Futura Sra. Potter



Capitulo 4 - Futura Sra. Potter

Harry desceu as escadas, furioso. A sala de estar de sua mansão, que há poucos minutos estava lotada de aurores, agora estava quase vazia, não fosse por Gina, que chorava encolhida sobre um sofá e Arthur Weasley, que alisava os ombros da filha.
- Harry? – disse Arthur quando viu Harry.
- H-harry? – os olhos de Gina se iluminaram quando o viu ali perto dela, mas ele não lhe lançou nem mesmo um olhar.
- O que diabos está acontecendo aqui? Uma guerra com os centauros é tudo o que menos quero. E Hermione? Qual a razão dela aqui? Gina me disse que...
- No meu escritório, agora! – disse Harry, rangendo os dentes – Você não, Gina, só seu pai!
Gina, que havia feito menção em levantar-se, voltou a se encolher no sofá.


- Exijo que me explique todo esse carnaval... – começou o Sr. Weasley, quando ele e Harry entraram no escritório, um misto de biblioteca com lpja de artigos de magia.
- Você não exige nada, Arthur... já estou cansado de você querendo me dizer o que fazer! – disse Harry, apanhando um envelope sobre a escrivaninha.
- Será que você esqueceu que precisa de mim se quiser ganhar a eleição?
- Não! Não precisa me lembrar... eu sei que preciso do seu apoio. Contudo, não se esqueça que também precisa de mim se quiser continuar no Ministério da Magia. Eu pensei melhor e vi que estou pagando um preço maior do que o que recebo em contrapartida. Casar-me com Gina para ter seu apoio é muito. Além do mais,Arthur... eu posso estar enganado, mas creio que o apoio de Hermione num momento como este é mais precioso do que o seu.
Arthur ficou com medo do que viu nos olhos de Harry Potter... aquele homem implacável era quase como seu filho... bem... ele o era... para Arthur... Harry era seu filho.
- Harry... meu filho...
- Ora... não apele, homem! – disse Harry, irritado. – Não, não vou me casar com Gina, pelo contrário, eu me casarei com Granger... mas quero que isso se faça amigavelmente. Ainda podemos ser aliados, se quiser, porém, caso não aceite, eu pouco me importarei... não preciso mais de você.
- Eu sou seu aliado. Apesar de tudo o que tem acontecido, eu tenho ficado do seu lado. Claro que fiquei contente quando pediu a mão de Gina, mas eu teria dado o meu apoio sem isso. Agora, Harry... humilhar Gina assim, dessa maneira...
- Ela bem que merece... você sabe que parte do que aconteceu foi culpa dela...
- Isso é passado, Harry!
- Para mim ainda não! Não vou perder essa campanha por causa dessas coisas do passado. E, para que isso fique esquecido para o público, é preciso que Hermione fique do meu lado.
- Hermione... sempre Hermione. Desde que tudo aconteceu a relação de vocês ficou cada vez mais esquisita. Ela é justa, mas é instável, Harry. Não vai entrar no seu jogo. Você não pode controlá-la como controla a todos nós. Ela vai ser sua destruição se quiser obrigá-la a se casar com você. Mas, no fim, você merece, não é?
Arthur virou-se para sair da sala, mas Harry fez a porta se bater com um movimento da sua varinha.
- Espere, ainda tenho que te notificar uma coisa: desse dia em diante quero todos os centauros mortos e todos os negócios com eles acabados... entendeu?
- Harry... você está louco? Os centauros sempre foram nossos amigos, Firenze ajudou você, pelo amor de Deus.
- Firenze estava aqui, hoje! E quase matou a futura Sra. Potter. Eu o quero vivo. Quero olhar nos olhos dele quando eu o estiver matando.
Arthur não disse mais nada, apenas saiu do escritório deixando Harry sozinho.

Harry escreveu três ou quatro cartas, despachando ordens para os ministérios vizinhos. Quando, enfim, viu que estava sozinho, jogou o envelope que tinha dentro da gaveta.
- Não... não vou perder...

Toc Toc Toc.

- Entre! – disse Harry ainda mais irritado, imaginando que podia ser Arthur ou Gina, mas quando a porta se abriu, um quase-sorriso se fez em seu rosto sarcástico.
- Então... veio me pedir perdão ou o quê? – disse, ajeitando-se melhor na cadeira estofada.
- Vim dizer que vou embora...para sempre. Prefiro viver de esmolas a compactuar com tudo isso – disse Hermione se aproximando. Ela ainda estava vestindo a mesma roupa, rasgada na altura dos ombros, embora ela segurasse o tecido para não deixar seus seios à mostra. Pelo rasgo, Harry viu que no braço de Hermione, bem por onde a flecha de Firenze havia transpassado, uma mancha roxa crescia.
- Você está ferida! – disse Harry, levantando-se e dando a volta na escrivaninha, para aproximar-se de Hermione.
- Não ouviu o que eu disse? Não vou ficar aqui para... ai... ai...
Hermione cambaleou de dor quando Harry tocou nos seus braços.
- Mas que droga é essa? Firenze está usando outro tipo de poção. – Harry colocou sua mão sobre a testa de Hermione, e depois sobre o seu pescoço, mas ela tentou segurar suas mãos.
- Você não ouviu o que eu disse...
- Eu vou ter que tirar esse veneno daí. Como fui tolo de não perceber. Não parecia ruim quando vi da primeira vez.
Brandindo a varinha, Harry transformou um de seus livros num canivete afiado.
Mas Hermione já tinha dado meia volta e tentava abrir a porta para sair.
- Espere aí! – disse Harry, segurando Hermione pela cintura.
- Eu vou embora... eu juro que vou embora... não vou ficar aqui... – disse Hermione, cedendo quando Harry a segurou. Ele a arrastou até um sofá que havia ali perto e sentou-se, colocando-a sobre seu colo.
Com um rápido movimento, Harry fez um corte no braço de Hermione e apertou, para que saísse bastante sangue.
- Você está me machucando! – disse Hermione, chorosa.
- Agora, vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem... – Hermione fechou os olhos e apoiou a cabeça no braço esquerdo de Harry, sem forças para resistir.
- Por que você me machuca, Harry... eu te amo tanto...
- Você só pode estar com febre... já está delirando... – disse Harry, tirando uma mecha de cabelos do rosto de Hermione para contemplá-la melhor. Eu tinha me esquecido do quão bela você pode ser quando não está discutindo comigo ou me criticando por alguma coisa.
- Se eu te critico é porque você é mal... você é muito mal Harry... por que quer matar os centauros?
- Eles provocaram., não vou fraquejar! Se não contra-atacar, as pessoas acharão que sou um fraco...
- Não... elas acharão que você é bondoso... as pessoas iriam te admirar...
- Se eu fosse um fraco, Voldemort teria ganho...
- Voldemort está morto agora... Harry... por quê não pode ser diferente... por quê ?
- Voldemort não está morto, querida... ele nunca morreu... isso foi só um golpe político. Ele está preso sob a custódia de aurores da minha mais alta fidelidade.
- O QUÊ? – gritou Hermione, abrindo os olhos.
“Acho que estou delirando...”, pensou, pois o rosto de Harry começou a se desfazer lentamente, enquanto ela se entregava à escuridão.





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