A Nobre Mansão dos Black



Agosto parecia não acabar para Tiago. Lia e relia sua carta entusiasmado e pensava em como seria Hogwarts. É claro que seu pai, com quem tinha mais diálogo em casa, já tinha lhes contado tudo sobre a escola. Mas ainda assim, Tiago não conseguia deixar a ansiedade de lado. Os dias pareciam demasiado longos para o pobre menino de 11 anos.

Finalmente, era 25 de agosto quando numa bela manhã ensolarada, Tiago acordou com os pais discutindo no andar debaixo. Desceu apressado as escadas. E finalmente encontrou uma cena não muito rara. Charlus estava sentado na sua cadeira de semrpe e Dorea de frente para o fogão, parecia ser uma mulher bem prezada. Mas, desta vez, não falavam no tom comum de sempre:
- Eu ainda acho que devemos ir para a Casa de meus pais Charlus. - berrava Dorea, não era a primeira vez na manhã que fazia isso.
- Não posso te impedir Dorea, sei que são sua família, mesmo assim deve concordar comigo que eles não gostam muito de mim - retrucava Charlus.
- Tradição de família, smepre vamso todos juntos ao Beco Diagonal. Se não vai conosco, vamos apenas eu e Tiago.
- Tudo certo por mim - Charlus parecia bem despreocupado agora.
- Vamos aonde mãe? - Tiago estava na cozinha agora.
- Ah querido, vamos comprar seus materiais... Sairesmo hoje pela tarde, vamos para casa de sua avó - sorria Dorea.

Tiago nunca gostou da família de sua mãe, achava-os bem arrogantes e ignorantes ainda. Mas não podia negar que estava extremamente feliz, sua ida a Hogwarts se aproximava cada vez mais.
Subiu para o quarto e não tomou café da manhã naquele dia... Mal podia esperar para sair com a mãe à tarde, olhou o relógio, no mínimo umas oito ou nove vezes até a mãe chamar:
- Hora de ir querido, venha despedir de seu pai.
Ele então desceu apenas com a roupa do corpo a pequena escadaria da casa e deu de cara com a mãe e mais 2 malões de porte médio.
- Eu devia ter feito minha mala mãe? - Perguntou Tiago apressado e ofegante.
Ela então sorriu e sussurou:
- Não, é claro que não querido, vamos providenciar tudo do bom e do melhor para você no Beco Diagonal. Estou levando estas malas apenas porque eu vou passar um tempo na casa de minha mãe. Sabe como eles são ciumentos.
- Mas e pap...?
Mal Tiago terminou de perguntar e seu pai interveio:
- Ficarei bem filho, agora me dê um abraço bem apertado, vamos ficar um bom tempo sem nos ver.
Abraçaram-se e despidiram-se. Charlus deixou uma lágrima escapar dos pequenos olhos por trás dos óculos. Mas Tiago nem sequer percebera, estava eufórico com a idéia de estar em Hogwarts em menos de uma semana. Dorea despediu-se de Charlus com um forte abraço e eles partiram.

Poucos minutos depois, estavam em frente ao Largo Grimmauld, um local extremamente diferente para os olhos de Tiago, que ainda segurava o braço da mãe de olhos fechados.
- Já chegamos querido, pode abrir os olhos, sei que não gosta de viajar por aparatação... Mas foi a única maneira que encontrei, já que ainda não sabe voar - Dorea falava olhando na direção do Largo.
Quando Tiago abriu os olhos, percebeu que estava de frente para um conjunto de casas, olhou para a mãe meio confuso, ia perguntar algo, mas virou-se de repente. Aos poucos, uma nova espécie de prédio aparecia, surgia em meio às outras moradias. Tiago ficou boquiaberto. Dorea apenas sorriu.
- Creio que não conheça nada por aqui não é mesmo meu querido? Veio aqui da última vez quando tinha 2 anos de idade, desde então seu pai não me deixou trazer você aqui - lamentava ela, mas Tiago não tinha palavras para expressar sua ansiedade para adentrar à casa.
- Venha querido - Dorea puxava os dois malões e tentava se largar do filho.
- Mas mãe... Err... Como?
- Magia Tiago. Incrível não? Faz tanto tempo que vim aqui... Não imagino como estejam todos... Bem, vamos entrar.
Tiago não fez outra coisa senão seguir a mãe. A idéia de poder fazer aquilo com o auxílio dos ensinamentos de Hogwarts era incrível.
Pararam de frente à porta, Dorea batia sem parar... Tiago tentava se manter em pé. Já vira os pais usar magia algumas vezes, mas não fazia idéia de que um dia ia estar no mundo bruxo de fato. À essa altura, Dorea já cansada de bater na porta, desistira. Iam se virando para sair quando a porta se abriu e uma jovem e bela moça de cabelos negros e bem encaracolados apareceu com a cara fechada.

- Ah... Finalmente, os Black não recebem mais os familiares como antigamente não é mesmo? - tentou brincar Dorea, mas a garota que aparentava ter seus 17 ou 18 anos não sorriu. - Bom, acho que podemos entrar não é mesmo?
A moça não disse nada, apenas deu espaço suficiente para que Dorea e Tiago entrassem. Tiago entrou de cabeça baixa, mas não pôde deixar de observar que a moça não estava nada satisfeita coma visita dele e da mãe.
- Onde estão todos? Esta casa já foi mais cheia eu penso. - comentou Dorea.
- Beco Diagonal. - falou pela primeira vez a garota - Partiram agora a pouco, estavam cansados de esperar.
- Ah sim! Creio que usaram rede de flú... Certo?
A moça simplesmente concordou com a cabeça. A casa era imensa, Tiago tinha deixado as duas falando sozinhas e foi andar pela casa... Era demasiadamente curioso para ficar ali parado. Já estava adentrando o que parecia ser a cozinha quando...
SNAP...
Uma criatura estranha, de baixa estatura e com expressão doentia estava posta de frente para ele.
- Não pode passar por aqui. Monstro ainda não terminou de limpar a cozinha. - Tiago estava mais boquiaberto que nunca, a criatura tinha capacidade de falar.

Sua mãe vinha ao lado da menina de cabelos negros e expressão vazia segurando um pequeno saquinho.
- Monstro... Espero esta cozinha limpa até o entardecer, Rodolfo vem aqui hoje. - Tiago não fazia idéia de quem seria Rodolfo, mas percebeu que a menina demonstrou seu primeiro sorriso depois que entraram na casa.
SNAP.
A criatura sumiu. Tiago virou-se para a mãe e já ia perguntar...
- Vai aprender sobre eles em Hogwarts querido, são elfos domésticos... Às vezes eu tenho saudade dele, mesmo ele tratando seu pai como tratava. Bom, de qualquer jeito não temos tempo para conversa... Venha querido.

Se dirijiram á lareira da casa, especialmente grande, e entraram. Tiago estava apenas seguindo a mãe, tinha que confiar nela. Ela estava com um saquinho na mão e apenas disse:
- Até mais menina... BECO DIAGONAL! - Tiago sentiu chamas verdes subir pelas pernas e então começoua girar como se estivesse numa montanha russa iterminãvel... Mas terminou. Pouco depois estava no chão, sentado ao lado de sua mãe em pé limpamdo as vestes num local que ele tinha certeza nunca ter visitado.

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