A Carta de Hogwarts



Era mais uma manhã comum na casa dos Potter. Dorea, dona da casa, preparava o café matutino de sempre. Senhor Charlus Potter estava sentado à mesa e lia um jornal que se intitulava Profeta Diário, sua expressão com relação à notícia que lia não era nada boa. A Senhora Dorea já tinha percebido a expressão diferente no rosto do marido, então resolveu perguntar:
- Querido, desde que pegou este jornal hoje pela manhã percebi que o sorriso sumiu de seu rosto.
- Seu irmão querida, o Ministério fez uma visitinha na casa dele e parece ter encontrado artefatos das trevas. - Ia dizendo Charlus, Dorea parecia que ia responder, mas neste exato momento, um menino de cabelos espetados, cujos óculos redondos estavam bem sujos e tortos, adentrou a cozinha.
- Meu querido, que bom que acordou, fiz bacon frito para o café hoje. - Falava e sorria Dorea, feliz por ter fugido do assunto que envolvia seu irmão.
Tiago Potter, o filho do casal agora coçava a cabeça bocejando, finalmente perguntou:
- E a minha carta, mãe? Já chegou?

Eram uma típica família de bruxos que morava num vilarejo trouxa e se comportavam como tais. Tiago completara seus 11 anos a uma semana e desde então, aguardava ansiosamente sua carta de Hogwarts. Segundo a mãe, era uma tradição de toda família de bruxos que se preze, que todos os descendentes recebessem suas cartas de Hogwarts, a melhor escola que se teve notícia até então.

Dorea tinha uma estatura média e era bem magra assim como o marido, alto e bem magro, usava óculos bem redondos como o filho. Enquanto Charlus pertencia à família tão pouco conhecida dos Potter, Dorea fazia parte da 3ª geração da tão honrada família Black, talvez a mais famosa família dentre os bruxos da época.
A Senhora Black ia responder, depois de muito pensar, mas a campainha tocou e ela sorriu como da vez que conseguiu fugir do assunto com o marido. Tiago correu para abrir a portas em passos longos. Alguns segundos depois, um homem alto e de expressão bem séria estava parado à porta, tinha um bigode que lhe cobria metade do rosto. Tiago fechou a cara de imediato, mas finalmente perguntou:
- O que o senhor quer aqui?
- Não seja tão sem educação moleque, - E desviando o olhar para Dorea, imediatamente sorriu - Trago boas notícias minha tia querida.
- Que bons ventos o trazem a minha humilde casa meu querido sobrinho Órion?
- Isso. - disse ele levantando um envelope com um selo bem comum para Tiago, que sorriu imediatamente - Chegaram hoje lá em casa, Sirius recebeu a dele e por acaso, a de Tiago também estava no meio.
- Me dá! - Tiago tentava a toda força arrancar a carta da mão de Órion.
- Pelas barbas de Merlin... - Charlus agora vinha andando com uma xícara de café na mão e sorriso até as orelhas - É a sua carta filho, que orgulho.
Órion ignorou Tiago, que ainda pulava e se dirigiu à tia. Entregou-lhe a carta e evitou o olhar de Charlus.
- Não se esqueça tia, Plataforma 3/4 no dia 1º de Setembro. Estamos combinando de nos encontrar uma semana antes no Beco Diagonal para comprar o material das crianças. Seria realmente bom encontrar a senhora lá já que não nos vemos com muita freqüencia - e lençou um olhar ameaçador a Charlus, que por sua vez, devolveu o olhar sem medo.
- Farei o possível, mande lembranças a todos meu querido.
Órion sorriu de leve para Dorea saindo sem nem ao menos se dar ao trabalho de olhar para os demais presentes no Hall de Entrada da Casa dos Potter. Charlus não parecia muito satisfeito com a visita. Em compensação, Tiago não tirava os olhos brilhantes da carta assim como o sorriu não abandonava seu rosto.

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