Descobertas



N/A: as frases sublinhadas estão em “língua de cobra”.
Do “passeio” pela floresta eles conseguiram vários arranhões, aumentar o medo de aranhas de Rony, fazer com que Alissa desenvolvesse medo de aranhas e descobrir que alguém havia morrido da última vez que a câmara foi aberta 50 anos atrás. Não foi difícil para Harry deduzir que a garota morta era a Murta que Geme.
Eles voltaram ao ponto zero. Apesar do que haviam descoberto, ainda não tinham nem idéia de quem era o tal herdeiro, só sabiam que Hagrid não tinha nada a ver com o assunto. Foi durante uma visita a Hermione que eles puderam esclarecer o assunto.
_Ei! O que é isso na mão da Mione? Parece que ela tá segurando um papel! – Harry falava enquanto tentava tirar o papel das mãos petrificadas da menina.
Harry conseguiu tirar e começou a lê-lo para os outros dois...
_Então é isso! O monstro é um basilisco, ou seja, uma cobra. Por isso só eu posso ouvi-lo! E de acordo com o que ela escreveu aqui, o basilisco se movimenta pelo encanamento do castelo! Aposto também como ela percebeu que todos os atacados viram apenas o reflexo do monstro! Por isso ninguém morreu e por isso ela pediu o espelho! – Harry estava tão entusiasmado com as descobertas que não reparou na cara de espanto que os amigos faziam. Muito menos na palidez que havia tomado conta do rosto de Alissa enquanto ele tirava essas conclusões todas.
_O que você vai fazer agora, Harry? – Alissa perguntou baixinho.
Mas Harry não teve tempo de responder. A voz da professora McGonagall foi ouvida nos corredores mandando todos os alunos de volta as suas casas e chamando todos os professores para o corredor do segundo andar. Os três não pensaram duas vezes: seguiram em direção ao tal corredor.
Chegando lá descobriram que outra mensagem havia sido deixada na parede e, pior, uma aluna havia sido levada para a câmara: Gina Weasley.
O trio resolveu que deveria fazer alguma coisa. Foram até a sala do professor de DCAT avisá-lo sobre suas descobertas. Tudo o que conseguiram foi perceber que teriam de fazer tudo sozinhos, mas também não deixariam o homem sair impune de todas as suas mentiras. Ele teria que ir junto.
O grupo se dirigiu até o banheiro da Murta e Harry usando língua de cobra conseguiu abrir a câmara. Eles pularam para dentro dela e perceberam que havia um grande salão embaixo daquele banheiro. Teriam seguido em frente todos juntos se Lockhart não tivesse tentado azarar os garotos com o feitiço do esquecimento. Como ele usou a varinha de Rony o feitiço saiu pela culatra. O impacto acabou fazendo com que o teto desabasse prendendo Rony e o professor de um lado e Harry e Alissa do outro. Não havia alternativa. Eles teriam que continuar dali.
Alissa seguia Harry de perto enquanto este se embrenhava cada vez mais na câmara. Não foi difícil avistar o corpo de Gina caído no fundo do lugar. Por sorte os dois constataram que a garota ainda estava viva, mas por pouco. Foi então que Harry o viu: Tom Riddle. Ele não era só uma lembrança agora. Estava realmente ali. Harry não pode deixar de notar algo familiar nele.
_Tom, precisamos tirar Gina daqui, ou então ela morrerá!
_Infelizmente isso não vai acontecer Harry! Gina e você morrerão aqui mesmo, nesta câmara.
_Do que está falando?
_Disto: - com um acenar de varinha: – EIS LORD VOLDEMORT!
_Agora tudo faz sentido! Tudo isso não passou de um plano seu para acabar comigo! – Harry não pode conter a raiva que sentia. Não estava com medo, exatamente, apenas com raiva. - Mas por que somente eu e Gina? Ele não viu que há mais alguém na câmara?
_É claro que eu percebi que há mais alguém na câmara! De fato não era para ela estar aqui, mas já que está poderá assistir ao espetáculo junto comigo. – Voldemort agora olhava sorridente para Alissa. Havia um brilho estranho em seus olhos.
Harry olhou também para a amiga. Não estava entendendo o que estava acontecendo. Alissa não tinha reação. Permanecia parada, com as mãos sobre a boca, olhando para o jovem a sua frente. Harry pode perceber que lágrimas caiam de seus olhos.
Ao longe uma música pôde ser ouvida. Fowks vinha voando trazendo algo em seu bico. Por um instante Harry ficou feliz com o que viu, mas tudo que a fênix trazia era o chapéu seletor.
_ É melhor se afastar, querida. – Voldemort se virou para o que parecia uma abertura na parede e falou alguma coisa. A abertura se abriu e Harry e Alissa viram o monstro que saia dela. – Mate-o! – Voldemort ordenava ao basilisco.
A cobra saiu em direção a Harry, que se virou rapidamente para escapar do olhar do monstro. Ele ainda tentou:
_Não! Pare! – Harry disse enquanto corria.
_Saber língua de cobra não vai adiantar, Potter! Ele só obedece ao herdeiro! – Voldemort dizia triunfante.
Alissa não sabia o que fazer diante da situação. Harry estava sem a varinha. Certamente seria morto.
_Não! Pare! Não o ataque! – foi tudo que a garota pode fazer.
Para surpresa de todos o monstro pareceu diminuir a velocidade.
_ Não! Continue! Mate-o! O que você pensa que está fazendo, menina?!- gritava Voldemort ensandecido olhando para a garota.
Do outro lado Alissa não deu atenção ao jovem e continuou:
_ Não! Não ataque! – gritava desesperadamente.
_Cale a boca, garota! Ou terei que estuporá-la! – Voldemort gritou nervoso olhando para a menina.
Harry não entendia o que estava acontecendo. Aparentemente nem o basilisco entendia, pois estava parado como que esperando novas ordens.
_ Ataque! – gritava Voldemort.
_ Não ataque! – gritava a garota.
Fowks aproveitou a confusão do monstro e destruiu seus olhos. Voldemort já havia perdido totalmente a paciência a esta altura. Sacou a varinha de Harry e gritou apontando para a garota:
_Estupefaça!
Alissa caiu desmaiada...

Alissa ouvia ao longe alguém chamando por ela. De vez em quando sentia também uma mão em seu rosto. A voz ficava cada vez mais próxima, e a escuridão diminuía. Ela se recobrou.
_Harry!- ela se sentou de repente assustando Gina que também estava ao seu lado. – Cadê ele? O que foi que houve?
_Acalme-se! Ele foi destruído. Acabou. Ele era uma lembrança, eu destruí o diário e ele se foi. – Harry disse tentando acalmar a garota.
_ O diário! – ela falava meio confusa. –Harry! Eu lembrei! Lembrei de tudo! O diário! Foi ele!
_Fala mais devagar! Não tô te entendendo!
_Eu lembrei de tudo, mas vamos sair daqui, por favor, Harry.
_Tudo bem. Vamos Gina...
Eles saíram da câmara e foram direto para o gabinete de Dumbledore. Precisavam explicar o que havia acontecido. Chegando lá foram recepcionados por Arthur e Molly Weasley. Eles foram avisados sobre o que aconteceu a Gina e foram imediatamente para a escola. Não faltaram beijos e abraços da senhora Weasley em todos. Até mesmo Alissa recebeu um abraço da mulher.
_Acho que vocês nos devem algumas explicações, senhores Potter, Weasley e senhorita Alissa. – disse tranqüilamente o diretor. – Arthur, Molly, por que não levam Gina para ala hospitalar para descansar um pouco? Se puderem, por favor, peçam a Minerva que venha até aqui.
_Claro Dumbledore. - Disse o senhor Weasley. –Vamos, queridas. Ah! Mais uma vez obrigado Harry. - E saiu acompanhado de Gina e da Sra Weasley.
_ Agora nós quatro. Sentem-se, por favor.- disse o diretor conjurando três cadeiras. – Acho que podemos começar por você, senhorita...
Alissa olhava para o chão. Tinha uma expressão triste no rosto.
_Rebecca... – disse levantando o rosto e olhando para os olhinhos azuis do professor. - Rebecca Riddle.
Dumbledore apenas sorriu. Harry e Rony olharam de olhos arregalados para a menina.
_Então eu estava certo! – exclamou o diretor.
_Como assim Riddle? – Perguntou Rony surpreso. -Do que é que vocês estão falando? – Você é parente de Você - Sabe – Quem? – O menino agora estava branco, e se afastava da garota como se ela fosse uma aranha gigantesca.
_Por isso você fala língua de cobra! Você entendeu o que eu falei para aquela cobra no dia do duelo. Por isso sabia que eu não tinha ameaçado ninguém! E você também ouvia as vozes! Por isso parecia sempre assustada toda vez que eu tocava no assunto. Você ouviu o basilisco no dia em que madame Norrra e Justino foram atacados!- Harry estava de pé agora, olhando para a garota que mantinha a cabeça baixa. – Por que você não nos contou?!
_Desculpe, Harry... Eu estava assustada. No começo eu achei que fosse normal ouvir vozes em Hogwarts. Depois que a Hermione disse que isso podia ser sério, eu fiquei com medo. Não sabia o que pensar, afinal, até aí eu achava que era trouxa, ainda não tinha descoberto nada. – disse se levantando também e olhando para Harry.
_Espera aí! Quando você descobriu que era bruxa? – perguntou o menino.
_Espera aí digo eu! – Exclamou Rony.- Você é bruxa?! Desde quando?!
_Garotos, acalmem-se. – Dumbledore fez um gesto para que todos se sentassem de novo. - Alissa, quer dizer, Rebecca nos explicará tudo. Na verdade fui eu que pedi que ela não contasse a ninguém que era bruxa. Eu desconfiei disso logo que a vi. Em primeiro lugar é impossível um trouxa entrar em Hogwarts sem autorização minha, ou do ministério, que não autoriza sem me consultar antes. Depois, eu notei uma certa semelhança entre ela e um ex-aluno meu: Tom Riddle. Agora, Rebecca, conte-nos um pouco sobre você.
_OK. Meu nome é Rebecca Riddle. Eu moro com meus tios em Londres. Tenho 12 anos e nunca tinha ouvido falar de Tom Riddle ou Voldemort e não sabia que esse mundo existia. – falou de cabeça baixa.
_Certo. Agora nos diga como você veio parar aqui.
_Eu estava na estação de King’s Cross com meus tios, nós estávamos esperando meu padrinho que chegaria... Meu Deus!!! Meu padrinho! – A garota levou as mãos ao rosto e começou a chorar.
Harry e Rony não entendiam nada, não sabiam o que fazer. Dumbledore se levantou de sua cadeira e apoiou um braço sobre o ombro da garota. Ele conjurou um copo de água e ofereceu a menina.
_Acalme-se. Tome este copo de água.
Eles esperaram um tempo até que ela se acalmasse. Rony e Harry se olhavam sem entender o que estava havendo, até que algo pareceu iluminar a mente de Harry:
_Richard Lancaster! Ele era seu padrinho!
Depois de alguns minutos a garota pareceu ter se acalmado um pouco e continuou:
_Era, Harry. Por isso ele não apareceu naquele dia. Ele foi morto enquanto estávamos esperando por ele na estação.- ela falava entre um gole e outro de água.
_Como foi que você veio para cá? Você se lembra? – perguntou Dumbledore enquanto voltava para sua cadeira.
A menina enxugou o rosto, tomou mais um gole de água e continuou:
_Meu tio saiu para ir ao banheiro e minha tia resolveu telefonar para meu padrinho para saber por que ele estava tão atrasado. Eu fiquei esperando na estação caso o trem chegasse e ele descesse. Então um homem veio em minha direção e me ofereceu um livro: o diário. Eu fiquei meio desconfiada e não peguei o livro na hora. Ele parecia ter urgência que eu segurasse o livro, pois insistia muito sempre empurrando o livro nas minhas mãos. Eu achei que não teria nada de mais dar uma olhada e peguei. Depois disso tudo que me lembro é de acordar na ala hospitalar.
_Uma chave de portal... O diário além de guardar as lembranças de Voldemort era uma chave de portal. Me diga, você se lembra quem te deu esse livro? – indagou Dumbledore.
_Sim... Foi Lúcio Malfoy!
_Você tem certeza? – acrescentou o diretor.
_Sim! Eu o reconheci naquele dia na cabana do Hagrid. Quer dizer, eu sabia que já o tinha visto, mas não sabia onde.
Nessa hora foram ouvidas batidas na porta.
_Com licença, Alvo. – a cabeça da professora McGonagall pode ser vista da porta.
_Por favor, entre Minerva.
A professora entrou acompanhada de um casal. A mulher se precipitou em direção a Rebecca e a envolveu em um grande abraço.
_Rebecca, querida!! Como você está?! Meu Deus como eu fiquei preocupada!!! Achei que eles tivessem conseguido te pegar! Meu Deus! –dizia a mulher agora olhando para a garota e passando as mãos em seu rosto como que verificando se ela estava inteira.
A mulher foi imitada pelo homem que também abraçou a garota tão ternamente quanto, mas não tão fortemente.
_Que bom que te encontramos, filha! Não sabe o quanto nos preocupamos!
_Hum, hum. – Fez a professora. – Deixem-me apresentá-los a Alvo Dumbledore. Ele é o diretor de nossa escola. Alvo, estes são Philip e Rachel Sullivan, são tios da garota.
O casal parecia só ter se dado conta de que havia mais gente na sala agora.
_Oh! Desculpe-nos, professor. Mas estávamos tão preocupados, e ficamos tão felizes! – disse a mulher.
_Não se preocupem. – disse Dumbledore sorridente e já de pé para cumprimentar o casal. – Estes são Harry Potter e Ronald Weasley.
_Prazer. – disseram os dois garotos ao mesmo tempo.
_Por favor, sentem-se. – disse a professora conjurando mais três cadeiras.
_Obrigado Minerva.- completou Dumbledore. - Sei que vocês devem estar querendo matar as saudades da sobrinha de vocês, mas todos nós gostaríamos de entender esta história. Depois prometo deixá-los em paz. – disse sorrindo ao pronunciar a última frase.
_Claro professor. – disse o homem. – Antes de tudo gostaríamos de agradecer por terem cuidado de Rebecca este tempo todo.
_Foi um prazer, mas me digam, vocês sabiam que Rebecca era bruxa?
Nessa hora Rebecca olhou curiosamente para os tios. Queria saber que boa desculpa eles teriam para privá-la daquele mundo que ela tinha conhecido por acaso.
Os tios perceberam a expressão da menina. A tia baixou a cabeça como que com vergonha e o tio começou:
_Sabíamos...
Rebecca abriu a boca para falar algo, mas Dumbledore a impediu com um gesto breve. Ela achou melhor esperar.
_Nós sabíamos sim, querida, desculpe. – disse a tia dessa vez olhando suplicante para a garota.
O tio completou:
_Quando seus pais deixaram você conosco...
_Eles me deixaram com vocês?! – a garota foi mais rápida que o professor agora. – Como assim?!
_Querida, não sabemos exatamente de toda história, mas, seus pais nos pediram para cuidar de você quando você tinha apenas alguns meses de vida, acho que nem seis meses.
Antes que a menina o interrompesse de novo ele continuou:
_Seu pai, Carl Riddle, se apaixonou pela sua mãe, que era irmã de sua tia. Eu nunca entendi direito o por quê, mas parece que seu avô não aprovava o relacionamento dos dois. Eu e sua tia sempre acobertávamos os encontros dos dois sem fazer perguntas, até que um dia exigimos saber de toda história. Seu pai era um bruxo, e sua mãe uma, como é mesmo a palavra?
_Trouxa - a menina respondeu.
_Sim! Trouxa. Seu avô não permitia o namoro por causa disso. Nós tentamos dissuadir sua mãe do relacionamento, mas era tarde. Ela estava grávida e completamente apaixonada pelo seu pai. Seus pais sumiram por mais de um ano. Quando reapareceram traziam você nos braços e um pedido de socorro. Eles nos pediram para ficar com você. Nos disseram que você era bruxa e nos explicaram que talvez algumas coisas estranhas acontecessem de vez quando, como sumir objetos, ou crescerem flores em lugares inesperados, ou objetos levitarem pela casa enfim, coisas do tipo. Eles disseram que você deveria ficar longe das correspondências, principalmente quando estivesse perto de completar 11 anos. Pediram também para que só disséssemos o seu sobrenome a estranhos quando estritamente necessário. Disseram que deveríamos inventar uma desculpa para a ausência deles. Eles nos apresentaram o seu padrinho e disseram que ele seria o único a saber onde você estaria e sobre sua história, e que poderíamos contar com ele para o que precisássemos. Disseram que ele era o fiel deste segredo. Não entendi direito o que era, mas também não quis perguntar. Eles iriam acompanhar seu crescimento de longe. – o homem pareceu cansado. Então a mulher continuou:
_Nós seguimos a risca tudo que eles recomendaram, mas infelizmente, poucos dias depois de terem deixado você conosco, eles foram mortos. – a mulher parecia que ia chorar. O marido se ofereceu para continuar, mas ela recusou. – A polícia não sabia explicar como havia acontecido. Não havia sinais de violência, nem de envenenamento, nem de ataque cardíaco ou coisa assim. Nós logo deduzimos que teria sido magia. Dias depois seu padrinho confirmou nossas suspeitas e disse que o assassino era o seu avô. Nós ficamos apavorados, mas Richard nos disse que não precisaríamos nos preocupar, que não haveria meios do seu avô nos encontrar por causa do feitiço do fiel. A única restrição era que Richard começaria a nos visitar com aparência de outra pessoa, apenas quando já estivesse dentro de casa é que ele usaria sua aparência normal. Seus pais nunca nos explicaram realmente o que seu avô poderia querer com você. Seu padrinho dizia que ele não queria matá-la, mas que ele não poderia te encontrar jamais. E é isso. Essa é a história toda.
Rebecca estava abismada com a história, assim como todos os outros. Apenas Dumbledore parecia não ter se espantado com a narração. A garota não sabia o que dizer, nem o que fazer. Estava sem reação. Ela sentiu que uma lágrima começava a cair pelo seu rosto. Baixou a cabeça, limpou a lágrima e ainda emocionada falou:
_Por isso vocês desconversavam sobre a morte dos meus pais... Agora tudo faz sentido! As coisas estranhas que aconteciam, as cartas que eram sempre escondidas... Quer dizer que meu avô matou meus pais porque minha mãe era trouxa? Ele só podia ser um louco. – ela não conseguia nem sentir raiva realmente. Era muita informação para ela.
Harry parecia estar entendendo tudo agora. Ela era a herdeira da Sonserina, por isso o basilisco a obedecia também. Agora ele percebia como suas histórias eram parecidas. Mesmo sendo neta de Voldemort, ela também teve sua família destruída por ele. Ele não conseguia esconder a revolta que sentia. O ódio que sentia por Voldemort só aumentou.
_Mas e quanto ao meu padrinho? Vocês descobriram como foi que ele morreu? – perguntou a menina com novas lágrimas nos olhos.
_Parece que seu padrinho começou a receber ameaças de comensais da morte, seja lá o que for isso. Ele nos ligou pedindo para irmos a estação aquele dia porque tinha algo muito sério para dizer. Achamos que os comensais o pegaram para tentar descobrir onde você estava. Um homem no ministério da Magia disse que seu padrinho foi torturado antes de morrer. Tivemos tanto medo. Richard era o único que poderia te ajudar. O que poderíamos fazer frente a tantos bruxos? – a tia terminou a história.
Dumbledore decidiu que por enquanto era o bastante. Pediu para que todos fossem descansar um pouco. Que mais tarde conversariam de novo e pediu também para que Rebecca e os tios permanecessem na escola. O único que foi convidado a ficar na sala foi Harry. Eles ainda tinham o que conversar. A Rony foi pedido para mandar uma coruja a Azkaban para soltar Hagrid.

Algum tempo se passou. Os alunos petrificados foram trazidos de volta graças à poção de mandrágora, Hagrid estava solto, Dobby foi libertado, as provas haviam sido canceladas e era hora de voltar para casa. Os tios de Rebecca voltaram, mas ela ficou em Hogwarts. Queria voltar junto com os outros alunos no Expresso. A maioria deles ficou sabendo da história na câmara. Parece que a Murta teve parcela de culpa nisso. Apesar de ser neta de Voldemort isso não fez com que Harry e os outros se afastassem de Rebecca, pelo contrário. Depois de saber de toda história a amizade deles só aumentou.
O grupo esperava as carruagens que os levariam até a estação para pegar o expresso quando Dumbledore apareceu.
_Então, todos prontos?
_Sim, prontos. – respondeu Harry.
_Rebecca preciso falar com você. Não, não! Não precisam sair. Só queria comunicar que falei com os conselheiros da escola e eles concordaram que você fizesse sua matrícula na escola para o próximo semestre.
_Não acredito! – disse sorridente. – Sério, professor?!
_Sim, sim. É sério. – disse Dumbledore contente.
_Ah! – ela parecia desanimada. – Eu vou ser a única aluna de 13 anos fazendo o primeiro ano...
_Ah, não, não. Pelo que eu soube, com a ajuda da senhorita Granger, você aprendeu muita coisa este ano. Não foi por acaso que eu mandei você assistir as aulas. Mais ainda: me disseram que seu desempenho é melhor até do que certos alunos desta escola. – Dumbledore olhou com um sorriso maroto para Harry e Rony. Os dois retribuíram com o sorriso menos amarelo que conseguiram. – Entraremos em contato com você durante as férias para marcarmos as provas das matérias relativas ao primeiro e segundo ano para saber ao certo em que nível você está. Talvez uma aula ou outra você faça em outras turmas.
_Se é assim beleza!
_Bem, aí estão as carruagens. Boas férias para vocês. Vejam se não aprontam nada, OK?
Rebecca ficou realmente contente com a notícia. Mal podia esperar para contar para seus tios. A viagem seguiu tranqüila. Eles nem sentiram o tempo passar. Tinham muito que conversar. Os meninos aproveitaram para ensinar Rebecca a jogar Snap explosivo. Esse jogo já era um clássico na volta para casa. Agora era aguardar pelo início do próximo ano letivo, que todos esperavam que fosse mais tranqüilo.

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LEIA TB: A ESSÊNCIA DA VIDA

CONTINUA EM A MISSÃO DA HERDEIRA

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