A história de Harry!



Hermione acordou cedo. Estava ansiosíssima para saber como tinha sido a missão de Harry. Ela desceu para o Salão Comunal e se deparou com o menino encostado em um dos sofás, cochilando. Ela o chamou “suavemente”, gritando:

-Harry! Como foi?!

Harry se levantou com um susto, e logo respondeu:

-Não foi nada!

-Como assim não foi nada?

O menino de cabelos mais bagunçados que o normal suspirou e começou a contar.

flash back do Harry on >

Harry e Rony estavam conversando na biblioteca, enquanto Hermione lia um grande e pesado livro, pesquisando as informações da conversa dos dois.

-Eu sei que está aqui em Hogwarts! E é da Corvinal!

-Mas, Harry! Como é que você sabe? Outro sonho daqueles?

Harry confirmou vagamente.

-É real! Voldemort está com mais raiva do que nunca! Parece que Nagini funcionava como dois horcruxes! Havia dois fragmentos de alma dentro dela!

-Você acha que a cobra está morta?

-Sim, pelas minhas suspeitas... E podemos entender que o medalhão já foi também...

Ao falar do medalhão, Harry sentiu uma pontada de culpa, pois não tinha se esforçado nem um pouco para descobrir o mistério de R.A.B.

-Você já descobriu a identidade de R.A.B.?

-Não... Mas algo me diz que estamos perto – mentiu ele.

Nesse momento, Hermione deu um gritinho agudo de satisfação.

-Eu sabia! Era óbvio! Eu tinha certeza que já tinha lido sobre isso em algum lugar!

-O que foi, Hermione?? – perguntaram os dois meninos em uníssono.

-Eu acho que acabei de descobrir qual é o tal horcrux da Corvinal que você falou, Harry.

-O QUE É? – perguntou Harry, aflito.

-O diamante de Ravenclaw! – e ela completou com uma batidinha na testa – Como pude ser tão idiota? É tão famoso!

-Você quer dizer aquele diamante? – colocou-se Rony.

-É claro que é aquele diamante! Nunca mais ninguém o viu! Já faz mais de 500 anos! Seria perfeito se Voldemort tivesse feito dele um horcrux!
Ninguém jamais imaginaria!

Harry sorriu de orelha a orelha, aliviado. Ele, pela primeira vez, sentiu alguma esperança em vencer a batalha final. E devia isso a ninguém menos que Hermione Granger.

-Ninguém imaginaria, mas VOCÊ descobriu, Mione! Você é simplesmente genial!

Hermione ficou um pouco avermelhada, mas corou furiosamente quando Harry se inclinou e deu um beijo afetivo de agradecimento em sua bochecha.

Para quebrar o silêncio, Rony se pronunciou:

-Quando vamos pegá-la?

Harry sorriu.

-Hoje a noite. Podemos usar a capa de invisibilidade.

-Não podemos ir os três. – Hermione interveio.

Rony a observou estarrecido, antes de ser interrompido por Harry:

-Ela tem razão. Não caberemos na capa juntos... E se coubermos, correremos o risco de sermos vistos. É melhor eu ir sozinho.

-Mas... – Rony insistiu.

-Mas nada... EU tenho que fazer. O caminho deve ser traçado unicamente por mim.

-Mas nós estamos juntos nisso desde o começo! Não seria justo você nos
excluir... – tentou Rony mais uma vez, mas a determinação na voz de
Harry era cada vez mais evidente. .

-Eu não vou excluir nada de vocês! Só vou entrar na Corvinal, procurar o diamante e encontrá-lo. Amanhã de manhã nós arranjamos um jeito de destruir...

-Mas, Harry! Você não sabe como se entra na Corvinal!

Hermione olhou para Harry de forma cúmplice.

-É aí que eu entro... – disse a garota.

-O que você quer dizer com ‘é aí que eu entro’? – perguntou Rony.

-Hum... Sabe o Thomas Funt da Corvinal?

-Claro que sei! Aquele garoto que vive atrás de você! Humpt! – foi a vez de Harry comentar.

-Pois é... eu vou seduzi-lo.

-VOCÊ VAI O QUE???

-É o único jeito!

-Não, não e não! Tem que haver outra maneira, Mi!

-Tem que mesmo! – concordou Rony.

-Não, eu já procurei tudo... É o único jeito...

-Hermione, NÃO!

-Por que você se importa tanto, Harry? Você não quer destruir o horcrux? Então, deve confiar em mim!

-Primeiro, eu confio em você! E é claro que eu quero destruir o horcrux! Se destruí-lo, só vamos restar eu e o Voldemort... E eu me importo porque, bem, eu me importo, oras!

Rony riu.

-Por que você está rindo, Ronald? – perguntou Hermione, nervosa. Ela parecia saber a resposta.

-Porque vocês dois são muito cômicos! Até eu entendi que o Harry está morrendo de ciúmes!

Harry corou, e tratou de negar:

-Eu não estou com ciúmes! Por que eu estaria?

-Você quer mesmo que eu responda, cara? – disse Rony, e ao ver a cara questionadora de Harry, ele completou: - Porque você gosta dela.

-EU NÃO GOSTO DELA! Quer dizer, eu gosto, ela é minha melhor amiga, mas eu não gosto desse jeito que você está pensando.

A conversa ia continuar por muito tempo, Harry presumiu, se Thomas Funt não tivesse passado e olhado discretamente para Hermione, que lançou um olhar de confiança para os dois e se levantou, indo atrás de Thomas.

-Thomas! Ei, Thomas! Espere! Errrr... Será que poderia me ajudar com isso? – perguntou Hermione, apontando para uma pilha de livros.

-Claro! Com todo o prazer! – Thomas respondeu antes de se juntar à Hermione, que carregava e guardava os livros.

***

Harry olhava a cena, estupefato. Hermione dava eventuais risadinhas, para o deleite de Thomas. Eles estavam tão próximos... Thomas tentou investir duas vezes, tentando capturar os lábios da menina, mas Hermione era ágil e conseguia se desvencilhar dele. Harry estava se sentindo péssimo em ter que observar aquilo...

-Harry! – chamou Rony.

Hermione se apoiava no ombro de Thomas e sussurrou algo em seu ouvido...

-Harry!! – repetiu Rony.

A expressão de Thomas logo mudou para nervosismo. Mas ele retribuiu o gesto de Hermione e se inclinou para responder sua pergunta... Ela, por sua vez, ficou chocada ao perceber o que ele queria, mas se era o único jeito, que seja...

-HARRY!

Harry foi desviado dos seus pensamentos por Rony, que o chamava incansavelmente.

-O QUE FOI? – ele respondeu de forma grossa.

-Eu sei que você gosta dela.

Harry estava prestes a negar, mas quando virou a cabeça se deparou com algo que fez seu coração bater forte e suas mãos tremerem: Hermione beijava Thomas, suas mãos acariciando seu rosto.

O garoto de levantou com estrépito, e saiu da biblioteca, andando com pesar. Ele não sabia porque, mas Hermione e Thomas não saiam da sua cabeça.

Hermione desgrudou seus lábios dos de Thomas. Nada no mundo importava, ela só buscou um olhar – o de Harry. Ela queria explicar, contar que Thomas tinha dito que só diria tudo o que quisesse saber se ela o beijasse. Porém, o que Hermione viu foi Harry saindo da biblioteca a largos passos... Thomas sorriu triunfantemente e disse sarcástico:

-Parece que seu namorado viu o que não devia, Herm.

Hermione não pensou duas vezes: concentrou toda a sua força na mão direita e deu um tapa bem dado no rosto de Thomas, deixando-o com uma grande marca vermelha no rosto.

-Sua...

Mas ela nunca soube o que era, pois a única coisa que importava era Harry; ela precisava encontrá-lo.

***

Desceu as escadas, foi ao terceiro andar, ao Salão Comunal, ao dormitório masculino, ao banheiro da Murta – que – Geme e ao Salão Principal. Nem sinal de Harry. Ela antão lembrou subitamente do campo de quadribol (o lugar em que Harry sempre ia quando se sentia sozinho). Desta vez, Hermione tinha adivinhado.

Harry estava sentado olhando fixamente para algum lugar, ou melhor, lugar algum. Ele sentiu a presença de Hermione, e imediatamente seus olhos o levaram até ela.

-Harry, eu descobri.

-Que bela maneira de descobrir alguma coisa – respondeu Harry, no tom mais seco possível.

-Ele... ele disse que se eu não o beijasse não ia contar. Eu fiz pra que você pudesse descobrir, Harry.
Os músculos dele relaxaram. Então queria dizer que não foi porque Hermione queria e sim porque ela fora ‘obrigada’.

-Está bem, Herm. – disse ele, imitando o apelido que Thomas dera à garota.

Era impossível se zangar com Hermione, ainda mais com ela daquele jeito meigo. Ela deu um tapinha de brincadeira nele e exclamou:

-Para, Harry! Sabe que eu odeio!

Então os dois se abraçaram e começaram a rir juntos.

***

Anoitecera rápido demais na opinião de Harry. Ele se despediu de Rony e Hermione e pediu que não esperassem por ele, que ele contaria tudo pela manhã.

Harry pegou a capa de invisibilidade e começou a andar vagarosamente rumo a Corvinal, seguindo as instruções que Hermione conseguira de Thomas.

Ele estava no caminho certo, mas ouviu duas vozes conhecidas, o que não pôde deixar de evitar.

-Quieto, Pirraça! – gritaram Gina Weasley e Cho Chang.

-As namoradas do Potter pirado andando juntas? A essa hora? Não parece ser coisa boa! O diretor não vai gostar nada, nada...

-Pirraça, por favor!

Antes que Harry pudesse reparar em qualquer outra coisa, Pirraça saiu gritando:

-ALUNAS FORA DA CAMA! ALUNAS FORA DA CAMA!

Gina e Cho começaram a correr, mas a voz de Filch parecia estar se aproximando por todos os lados cada vez mais.

-Aonde eles estão, Pirraça?

-PARA LÁ! ALUNAS FORA DA CAMAAAAA!

-Se eu pegar aquelas pestinhas!

Harry pôde ver as meninas prendendo a respiração. Ele se amaldiçoou pelo gesto que tomou a seguir, mas não podia deixar as duas meninas ali, prontas para serem pegas. Ele tapou a boca das duas para que elas não gritassem e as puxou para perto de si, debaixo da capa.

-H – Harry? – perguntou Cho.

-Shiii! – repreendeu o garoto.

O trio, a seguir, viu uma cena muito engraçada. Pirraça tentava convencer Argo que de fato havia duas pessoas naquele corredor há minutos atrás.

-Mas elas estavam aqui!

-Ah seu fantasma nojento! Atrevido! Enganador! Eu te pego! – disse Filch, correndo atrás dele.

Certificando-se de que os sons haviam desaparecido, Harry, Gina e Cho se
descobriram com a capa.

-O que vocês duas estão fazendo aqui?

Cho apressou-se para responder, mas Gina a impediu.

-Muito obrigada, Harry. Mas e o que você está fazendo aqui? Ainda mais usando uma capa de invisibilidade!

Harry pareceu desconcertado, mas não respondeu nada.

-A Gina tem razão, Harry. As capas são muito raras... Desde quando você tem uma?

-Desde... sempre! – ele achou melhor dizer logo a verdade.

-Oh Céus!

-Então vamos combinar: Vocês não comentam nada disso e eu não comento que as vi aqui no meio da madrugada sozinhas...

As meninas concordaram silenciosamente, para o alívio do menino.

-Vão para a Grifinória? – perguntou Harry, um tanto quanto inquieto.

-Ahm... sim.

-Você também, Cho?

-É...

-Então é melhor eu as acompanhar... Nunca se sabe onde Filch pode estar.

-Acho que agora ele não vai mais aparecer! Deve estar muito ocupado!

Então os três seguiram para o quadro da mulher – gorda. Harry deixou as meninas no dormitório e praguejou. Havia perdido a chance de encontrar o horcrux.

flash back do harry off <




Depois da história toda contada, Hermione sorriu e disse:

-Você tomou a atitude certa. Podemos tentar de novo esta noite.

Ele não soube porque, mas a voz doce e reconfortante de Hermione o consolou mais do que qualquer outra coisa no mundo poderia fazer.


N/A: que capítulo gigaaaaaante *--*

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