Cuidado com passos em falso!



Os dois lados daquela batalha estavam apreensivos, pois qualquer descuido colocaria os planos de ambos por água abaixo.
Harry mais uma vez andava com o coração na mão e não abandonava a varinha em nenhum momento. Não que desconfiasse do plano do pai, mas mesmo assim era melhor prevenir.
Enquanto por outro lado, os Weasley estavam ansiosos com o casamento duplo. Rony já havia quebrado alguns pratos quando alguém mencionava o casamento, mas não era por que não queria se casar, mas a idéia de que algo impedisse esse casamento vinha lhe atormentando.
Milla e Moody decidiram fazer uma cerimônia simples na casa dos Potter, com o mago de cerimônia, os Weasley e os pais de Tonks. Milla convidou Lilian e Tiago para serem seus padrinhos e Moody convidou Lupin e Tonks.
Foi uma cerimônia simples, mas não deixou de ser bonita. Milla usava um vestido azul-celeste e a sua beleza de vella encantou ainda mais Olho-Tonto, o que deu um grande motivo para Fred e Jorge animarem a festa.
-Ah Moody – começou Fred – Faz aquela cara de novo...
-... A cara que você fez quando viu Milla! – continuou Jorge.
-Era uma cara de bobo! – disse os gêmeos juntos.
Todos riram muito ate o fim da festa quando Moody fez nascer uma bolha verde na ponta do nariz dos gêmeos.
-Olho-Tonto – esbravejou Sra. Weasley – Era só uma brincadeira.
-Isso também é – defendeu-se Moody – Não se preocupe Molly, isso sai daqui a pouco. É igual às brincadeiras que eles vendem na loja.
-Onde está Tiago, Lily? – perguntou Lupin.
-No escritório. Foi dar uma ultima verificada no plano dos animagos. Sabe Remo estou meio apreensiva com essa historia.
-Se acalme Lilian, Harry já se safou de coisas piores como humano isso será mole pra ele.
-Bem – começou Sr. Weasley – Acho melhor irmos. Já esta tarde e amanhã apesar de amanha ser domingo será um dia cheio não?
Todos sorriram.
-Boa noite a todos. – Mione se despediu de todos com um aceno e um beijo em Rony que deixou o garoto vermelho.
A garota sumiu em meio ao fogo verde-esmeralda na lareira.
-Boa noite Roniquinho – zombaram os gêmeos.
-Calem a boca – disse Rony meio rindo meio bravo.
-Nós também estamos indo – disse Neville de mãos dadas com Luna – vou levar Luna pra casa.
Harry e Rony se olharam. Será que...?
Os dois sumiram no já habitual estalo.
-Vamos Ginna – chamou Artur. – Ainda tenho que buscar o carro na outra esquina.
-Carro? – perguntou Harry – Aquele carro?
-Sim Harry, o carro que voa. Que Molly só concordou vir com ele por que não estava se sentindo bem para aparatar.
-Ah.
-Boa noite – despediu-se Ginna. – Boa noite amor. – Ginna pulou em Harry como sempre fazia. – Durma bem.
-Com certeza.
Os Potter ficaram observando os Weasley sumirem no fim da rua.
-Bom é melhor irmos dormir – disse Tiago – Como disse Artur, amanha será um dia cheio. Amanha vocês se tornaram animagos. Ilegais – acrescentou Tiago com cara de quem falava muito serio – mas mesmo assim animagos.
Depois da noite do casamento de Moody, Harry acordou com uma idéia meio maluca na cabeça. Uma idéia que ele já teve algumas vezes desde que conheceu os Weasley. Quando ia passar algum tempo na Toca, a confusão de casa cheia o deixava encantado (estranho não?). Ver Rony sempre encrencando com Ginna, os gêmeos sempre arrumando confusão. Harry queria ter irmãos! Agora que seus pais estavam de volta, que mal havia? Nenhum.
Harry desceu para o café com a idéia na cabeça. Tudo bem que agora ele tinha Duda, mas não era a mesma coisa.
-Bom dia querido! – disse Lilian entrando na sala de estar com uma vasilha de torradas.
-Bom dia mãe.
-Então Harry, preparado?
Por um momento Harry havia se esquecido o que aconteceria daqui a algumas horas.
-Há, sim.
-Que foi Harry? – perguntou Lily – Algum problema?
-Ah, não. Quer dizer, não é bem um problema, é só uma idéia que eu tive, mas deixa pra lá.
-Diga Harry.
-Bem, vocês já pensaram em ter outro filho? – Harry corou tão violentamente que fez Tiago e Lilian rirem.
-Bem, nós pensamos algumas vezes – respondeu Tiago – mas nós não imaginávamos que nosso pensamento tivesse tanta força.
Harry fez uma cara confusa. Se seus pais estivessem falando o que ele pensava que era, Harry ia ficar maluco. Eram sentimentos diferentes de mais se colidindo ao mesmo tempo. A alegria de seu casamento com Ginna, o nervoso de se tornar um animago ilegal, a luta contra os Malfoy e mais...
-Harry, o que acha de ter uma irmãzinha?
Harry ficou pálido. Sentiu como se a cadeira que estava sentado tivesse sido puxada por alguém invisível.
-Irmãzinha? Mãe você...
-Sim. Mais ainda não pensei em um nome pra ela. O que você acha...
-Calma mãe, uma coisa de cada vez. Como você sabe que é menina?
-Ora eu sou uma bruxa, pergunte a Tonks se ela não sabia que seria um menino e que Sirius seria incontrolável. Acho que – continuou Lily passando a mão na barriga – Teremos uma versão feminina de vocês dois.
Logo veio a mente de Harry uma garotinha de cabelos muitos negros e um pouco bagunçados, afinal os dele e do pai eram absurdamente bagunçados. Harry sorriu. Estava realmente bem de pedidos, afinal tinha pensado nisso e ai...
-Eu vou pro ministério – disse Harry ainda curtindo a noticia – Todos vão adorar saber.
-Vá querido – se despediu Lilian dando um beijo na testa de Harry – Tome. – Lilian pegou um pequeno embrulho sobre a mesa – é seu lanche...
-Mãe não precisa se preocupar.
-Claro que preciso. Alias agora somos quatro e sua irmã tem que conhecer você com uma aparecia saudável.
“Sua irmã”. Harry saiu com essas palavras na mente.
Entrou na lareira e sumiu em meio ao fogo verde.
Já no ministério Harry andou ate sua sala e no corredor dos Auros encontrou Moody.
-Belo dia não Harry – cumprimentou o bruxo com um estranho sorriso. – Belo dia. – Olho-Tonto saiu cantando.
Harry ficou olhando entrar no elevador quando Ana saiu de umas das salas e também parou pra olhar Moody.
-O que deu nele?
-É o amor!!!
Os dois riram.
-Bem eu vou pra minha sala – disse Harry – Ah Ana, eu vou ter uma irmãzinha.
-Que lindo! Parabéns Harry.
-Obrigado. Com licença.
Harry entrou na sala antes vazia e sem graça e que agora tinha recortes de jornal nas paredes, porta retratos nas mesas e papeis e penas por toda a mesa.
Harry colocou a mochila dentro do armário e sentou-se na poltrona de couro. Sem perceber adormeceu.
“-Harry, Harry. – uma vozeia fininha, o chamava – Harry me ensina.
-O que você quer Sarah – disse Harry pegando a pequena no colo.
-Quero que você me ensine a voar na vassoura e a jogar quadribol.
-Mas você ainda é muito pequena. Só tem quatro anos.
-Mas a mamãe disse que eu já sou uma mocinha e o papai disse que eu sou a princesa dele. Se eu sou uma princesa você é um príncipe Harry?
-Se você acha – disse Harry passando as mãos nos cabelos. – Tudo bem eu te ensino a voar primeiro o quadribol fica pra quando você crescer mais.
-Mais eu já sou grande – disse Sarah no chão se levantando nas pontas dos pés e batendo na cintura de Harry.
-Claro.
A pequena Sarah os olhos de Lilian assim como Harry. Cabelos meio ruivos como Lilian, mas tinha o gênio e a energia de Harry e Tiago juntos.”
Harry acordou sorrindo. Sarah! Belo nome. Acho que o problema de Lilian já estava resolvido.
O dia no ministério foi curto, afinal Harry iria se tornar um animago naquele dia. A coruja que o avisava que todos já estavam na Toca chegou por volta das duas horas da tarde.
Harry tornou a colocar a mochila nas costas e saiu ate as lareiras.
-Harry, Harry – Ana o chamava pelo corredor – Me espere, eu também vou.
-Ah sim. Com certeza alguns auros também estarão lá.
-Só Moody e Kim que são mais chegados a todos vocês.
Os dois seguiram ate as lareiras. E em menos de segundos já podiam ver o monte de gente ansiosa reunida na sala da Toca.
-Harry querido, tudo bem? – Mila Evans, tia de Harry veio cumprimentá-lo. Harry sentiu naquele abraço que ela também estava nervosa assim como Lilian.
-Então quer dizer que eu terei uma cunhada? – disse Ginna atrás de Harry.
-Pelo jeito minha mãe já contou né?
-Contou a todos – Ginna o abraçou e disse só para Harry ouvir. – Estou nervosa!
Harry a abraçou mais apertado tentando confortá-la.
-Bem vamos lá. – disse Tiago animado tentando conter a bagunça.
Tiago entrou na sala com uma vasilha que continha um liquido verde e fumegante. Lembrava suco com fumaça.
-Bem, essa é a poção que passei todos esses dias preparando com a ajuda de Lupin. Ela só será necessária para essa vez, nas próximas só a varinha será necessária.
Seis taças estavam sobre a mesinha de centro. Cada um pegou uma.
Harry viu meio acanhado, Duda encostado na lareira. Olhava pra ele como se tentasse dar-lhe força. “Irônico!” pensou Harry.
-Bem, podem beber. – disse Tiago animado depois que serviu os seis.
A bebida era quente e lembrava um gel na textura e o gosto não era tão ruim quanto parecia.
Sem saber o que viria em seguida, Harry e todos os outros se sentaram no sofá.
-Vocês estão bem? – Perguntaram Molly e Lily juntas.
-Sim só... – antes de terminar a frase Rony soltou uma espécie de rugido e sentiu que seus cabelos já compridos cresciam mais.
-É melhor eles irem pra fora. Não vão caber todos aqui.
Tiago, Moody, Kim e Lupin ajudaram a levá-los para o quintal da Toca.
Já lá fora, Harry começou a sentir algo muito estranho. Uma sensação diferente, porem gostosa.
Foi rápido e quando todos se deram conta, ali no quintal da toca havia um leopardo, uma loba, um leão, uma coruja, uma águia e um porquinho da Índia.
-Porque Neville escolheu uma águia? – perguntou Fred.
-Ele tem seus motivos para querer estar o mais perto possível de Bellatriz. – respondeu Lupin – Essa talvez seja a chance dele.
-Sua filha vai ser uma criança feliz Tiago... – começou Jorge.
-...Com certeza, com um leopardo de estimação, até eu seria feliz. – terminou Fred.
Todos no quintal riram e ate Harry como leopardo pareceu achar engraçado.
-Bem – disse Tiago – é melhor vocês voltarem ao normal antes que alguém os veja.
Nenhum deles sabia como. E ficaram olhando pra Tiago e Lupin esperando uma ajuda.
-Ah sim – disse Lupin entregando Sirius para Tonks e tirando a varinha dos seis do bolso e colocando na frente de cada um. – Essa é só pela primeira vez, depois é só pensar e pronto.
O resto daquela noite foi tranqüila ate que...
-O que foi Ginna? – perguntou Harry ao ver a noiva pálida – Você esta bem?
-Não sei – respondeu – Senti um calafrio.
Harry se levantou e foi ate a janela, onde pensou ter visto alguém correndo no quintal.
-Onde você vai Harry? – perguntou Rony
-Vem comigo. Acho que vi alguém lá fora.
Os dois saíram aproveitando a distração de todos, menos Ginna que era a única que os olhava.
Lá fora, um vento frio batia no rosto dos amigos e dava mais terror ao cenário escuro.
-Será que é Draco? – perguntou Rony.
-Não sei. Só vi a silueta não vi o rosto. E Ginna sentiu um calafrio.
-Vi que ela esta meio pálida.
Harry e Rony andavam pelo quintal a procura de alguém, mas não havia ninguém.
-Vamos entrar, acho que eu só estou nervoso.
Enquanto os dois seguiam para dentro da Toca, falavam sobre a nova Potter.
-Hoje sonhei com ela. E o nome que sonhei é Sarah, o que você acha?
-É bonito. Harry e Sarah, Sarah e Harry. É combina.
-Combina?
-É. Não seu por que, mais quando estava grávida de Ginna minha mãe ficava andando pela casa e falando “Ronald e Ginevra, Ginevra e Ronald...”. Estranho não?
-Sarah? – uma voz fria entrou pelos ouvidos de Harry – O que seriam dos Potter se Sarah não conhecer seu irmãozinho herói?
-Hefesto. Sabia que tinha algo podre nesse quintal. – zombou Rony.
-O que vai fazer? Me matar? – gritou Harry.
-Não, isso já saiu de moda. Quem sabe impedir o nascimento da jovem Sarah?
-Não – sussurrou Harry e Rony sentiu no tom de voz de Harry que Sarah já era pro amigo o que Ginna era pra ele.
-Sabe, o idiota do Draco esta dando pra trás...
Harry e Rony se olharam confusos.
-...Não quer que eu tente nada contra sua mãe, ainda mais agora que esta grávida. Acho que ele vai vir para o lado de vocês sabe, mas não importa. Só queria ele para poder voltar e limpar a honra dos Malfoy e...
Harry não sabe de onde veio. Só viu um raio de luz vermelho vindo na direção de Hefesto, um par de olhos verdes e ouviu sussurros de criança entrando no meio da floresta.
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-Você deveria ter esperado ele terminar de falar. – disse a menina.
-Como vamos ajudá-lo se não sabermos os planos de Hefesto? – perguntou o menor.
-Vocês dois querem me deixar pensar. Nem pense em dizer nada Al.
-Mas eu...
Alvo era a copia de Harry um pouco mais gordinho. Tiago, o autor do Expelliarmus que atingiu Hefesto era Ginna nos cabelos e no gênio.
-Rose e Hugo, vocês pediram nossa ajuda para ajudar nossos pais e fazer com que nada impeça tia Sarah de nascer, por tanto não reclamem.
Os primos se sentaram em uma pedra na entrada da floresta esperando a hora de que todos dormissem na Toca.
-É bom vocês tranqüilizarem tia Ginna. Ela também esta nervosa.
-É, vamos Al.
Os dois sumiram.
-Mãe – disse Al em um sussurro – Mamãe acorda.
Ginna abriu os olhos meio confusa em ouvir alguém se dirigir a ela como mãe. E logo percebeu que era com ela mesma quando viu o garotinho sentado nos pés da cama. Um garotinho que lembrava muito Harry Potter quando ela o conheceu.
-Harry? – sussurrou Ginna.
-Não, sou Alvo mãe e esse é Tiago...
-Deixa que eu me apresento. Oi mãe. Eu sou Tiago, seu filho mais velho.
-Filhos?
Demorou muito para Ginna perceber que estava acontecendo o mesmo que aconteceu com Mione e Rony.
-O que vocês fazem aqui?
-Viemos te tranqüilizar mãe – disse o pequeno Alvo subindo na cama de Ginna e se sentando ao seu lado.
-Harry já viu vocês?
-Ainda não, vamos dar um susto nele. – disse Tiago com um olhar travesso que fez Ginna dar risada lembrando-se de Fred e Jorge.
-Susto?
-Não será nada de mais, ele vai sobreviver. – brincou Alvo.
-Bem, já vamos – se despediu Tiago – Só viemos para dizer que vai ficar tudo bem mãe.
-Boa noite mãe – se despediu Al dando um beijo no rosto de Ginna.
Ginna adormeceu quase que imediatamente, sem ver os filhos partirem.
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-Não sei da onde veio pai – falava Harry explicando para os pais o feitiço que atingiu Hefesto – Só sei que ele caiu e depois sumiu.
-Acho melhor você dormir Harry – disse Lily – Você deve estar cansado.
-Não mãe, o Rony também viu.
-Calma, querido, não estou desconfiando do que você ta dizendo, só to pedindo pra você ir descansar.
-Ah – disse Harry sem graça – Desculpa mãe. Boa noite. – Harry já ia subindo a escada quando se lembrou de Sarah – Ah mãe pai, hoje sonhei com minha irmã e o nome dela será Sarah.
-Sarah? – disse Lily – Que lindo Harry – Lily passou a mão na barriga – Sarah!
Harry ficou um pouco sem jeito, então deixou seus pais e subiu para dormir.
“-Al olha um testralio atrás de você.
-Onde?
-Para Tiago – disse Ginna – Já disse pra não ficar assustando seu irmão.
-Não estou assustando, só estou brincando com ele.
-Boa noite Potters.
-Pai – os dois garotos saíram correndo na direção de Harry.
-Boa noite – Harry colocou Alvo nas costas e foi ate a cozinha onde estava Ginna. – Boa noite querida – disse Harry dando um beijo em Ginna.
-Eca. – disseram os irmãos juntos.
-Vocês estão ficando iguais a Rose e Hugo com essa mania de “eca”. – Harry sentou-se á mesa deixando Tiago e Al irem para a sala.
-Esses dois estão terríveis se quer saber.
Harry deu um sorriso para a esposa.
-Mas os prefiro assim a doentes.
-Eles ficam piores quando se juntam com Rose, Hugo, Fred e Jorge – observou Harry.
-O jantar já está quase pronto querido.
-Ok – Harry se levantou e deu outro beijo em Ginna – Vou pra sala.
Na sala Harry se depara com uma cena que fez seu coração parar: Tiago montado na vassoura sobre o armário da sala e Alvo em cima do sofá com uma bolinha de golfe na mão.
-Vou jogar Tiago.
-Pode jogar. – Tiago deu impulso e saiu voando pela sala para apanhar a bolinha.
-Levicorpus – disse Harry. – O que vocês pensam que estão fazendo?
-Testando a capacidade de apanhador do Tiago, papai – respondeu Alvo.
-Tiago Potter – Harry parou na frente do filho virado de ponta cabeça – Você é mais velho, deveria ter mais juízo.
-Mais eu tenho juízo e talento também – Tiago mostrou a bolinha para Harry. – Pai me coloca no chão.
Harry não teve outra escolha se não sorrir para os filhos.”
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-Malditos! – gritou Hefesto – Isso não pode ser possível.
-O que? – perguntou Draco com um tom desanimado e sem interesse.
-Os filhos do Potter com a Weasley. Atacaram-me!
-Derrubado por crianças – zombou Augusta – A idade esta te vencendo.
Draco abafou uma risadinha, que sumiu logo quando olhou para Hefesto.
-Isso não vai ficar assim.
-O que você quer que a gente faça? – perguntou Draco – Brigue com crianças? Alias, sonhos de crianças não é? Por que elas nem nasceram ainda.
-Olha aqui garoto, ou você ajuda em uma solução ou nem abra sua boca.
Draco encarou Hefesto. Maldita hora que resolveu trazer esse velho de volta. Antes não tivesse feito nada.
-Esta te batendo um arrependimento Draquinho? – perguntou Bela – Fracote como você é, já era de se esperar.
Draco subiu as escadas correndo em direção ao seu quarto. Milhares de pensamentos corriam pela sua cabeça. Ele estava realmente se arrependendo. Mas agora já era tarde demais.
-Temos que impedir o nascimento da nova Potter – Draco ouviu Bela dizer.
-Com certeza Bellatriz, com certeza.
Mais essa agora. Hefesto estava disposto a matar Lilian Potter.
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Cinco meses já haviam se passado e Harry temia que o silencio de Hefesto e todos os outros fosse sinal de algo terrível.
Harry começou a zelar por Lilian, que agora estava de seis meses de gestação.
-Harry pode deixar que eu subo a escada sozinha.
-Mas mãe, e se você tropeçar?
-Não vou. Estou bem querido, acredite. Vá pro trabalho.
-Tudo bem. A senhora vai ficar bem mesmo?
-Vou Harry, quaisquer coisas Dobby e Duda estão aqui pra me ajudar.
-Acho que o Harry esta ficando meio paranóico tia.
-Não é paranóia – disse Harry entrando na lareira – é cuidado. Só isso.
Lily sorriu e mandou um beijo para o filho antes de ele ser engolido pelo fogo verde.
-Será que estou ficando paranóico? – pensou Harry no seu escritório.
Os sonhos com Alvo e Tiago estavam cada vez mais freqüentes e Ginna disse que na noite passada sonhou com uma garotinha ruiva brincando com Sarah e dizendo a ela que se Harry não fosse cuidadoso aquela cena nunca se realizaria.
Seria muita maldade acabar com tudo agora. Harry estava perto de ter tudo que mais queria.
-Espera...

FLASH BACK
“-Infelizmente – disse Dumbledore se levantando da poltrona – eu e Sirius temos que retornar. Nossa tarefa aqui acabou.
Os dois se dirigiram para o fundo da casa, sem olhar para trás.
-Sirius – disse Harry correndo ate o padrinho – Você precisa ir mesmo?
-Ah Harry, eu adoraria ficar. Mas não posso. Já fiz o que tinha que fazer. Era te ajudar.
-Mas a sua vida também foi roubada como a dos meus pais.
-Sim Harry – disse Dumbledore – Muitas vidas foram roubadas. E não será certo, nem possível devolver todas elas. Há um motivo incerto e desconhecido para que isso tenha ocorrido com você. Seus pais ainda têm coisas para fazer, contas a acertar e favores para retribuir. Por isso, aproveite que eles estão ao seu lado e...
Uma luz branca surgiu no céu e vinha na direção da casa.
-O que é aquilo? – perguntou Rony.
A luz estava cada vez mais perto. À medida que se aproximava um barulho semelhante à de um motor de ônibus enchia os ouvidos dos presentes.
-A nossa carona chegou – brincou Sirius.
-Ah – exclamou Dumbledore – Já estava na hora.
-Carona? – disse Ginna sorrindo ao ver o ônibus azul-celeste estacionar no quintal da casa.
-Boa noite! Eu sou John Shunpike, e vou acompanhar os senhores Alvos Dumbledore e Sirius Black para o seu destino.
-Por que ele não diz o destino? – perguntou Rony – Quero dizer o nome do lugar que...
-Ora rapaz, você já viu algum morto voltar de onde veio para dizer pra onde foi?
-Bem...
-Deixemos essa conversa agradável para outra hora.
-Espera ai – Harry encarou o senhor gordinho, de óculos grande e cheio de feridas no rosto – Shunpike? Você...
-Sim, eu sou bisa avô de Stanislau Shunpike. A conversa esta bem animada mais nós temos que ir, há muitos defuntos para buscar. Essa batalha com Voce-sabe-quem, me deu um trabalho. Leva morto pra terra, leva morto pro... – ele parou quando viu os olhos de Rony brilharem na esperança de que ele dissesse. – Bem... Subam!
Dumbledore subiu primeiro e sentou na cadeira que dava para a janela.
Sirius, antes de subir, entregou a Harry uma carta.
-O que é isso? – disse o garoto quase abrindo
-Não, não abra agora. Quando você estiver perto de conseguir o que quer abra.
Harry acenou com a cabeça e viu Sirius subir para o ônibus.
-Bem, já vamos. O caminho é longo. Lílian desculpe o mau jeito que estacionei. Espero que não tenha estragado nada.
-Não tem problema.
-Bem, ate. – disse John se despedindo dos que ficaram.
Harry ficou olhando Sirius e Dumbledore se despedirem, ate que a luz do ônibus brilhasse fraquinha como uma estrela distante.
-Vou sentir falta dele – disse Harry.
-Todos vão querido – disse Lílian abraçando o filho – Todos vão.”

-... A carta de Sirius. Onde será que eu deixei?

Harry começou a mecher em suas coisas. Mais possivelmente estava em casa. Sentou-se desanimado na poltrona e tentou esquecer por um momento da carta analisando a papelada deixada por Ana na noite anterior.
Ana havia se tornado como um braço direito de Harry, o que havia deixado Ginna com um profundo ciúme.
-Ela é só minha colega de trabalho – repetiu Harry diversas vezes para a noiva, mais não tinha quem tirasse essas idéias da cabeça de Ginevra Weasley.
O relatório de Ana estava bem detalhado descrevendo todas as ações dos Malfoy desde o começo.
O ataque a casa do subúrbio, o trem...
Harry não deixou de notar que o endereço da casa era bem próximo a casa de Hermione, onde ela vivia com os pais. A amiga havia lhe dito que assim preferia ate que deixasse de ser estagiaria e pudesse bancar uma casa sozinha.
Harry apanhou um pouco de Pó de Flu sobre a mesa e jogou na lareira com destino a Toca.
-Harry querido, que susto.
-Ola senhora Weasley, Rony esta por ai?
-Ah esta sim. Lá no quarto, pode subir.
-Obrigado.
Harry subiu as já conhecidas escadas em direção ao quarto do amigo.
-Rony – Harry bateu na porta – Rony, posso entrar?
-Ah... Só um momento.
Harry ouviu o barulho de coisas caindo no chão e papeis.
-Oi Harry. Ah... Tudo ok?
-É mais ou menos. O que você esta aprontando?
-Nada não. Mais para que veio?
Harry sabia que Rony estava aprontando. Estava ofegante e vermelho. Rony definitivamente não sabia mentir.
-Eu estava analisando uns papeis e percebi que os ataques dos Malfoy foram a lugares em que Ginna, Mione e Luna estavam.
-Como assim? Quero dizer, Ginna estava no trem, à casa de Luna, mais e Mione?
-Você mais do que ninguém deveria saber que a casa atacada de inicio é próxima a casa dos pais de Hermione.
O vermelho do rosto de Rony sumiu de repente deixando o rapaz pálido e sem ação.
Rony sentou-se na cama e ficou olhando um ponto fixo na parede.
-Rony a gente...
-Psiu! Preciso pensar.
-Ok. Desculpe.
Enquanto Rony pensava, Harry começou a andar pelo quarto. Olhando o monte de tranqueira que Rony ainda mantinha no quarto.
-NÃO MEXE AI NÃO!
Harry jogou o livro pra cima o livro que tinha na mão assustado com o grito do amigo.
-Mas qual é o seu problema?
-Ah nenhum. Nenhum problema, ta tudo bem.
-Rony, você ainda não aprendeu a mentir, qual é o problema?
-Ta bem, acho que pra você eu posso contar. Depois que pedi Mione em casamento, comecei a achar meio importuno continuarmos morando com nossos pais. Então estava procurando algum lugar pra gente morar. Mesmo sem termos nos casado ainda.
Harry ficou olhando para o amigo com uma estranha sensação de riso.
-Pode rir, eu sei que é isso que você quer!
-Desculpa Ron, mas é que estou feliz por vocês. É serio. Isso é um passo e tanto morarem juntos.
-Eu sei. E se ela não gostar? Pensar que tenho intenções maldosas com ela? E a minha mãe? Ela vai entrar em pânico! Mesmo Gui casado, ele não sai daqui. Nem ele nem os gêmeos ne?
-Para de bobagem Rony. Mione vai ficar feliz, sua mãe vai sentir, mas vai gostar. É capaz de vocês só dormirem na casa de vocês.
Rony sorriu.
-Bem voltando ao presente – brincou Rony – Estava pensando: os Malfoy querem atacar a gente, mais principalmente você. Sua maior força somos nós. Seria fácil atacar você se já tivesse perdido Ginna, Mione e Luna. Eu e Neville seriamos os próximos.
Harry refletiu por um momento.
-E se... – Harry ficou analisando o próprio reflexo no espelho com uma cara de garoto arteiro.
Rony já sabia o que estava passando na cabeça do amigo.
-Acho que uma explosão – continuou Rony – seria bem eficiente.
-Precisamos escolher dois fieis do segredo.
-Acho que seu pai e meu pai seriam a melhor escolha Harry.
-Nossas mães sofreriam demais, sem falar que poderia correr o risco de mamãe perder Sarah.
-Mais elas que seriam o detalhe que dariam mais realidade ao plano.
-Ok, só temos que avisar as meninas e Neville. Forjar nossa morte é um plano incrível Rony.

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