Luna Lovegood e Neville Longbo



Luna passeava pelos corredores da edição do Pasquim, com umas pastas na mão e um fone de aparelho de som trouxa no ouvido.
Como sempre, andava feliz e sonhadora, saltitando ao som da musica.
Luna parou na primeira porta e bateu.
-Pode entrar – disse uma voz seria lá de dentro.
-Oi Neville.
Neville levantou os olhos e olhou Luna soltando um belo sorriso para a garota.
-Oi Luna – disse ele meio sem graça. Depois de cinco anos trabalhando juntos, Neville ficava assim quando encontrava Luna pelos corredores, e pior quando ela ia a sua sala. Ela estava tão diferente. – O que você tem ai?
-Ah sim. – disse a moça tirando os fones do ouvido – Isso é um mp3. Coisa de trouxa...
-Não é isso. – disse ele sorrindo e parando ao ver Luna corar. – O que tem nas pastas?
-É a parte do seu texto sobre os melhores herbologistas do mundo da magia. Papai pediu que eu trouxesse.
-Obrigado Luna. – agradeceu Neville se levando e pegando as pastas dos braços de Luna.
-Por nada – olhava ela sonhadora para o rapaz.
Neville havia crescido muito nesses últimos cinco anos. Assim como ela. Estava mais confiante nas coisas que fazia.
Depois da guerra, Luna começou a trabalhar em artigos musicais no Pasquim, o que a fez comprar esse aparelhinho tão estranho dos trouxas. Queria conhecer musicas dos trouxas e fazer os outros bruxos conhecer. Isto tinha trazido um grande sucesso ao Pasquim. O pai de Luna, que se tornou editor chefe, também contratou Neville que gostou da idéia e tinha duas paginas reservadas no Pasquim, para falar sobre Herbologia, sua grande paixão.
Luna e Neville se tornaram grandes amigos desde então. Mas de uns tempos pra cá, essa amizade tem fica muito mais forte e todas as vezes que os dois se encontravam, era caso de alguns desastres, pois os dois ficavam bem sem graças quando pertos um do outro.
-Bom – começou Luna – eu vou indo. – a garota andava de costas na direção da porta ate tropeçar em uma mesinha e cair sentada sobre ela.
-Esta tudo bem? – perguntou Neville vindo a sua direção.
-Esta sim. Obrigada.
Os dois ficaram se olhando por um tempo. Ate que uma bruxa baixinha, Lina, faxineira do prédio, entrou correndo na sala.
-Vocês estão com o radio ligado? – sem dar tempo de Neville e Luna responderem ela continuou – O ministro esta dando uma entrevista sobre o caso da casa que explodiu.
O casal despertou de seus devaneios e se dirigiu ao aparelho de som muito antigo em cima da mesa de Neville.
A voz do senhor Weasley, Ministro da magia invadiu a sala. Pelo que Luna e Neville sabiam dele, Artur nunca esconderia da comunidade bruxa algo que tivesse descoberto e que fosse suspeito.
-Eu estou tratando pessoalmente do caso, junto com os responsáveis do departamento de catástrofes e acidentes mágicos. O rapaz visto saindo da casa na hora da explosão ainda não foi identificado e graças a Merlin, não houve vitimas. O motivo da explosão, possivelmente, foi pelo mau uso da lareira que existia no casebre. Em caso de mais detalhes informaremos com certeza. Obrigado.
A voz de Artur deu lugar a uma voz esganiçada de um homem que anunciou os comerciais.
-Caramba – disse Neville – Quem será o cara que fugiu? Pelo jeito é bruxo.
-Com certeza. – disse Luna massageando a perna – Mau uso da lareira? Ele não devia estar bem. Não tem segredo algum no uso da lareira.
-Bom eu vou indo – disse Lina – tenho que dar um jeito na sujeira desse corredor. Parece o pior do prédio.
Luna e Neville deram um sorriso para Lina enquanto ela saia.
-Isso tudo é muito estranho.
-Acho que vou falar com a Ginna ou a Mione. Elas devem saber de alguma coisa – disse Luna – Tchau Neville. – a garota saiu e recolocou os fones no ouvido.
Neville se sentou em sua mesa e começou a analisar os papeis que Luna havia deixado. Mas não conseguia prestar atenção, estava inquieto. Algo estava errado naquilo tudo. Neville se levantou e foi ate a coruja empoleirada ao lado do armário.
-Amy – disse ele acordando a coruja – vai fazer um favor pra mim.
O garoto pegou um pedaço de papel e começou a escrever.
-Leve isso para o Harry. É urgente.
Neville abriu a janela e viu a coruja sumir no horizonte seguindo para o Largo Grimmaud número 12.
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Harry chegara depois de mais um dia cheio no ministério. A mochila cheia de livros foi jogada no canto do quarto antes de Harry descer as escadas correndo.
-Boa noite querido – disse Lílian – Isso chegou pra você. – Lílian entregou um pedaço de papel a Harry.
-Obrigado mãe. – disse o garoto enquanto se sentava no sofá.
-Seja lá o que for, pode esperar não pode? Você não comeu nada o dia todo. Você é um bruxo, mas não é de ferro Harry Potter.
Harry já havia se acostumado com aquilo. Se Lílian o chamasse pelo nome todo, era por que estava realmente brava.
-Calma mãe. Eu comi umas coisas na rua e...
-Mas não se alimentou direito. Venha vamos jantar.
Harry sabia que não podia discutir com Lílian Potter. Sentou-se a mesa ao lado de seu pai e de Dobby.
-Mãe, onde esta tia Mila?
Lílian deu um sorriso para Tiago e respondeu:
-Sua tia foi dar um passeio.
-Com quem?
-Moody.
-Moody?
-É – disse Tiago – Eles tem se tornado grande amigos nestes últimos meses.
Harry parou para pensar. Moody hoje estava realmente alegre para seu normal. Harry deu um sorriso.
-O que tem para o jantar? – perguntou ao perceber que estava realmente com fome.
-Sua mãe, tem aprontado muito na cozinha. Hoje ela resolveu fazer lasanha. – disse Tiago fazendo uma careta e aproveitando que Lílian não estava lá.
-Pronto – disse Lílian trazendo uma travessa que soltava uma fumacinha.
-O cheiro esta bom. – disse Harry.
-Não confie no cheiro – brincou Tiago.
Lílian o olhou brava enquanto servia.
Harry colocou a primeira garfada na boca e olhou para o pai. Tiago deu um sorriso.
-E então? – perguntou Lílian.
-Está ótimo mãe – mentiu Harry.
-Não ta não – disse Dobby – Mil desculpas Sra. Lílian, mas não ta lá essas coisas.
-Não sei como os trouxas vivem sem magia. – disse Lílian conjurando uma panela de comida pronta. – É impossível.
Harry sorriu. Lembrou-se dos Weasleys, eles não conseguiriam viver sem magia. Sentia saudades das confusões naquela casa.
Depois do jantar, harry apanhou a carta de Neville que tinha deixado em cima do sofá. Abriu e começou a ler:
“Ola Harry, como esta? Espero que bem. Não sei se tem lido o Profeta ou ate mesmo o jornal trouxa, mas a noticia das ultimas semanas tem intrigado muito o mundo trouxa e o mundo bruxo. Uma casa de beira de estrada que explodiu sem deixar mortos. Graças a Merlin não é? Mas o que mais intrigante, é o jovem que foi visto correndo na direção oposta a casa, depois que ela explodiu. A foto dele foi publicada no profeta e no jornal trouxa. Preste atenção nos olhos dele, você com certeza vai lembrar de alguém. Um abraço e ate mais. Qualquer coisa pode me encontrar na edição do Pasquim.”
Harry ficou pasmo. Estava realmente fora do ar. Nem sabia da tal casa que explodiu.
-Mãe – gritou ele.
-Sim Harry – respondeu Lílian da cozinha.
-Tem algum Profeta por ai?
-Tem sim, em cima da mesinha do telefone.
Harry se levantou e pegou o jornal. Na primeira pagina a foto dos bombeiros apagando o fogo da explosão. E no canto da foto, um rapaz corria. Procurou dentro do jornal, onde podia ler a reportagem.
Na pagina cinco, ele reconheceu o rapaz que neville havia dito na carta.
-Malfoy. – sussurrou ele.
-Disse alguma coisa Harry? – perguntou Tiago entrando na sala.
-Pai, sabe a tal casa que explodiu?
Tiago acenou com a cabeça positivamente.
-O rapaz que viram correndo. É o Malfoy. Draco Malfoy.
-Mas Harry, ele não estava morto?
-Não sabemos. O ministério não achou o corpo dele. Ele foi dado como morto sim, mas não houve certeza.
Tiago começou a andar pela sala.
-Por que você não conversa com Artur? Ele deve saber de alguma coisa.
-Faz tempo que não falo com ele. E é difícil encontrá-lo no ministério.
-Vá ate a casa dele. Lá você o encontrará com certeza.
Harry concordou com o pai. A imagem de Ginna sentada no sofá da Toca, veio a sua mente involuntariamente. Mas sumiu, quando Mila entrou na sala.
-Boa noite a todos – disse ela se sentando no sofá e tirando os sapatos altos. – Que noite linda não é?
Tiago e Harry se olharam. O que estava acontecendo? A noite não estava la essas coisas, estava chovendo.
-Mila você esta bem?
-Estou ótima Tiago. Ótima. Onde esta Lílian?
-Estou aqui. – disse Lílian entrando com um prato na mão e seguida por Dobby que estava com um pano de prato.
-Que bom que estão todos aqui. Tenho uma novidade para a família Potter.
Todos se sentaram esperando que ela falasse.
-Hoje Moody me levou a um restaurante lindo em Hogsmead e lá...
Mila se levantou e mostrou à mão direita a família.
-... Ele me pediu em casamento.

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