A doenca de Hermione

A doenca de Hermione



Hermione olhava fixamente para a orla da floresta proibida da janela da enfermaria. Sua unhas, antes perfeitas e bem cuidadas estavam todas roídas e ela sentia que seu coração poderia parar a qualquer minuto. O castelo estava em silencio, mas aqui e ali se ouvia conversas nervosas em sussurro. Todos esperavam o regresso ou não de Harry Potter. Hermione pensava estar mais nervosa agora do que há dez anos atrás quando viu Harry enfrentar Voldemort. Tudo havia acontecido tão rápido. Além do mais, estava horrorizada com a atitude de Harry, na época, que havia decidido por abandonar Colin Creevey ao destino da morte. Estava magoada. Lembrava-se de quando tentara impedir Harry. Lembrava-se de que ele a havia empurrado e tinha caçoado dela como se sensibilidade fosse uma fraqueza. Tanta coisa havia acontecido desde então.
Tanta coisa havia acontecido desde que vira Harry pela primeira vez naquele vagão impressionado com o mundo mágico e com o mal sucedido feitiço de Rony. Ah, pobre Rony.
Hermione se virou um instante para ver o amigo ruivo deitado sobre a cama. Gina estava ao lado e trocava constantemente o pano em sua testa. “Ele estava com febre”. Havia sido atacado por vampiros que sugaram seu sangue e fizeram um grande estrago na coxa direita. Madame Pomfrey falou que Rony jamais andaria normalmente com aquela perna.
As dilacerações eram profundas e estava infeccionadas. A febre era alta e tinha risco. Mas ele se salvara. Diferentemente de Snape, que havia sucumbido a poucos minutos.
Tantos estudantes haviam morrido, mais de duzentos aurores e cinco padres. Todos os que restavam estavam reunidos no pátio de entrada do castelo, fora os feridos, Hermione, que observava a floresta e o padre que insistira em ficar ao lado de Hermione, como se não confiasse nela.
Hermione não estava bem. Talvez estivesse pior do que Rony, pois sentia fraqueza e calafrios de febre. Mas tinha uma força inexplicável que a fazia forte. Forte para esperar o desfecho daquela historia que era também a sua história.
Tantas coisas haviam acontecido.
Queria que tudo tivesse sido diferente entre ela e Harry. Ela o amava. Ela o amava...
Mas que amor era aquele! Quantas vezes Harry a tinha magoado. Quantas vezes era a usara como um objeto de poder. Quantas vezes havia escondido dela a verdade! Talvez ele estivesse mesmo visando um bem maior. Se fosse assim, porque ele não confiou nela. Por que não lhe contou a verdade? Agora Harry estava lá fora, enfrentando o mal sozinho, como Hermione nunca quis que ele o fizesse. Hermione sempre quis estar ao lado dele. Mas aquele pesadelo parecia não ter mais fim.
- Que idiota eu fui! – falou Hermione pra si mesmo, dando um muxoxo.
- Tenha fé! – falou o padre, quase pela milésima vez.
- Eu queria estar ao lado dele. Queria enfrentar Voldemort com ele. Nunca quis que isso acontecesse dessa forma. Nem há dez anos atrás, nem agora. – desabafou Hermione.
- Assim é melhor, Hermione. – falou o padre, que tinha os olhos fixos em Hermione. – Sabe, minha filha. Sei que podes não concordar o que eu disser, mas você tem perturbado Harry esse tempo todo, ao invés de ajudá-lo.
Hermione se virou bruscamente para o padre. Até mesmo Gina olhou para o padre por uns instantes.
- É o que todos pensam, não é? – falou Hermione, olhando para Gina. – Harry forçou-me a acompanhá-lo na candidatura, lembram-se? Eu estava muito bem aqui em Hogwarts.
- Não, Hermione! – falou Gina, trocando novamente, o pano molhado sobre a testa de Rony. – Harry te tirou daqui e a forçou a ir com ele, por que todos nós estávamos preocupados com você.
- Comigo... ou com o fato de eu poder atrapalhar a candidatura dele?- perguntou Hermione, sarcástica.
- Bem... o fato é que aquele seu livro abalou a carreira de Harry. Harry poderia ser o Ministro da Magia no lugar de meu pai, mas teve que renunciar a candidatura por que tinha uma porção de pessoas falando sobre o seu livro. Quando Harry lançou a candidatura para rei do mundo bruxo, eu mesma aconselhei Harry a dar um jeito em você!
- Dar um jeito em mim?
- Sim... na verdade, eu não queria que ele fizesse o que fez... eu só queria que ele... bem... que a colocasse no seu lugar...
- No meu lugar, não é! E qual é o meu lugar, Gina?
Gina parecia triste. Parecia que todas as palavras que saiam de sua boca eram atrapalhadas.
- Todos nós erramos! Todos! Talvez eu tenha errado mais do que todos. – falou Gina, chorando. As lagrimas corriam pelo seu rosto coberto de sardas. – Eu amava Harry... mais do que tudo no mundo. E eu sei que ele me amou! Ele me amava, mas não era a mim que ele confiava. Não... você sempre esteve ao lado dele. Era você que ele procurava. E você era a minha amiga. E você sabia o quanto eu o amava! Não sabe o quanto eu te odiei!!!! Você não tem idéia do quanto eu sofri vendo Harry olhar para você como quem olha para sua amante. E vocês nunca haviam...
Gina enxugou as lágrimas.
O padre aproximou-se dela, tirou um lenço e ofereceu a ela.
- Tudo bem, minha filha... Deus é misericordioso.
Gina olhou para o padre com um estranhamento no olhar e depois voltou a olhar para Hermione.
- Não... eu preciso dizer tudo agora... eu preciso tirar de mim essa coisa que eu tenho há tantos anos.
- Que coisa, Gina? – perguntou Hermione, preocupando-se com o estado da ruiva.
- Inveja... ciúme... e outros sentimentos mais que senti por você... Ah... Hermione... – Gina cobriu o rosto com as mãos e soluçou alto – Eu era uma agente dupla! Eu era o espião... não Creevey!!!
Hermione estava lívida. Não conseguia processar aquela informação. Mas tinha destampou o rosto e confirmou:
- Eu fui o espião por alguns meses a mando de Voldemort. Mas quando um dos aurores da ordem morreu por minha causa eu procurei Harry e contei tudo. Colin trabalhava para Harry a segredo. Ninguém a não ser Harry e eu sabíamos. Meu dever para com Voldemort era entregar Colin. Quando eu contei a Harry, eu pedi pela minha vida... implorei, Hermione... e se eu não fosse a irmã de Rony, a quem Harry tanto ama, talvez eu tivesse morrido ao invés de Colin... pobre Colin... morreu como um espião... sua família até hoje é perseguida...até hoje... por minha culpa... minha culpa.
- Como aconteceu? – Hermione perguntou, sentindo a curiosidade correr sua alma. Seu pesar por Colin havia ficado incrivelmente maior naquele instante.
- Eu pedi para Harry para entregar Colin. Depois de Rony implorou por mim, Harry concordou em entregar Creevey e armou toda a jogada para que todos pensassem que ele era o espião, não eu.
- E Colin não sabia... de nada? – perguntou Hermione, sentindo um embargo na garganta.
Gina balançou a cabeça.
- Viu, Hermione. Harry não teve escolhas. Ele sacrificou Colin por mim e por minha família. E quando você o atacou, sem saber da verdade... sem saber de tudo o que ele sofreu por minha causa, você não imagina a raiva que me fez sentir.
Hermione olhou para fora novamente, mas não prestava atenção na paisagem. Queria evitar de chorar na frente de Gina.
- Você é pior do que ele, então! – declarou Hermione.
- Ah... você se acha tão superior!
- Não... eu não me acho superior, Gina. Quando Harry me contou o plano eu fui contra. Mesmo que Colin fosse o culpado... mesmo que fosse o pior homem da face da terra... aquilo que Harry fez contra ele foi um crime na minha opinião. Um crime. E eu fiz muitas coisas erradas, Gina. Muitas. A minha maldita ingenuidade é uma delas. Mas se tem uma coisa que eu não fiz e com a qual não concordo é alguém tirar a vida de outra pessoa. Isso é imperdoável...
- Hermione... – falou o padre. – Não diga isso. Temos que aprender a perdoar... mesmo os piores pecados, querida. Se não perdoarmos esses pecados... sofremos mais do que se tivéssemos perdoado. Sei disso porque sofri muito tempo, durante minha vida, antes de entrar o sacerdócio. Por ódio, por vingança, por não praticar o perdão, eu cometi um erro gravíssimo... um erro que não teve mais volta. Eu fiz sofrer a outros e por isso, minha alma ficou negra. Agora eu entendo que o amor e o perdão são muito mais fortes do que qualquer feitiço.
- E o que o senhor entende de feitiços? – perguntou Hermione, de mal humor.
- e se eu lhe dissesse... que já fui um bruxo?
Hermione arregalou os olhos e viu pelo reflexo da janela que Gina fizera o mesmo.
- E... – o padre olhou para Gina e de Gina para Hermione. – E se eu lhe dissesse que... que sou....
O padre hesitou. Pareceu respirar fundo.
- Fale, padre! – falou Hermione.
- Hermione... e-eu... – o padre gaguejou.
Hermione se virou para o padre.
- Qual é o problema?
- E se eu dissesse para você Hermione... que cometi um pecado grave contra você... o que você faria?
- Um pecado g-grave... c-contra mim?
- Sim... as pessoas ao seu redor tem esse defeito, não é. As pessoas te decepcionam e te machucam muito, não é? Eu não sou diferente, minha filha. É por isso que a Igreja me deu essa missão... a de me aproximar de você... de orientá-la... de protegê-la... a fim de pagar pelo meu pecado...
- Padre... que pecado é esse? O senhor está me assustando...
- A mim também... – falou Gina.
- Há dez anos atrás... Harry me procurou. Ele me contou a sua história, Srta. Wesley. Contou que ele precisaria escolher entre mim e a senhorita e por razoes obvias, tinha escolhido você. Harry me deu a escolha de fugir... disse que daria o jeito de protege-la, Gina... querida... mas eu queria ser um herói... queria ser forte... queria impressionar meu grande ídolo Harry... e minha amanha... Hermione.
O padre olhou para Hermione com um grande pesar nos olhos. Tirou de um dos bolsos um pequeno frasco que Mione identificou no mesmo instante. Era uma poção de Vertesuco, que anulava imediatamente o efeito da polisuco e a tomou.
O padre começou a tremer e logo aquele rosto cansado e simpático do maduro padre deu lugar a um rosto mais jovial e louro.
- Colin!!! – Gina estremeçou levando a mão à boca. – Ah... meu Deus... Colin.. como...??? Oh, Deus.... me perdoe...
Gina ajoelhou-se na frente do padre, mas ele imediatamente se abaixou e fê-la se levantar.
- Não, minha querida... eu não sou digno desse teu gesto. Eu te perdôo. – disse Colin, colocando a mao sobre o rosto de Gina.
Hermione não conseguiu sair do lugar. Ainda estava assustada demais para fazer qualquer coisa.
Colin deu um passo para frente e ficou em frente a Hermione.
- Eu ainda te amo... mas como a uma filha! – disse Colin, com um olhar calmo. – E eu vou entender se não puder me perdoar.
- E porque eu teria que te perdoar... voce deve ter motivos para ter ocultado a verdade dessa forma... eu não te condeno.
- Não... Hermione... não é apenas por ter me ocultado. O ocultamento foi necessário. Para que você confiasse em mim e para que eu tivesse a oportunidade de fazer o que fiz... mas não é esse meu pecado.
- Não?
- Não... Hermione... eu... entenda-me... quando eu fui atingido por aquele feitico eu fui considerado morto. Fui enterrado vivo e levei muitas horas para conseguir sair de meu caixão. Ate hoje eu sonho com isso. Até hoje.
- Oh... eu sinto muito...
- Deixe-me terminar... Hermione... eu... eu enlouqueci. A minha raiva de Harry e Gina eram muito grande e eu pensei muito em mata-los sem que eles soubessem. Mas Harry era poderoso... vivia cercado de aurores... Gina também... Acometido pela loucura eu te procurei Hermione.
- A mim?
- Sim... eu te procurei na casa dos teus pais...
Hermione sentiu uma pontada no peito. Já imaginava o que o padre iria lhe dizer e as lagrimas começaram a rolar sozinhas.
- Os teus pais ficaram preocupados comigo... tentaram conversar comigo. Eu fiquei louco...louco... eu matei os seus pais com o feitiço de avada quedrava e coloquei fogo na sua casa.
- Deus do céu! – falou Gina, boquiaberta.
- Eu... eu.. sei que não podes me perdoar... e eu entendo...
Hermione abaixou a cabeça. Por sua cabeça passam mil coisas... a imagem de sua mãe e de seu pai apareceu em sua memória como que para lembrá-la do passado angustiante.
O padre tentou toca-la, mas Hermione se retraiu. Em seguida, Hermione se afastou do padre e de Gina e saiu da enfermaria.
- Onde você vai? – perguntou o padre da porta da enfermaria.
- Eu prometi ao padre Carter que deixaria Harry enfrentar Voldemort sozinho... mas você não é padre Carter! – falou Hermione, resoluta em procurar Harry.
- Não, Hermione... não... você vai atrapalhar... Harry está pronto para enfrentar Voldemort. Ele não conseguiu derrotar Voldemort a dez anos atrás porque estava marcado pela minha morte... mas eu o perdoei... e isso é um forte feitiço antigo, que os bruxos modernos ignoraram por ter raiva da igreja. Eu dei a Harry a força necessária para matar Voldemort... mas se você aparecer por lá e se ele ficar preocupado com a sua segurança... então não estará mais livre para fazer o que precisa fazer...
- Então está acabado, porque eu não vou mais fazer promessas as pessoas que me enganam, nem seguir nada nem ninguém alem de minha própria intuição.



Hermione desceu trôpega a escadaria. Abriu espaço entre a multidão que esperava no pátio de entrada e alcançou os jardins do castelo. O vento fé-la encolher-se de frio, mas ela não se conteve. Começou a correr com toda a forca que tinha, uma forca que a impulsiova para procurar Harry. Desde que voltara ao castelo, tivera aquela vontade de procura-lo, de ajuda-lo de estar ao lado de Harry... mas Hermione se conteve... foi forte para dar o exemplo e tirou todos da floresta para o castelo. Agora tudo o que pensava era em ver Harry, mesmo que fosse a ultima vez. Ela entrou com violência na floresta proibida, de modo que os galhos a arranharam, mas Hermione não reduziu o passo. Sentia todo o seu ser dolorido. Ameaçado ante a insinuação da morte que se aproximava. Não importa agora. Veria Harry uma vez mais...
Quando chegava perto da caverna, Hermione escutou o barulho de uma forte explosão e correu ainda mais. Na clareira, pode ver Harry e Voldemort unidos por um raio que ia de uma varinha a outra.
- HARRY...!!!! - Hermione gritou de preocupação. Foi um erro. Quando Harry se desviou para olha-la, o feitiço atingiu em cheio no seu peito.
- NAOOOOOOO!!! – gritou Hermione, tomada pelo desespero... O padre tinha razão. – AVADA QUEDAVRA.
O feitiço passou raspando pela orelha direita de Voldemort que caiu para trás para se desviar.
Hermione aproveitou o vacilo do Lorde e correu para Harry.
- M-mio..ne...
- Gracas a Deus, esta vivo!
Hermione ajudou Harry a se levantar.
- Harry eu... AHHH!!! – uma dor na boca do estomago, fez Hermione se curvar.
- Mione... – Harry segurou Hermione pelo pulso, preocupado com o estado de sua esposa.
- AVADA Q....
- PROTEGO! – gritou Harry para rebater o feitiço de Voldemort. Novamente, as varinhas se ligaram num raio.
Hermione se desvencilhou-se da mao que a sustentava e caiu sentada no chão. Não podia mais perturbar Harry. Percebia agora que o padre tinha razão ao dizer que Harry precisava estar concentrado para vencer Voldemort. Mas como Harry poderia vencer se as varinhas se uniam e não quebravam o feitiço um do outro.
Não. Recusava-se a ficar sentada presenciando seu marido ser derrotado daquela forma. Não permitiria que Harry morresse e se morresse, então ela deveria morrer junto com ele. Se o perdão era um feitiço poderoso, como Colin havia falado, o amor também o era. E Hermione podia ter muitos problemas com Harry... os dois poderiam ser eternos inimigos... mas uma coisa.. ela não poderia negar:
- Eu amo você! – Hermione falou baixinho para Harry, de forma que ele não a escutasse. Renovada com aquela declaração, Hermione levantou-se sentindo toda a força restante de sua alma concentrada em sua varinha.
- A V A D A Q U E D A V R A!!!!!!!!!!!!!!!!!- Hermione proferiu o feitiço apontando para a varinha de Harry. O raio penetrou a linha entre as duas varinhas e aumentando em diâmetro e em cor, o raio correu buscando a outra ponta: Voldemort...


Uma explosao surgiu no centro da floresta proibida. Quando o clarão finalmente acabou, Harry pode ver o corpo inerte de Voldemort no chão... ao lado de Hermione que gemia baixinho... lutando contra a morte...
- Hermione... – Harry a segurou nos braços e a sacudiu. – Hermione... fale comigo... Hermione... por favor... por favor, meu amor... por favor... não me deixe! – disse Harry, encostando sua testa contra a testa de Hermione. – Por favor... não me deixe... eu te amor demais para continuar sem você.
- H-harry... – sussurrou Hermione, sem nem mesmo abrir os olhos... – d-diga.... diga ao padre Carter.. diga... diga a ele que eu o perdôo. – falou Hermione, o sangue escorria de seus lábios já brancos.
- Mione...
- Eu também te perdôo, Harry... eu... eu amo...v...

A cabeça de Hermione pendeu para o lado, inerte.
- Mion...
Harry tentou falar, mas a voz deixou sua garganta. Ele colocou a mão sobre o peito de Hermione. Ela ainda respirava, mas com muita dificuldade.
- Hermione... eu te amo... eu te amo de verdade... com toda a minha alma... com todo o meu coração... com toda a minha razão e a minha falta de sensibilidade... meu amor... eu sinto tanto... por favor... sei que deve estar cansada... mas se tiver ainda alguma força nessa sua alma... lute para viver... lute por mim... lute para mim... para voltar para mim e para os meus braços. Você é a rainha por que é mais forte do que eu. E porque pode conseguir, querida.

Harry olhou para o rosto de Hermione, esperando ver um traço de movimento, mas ela continuava totalmente inerte.
- Mione...?

- Ela foi envenenada! – Harry levantou o rosto para a figura que se aproximava. Ficou totalmente estarrecido ao ver a figura de Colin Creevey à sua frente.
- Colin! – falou Harry, totalmente branco.
- Não... não sou um fantasma. Sou eu... Colin. Como estava dizendo... Hermione foi envenenada pela flecha de Firenze. Mithos disse que é uma poção fatal. Hermione sobreviveu muito.
- Não pode ser isso! – falou Harry, enxugando desajeitadamente o rosto. – Eu tirei o sangue de Hermione a tempo. Eu mesmo suguei o sangue infectado pela poção e o tomei para dividir com Hermione a força da poção.
- Você o que? – falou Colin.
- Eu suguei o sangue de Hermione e o bebi para dividir com ela o fardo da poção.
Colin estava lívido.
- Então por isso foi capaz de matar Drácula! Eu achei que somente Hermione seria capaz de matar Drácula, mas você o matou. Você o matou porque tem parte da força que a poção de Firenze lhe proporcinou.
- Como sabe que eu matei Drácula, Colin? – perguntou Harry.
- Mas... se não é a poção... então... o que mais está causando a doença de Hermione?
Harry olhou para a sua esposa, que estava pálida e fraca. O desespero de uma morte iminente começou a abandonar a mente de Harry que a analisava cuidadosamente. Colocou a mao sobre o ventre de Hermione suavemente e fechou os olhos, tentando sentir a mais leve vibração. Havia aprendido a fazer aquilo quando Myrna engravidara pela segunda vez de seu marido.
- Ela está grávida! – falou Harry. – Está fraca. A poção e a gravidez foram demais para Hermione... mas não creio que ela vá morrer! – declarou Harry para Colin, sentindo seus olhos marejados. – Não... Deus não pode levar minha amada de mim... não pode! Ela vai viver... e meu filho também... você vai ver Colin... você vai ver.


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