutando contra seus tentáculos, que insistiam em se prender à nuca do garoto. Finalmente, certo de meio monólogo depois, ele conseguiu, e sentou no estofado de frente para Sara. – Agora pode inventar um contra-feitiço.
-É o que? Você acha mesm.. – Draco apontou a varinha para ela “ Ai que ódio!”
-Bom, não sei se você sabe, mas eu conheço uma grande quantidade de feitiços que podem te induzir a reverter esse. – e apontou para a própria cabeleira
-Tipo o imperius? Rá, não pense que eu vou me deixar controlar por esse feitiço idiota, além do que, pra ser sincera, assim você ta parecendo menos com uma Barbie - E sorriu cinicamente. “Ficou muito mais gato moreno”.
-Há, há, morri de rir da sua piada.
-Não lembro ter falado pra você rir. – “Ieeeei, ai minha testa, coça Malfoy, eu deixo!”
-Ah! Sua.. – mas ele não brandiu a varinha, achou a garota um tanto debochada que esqueceu que era bruxo. E a empurrou contra o espaldar do assento, pensando em o que poderia fazer para ela parar de rir.
A garota entrou em acesso, mas quando conseguiu parar de rir, percebeu a proximidade dos dois, e acabou por rapidamente desfazer o feitiço, sem antes mudar a cor para rosa, claro.
Logo, cada um se sentou em um assento, e a mulher com o carrinho dos doces bateu à porta, ambos compraram de tudo. Quando as guloseimas terminaram, Sara tentou amenizar o clima de silêncio.
-Draco, por que você ta sem seus capangas agora? –“Será que esse trem não vai chegar nunca?”
-Primeiro, não me chame de Draco, não somos amigos. E segundo, aqueles idiotas foram para Durmstrang!
“Pelo menos respondeu a uma das perguntas, mas que garoto antipático, eu lá tenho culpa se seus bófis saíram da escola.” – Ficou sentida por que mudei a cor de seu cabelo, foi Barbie? Ou, por que seus amados saíram da sua companhia eteeerna? orieroeioi, Tá bom, parei, mas no meu país não tem essas frescuras de chamar os estranhos pelo sobrenome, nem mesmo os 'inimigos'.
-Inimigos é? E qual o seu pais, oh garota?
-O nome é Sara, oh doninha loira, Sara Invern, se preferir... oeroeiroe, tsc tsc, ah, e eu vim do Brasil. “ Por que mesmo que eu to conversando com essa Polly?”
-Já fui lá, achei até bonito, principalmente a parte dos trouxas.
-Achou bonito é? Claro, dá licença que o Brasil é o Brasil e ninguém pode. Sim, mas cê num “odeia” trouxas?
-Não, eu odeio sangues-ruins, e por falar em uma..
Uma garota entrou na cabine. Era Hermione Granger.
-Estão precisando de ajuda em alguma..Ah! Malfoy.
-Relaxa, Granger, aqui já tem um monitor competente, alias, um monitor chefe competente, diferente de certas pessoas não?-Draco.
-Ah é mesmo? E olha, arranjou uma namoradinha, foi Malfoy?!
-Opa, calma ai, um pouco mais de respeito, por favor! Eu não me envolveria com isso ai nem depois de três plásticas, duas garrafas de whisky de fogo, e uma grande queda de alto-estima.[nota: já eu pra tentar algo com ele, só preciso de uma passagem pra Londres. :P]
-Graças a Merlin, que bom, isso é um grande alívio, mas quem sois? Eu nunca tinha lhe visto na escola.
-Meu nome é Sara Invern, prazer. Entrei em Hogwarts esse ano, vim do Brasil.
-Brasil! Eu amo o Brasil, uma vez eu, o Harry e o Rony fomos fazer uma visita aos nossos fãs brasileiros e...
-Cala a boca, Granger! Não ta vendo que ta falando demais?
-Er..., opa...-Hermione constrangida- então poisé, esquece aquilo que eu falei, eram só umas besteirinhas...-e deu de ombros.
-Relaxa Hermione, mas você vai ter que me explicar isso direito. Eu sei um pouco sobre vocês, mas não sabia que vocês transitavam no mundo dos trouxas assim. -Sara.
-Tá, já que eu comecei, vou terminar, mas não agora. Porque agora, vou ter que levar essa Susy pra cabine dos monitores. Bora Malfoy, já que você é o monitor chefe.-e fez uma caretinha de desprezo, depois fez uma carinha sapeca pra Sara, que respondeu com uma imitação perfeita e silenciosa de Draco falando isso{haha, eu sou o monitor chefe, palmas para mim, haha haha, e fez o aceno de miss.)
-"Que porra é essa? ah, mas eu tou mesmo sem moral"Ihh, eu num preciso de babá não oh Granger, ruum, cê tá querendo é me levar pra outro lugar neah não? Rapaaaz, eu num te quero não, Granger.
-Tá tão engraçadinho, até parece que EU ia querer algo com a sua pessoa.- é, ela olhou pra ele com aquele olhar que derreteria qualquer chapa de metal.
-Siiim, e como faz pra ser monitora, Hermione? Porque tipo, como eu entrei em Hogwarts meio atrasada, acho que eles não tiveram como me colocar nem como possibilidade, até porque, eles não neah me conheciam.E se me conhecessem eu num sei se eles realmente iam me botar de monitora, mas eu mudo, se eu tiver ruim eu mudo, e.. “ Caracas, por que eu tou falando tanto? Tudo bem que eu to nervosa, mas com o que? Certo, Sara, deve ser porque você vai para uma escola nova, e porque cê tá com medo de ficar atrasada. Só pode ser isso!”[nota: Mas eu me mordo de ciúúúmes.. rááá]"Cala a boca, narradora!"
-Ah! Tá, calma Sara. Você pode falar com o Professor Dumbledore. Concerteza ele pode te dar um chance.
-Brigada então, e até depois.-Despediu-se Sara, sorrindo.
-Tchau, prazer!
-Ei Invern, meu malão vai ficar aqui, mas não mexa nele. –Draco.
-Valha imitação das branquelas, relaxa, o máximo que vou encontrar aí é maquilagem e creme corporal. E bom, eu não preciso mexer na SUA mala para ter isso.
E Malfoy bufando, saiu com Hermione para o corredor. “Aguarda Invern, pra essa última vai ter volta, a mais vai.”
Na cabine, ficou uma Sara a observar as torres de Hogwarts que já apareciam no horizonte.
-Eu só espero não acordar desse sonho agora.

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