E o Sonho Persiste!



O dia passara de uma forma maravilhosa, Harry foi adormecer feliz. Porém, sua felicidade durou pouco, pois o sonho da noite anterior voltara a acontecer... Ele estava descendo a escada da sede da Ordem da Fênix quando ouvia dois homens conversando sobre ele próprio. O primeiro era fácil reconhecer: Snape, o segundo, ele não fazia a mínima idéia de quem fosse, pois o homem estava de costas e não olhava para ele durante nenhum instante. Subitamente o homem aparatava e ele via Snape vindo em sua direção, mas não conseguia se mover, parecia que alguém o tinha prendido com alguma espécie de feitiço. Snape o desarmava e sua cicatriz começava a queimar como nunca enquanto Snape ria dele... Não agüentava de tanta dor e caia no chão desmaiado. Acordava com a voz de Hermione, que dizia que ele estava gemendo...

-Harry, eu estou preocupada com você! É a segunda vez que você tem este mesmo sonho... Durante o sonho dessa vez, você gritava o nome do seu pai...

Mas Harry não se lembrava de ter sonhado com o seu pai...

- Não, Hermione! Eu sonhei com Snape e um segundo homem, já te disse!

- Tem certeza que esse homem não era o seu pai?

- Claro que tenho! ELE ERA UM COMENSAL DA MORTE! ESTAVA NEGOCIANDO A MIM COM O SNAPE!!!!!

- Está bem, Harry! Não quis dizer que o seu pai te desejasse algum mau ou nada do tipo... Só estou dizendo que você deveria aprender a controlar esses sonhos!

- Hermione, controlando ou não, eu sinto que eles são úteis!

- ÚTEIS? Quer dizer que gosta de tê-los?

Hermione começara novamente a conversa que eles tinham desde o 5º ano, quando Harry fora enganado por Voldemort.

- Já conversamos sobre isso. – Disse Harry no seu tom de voz mais seco.
- Sei que já, mas você fala como realmente gost...

- JÁ CONVERSAMOS SOBRE ISSO!

Harry explodiu. Adorava amiga, mas às vezes ela era protetora demais, além da conta. Chegava a se meter em sua vida, coisa que ele odiava.
Hermione saiu do quarto, deixando Harry sozinho em seus devaneios... Mas seu estado de solidão não durou muito, pois, Rony entrou no quarto logo após a saída de Hermione.

- Harry!! Eu vou!! Fui contratado! Não é exatamente um contrato, mas eu vou! FUI CONTRATADO COMO GOLEIRO JÚNIOR PARA OS THUNDER!! – exclamou Rony dando pulinhos, fazendo referência ao time de quadribol da Dinamarca.

- Ah, cara. Parabéns – disse Harry, mas ele não parecia realmente estar escutando Rony.

Rony percebeu a cara do amigo e foi logo perguntando, apesar de ter soltado um suspiro que parecia interminável:

- Por que você e a Hermione brigaram? Vi a cara com que ela saiu daqui, parecia que ia chorar.

- Ah... ela fica perguntando sobre a minha vida... sabe, eu cansei.
- Hermione, Hermione... Quando vai aprender? Mas eu acho que você foi duro com ela, ela estava bastante mal.

- Sério?

- É Harry... Acho que ela só está preocupada com você e você briga com ela toda hora!

- Até você, Rony??

- Sinto muito, não sei o que aconteceu, mas acho que dessa vez ela tem razão. – Rony falou, querendo parecer sério, sem muito efeito.

- Ah, cara! Pensei que estava falando sério! Quer me matar de susto?

Harry jogou um travesseiro no amigo. Rony começou a rir descaradamente.

- Vamos beber! – gritou Rony procurando cervejas amanteigadas ou outra bebida de bruxos.

- Rony!! Isso aqui é uma casa de trouxas! Acho que não tem cerveja amanteigada!

- Humpt! Como eles vivem sem? Já basta aquele tefelone!

Harry começou a rir da confusão do amigo, que apesar de não saber o motivo da piada ria também. E os dois terminaram a tarde assim: um rindo da cara do outro, como só os velhos e verdadeiros amigos faziam.

***

De noite, Harry teve o mesmo sonho pela terceira vez, mas dessa vez ainda ouviu Voldemort torturando os pais, o que fora o pior de tudo. Eles, que sempre estiveram ali pra protegê-lo, para acolhê-lo, para amá-lo... Eles, que se sacrificaram para salvar a vida de Harry... Ele queria acordar, mas estava preso, tudo estava escuro, ele ouviu alguém chamando, estava prestes a descobrir tudo sobre a morte dos pais... Mais alguns milímetros e Harry conheceria a verdade... A verdade TOTAL... Não o que os outros contavam, mas o que ele vira... A cena fora completamente dissolvida, como se acabasse ali, e Harry sentiu a sensação de estar mergulhando em uma piscina, o frio percorria suas veias e seu estômago dava saltos, e no outro momento estava em um corredor... O corredor 97, pegando a profecia, vendo Sirius morrer através daquele véu. Aquele maldito véu! E mais uma vez, a cena dissolvia-se... Harry gritava como nunca, queria abraçar seus pais, seu padrinho, sua família. Harry estava agora no cemitério onde assistira ao retorno de Voldemort e a morte de Cedrico... Ele começara a entender o que se passava, era como se todas as suas piores lembranças estivessem voltando à tona, como se estivesse vendo todos os que mais amava morrendo de novo... A cena mudou outra vez... Era a vez de Dumbledore beber uma poção e ficar frágil, para que Snape tivesse a chance de matá-lo. NÃÃÃOOOOO! Mas ele não podia impedir... Fazia força, gemia, gritava, tudo para se libertar de seu corpo, se libertar da dor. Ele não agüentava mais, agora estava em um lugar amplo, estranho. Ouviu vozes, e sem se controlar, andou em direção à elas. “Avada Kedavra!”, Harry ouviu uma voz gélida muito conhecida gritar. E minutos depois o corpo de Hermione jazia no chão...

- Harry? Sonhando de novo? – perguntou Hermione apreensiva.
Harry pulou da cama enquanto seu peito arfava descontroladamente. Ele olhou para Hermione. Ela estava ali. Sempre esteve ali pra ele, não importa o que acontecesse. Ele a abraçou. Precisava dela, mais que nunca. Esqueceu da briga no dia anterior, tudo o que Harry queria agora era ficar coma amiga e nada podia impedi-lo.

- Harry, você está bem?

- Desculpa... Mione....por tu-do... Não quero... brigar... com você – disse Harry entre respirações – Você é a única.... coisa que... é constante... na minha vida... e eu não quero perder sua amizade! JAMAIS! – disse por fim, controlando o coração.

Parece que aquilo estava entalado na garganta de Harry e ele se sentiu extremamente mais leve depois que falou... Os olhos de Hermione marejaram.

- Tudo bem... Não estou brava com você... Só quero que você entenda que eu só fico muito preocupada com o que você pode fazer. Tenho medo que você se meta em encrenca e se machuque.

Harry abraçou a amiga novamente, envolvendo-a por completo. Ele agradecia por ter uma amiga tão compreensiva como Mione. Dessa forma, os dois adormeceram juntos e tiveram um final de noite enfim tranqüilo.

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hum, demorou mais saiuuuuu *-*
comentem?

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