Que as estações comecem e trag



Na semana que se segui, Draco continuou na Toca. Quieto e observando a família feliz que ele sempre menosprezou. A família que ele nunca teve.
O momento que o garoto mais sorriu nessa semana, foi quando Rony e Hermione trouxeram a noticia que se casariam daqui a três meses.
Molly chorava e beijava o filho e a nora como se fossem duas crianças.
-Mãe – disse Rony – Para. – Rony olhou Draco e sorriu pra ele. O rapaz retribuiu.
Na manhã do domingo, Draco arrumou as poucas coisas que tinha e desceu as escadas.
-Aonde você vai? – perguntou Harry que estava no sofá abraçado a Ginna.
-Eu vou embora.
-Mas – Molly entrou correndo – Você não tem pra onde...
-A Sra. Weasley, eu andei procurando e achei uma casa simples no centro. Acho que dá para um começo e fica próximo ao bar que leva ao Beco Diagonal.
-Próximo ao Beco Diagonal?
-É. Fred e Jorge me pediram para ajudá-los na parte financeira e burocrática da loja.
Molly pareceu abismada com a bondade dos filhos.
-Tudo bem que eles me ameaçaram se eu fizesse algo de errado, mas... Dá pra eu me virar ate conseguir ter algo meu.
Harry estava feliz por Malfoy. Ele realmente mudara e aprendera o certo.
-Fique para almoçar pelo menos – convidou Molly.
-Bem...
-Eu não rejeitaria o almoço de domingo da minha mãe – disse Rony descendo as escadas – eu vou buscar Hermione.
O rapaz entrou na lareira, mas antes que as chamas verdes o consumissem, Harry o puxou para fora.
-O que foi?
-Preciso te pedir uma coisa.
-Fala.
-Tem uma loja no centro de Londres que eu gostaria que você fosse buscar uma encomenda pra mim.
-Encomenda? Não é contrabando é?
-Claro que não idiota. É serio Rony. Aproveita e traga Luna e Neville também.
-Você que convida as pessoas para almoçarem na minha casa?
-Por favor! É que... – Harry ficou corado e sem graça – Vou pedir Ginna em casamento hoje. E...
-Serio? Nós podíamos casar no mesmo dia e...
-Já providenciei isso. – Harry encarou o amigo com uma cara suspeita – Pensei que você ia me matar.
-Eu já deixei vocês namorarem tanto tempo não é? Casar é o de menos.
Harry riu para o amigo, lhe entregou um cartão com o endereço da loja e como Rony já estava do lado de fora, aparatou de lá mesmo.
Em algumas horas, a lareira anunciou a chegada de Rony.
-Azul Hermione – disse ele saindo da lareira.
-Azul? Não. Rosa. – continuou a garota.
-Por que não branco? – continuou Neville saindo da lareira.
-Coloca vermelho. – palpitou Luna logo em seguida enquanto tirava a fuligem das vestes – Rony é o herdeiro da Grifinoria, coloca vermelho.
Todos a olharam.
-Luna me imagina casando de vermelho... – disse Mione sorrindo.
-Ah, mas foi só um palpite.
-O que vocês estão discutindo? – perguntou Ginna levando alguns pratos para o quintal.
-A cor do vestido de Mione. – respondeu Luna.
-Branco igual a todo mundo.
-Mas eu queria ser diferente. – respondeu Mione triste. – Mas seu irmão – ela olhou Rony com um olhar furioso – sempre me contraria.
-Coloca branco e fica tudo em paz – disse Harry levando duas cadeiras – não é nem o seu palpite e nem o dele.
Tudo sempre se resolvera assim nesses anos. Nem Rony nem Hermione venciam uma discussão.
-É sensato. – disse Rony abraçando a noiva – Mas se você quiser eu vou com meu traje a rigor do quarto ano.
Todos riram para a cara de espanto de Mione.
-Nem pensar.
-Era só pra descontrair. Quer ajuda ai Harry?
-Por favor.
A mesa fora colocada no quintal. Para um almoço de domingo, muita gente vinha chegando. Gui, Fleur e os quadrigêmeos. Lupin, Tonks e Sirius. Lilian e Tiago. Mila e Alastor. Carlinhos. Percy. Angelina. Até a avó de Neville compareceu. Duda e Dobby vieram juntos na primeira viagem de lareira de Duda. Ao contrario de Harry, o primo pareceu se divertir.
A mesa ia recebendo novas cadeiras à medida que as pessoas iam chegando.
-Harry – chamou Lily. – Você avisou Molly?
-Avisei.
-E como ela reagiu?
-Chorou. Me abraço e quase me sufocou.
Lily deu um sorriso para o filho. Harry pensou em como a mãe estava linda grávida. Será que ela ficara assim grávida dele? Ele não teve coragem de perguntar. Os sonhos com Sarah não ocorreram mais. Ele não fazia idéia do por que. Mas ficava feliz todas as vezes que falava perto da mãe e a irmãzinha parecia reconhecê-lo.
Estava indo tudo muito bem. Harry pegou no bolso a carta de Sirius que ele encontrou no meio das suas meias. Como não pensou nisso antes? Ele sempre teve uma mania de guardar as coisas nas meias. A caligrafia do padrinho era pequena e arrastada.

“Caro Afilhado,
Vejo que tudo que você almejou nesses anos de sua vida está bem em suas mãos. Ginna, seus pais e sua irmã.
Receio não estar ai para presenciar todos esses maravilhosos fatos, mas tem uma coisa que preciso que você pegue.
A carta é só um guia de onde está o presente que deixei para você.
Na agora sua casa, no Largo Grimmaud, no porão você vai encontrar uma caixa azul.
Espero estar sempre ao seu lado depois que você abrir essa caixa.
Que sua vida agora seja bem diferente do que ela foi em seus primeiros onze anos.
Com carinho, Sirius.”

Como ele sabia de Sarah naquela época? Caixa?
Em letras bem miúdas no rodapé da pagina Harry terminou de ler.

“Obs: abra a caixa antes de pedir Ginna em casamento, receio que não haverá muito tempo depois de fortes emoções.”

-Algum problema Harry? – perguntou Neville vendo o amigo com um olhar intrigado.
-Neville, onde está Rony?
-Ali na mesa... Mas...
Harry saiu correndo antes que o amigo terminasse a frase.
-Rony, sua mãe vai demorar com o almoço?
-Acho que sim. Quando os quadrigêmeos e Sirius estão aqui ela se esquece de tudo...
-Eu preciso pegar uma coisa em casa.
-Mas a aliança está aqui.
-Não é isso – Harry abaixou o tom de voz e se sentou na cadeira ao lado de Rony – Lembra da carta de Sirius? Ele disse que tem uma coisa pra mim do porão da minha casa e olha só... – Harry entregou a carta a Rony – na observação ele diz que depois de pedir Ginna em casamento, algo vai acontecer e não terei tempo pra pegar.
-Bem, vai então. Eu vou tentar enrolar minha mãe.
Harry saiu correndo para os fundos da casa para aparatar sem que ninguém o visse.
No quintal do numero doze do Largo Grimmauld, o rapaz foi até o porão.
-Droga. Alorromora!
A porta se abriu silenciosa.
-Lumus – a varinha se ascendeu e iluminou o local úmido e com cheiro de mofo. – Mas o que Sirius guardaria aqui?
Harry foi andando até encontrar a caixa azul. Era grande e embrulhada com um papel azul celeste. Em cima um cartão dizia: Para Harry Potter de Sirius Black.
Harry ajoelhou diante da caixa. Seu coração batia forte só de imaginar o que tinha dentro da caixa e por que ele teve que esperar sua felicidade total para poder abri-la.
Respirou fundo, fechou os olhos e tirou a tampa da caixa.
Quando tornou a abrir os olhos não pode conter as lagrimas. Dentro da caixa, havia coisas suas de quando era bebê. A vassoura que Sirius lhe dera, roupinhas, fotos e outro bilhete de Sirius.

“Harry, essas coisas estavam aqui em casa quando Mila me convidou para ajudar na reforma. Seu pai vivia esquecendo coisas suas quando o trazia para brincar aqui.
Com essa vassoura você pode ensinar a pequena Sarah a voar ou até mesmo Alvo e Tiago.”

Harry continuou mexendo na caixa até encontrar um par de meias cor de rosa.
-Isso não é meu!

“Você deve estar se perguntando o que um par de meias rosa esta fazendo ai. Entregue para Lilian como presente para Sarah. Ela vai lembrar.”

Harry ainda chorava vendo as fotos de quando era ainda um bebê. Em uma delas ele puxava o cabelo do padrinho e colocava um pomo de ouro de borracha na boca.

“Espero que tenha gostado. Não haveria outro momento para lhe entregar essas coisas se não esse. Espero que seja muito feliz ao lado de Ginna e tenha paciência com Tiago, ele será a cópia exata de seu pai”

Harry notara isso nos poucos sonhos que teve com o menino.

“Vá logo para Toca, não espere mais para ser feliz e saiba que esse dia você vai comemorar o resto da sua vida. Com carinho, Sirius.”

Harry pegou a caixa, colocou embaixo do braço e voltou para a Toca.
-E ai? – perguntou Rony quando viu que o amigo voltara – O que tinha dentro?
-Eu mostro se você prometer não rir.
-Ta bom.
Harry abriu a caixa e mostrou para o amigo.
-Ah que gracinha. – zombou Rony – Você já foi gordo uma vez na sua vida.
-Haha muito engraçado. Vamos sua mãe deve estar louca para começar o almoço.
A mesa parecia ter aumentado no tempo que Harry saiu. Kim, Ana e mais outros auros haviam chegado.
Harry sentou-se ao lado de Ginna.
-Onde você tava? – perguntou a moça.
-Outra hora eu te falo.
Ela olhou desconfiada pra ele.
-Que foi? – perguntou ele sorrindo.
-Nada.
Artur, sentado na cabeceira da mesa se levantou e ergueu a taça.
-Esses últimos meses foram tristes e tenebrosos. Um restinho do que restou dos tempos negros de Você-sabe-quem. Felizmente, mais uma vez, foi possível por fim em tudo que pode nos trazer tristezas. Vidas foram trazidas de volta – Artur apontou a taça para Fred que se levantou e vez uma reverencia aos presentes – Pessoas se uniram e mesmo em tempos difíceis, vidas novas estão por vir. – Artur ergueu a taça para Lilian que corou um pouco e passou a mão sobre a barriga – peço a todos que fiquem em pé para um brinde.
-Artur – chamou Harry – Antes do brinde eu gostaria de dizer uma coisa.
Rony encarou o amigo com um olhar divertido.
-Em todos esses anos – começou Harry – sempre tive pessoas maravilhosas ao meu lado e que me deram todo o apoio e confiança. Talvez eu fosse muito novo quando pensei estar apaixonado pela primeira vez e depois percebi que nunca havia amado ninguém de verdade antes – Harry começou a corar. Mas uma vez estavam todos olhando pra ele – antes de você Ginna.
Harry viu de relance, Hermione colocar as mãos na boca e seus olhos se encherem de água.
-Por isso – Harry afastou a cadeira e se ajoelhou na frente de Ginna – Ginevra Weasley – Harry procurou as alianças nos bolsos.
-Ah foi mal – Rony pegou a caixinha vermelha no bolso da calça e jogou para o amigo.
-Ginna, você quer se casar comigo?
A mesa se encheu de vivas e aplausos.
-Ah Ginna num chora não – disse Harry envergonhado – diz alguma coisa.
-Sim. Sim... – ela puxou Harry e o beijou.
Harry sempre achara engraçado Ginna nunca se importar com o lugar onde estavam.
-Ah Merlin. – exclamou Molly – Eu não poderia estar mais feliz.
-E então Fred – disse Angelina – E nós?
O rapaz engasgou com a cerveja amanteigada e olhou para a namorada.
-Nós? Eu vou bem e você?
Angelina o olhou seria.
-Ah Angelina eu não sei! Não sei nem o que vou fazer daqui a pouco.
Mas a duvida de Fred já ia ser respondida.
-Harry – Tiago veio correndo na direção do filho – Corre, temos que levar sua mãe para o hospital.
-Aconteceu alguma coisa?
-Sarah esta nascendo Harry.
O estômago e o coração de Harry pareciam ter mudado de lugar. Harry viu ao longe, Molly e Mila amparando sua mãe.
Rony chegou correndo.
-Sua mãe parece outra pessoa Harry – disse Rony rindo – Esta chamando seu pai de coisas absurdas.
Harry olhou o pai tentando entender o que o amigo dizia.
-Eu já vi isso antes – respondeu Tiago – Quando ela sentiu as dores pra ganhar você, ela quebrou meu dedo.
Harry e Rony riram.
-Isso riam mesmo. Um dia vai chegar à vez de vocês.
Tiago correu meio temeroso até a esposa com Harry e Rony atrás dele.
-Lily cal...
-NÃO ME MANDE FICAR CALMA, TIAGO!
Harry arregalou os olhos para a mãe. E olhou para o pai.
Mesmo Tiago já tendo passado por isso, estava tão nervoso quanto Harry. Parecia um pai de primeira viagem.
-Harry vá lá dentro e pegue a bolsa da sua mãe.
-E a bolsa com as coisas da Sarah? – perguntou Harry indo ate a Toca.
-É mesmo.
-Eu vou buscar – se ofereceu Duda. – Esta no quarto dela não é?
-Sim Duda, muito obrigado.
Duda correu atrás de Harry para usar a lareira.
-Como a gente vai levá-la? – perguntou Artur em meio aos gritos de Lilian.
-Ela não vai conseguir aparatar nesse estado.
-E nem você, nervoso do jeito que está – disse Lupin – É capaz de deixar a cabeça aqui.
Com os segundos que foram passando, todos já estavam envolta na maior algazarra.
-Leva ela de carro.
-Voando? Você é maluco? É mais fácil ir a pé.
-Então vão a pé.
-Ahhhhhhhhhhhhh – Lilian gritava em intervalos.
-Não é mais fácil... – Harry tentava dizer, mas a bagunça encobria sua voz.
-De vassoura Rony? – exclamou Hermione – E quem vai levá-la?
-Não é mais fácil... – Harry tentou mais uma vez, mas agora Hermione e Rony resolveram discutir.
-Da uma idéia melhor então!
-Não é mais fácil...
-Voltei – disse Duda carregando a mala rosa da priminha – Mas vocês ainda estão aqui?
-É Duda ninguém sabe como levar Lilian.
-De carro.
Harry já não tinha mais paciência. Aquela gritaria e ninguém resolvia nada. Cada idéia mais absurda do que a outra.
-OUUUUUUUUU – berrou ele. Todos o olharam intrigado – Obrigado. Não é mais fácil mandar uma mensagem ao St. Mungus e pedir uma ambulância.
-É mesmo. – disse Tiago.
-E POR QUE VOCÊ NÃO PENDOU NISSO ANTES? – gritou Lilian para Tiago puxando o pela camisa.
-Dobby? – chamou Harry.
-Sim Harry. – disse o elfo saindo do meio de todos.
-Você pode ir ate o St. Mungus e pedir uma ambulância o mais rápido possível?
-Claro – o elfo sumiu em um estalo.
-Da licença – disse Harry passando entre todos.
O rapaz conjurou uma maca e colocou a mãe sobre ela. E foi levando para dentro da casa.
-É melhor ela ficar lá dentro.
Todos se calaram. Harry parecia o mais sensato e calmo ali.
Lilian pegou na mão do filho e a apertou. Harry começou a sentir uma dormência nos dedos quando chegaram à sala da Toca. Ele colocou a mãe no sofá e ficou ao lado dela.
Todos entraram quando Dobby voltou.
-Eles já estão vindo. Logo que me viram começaram a correr. O medi bruxo já imaginava que seria entre essa semana. Parecia que estavam todos prontos.
-Obrigado Dobby.
-Por nada. Dobby sempre ajudou Harry Potter, e agora quer ajudar a pequena Sarah. Sua irmã.
Mais uma vez Harry sentiu o estomago afundar. Lembrou-se da carta de Sirius.

“Vá logo para Toca, não espere mais para ser feliz e saiba que esse dia você vai comemorar o resto da sua vida...

“Então ele sabia!” pensou Harry. Tirou de dentro do bolso o par de sapatinhos rosa. Achou melhor não entregar agora. Quando sua mãe estivesse mais calma.
O barulho da ambulância fez à barulheira retornar a casa.
-Ah Merlin – dizia Molly varias vezes seguidas.
Os medi bruxos foram entrando e assim como Harry, conjuraram uma maca e levaram Lilian.
-Vá com Deus Lilian – disse Mila.
Harry e Tiago foram acompanhá-la na ambulância.
-Harry – chamou Ginna – Vai dar tudo certo.
-Vai – respondeu Harry emocionado. – Essa data vai ser comemorada pra sempre.
-É – Ginna lhe deu um beijo e deixou o noivo ir.
-Por que ficamos aqui? – exclamou Tonks.
-Por que na cabia todos na ambulância querida – respondeu Lupin.
-E daí? Nós temos nossos meios próprios.
Todos se olharam. Em menos de um minuto já havia uma correria na Toca pra ver quem iria primeiro.
-Deixe a Ginna, Harry vai ficar feliz em vê-la.
-Então vai você Ginna.
Ginna se despediu e aparatou. Ela iria ter que aparecer na recepção do St. Mungus.
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Como era possível que todos coubessem no corredor do Hospital, ninguém sabe. Harry estava sentado no chão com Ginna ao seu lado. Todos os outros se espalharam pelo corredor.
Os gritos de Lilian invadiam o corredor. Harry disse que antes de entrar, ela avia dado um soco em Tiago. Harry estava meio tenso, mas sabia que toda aquela situação seria muito engraçada depois.
Os minutos foram passando como se fossem eternos.
“Vamos Sarah” pensou Harry como se conversasse com a irmã.
O choro da pequena Potter fez a algazarra aumentar e Harry não conseguiu conter o que ele já estava a fim de fazer a muito tempo. Harry começou a chorar nos braços da noiva.
Depois de alguns minutos, as visitas já eram permitidas.
Harry entrou com Ginna, Dobby e Duda.
-Oi mãe – disse ele com um sussurro.
-Oi querido. Eu machuquei seus dedos?
-Não – mentiu – estou bem. – Harry escondeu os dedos ainda vermelhos dentro do bolso da calça e foi até a mãe.
Lilian tirou o cobertor do rosto de Sarah para que Harry pudesse vê-la. Era branquinha com um rostinho redondo e lábios muito vermelhos. Os cabelos castanhos lisos e bagunçados.
Harry sorriu quando a pequena apertou seu dedo não doido.
-Quer pega-la Harry?
-O que? Mas eu...
-Não é difícil – Tiago ajeitou os braços dele e colocou Sarah no colo do irmão.
Era uma sensação estranha. Mas não era ruim. Ela era tão pequena.
-Olha Ginna – Harry foi até a noiva e mostrou Sarah como se ela fosse um brinquedo novo que ele acabara de ganhar e gostara muito.
-Ela é linda, Harry.
-É.
-Você ta chorando filho? – perguntou Lily.
-Eu? Não – disse ele limpando as lagrimas.
-Está sim. – disse Dobby – Não há nada de mal.
-Não há mesmo – disse Harry sem graça.
As visitas foram entrando aos pouco depois. Fred e Jorge trouxeram um minipuffy cor de rosa e balões que mudavam de cor e soltavam bolhas de sabão. Molly tricotou casaquinhos e sapatinhos rosa. Hermione chorava emocionada como se fosse irmã dela. E era como se fosse, tinha um carinho de irmã por Harry. A pequena parecia reconhecer cada voz que entrava no quarto. Quando Fred e Jorge começaram a brincar com Rony dizendo que até um idiota sem sentimentos como ele estava emocionado, Sarah se moveu no colo de Harry.
-Ah mãe – Harry pegou o par de sapatinhos rosa do bolso e entregou a mãe – Sirius me deixou uma caixa com coisas minhas. Disse-me naquela carta que deixou pra mim cinco anos atrás. Ele pediu que entregasse e que você saberia do que se trata.
-Ah – Lilian sorriu – Quando eu engravidei de você, seu pai espalhou pra todo mundo que era uma menina. Que ele tinha certeza e tudo mais. Ai Sirius me deu esse par de sapatinhos e você nasceu. Pedi que ele guardasse, pois não faltariam oportunidades. E aqui esta Sarah.
Depois de muito ouvir Rony, Fred e Jorge fazendo piadinhas a respeito. Todos se retiraram.
Harry não saiu do quarto e nem devolveu Sarah para a mãe. Harry não queria ficar longe da irmã. Sonhou tantos anos com isso que parecia que ainda sonhava. A pequena Potter trouxe uma alegria para Harry que ele nunca havia sentido. Mas iria sentir novamente. O tempo lhe daria mais presentes.

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