Sangue



Capítulo 5 – O sangue.


O sangue é vermelho como o amor
Doce como a paixão e
Amargo como a desilusão

O sangue é importante
Para os amigos e inimigos.
O sangue é simplesmente sangue,
Não importa o quanto sangre.

Mas o sangue é acima de tudo
Sua maior bênção
E sua maior perdição
Por que no final, independentemente de você,
Ele afetará seu coração.

***

Sentia um dor alucinante nas costas... O corte que aquele bastardo do Voldemort tinha feito em seu ombro sangrava e latejava muito... Seus cabelos ruivos, antes brilhantes e cheirosos agora estavam sujos e fediam a lama... Não teve tempo de raciocinar... Em um minuto estava de pé se segurando pra não gritar de dor e no outro estava estendida no chão, seu rosto sangrando devido a pancada que levara.
Viu horrorizada quando quatro homens encapuzados começaram a se aproximar dela.
Sentiu a adrenalina brincando com suas emoções e o terror se apoderando de seu corpo.
Quando o primeiro homem tocou sua blusa, ela, tirando forças de um lugar desconhecido deu um soco na cara dele.
- Não se aproximem! – a ruiva gritou aterrorizada.
Os homens apenas riram e voltaram a caminhar em sua direção.
Dois deles a seguraram pelos braços, enquanto outro rasgava sua blusa e o outro lambia sua barriga...
Gina começou a espernear e gritar e num momento de completo terror deu uma cabeçada num deles...
Esse completamente cego de raiva, mandou os outros se afastarem e a agarrou pelos braços, depois desferiu-lhe um soco no estômago.
Gina gritou alucinada de tanta dor, mas teve forças de cuspir o sangue, feito pela pancada, na cara do comensal.
- Já chega princesinha! – ele falou – Você sabe que não vai conseguir evitar o inevitável.
- Seu miserável... Seu filho de uma meretriz...! – Ela disse com a voz fraca.
- Ora Weasley... Você acha mesmo que me insultando vai me fazer desistir de te ter?
- Vai se fud...
- Olha a boca garotinha! Com quem você acha que está falando? – O comensal falou puxando o cabelo dela, e nesse instante ela não pode conter mais as lágrimas de dor que insistiam e cair.
- Vamos nos divertir logo! – Um encapuzado falou impaciente para o outro.
- É claro... Mas antes...
O comensal nem terminou de falar. Já partiu pra cima da garota a espancando...


Gina Weasley acordou completamente suada em seu dormitório. Finas lágrimas caiam por seu rosto e ela tentava de todo modo controlar sua respiração. Depois de aproximadamente cinco minutos, começou a organizar seus pensamentos...
Por que será que ela tinha sonhado com esse dia? Fazia mais de um ano e ela já tinha superado.
- É eu superei - Ela murmurou para si mesma... Superou, mas não esqueceu! Sua mente insistiu em gritar.
Se encaminhou para o banheiro silenciosamente para não acordar suas companheiras de dormitório e quando se fitou no espelho viu sua imagem muito pálida. Abaixou a alça da delicada camisola que usava e tocou a cicatriz de seu ombro que Voldemort havia feito.
Derrepende outra pergunta a atormentou: Por que será que Voldemort não a havia matado?
Depois de pensar por um minuto, decidiu que deixaria esse assunto pra depois.
Fitou-se novamente no espelho, lavou rapidamente o rosto e voltou para sua cama, mais relaxada.
Seu último pensamento antes de cair no sono, foi que falaria com Harry não dia seguinte.
*====*====*====*
- O QUE? - Rony gritou vermelho
- Isso mesmo Rony. – Gina falou pela centésima vez – Eu e Harry estamos namorando... Algum problema?
- Por que vocês não me contaram? – Ele murmurou mais vermelho ainda.
- Nós começamos a namorar ontem a noite – Harry explicou entediado. Gina tinha dito que precisava falar com ele, e ele estava se remoendo de curiosidade. – Depois nós passamos na cozinha pra comer alguma coisa e quando fomos nos deitar logo em seguida, você e Hermione já haviam se retirado.
- Pois eu estou muito feliz por vocês dois! – Hermione falou os abraçando – Sinceramente eu acho que vocês demoraram muito pra ficarem juntos! Formam um casal tão lindo!
- Ta bom, ta bom... – Rony falou por fim ao ver que ninguém se importaria de qualquer maneira com sua opinião – Eu também fico feliz por vocês.
- Ótimo, agora já que estamos em paz, e todos entraram num consentimento eu preciso falar com o Harry, em particular. – Gina disse segurando seu namorado pela mão e o puxando para ir ao seu dormitório particular.

Chegando lá, Gina se sentou na cama dele e suspirou. Seus olhos se encheram de lágrimas, mas ela não chorou. Não iria dar esse gostinho a quem a havia machucado.

- O que aconteceu? – Perguntou Harry preocupado, enquanto beijava ternamente a mão dela.
- Eu sonhei com o dia do ataque a Hogwarts e... Revivi quase todos aqueles momentos horríveis...
- Oh Merlin! E você está bem? – Ele questionou enquanto a abraçava.
- Estou... Só queria saber o por que deu ter sonhado com isso depois de tanto tempo...
- Sinceramente eu não tenho nem idéia. Mas eu sugiro que não se preocupe com isso agora. Se você sonhar com uma coisa estranha de novo nós falamos com Dumbledore, tudo bem?
- Claro – Ela respondeu sorrindo.
- Por que eu tenho a leve impressão de que minha boca clama pela sua? – Harry mudou de assunto drasticamente, antes de colar seus lábios nos dela de um jeito arrebatador.
- Acho que é por que eu também sinto isso – A ruiva disse por entre os lábios dele sem deixar de beija-lo.
- É bom saber...

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- Pó Mione... Só mais um beijinho! – Rony murmurou suplicante no ouvido da namorada, que estava escrevendo freneticamente num pergaminho.
- Nada disso Rony... Nós precisamos estudar para os NIEM’s! – Hermione respondeu sem desgrudar os olhos do que estava fazendo.
- Mas nós ainda estamos em setembro! É o primeiro mês de aulas!
- Ronald! Francamente se você não se importa com seu futuro a culpa não é minha. Mas eu me importo com o meu!
- É claro que eu me importo! – Ele respondeu carinhoso o que a surpreendeu. Normalmente eles teriam começado uma discussão. – Meu futuro é você! E eu não preciso de mais nada se você estiver do meu lado!
Hermione ficou de boca aberta. Onde estava o Rony insensível com qual era acostumada? Fora burra em não reparar em o quanto ele amadurecera a ponto de fazer uma declaração dessas pra ela.
- Ah Rony... – Ela murmurou desistindo de estudar. – Você é tão...
- Tão...?
- Perfeito! – Hermione respondeu enquanto se jogava nos braços dele. – Eu nunca esperaria uma coisa dessas de você! Foi tão lindo!
Rony sorriu satisfeito consigo mesmo. Realmente havia amadurecido muito nesse último ano.
- A Mione... Você sabe que eu te amo né? Não é sacrifício falar isso.
- Eu também Rony... Eu também te amo – ela falou fracamente antes de beija-lo carinhosa. E nesse instante o humor de Rony melhorou completamente...



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- ... daí o Tio Valter, queimou minha mão no fogo e disse que era pra isso servir de lição por ter deixado a água ferver de mais. – Harry terminou um história que estava contando pra Gina, com um olhar triste.
- Mas que ignóbeis idiotas! – Gina falou indignada – Você só tinha sete anos! Ah, mas se eu cruzo com eles... Melhor! Vou escrever uma carta pro Fred e pro George e aí sim eles vão conhecer o significado da palavra do termo “JUSTIÇA SEJA FEITA!”. Eles vão se arrepender de cada tapa e maltrato...
- Que é isso... Não precisa disso tudo. E de qualquer modo já passou... Agora eu tenho uma vida ótima e sou muito feliz. Já os perdoei por isso. Não guardo rancor. Mas também não vou trata-los como se fossem deuses.
- Humpft! Já ouviu falar em vingança de namorada? E além do mais, umas vomitilhas e uns febricolates não vão fazer mal a eles!
Harry simplesmente riu antes de perguntar:
- E a sua infância? Como foi?
- Foi normal. – Ela disse simplesmente – Quando eu comecei a andar mamãe disse que eu era quase pior do que os gêmeos. Eu bagunçava de mais. Depois quando eu cresci um pouco mais, mamãe contava histórias que me fascinavam... Sobre um certo garoto que conseguiu sabe-se lá como acabar com você-sabe-quem... Que era um bruxo muito mal... Ela dizia também que esse menino tinhas os olhos verdes mais lindos do mundo...
- Sua mãe disse isso? Dos olhos? – Harry perguntou corado.
- Bem, pra falar a verdade, não. Mas eu estou dizendo agora né?
- Meus olhos são verdes como um sapinho cozido... – Ele cantarolou, só pra irrita-la.
- Ei! Não precisa lembrar ta? Eu era muito criança naquela época! – Ela disse vermelha.
- Ah mon petit… Você ainda é uma criança! – Ele provocou novamente.
- Ah sou é? – Ela falou maliciosa enquanto o empurrava deitado na cama, em que eles conversavam sentados.
- Gina...
Gina nem deu tempo de resposta, simplesmente o beijou loucamente como se fosse o último beijo que eles teriam. Depois enquanto ele estava dopado de mais pra falar alguma coisa, ela prendeu os braços dele com algemas na cama (que ela havia conjurado).
- Você ta louca? – Ele perguntou assim que se tocou sobre o que ela tinha feito.
- Não lindo, não estou...
- Meu Deus Gina! Olha só o que você fez!
- Eu ainda não fiz nada...
Numa velocidade incrível, ela pegou uma pena em cima de uma escrivaninha e se pôs a fazer cócegas no pé dele.
- AHHHHH - Harry gritou morrendo de rir – Para! Para! Para!
- Então diga que eu não sou criança! – Ela falou parando por um momento com a “tortura”
- Não falo. Nem se me pagassem!
- Ah é assim? Então ta!
Gina parou de fazer cócegas no pé e foi pro pescoço dele.
- Não... Para! Para por favor! – Harry falou com lágrimas nos olhos de tanto rir.
- Então diga... Diga que eu não sou uma criança! – Ela falou dessa vez sem parar com a seção “vamos tortura-lo”.
- Ta, ta... Eu me rendo... Me... Rendo... Você... Não é... Uma criança. – ele falou com dificuldades de respiração.
- Mmm... E o que eu sou? – Ela perguntou já o soltando das algemas.
- A mulher da minha vida! – Ele falou enquanto a puxava pela cintura.
- Finalmente alguma coisa que preste... – Gina murmurou antes de Harry a beijar carinhosamente.

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Estava caminhando numa sala escura, não tinha nenhuma mísera luz que pudesse guia-la então começou a andar reto, e percebeu que era um corredor.
Seus pés descalços estavam gelados devido o contato com as pedras geladas do chão.
Começou a gritar desesperada, mas sua voz não saía. Quando pensou que ia desmaiar de desespero as luzes se acenderam e ela começou a caminhar em direção a um porta que estava bem próxima à ela.
Receosa, sua mão tocou a maçaneta de ouro, e delicadamente a girou. Quando entrou na sala quase teve um enfarte. Lord Voldemort bebia vinho sentado em seu trono das trevas.
Sem que pudesse controlar seus atos, se sentou em uma cadeira, estufada de verde escuro, com detalhes em dourado, bem em frente a ele.
- Ora, ora, ora Ginevra... Que bom revê-la...
- Não posso dizer o mesmo Tom! – Gina falou firme, sua voz finalmente havia voltado.
- Onde estão seus bons modos? – Ele perguntou divertido.
- Devem estar no mesmo lugar em que seu nariz se escondeu! – Ela falou venenosa, mas por dentro estava se corroendo de medo.
- Olha... Parece que você aprendeu a ter uma língua afiada...
- Por que você não cala sua boca e me deixa em paz?
- Vem calar! – Ela falou com um tom de voz completamente descontraído.
- Minha mão não é tampa de esgoto, Voldie! – Ela falou enquanto cruzava as pernas num gesto gracioso, mas que deixava bem claro que não teria medo de enfrenta-lo.

Voldemort passou os olhos pelo corpo dela e soltou um risinho malicioso.

- Você está bem crescidinha não é?
- Nossa! Que brilhante conclusão! Acho que nem Merlin percebeu que as pessoas crescem! Devo venera-lo por isso? – Ela falou sarcástica.
- Gininha... Não se estresse... Vim te fazer uma visitinha e é assim que você me agradece?
- Oh meu Deus! Desculpe a má educação! Sei o quanto fui mal educada! – O sarcasmo em sua voz aumentou – Quer que dê um beijinho na barra do seu vestido?
- Não seja insolente... – Por nenhum momento Voldemort demonstrou sinais de irritação – Só queria fazer uma pergunta e te dar um presentinho. Nada de mais.
- Eu não vou falar nada pra você seu protótipo de cobra!
- É verdade que você está namorando o Potter? – Ele perguntou enquanto fixava os olhos nas pernas dela.
- Isso não é da sua conta! – Gina falou fracamente e se odiou por isso. Voldemort poderia fazer qualquer coisa com ela, mas Harry tinha que ficar em segurança.
- Mmmm... Obrigado… Sei o quanto os pombinhos devem estar felizes! – Ele falou triunfante para ela.
Gina descruzou as pernas e se levantou.
- Olha aqui Voldemort! Se você ousar fazer qualquer coisa contra nós, eu juro que te estrangulo seu veado desgraçado! Não tente fazer nada... Você sabe muito bem o que eu posso fazer!
- Sei é...? Então eu acho que me esqueci.
- Olha aqui, seu merda... Eu não te devo explicações então por que você não perde seu tempo na Narizolândia, procurando seu nariz, em vez de ficar me atormentando?
- Agora você passou dos limites mocinha! – Ele falou, mas ainda estava calmo.

Em um gesto repentino, ele saiu de seu trono e a puxou contra ele.
Gina fez uma cara de completo nojo, e não pode conter a exclamação surpresa quando Voldemort rasgou sua blusa e tocou sua cicatriz nas costas. Depois disso tudo aconteceu muito rapidamente: Voldemort fez a cicatriz sangrar, beijou a barriga de Gina, e ela tremendo de dor e nojo chutou bem no meio das “bolas” de Voldemort. Ele, morrendo de raiva deu um tapa na cara dela que, nervosa devolveu o tapa.

- Você sabe que eu posso te matar agora não é? – Voldemort perguntou com raiva.
- Sei, mas você não vai fazer isso, por que de algum modo precisa de mim! Agora me deixe sair daqui!
- Como queira... – Ele falou passando a mão na bunda dela, e ela deu um grito fortíssimo, e depois um soco na cara dele. – Não toque em mim! Se se aproximar de novo juro que vai se arrepender! Seu completo idiota!
- Tudo bem, tudo bem... Você quer se guardar pro Potter não é?
- Isso não te interessa! Agora me deixe sair daqui!
- Claro... Só me deixe fazer mais uma coisinha...

Voldemort se aproximou dela, que recuou, mas ele segurou seus braços e depois beijou seu pescoço e enquanto isso fazia movimentos circulares em sua barriga.

- Para! Droga para! – Nessa hora o medo a venceu ela começou a chorar desesperada, lembrando da primeira vez em que foi assediada.

Voldemort não parou, deu um tapinha na barriga dela e quando ia tirar o sutiã preto que Gina usava, ela desferiu uma cabeçada nele...


Gina acordou suada em seu dormitório. Sentia muita dor e nojo de si mesma. Como aquele panaca tinha a audácia de fazer isso com ela? Parecia tão irreal... Voldemort o todo-poderoso, havia querido a possuir... Isso era completamente nojento... Sentiu as lágrimas escorrendo por seu rosto freneticamente, mas teve que conter um soluço desesperado, por que senão suas companheiras de dormitório acordariam e a encheria de perguntas... Felizmente ela havia acordado... Não gostava nem de imaginar o que teria acontecido se Voldemort fizesse o que pretendia fazer.
Quando se preparou pra sair da cama, viu que os lençóis brancos estavam completamente sujos de sangue.
Sua cicatriz sangrava muito.
Levantou delicadamente a camiseta branca que usava e viu que sua barriga estava completamente vermelha, como se alguém tivesse passado gelo por muito tempo e tivesse queimado.
Voldemort havia feito alguma coisa com seu ventre... Só esperava que não fosse nada de muito grave.



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N/A: Oieeeeee gostaria de agradecer à todos o coments! São realmente muito importantes!
Não deixem de comentar por favor!!! Adoro muito vcs!

Beijokitas

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