Seis flores e sete heróis!



Harry chegou àquela noite cantando e pulando pela casa. Seus pais e Mila ainda estavam na Toca, e só estavam Duda e Dobby em casa.
Harry subiu as escadas correndo, e como de costume deparou-se com Dobby pulando em sua cama.
Harry nunca compreendera a graça de pular na cama, mas naquela noite ele não brigaria com Dobby.
-Boa noite Harry – Dobby parou de falar ao ver o rapaz tirar os sapatos e começar a pular sobre a cama também. – Mas o que esta acontecendo? – perguntou Dobby sorrindo e desequilibrando da cama com o peso de Harry.
-Ginna! A mulher da minha vida Dobby! – dizia Harry ainda pulando – A pedi em casamento hoje.
Dobby caiu sentado na cama e começou a cantar uma musica de casamento. O que fez Harry parar de pular e se sentar para rir.
-O que esta havendo? – perguntou Duda entrando no quarto.
-Eu vou casar primo!!!
Duda não sabia o que dizer. No entanto estava feliz por Harry.
-É aquela garota ruiva?
-Sim, ela mesma. Ginna Weasley.
-Ela parece sua mãe – disse Duda sem saber direito a reação que Harry teria. – Isso é um elogio viu? – apresou-se a dizer.
-Calma Dudoca! – disse Harry pulando da cama e abraçando o primo. – Foi um maravilhoso elogio. Amo minha mãe e amo Ginna. E você vai estar presente na cerimônia.
-Como é um casamento bruxo? – perguntou Duda curioso e mais familiarizado com o primo.
-Não há muitas diferenças. É um mago ao invés de um padre. Você vai gostar.
-É, agora que faço parte do mundo bruxo, tenho que começar a gostar das coisas.
-Ah Harry – disse Dobby pulando da cama e tirando uma caixa de baixo da cama. – A menina Lovegood trouxe isso.
Harry sorriu ao ver a caixa. Uma caixa em forma de ovo de cor alaranjada e com luzinhas piscando. Luzinhas que formavam um H e um G.
Vindo de Luna, só poderia ser alguma loucura. Harry gostava das loucuras de Luna. Elas o faziam pensar que ninguém é normal e que ele é tão normal quanto os outros.
Harry abriu a parte de cima da caixa-ovo e de lá saiu um cartão azul e amarelo, cheio de fitinhas que dizia: “Sempre torci por você e Ginna. Vocês formam um casal de heróis de historias trouxas. Corajosos e audaciosos. Muitas felicidades. Ass. Luna Lovegood”.
-Acho que Ginna já contou a todo mundo – falou Duda.
-Espera – disse Harry com a cabeça enfiada no resto da caixa – tem mais coisa.
Harry tirou de dentro da caixa um enorme quadro.

FLASH BACK
“Grifinoria havia vencido o jogo contra a Sonserina. A sala comunal estava cheia de gente e comida que Fred e Jorge trouxeram escondido da cozinha.
O quadro da mulher gorda se abriu e surgiu Ginna. O bichinho na barriga de Harry começou a se manifestar novamente quando notou que ela vinha a seu encontro.
Sem notar as cinqüenta pessoas ao seu redor, Harry a beijou.”

Como Luna tinha conseguido uma foto daquele momento, Harry perguntaria depois. Mais o quadro de seu primeiro beijo com Ginna foi um maravilho presente de casamento.
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As semanas estavam passando como uma ventania. Rápidas mas com grandes efeitos. Molly, Lílian e Mila haviam se unido para fazer o enxoval de casamento de Ginna e Harry. Rony passou essas duas semanas, muito ansioso e assustado. Harry desconfiava que seu pedido de casamento a Ginna tivesse causado algum choque em Rony, tanto por Ginna ser sua irmã mais nova como pela falta de coragem de fazer o mesmo com Mione. Harry comentou por alto que ele já tinha enfrentado coisa pior e que pedir Mione em casamento não seria nada tão assustador, porem Rony não achava isso assim tão fácil.
Rony não comentara com Harry nem com ninguém, mas estava com medo que acontece algo com Hermione bem no momento em que eles estivessem muito felizes prestes a se casar. Harry só sabia de Rose e Hugo, e ficara emocionado assim como Ginna.
Naquela noite, na Toca, todos se preparavam para a festa de noivado de Harry e Ginna. O quintal da Toca havia sido enfeitado com fitas azuis e rosas, bolhas de sabão que saiam do chafariz que Fred e Jorge colocaram no meio do quintal e uma longa mesa com todas as guloseimas da Sra. Weasley. Lupin corriam pelo quintal atrás do pequeno Sirius que já estava no auge dos seus cinco anos e meio de idade e Gui tentava manter os cabelos muito loiros dos gêmeos Delacour em ordem. Gabriel e Frederico, os meninos dos quadrigêmeos de Gui e Fleur eram parecidos com Fleur, branquinhos e de cabelos muito loiros. Ao contrario de Giulia e Fabiane as meninas que como Veelas tinham uma beleza diferente e cabelos muito vermelhos como os de Gui e usavam um vestido azul-celeste com um enorme laço na cintura do mesmo rosa-claro da fita que enfeitava seus cabelos.
Rony andava de um lado para outro do quarto, parava, olhava as visitas pela janela, mas nada tirava a sensação de estar demorando demais para se decidir, a sensação que tomara conta dele nessas ultimas duas semanas.
-Rony voce não vai descer? – perguntou Harry ao entrar no quarto muito laranja do amigo.
-Já vou – respondeu Rony meio vago. – É... Mione já chegou?
-Ainda não. E ai já se resolveu?
-Que? Ah sim... Acho que...
-Pai – a voz de Hugo voltou aos ouvidos de Rony – Para de demora!
Rony ficou vermelho como um pimentão e sorriu para o futuro filho. Harry por sua vez ficou impressionado com a semelhança de Hugo com Rony. Não sabia o que dizer para o garotinho sentado no beiral da janela.
-Fala serio papai, mamãe não é tão brava assim é? – perguntou Hugo.
-Bem... Não.
-Então – começou Harry – acho que voce deveria ouvir seu filho – Harry não agüentou e começou a rir ao dizer isso.
Um estalo de alguém aparatando no quarto de Ginna fez o coração de Rony dar um salto.
-Pelas calças de Merlin, é Hermione.
-Papai – Rose apareceu na porta – Mamãe chegou e ela está tão bonita.
-A mãe de vocês é bonita. E voce se parece com ela Rose.
Apesar de não ser a Rose de verdade, a garotinha corou suavemente o que fez Rony sorrir e lembrar ainda mais de Hermione.
Os pequenos sumiram assim como apareceram.
-Seus filhos são lindos, Rony. – elogiou Harry.
-É eu sei.
-Para pra pensar: se eles estão conversando com voce é por que voce conseguiu pedir Mione em casamento e ela aceitou.
-Não é esse meu medo. É que aconteça algo com um de nos que não permita esse casamento.
-Eu tambem tenho medo disso. Mas se Rose e Hugo estão se comunicando com vocês é por que eles nasceram.
-Ok. Prometo não tirar o brilho do seu noivado, mas mamãe vai ficar muito feliz com seus dois filhos mais novos casando.
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Hefesto, ciente da festa de noivado de Harry e Ginna, achou melhor tentar libertar Augusta naquela tarde. Sem dementadores de guarda seria muito mais fácil. Sabia que Draco estava aos cuidados da Ordem da Fênix e cuidaria dele depois.
-Garoto idiota – pensara Hefesto – Como se deixara capturar assim tão fácil?
A prisão de Askaban ficava no meio do oceano. Distante. Coberta por um denso nevoeiro, uma fortaleza inabalável, de segurança máxima.
Hefesto não tinha idéia de como entrar, sabendo que uma vez lá dentro seria ainda mais difícil sair.
De pé, na areia, diante do imenso oceano, o velho podia ver a torre da prisão bruxa. Tão distante que parecia uma miniatura.
Sozinho e sem muitas opções, Hefesto se encostou a uma rocha a beira do mar. Pensativo o velho Malfoy pensou ter ouvido passos do matagal ao seu lado. Pareciam correr. Desencostou-se e tirou a varinha das longas vestes. Girou sobre os próprios pés analisando o local a procura de alguém. Mas não tinha ninguém lá. Somente ele. Voltou a se encostar-se à enorme rocha, mas com varinha em punho ainda.
O som de um graveto se partindo fez Hefesto erguer a varinha.
-Acalme-se Hefesto – disse uma voz feminina que vinhas do meio das arvores – Só vim ajudá-lo.
-Lestrange? Pensei que estivesse morta?
-E estou! Você também estava, no entanto estamos aqui – disse Belatriz saindo do meio das arvores e tirando o capuz que cobria seu rosto – um de frente para o outro.
Pálida e com as veias saltadas, o rosto de Belatriz Lestrange não lembrava nada do que fora um dia.
-O que a traz aqui Belatriz?
-Digamos que vim para te ajudar na nobre tarefa dos Malfoy. Por um ponto final da vidinha do Potter e todo o resto.
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O rosto de Ginna parecia ainda mais lindo iluminado pela luz do pôr-do-sol e as luminárias de luz azul que enfeitavam o jardim.
Luna e Neville chegaram logo depois que Hermione e Ginna desceram para se reunir aos outros. Neville trazia um enorme embrulho.
-Harry, minha avó mandou esse bolo de abóbora e pede desculpa por não poder vir.
-Tudo bem. – respondeu Harry que só havia visto a vó de Neville uma vez.
-Ah Neville – disse Sra. Weasley vindo na direção dos garotos – Me dê o bolo, vou colocá-lo na mesa.
Harry, Neville e Rony estavam juntos conversando próximo a mesa. Como de costume, Rony comia um pouco de tudo que estava na mesa, mas naquele começo de noite, estava comendo mais que o normal.
-Ah Rony – começou Neville tentando distrair o amigo – Na segunda feira da próxima semana o Chudley Cannons estará lá na redação da revista se você estiver a fim de ir...
Mas Rony não estava prestando atenção. Olhava na direção da arvore que testemunhou a promessa. A promessa que Harry já estava cumprindo. E ele? Rony Weasley? Não ia cumprir?
Rony colocou o copo de cerveja amanteigada sobre a mesa e foi até Hermione, Ginna e Luna que estavam embaixo da arvore.
-O que ele vai fazer? – perguntou Neville a Harry.
-Acho que sei o que ele vai fazer! – respondeu Harry com o coração explodindo de alegria. Aquele dia não poderia ser melhor.
-Ginna, Luna vocês podem me dar licença?
-Pra que? – perguntou Ginna risonha.
-Não é da sua conta... – respondeu Rony um pouco nervoso.
-Ok.
-Vem Ginna – puxou Luna – Acho que sei o que vai acontecer. – cochichou Luna para Ginna.
Ao darem as costas, Luna deu uma piscada pra Rony. O rapaz não sabia como, mas Luna sabia o que ele ia fazer.
-Ah Luna – disse Ginna com uma voz de quem queria rir – queria encher o Rony. Voce sabe com gosto de fazer isso.
-Eu sei. Mas quero sua ajuda.
Luna foi até a sala de visitas da Toca onde tinha colocado sua bolsa. De dentro dela tirou algo estranho. Que parecia uma goles de metal.
-O que é isso Luna? – perguntou Ginna
-Um rádio. É onde os trouxas ouvem musica.
Ginna ficou analisando o aparelho enquanto Luna tirava dois pequenos cilindros de uma embalagem de papel.
-Isso são pilhas. É o que faz o radio funcionar.
Ginna olhava tudo um pouco encantada. Apesar de fazer faculdade no mundo trouxa, nunca se interessou por essas coisas.
-O que voce vai fazer com isso?
-Uma surpresa pra Hermione e pro Rony.
Luna colocou o pequeno radio no beiral da janela. Uma musica baixa começou a tocar:
- The perfect words never crossed my mind
As palavras perfeitas nunca passaram pela minha cabeça
Cause there was nothing in there but you
Porque não havia nada além de você
I felt every ounce of me, screaming out
Eu senti cada parte de mim gritando alto
But the sound was trapped deep in me
Mas o som estava preso dentro de mim

-Mione eu...
-Fala Rony.
-Bom eu... Que isso? – perguntou referindo-se a musica.
-Coisas de Luna.
-Então, como eu ia dizendo... Acho que tenho algo pra dizer né?
Hermione deu risada do nervosismo de Rony.
-Hei não ri não!

-All I wanted, just sped right past me
Tudo que eu queria passou rápido por mim
But I was rooted fast to the earth
Mas eu estava preso bem forte à terra
I could be stuck here for a thousand years
Eu poderia ficar preso aqui por uns mil anos
Without your arms to drag me out
Sem os seus braços para me puxar

-Então diz logo!
-Ta bom – Rony pigarreou procurando força para dizer. – Mione eu... Quer dizer você...

- There you are, standing right in front of me
Aí está você, bem na minha frente.
All this fear falls away, you leave me naked
Todo esse medo vai embora, você me deixa nu.
Hold me close, cause I need you to guide me to safety
Me abrace apertado, porque eu preciso que você me guie para a segurança
No, I won't wait forever
Não, eu não vou esperar para sempre.

-Eu não podia esperar mais pra te pedir isso. Pra te falar isso.
O rosto de Hermione estava iluminado por uma luz azul que Rony notou que não vinha das luminárias.
A arvore, as flores estavam iluminando o casal. O que fez todos os convidados direcionarem as atenções para eles.

-In the confusion, and the aftermath
Na confusão, e nas consequências
You are my signal fire
Você é o meu sinal de fogo
The only resolution and the only joy
A única resolução e a única alegria.
Is the faint spark of forgiveness in your eyes
É o brilho enfraquecido de perdão nos seus olhos

-Hermione Granger, a garota mais linda e inteligente que já conheci e o único amor que tive. Voce quer se casar comigo?

- There you are, standing right in front of me
Aí está você, bem na minha frente.
All this fear falls away, you leave me naked
Todo esse medo vai embora, você me deixa nu.
Hold me close, cause I need you to guide me to safety
Me abrace apertado, porque eu preciso que você me guie para a segurança
No, I won't wait forever
Não, eu não vou esperar para sempre.

Todos os convidados presentes no jardim gritavam vivas durante o beijo que para Rony foi um sim e um alivio. Molly sorria e chorava de emoção ao mesmo tempo.
-Acho que agora elas terão que tricotar em dobro – disse Tiago para Duda que tambem aplaudia e sorria. O tio era realmente engraçado.

-Agora só falta voce Luna – brincou Ginna.
Luna corou levemente e sorriu ao ver Neville e Harry abraçados pelos ombros cantando “Até que enfim” pra Rony e Hermione.

-Acho que terei que me unir a vocês para fazer o enxoval – disse Sra. Granger para Molly e Lílian.
-Seja bem vinda. – respondeu Lílian, pois Molly ainda estava muito emocionada.
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Que mistério aquelas flores tinha Harry não sabia explicar. No entanto, as flores tiradas da arvore como símbolo da promessa que ele, sua agora noiva e seus amigos tinham feito, brilhava como louca na mão de cada um deles.
-Que estranho não? – disse Ginna – Voce sabe o que significa Mione?
-Não tenho certeza, mas isso é magia antiga. Aquela arvore tem quanto tempo Rony?
-Bom, ela sempre esteve ai. Nunca notamos nada de estranho nela.
Ginna ficou em silencio. Por um momento passou-lhe pela cabeça a solução do mistério.
-Lagrimas... – disse ela vagamente.
-O que disse Ginna? – perguntou Harry sentado ao lado dela.
-Minhas lagrimas. É isso! – disse a jovem se levantando – Acho que foi as tantas vezes que chorei por Harry embaixo daquela arvore que deu poder a ela.
-Você chorou por mim? – perguntou Harry risonho, mas sem graça.
-Bem... Sim! – a garota corou. Mas Harry não era o tipo de rapaz que não se gabava por isso – Na época de Voldemort, minha preocupação com voce era constante. Muitas vezes sentei embaixo daquela arvore e... Bem, chorei. Acho que foi isso!
Hermione estava disposta a saber mais sobre o assunto.
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Belatriz conjurou um barco para que ela e Hefesto pudessem chegar às escondidas ate a fortaleza de Askaban.
A travessia foi silenciosa. Belatriz tinha os olhos fundos fixos no horizonte. Enquanto Hefesto olhava firmemente para a torre no meio do oceano.
-Só há um jeito de entrar. – disse Bela descendo do barco – Do mesmo modo que meu primo, Sirius fugiu há anos atrás.
Os olhos da bruxa perderam seu intenso negro e ficaram amarelos. Em segundos, Belatriz Lestrange se tornara um águia.
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A semana passou rápida e pesada com a noticia de que Draco conseguira fugir de Askaban. Em todas as fotos que saíram nos jornais e revistas uma estranha águia sobrevoava a torre da prisão.
Harry notara que Duda estava disposto a ajudar da captura de Malfoy e que Tiago, seu pai estava pensativo e passava horas no escritório do Largo Grimmald numero 12.
Lílian desconfiava que Tiago estivesse aprontando e sairia de lá com uma idéia mirabolante. Afinal, Tiago tinha junto com ele no escritório,um livro de transfigurações e uma caixa de correspondências de Sirius, Lupin e Rabicho em sua época de escola.

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