Destino



Qual seria a graça da vida, se não houvessem riscos? Às vezes nossa vida parece muito perigosa, mas tudo faz parte de nosso destino... E o destino? Ele existe? Ou é tudo fruto da nossa imaginação?
***

Harry e Gina agiam como se nada tivesse acontecido. Já haviam se passado três dias, Gina havia voltado a falar com Rony e Harry havia voltado a se isolar. Quando Gina percebeu isso, lançou um olhar cortante à ele, mas não disse nada...

Era quinta-feira e Harry andava distraidamente pelos corredores de Hogwarts, quando Hermione apareceu ofegante em sua frente...
- Harry... Nós precisamos conversar! – Ela falou decidida enquanto o puxava para uma sala de aula vazia.
- O que foi agora? – Ele perguntou frio, no que ela lhe repreendeu com o olhar.
- Sinceramente Harry, eu não te entendo!
- Nem tente Mione... E avise pro Rony não tentar também! – Respondeu Harry sem nem saber qual era o assunto.
- Que droga Harry! Uma hora você aparece todo contente... Depois age como se todos os outros, excluindo a Gina, fossem completos desconhecidos!
- O que você tem contra a Gina?
- Nada! Ela é minha melhor amiga! Mas você não pode fazer isso comigo e com o Rony! Nós também somos seus amigos! E se isolar não vai adiantar nada!
- Olha...
- Harry! Sabe o que eu acho? Que você está com medo!
- Medo? Eu?
- É... Você acha que se aproximando do resto do mundo vai perder o foco de acabar com Voldemort! E você só convive com a Gina por que ela é a razão que você tem pra continuar vivo! E pra continuar vivo você tem que acabar com Voldemort!

Nessa hora Harry corou fortemente.

- Como você sabe que eu sou apaixonado por ela? – Ele falou ainda corado, tirando o tom frio da voz.
- Eu não tinha certeza. Você acabou de me confirmar! – Ela respondeu sorrindo vitoriosa.
- Droga! Você sempre me pega.
- É que eu te conheço bem Harry. Eu vejo os olhares que você manda pra Gi...
- Você acha que eu tenho alguma chance... Quero dizer... Se eu tiver alguma coisa com ela eu vou estar a pondo em risco não é?
- Claro que não! Não seja idiota! Como você mesmo disse poucos dias atrás, nós estamos em guerra! Todos corremos perigo!
- Eu sei… Mas eu sou o alvo principal! Voldemort pode tentar usa-la com isca!
- Puts Harry! Será que você não entende? Voldemort poderia pegar os seus tios que você odeia, e do mesmo jeito você iria atrás deles!
- Você quer dizer que...
- Que você e Gina são perfeitos um pro outro, e que uma namorada te faria muito bem!
- E você acha que ela ainda gosta de mim?
- Por que você não pergunta pra ela? Olha Harry... Eu só quero te dizer, que eu e o Rony vamos estar sempre com você. Não importa o que aconteça... Nada vai poder nos separar... Nem você!
- E por falar em Rony... Onde ele está?
- Humpft! Em detenção! Ele espirrou na aula do Snape... Sabe como é né? E foi melhor que ele não viesse mesmo...
- Você acha que ele vai pirar quando souber que eu gosto da irmãzinha dele?
- No começo sim... Mas depois acho que ele vai gostar... Sabe... Eu tenho certeza que ele prefere que Gina tenha você como namorado do que um outro qualquer aí...
- Ow... Isso é bom...
- Agora eu sugiro que fale logo com ela. Bem, a Gina não vai te esperar a vida inteira!
- Agora eu sei com que voz a voz da minha consciência se parece – Harry murmurou pra si mesmo...
- Bem Harry... Eu tenho que ir... Tenho um livro de Runas novinho pra ler...
- Ta... Até mais e... Obrigado!
- Que nada... É pra isso que servem os amigos não é? – Hermione se aproximou dele e lhe deu um abraço fraternal... – Não se isole mais Harry.
- Pode deixar... Não pretendo mais fazer isso.
- É bom mesmo... Tchau!

Hermione saiu da sala e Harry se pôs a pensar... Teria que arrumar um jeito de convencer sua ruivinha... Afinal de contas ele não podia chegar e simplesmente dizer: “ E aí gata, rola uns amassos ou não? ” Convencer Gina ia ser um grande prazer... Gina era sua metade da laranja e tê-la junto a si seria como um sonho.Sacudiu a cabeça e tirou esses pensamentos da mente... Eram muito melosos. Suspirou resignadamente e resolveu ir caminhar pelos jardins... Não estava com a mínima vontade de jantar...
Quando chegou ao jardim sentou-se numa árvore perto do lago e o observou a sombra da lua... Ela brilhava tranqüilamente... Passados alguns minutos... A sombra da lua foi fundida com a de uma garota de cabelos ruivos.

- Hei Pitu... Por que não foi jantar? – Ela perguntou enquanto se sentava ao lado dele.
- Ah... Eu precisava ficar um tempo sozinho... – Ele respondeu ignorando o apelido que ela havia usado.
- Ah... Então eu estou indo... Sabe... Pra não te... Atrapalhar... – Falou levantando-se.
- Não! Não vai... Fica... Você não me atrapalha – Harry falou a segurando pela mão e depois a puxando para se sentar de volta.
- Já que insiste...

Quando Gina se sentou, Harry se deitou na grama e apoiou sua cabeça no colo dela, que começou a fazer cafuné nos desarrumados cabelos dele. Ficaram em silêncio por um grande tempo... Somente sentido a paz que aquele momento emanava...

- Às vezes eu queria que as coisas fossem mais fáceis. – Harry começou – Eu gostaria que meus pais estivessem vivos... Que Voldemort não existisse... Mas aí eu penso que se tudo isso acontecesse talvez eu não conhecesse o Rony, a Mione... Você... E por mais que eu odeie o que Voldemort fez em minha vida... Eu amo tudo de bom o que eu tenho agora.
- Talvez... O destino tenha escolhido por esse caminho... – Gina murmurou simplesmente.
- Você acredita em destino?
- Sim... O destino de todos é a morte... O que acontece entre o nascimento e ela é uma questão de visão... Você pode escolher entre viver cada instante da vida intensamente ou pode escolher viver em função de tentar evitar a morte... Uma coisa que é cruel pra mim, pode ser normal pra você... Mas no final, tudo vai levar ao mesmo lugar. De qualquer maneira você vai morrer... Você pode aceitar isso ou não. E se você aceitar você vai ter coisas mais importantes que se preocupar.
- Você quer dizer, que no final tudo vai levar à mesma coisa? Que não importa o quanto você lute, você sempre vai acabar morto? E que não tem sentido lutar?
- Não. O que eu quero dizer... É que você tem o poder de escolher. Você tem livre-arbítrio. – Ela suspirou –Você é incrível Harry... Porque você tem a chance de mandar o mundo pro inferno e ser feliz, mas você pensa nos outros em primeiro lugar... Eu acho que você pode se preocupar com você também... Sabe... Conciliar as duas coisas? E a coisa mais importante que eu tenho pra dizer... É que algum dia Voldemort vai cair... Pode demorar séculos... Anos... Mas a morte é nossa única certeza... E nem mesmo ele pode fugir disso.

Harry não respondeu... Apenas sorriu para o nada tentando arrumar coragem para se declarar... Agora mais do que nunca, tinha certeza de que Gina era a mulher perfeita pra ele. Ela não o tentava impedir de lutar... Apenas o fazia ver que a vida não era só isso... Olhou para o rosto dela e viu seus olhos num tom de castanho tão claro que parecia dourado... Sua bochecha estava levemente corada e suas fracas sardas pareciam se destacar a luz do luar. Harry sentou-se e inverteu as posições... Agora era ele que fazia carinho nos longos cabelos da ruiva que estava deitada.

- Você me inspira... – Ele murmurou por fim.
- Perdão? – Ela retrucou abobada.
- É... Eu... É isso mesmo que você ouviu. Você me inspira.
- Como assim eu te inspiro?
- Assim...

Harry aproximou seus lábios delicadamente dos dela, antes de cobri-los num selinho simples, mas demorado. Não aprofundou o beijo. Somente a fez sentar-se e a abraçou.

- O que foi isso? – Gina perguntou afundando seu rosto na nuca dele.
- Bem... É que... Hãn...
- O que? Fala...
- Ginevra Weasley, eu te amo mais que tudo no mundo! Pronto falei!

Por um momento Gina olhou em seus profundos olhos verdes, completamente cética, mas depois viu naquele olhar tudo o que podia querer no mundo: Amor, carinho, proteção, companheirismo, amizade, desejo...
Depois sorrindo abertamente tomou a iniciativa de beija-lo, profundamente dessa vez.

Os dois beijavam-se de tal maneira, que se olhassem atentamente era possível notar uma fina áurea branca os rodeando...

Sentiram borboletas no estômago, e seus corações batiam no mesmo ritmo acelerado, um ritmo quente, apaixonante... Quando seus pulmões clamaram urgentemente por ar, lentamente se separam, e ficaram por um longo tempo abraçados... Inebriados de tanta felicidade...

- Eu também te amo Harry – Gina murmurou no ouvido dele, quando sua voz resolveu voltar. – Sempre amei...

Harry sorriu abertamente, e beijou a pontinha do nariz dela, enquanto disfarçadamente fazia um floreio com a varinha.

- Então... Quer namorar comigo? – Ele perguntou enquanto entregava à ela a rosa vermelha que havia conjurado.
- É o que eu mais quero!- Ela respondeu se jogando nos braços dele, que beijou seus cabelos...
- Hun... Nós vamos ter que contar pro Rony... Espero que ele não fique muito nervoso.
- Não esquenta... Depois do tapa na cara o próximo passo é o chute nos paises baixos, então é bom ele nem pensar em fazer uma ceninha por que senão ele vai sentir muita dor...
- Como eu demorei tanto pra te notar? – Harry perguntou mudando de assunto.
- Bem... Você não tem culpa de ser míope... – Ela respondeu brincando. – Além do mais, você tem muitas preocupações... É normal que as garotas ficam em segundo plano...
- Você não vai ficar em segundo plano...
- É claro que não vou. Mas eu sei que você tem muitas coisas a resolver... E que você tem que acabar com Voldemort pra ser feliz... E eu não irei impedi-lo de fazer isso... Só quero que se cuide...

Harry sorriu encantado com ela, era impressionante o quanto ela o entedia... E naquele momento Harry compreendeu que não era a profecia que o faria acabar com Voldemort e sim a vontade de justiça... A esperança de que sem ele, haverá um futuro um pouco mais calmo...

- Vem... Vamos entrar... – Gina falou se levantando e o puxando junto- O senhor precisa comer, por eu não to nem um pouco afim de ter um namorado desnutrido... Sério mesmo.

Harry riu, e a seguiu... Sua vida estava perfeita... Só não sabia ele, que isso ia mudar... E muito rápido.

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N/A: Genteee obrigada pelos comentários (eu sei que são poucos, mas eu espero que eles aumentem!)...
Beijokitas

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