Atitude



Escolhi a Candace Wu.

A Lucy achou que eu deveria ter escolhido alguém mais famoso, tipo algum apresentador de telejornal em rede nacional. Mas eu gostava da Candace por causa daquela vez que eu caí no colo dela depois da entrevista coletiva no hospital.

E a Candace se revelou uma moça bem durona. Ela não aceitava desaforo de ninguém. Quando o Andy, secretário de imprensa da Casa Branca, disse que ela não podia, sob nenhuma circunstância, levar a equipe de filmagem ao gabinete dele para filmar o quadro da Maria Sanchez, ela respondeu que a Casa Branca não era residência particular. Pertencia ao povo dos Estados Unidos da América e, na posição de cidadãos americanos, ela e a equipe de filmagem tinham tanto direito de estar lá quanto ele.

A não ser, é claro, que ele tivesse algo a esconder.

Finalmente, o Sr. White cedeu e eu mostrei todos os quadros para a Candace Wu, inclusive o da Angie Tucker. Eu disse que o trabalho dele era legal e tal, mas que a minha escolha tinha sido o da Maria Sanchez.

-E é verdade, Hermione, que o presidente disse que você teria que escolher outro quadro, algum que tivesse um ângulo menos político? - Candace perguntou na frente das câmeras, igualzinho como tínhamos ensaiado um pouco antes, quando nos encontramos depois de eu ligar para a produção de programa dela.

Eu falei que tinha ensaiado a manhã toda:

-A verdade é que eu acho que o presidente pode não estar ciente de que os adolescentes americanos não estão só interessados em saber qual é o videoclipe no primeiro lugar das paradas. Nós temos preocupações. Queremos que nossa voz seja ouvida. A exposição de arte internacional Da Minha Janela, patrocinada pela ONU, é o fórum perfeito para que adolescentes do mundo inteiro possam expressar suas preocupações. Acredito que seria errado tentar abafar esta voz.

Ao que Candace respondeu, como disse que faria, em troca de eu ter dado ao programa dela os direitos mundiais e exclusivos da minha única entrevista:

-Quer dizer que o homem cuja vida você salvou de maneira tão heróica nem mesmo permite que você tome suas próprias decisões na posição de embaixadora teen dos EUA na ONU?

Respondi, cheia de tato:

-Bom, talvez exitam preocupações nacionais das quais não estamos cientes, ou qualquer outra coisa do tipo.

Depois disso, a Candace fez um sinal de corte embaixo do queixo e mandou:

-Bom pessoal, foi isso. Vamos gardar todo o equipamento e ir para o hospital - que era para onde todos nós iríamos em seguida, porque meu gesso seria retirado naquele dia.

-Esperem um pouco - gritou o secretário de imprensa da Casa Branca, correndo para nos alcançar. - Esperem um pouco. Tenho certeza de que não há motivo para a senhora exibir esse último segmento.

Tenho certeza de que podemos arranjar algo com o presidente...

Mas a Candace não tinha se tornado uma das apresentadoras de telejornal mais audazes do país por causa dos arranjos. Ela fez o Marty e os outros câmeras guardarem o equipamento e já estávamos saindo de lá antes que se pudesse dizer: "Voltamos depois dos comerciais."

Em casa, depois de eu tirar o gesso, a Candace estava fazendo algumas cenas de "preenchemento" comigo e o Manet pulando na minha cama quando o telefone tocou e Molly apareceu, toda animada, e falou bem baixinho:

-Hermione. É o presidente.

Todo mundo congelou. A Candace, que estava dividindo dicas de beleza com a Lucy, que parecia totalmente alucinada com aquela coisa de ter uma apresentadora de TV em casa, já que era um trabalho que exigia boa aparência e você ainda podia expressar sua opinião a respeito das coisas; a Rebecca, que estava tomando notas das dicas de um dos caras da iluminação sobre como se comportar igual a uma pessoa normal; os câmeras, que, na minha opinião, estavam demonstrando interesse excessivo no meu pôster da Gwen Stefani... parecia que todo mundo prendeu a respiração quando eu desci da cama e peguei o telefone da mão da Molly.

-Alô?

-Hermione – o presidente urrou. A voz simpática dele estava tão alta que eu precisei afastar o telefone do rosto. – Que história foi essa que eu ouvi, sobre eu não apoiar a sua escolha para a exposição de arte da ONU?

-Bom, senhor – respondi. – A verdade é que, na mina opinião, o melhor quadro que recebemos é o da Maria Sanchez, de San Diego, mas, até onde pude entender, o senhor...

-Mas foi desse que eu gostei – interrompeu o presidente. – Aquele dos lençóis.

-É mesmo, senhor? – respondi. – Porque o senhor disse que...

-Não se preocupe com isso agora – respondeu o presidente. – Você gostou do quadro dos lençóis, mande empacotar e envie para Nova York agora mesmo. E, da próxima vez que você tiver algum problema com uma coisa desse tipo, procure-me primeiro, antes de chamar a imprensa, certo?

Eu não mencionei o fato de que eu tinha tentado antes. Em vez disso, respondi:

-Sim, senhor. Farei isso, senhor.

-Muito bem. Até logo, então – concluiu o presidente. E desligou.

E quando a minha entrevista exclusiva com a Candace Wu foi ao ar na noite seguinte (quarta-feira), toda a parte do quadro da Maria Sanchez foi cortada. Em vez disso, a emissora afiliada de San Diego foi até a casa da Maria Sanchez e disse que ela era a vencedora. Descobri que a Maria era uma garota de cabelo escuro, mais ou menos da minha idade, que morava em uma casinha com mais seis irmãos.
Como eu, ela estava encalhada bem no meio de todos eles.

Eu sabia que devia ter alguma razão para eu ter gostado mais do quadro dela.

Só que, quando disseram à Maria que ela tinha vencido, ela começou a chorar. Daí, eles pediram e ela mostrou a vista da janela dela. Era igualzinho à do quadro, com a roupa lavada pendurada no varal e a cerca de arame farpado à distância. A Maria tinha mesmo pintado o que via, nem como eu pensei, e não só o que ela conhecia.

E agora ela e a família iam poder ir a Nova York e ver o quadro exposto na ONU, junto com todos os outros ganhadores do mundo inteiro. E parecia que eu iria conhece-la, porque o Andy disse que a Casa Branca mandaria a minha família inteira a Nova York, para a abertura da exposição. Eu já tinha pedido para a minha mãe e o meu pai me levarem ao Metropolitan Museum enquanto estivéssemos lá, para eu ver os impressionistas, e eles disseram que sim.

Aposto que a Maria também vai querer ir.

Na noite em que a minha entrevista com a Candace foi ao ar, todo mundo ficou na sala assistindo, junto... eu, a Lucy, a Rebecca, o Manet, a minha mãe e o meu pai. Meus pais não sabiam direito o que tinha rolado, porque a maior parte da entrevista tinha acontecido depois da escola, quando a minha mãe estava no tribunal e o meu pai, no escritório. Eu precisei faltar à aula da Susan Boone na terça por isso. Mas eu teria que faltar mesmo, porque a Molly ia ter que me levar para tirar o gesso, de qualquer jeito.

Portanto, a minha mãe e o meu pai ficaram meio surpresos quando mostraram as partes gravadas em casa (especialmente o segmento do meu quarto, que estava meio bagunçado na hora). Minha mãe grunhiu, com voz de terror, ao olhar para a tela da TV, como se estivesse petrificada:

-Ai, meu Deus, Hermione.

Mas eu expliquei que a Candace tinha pedido para eu deixar meu quarto do jeito que era, para ficar mais autêntico. A Candace adorava autenticidade. O objetivo dela ao fazer aquela reportagem era mostrar uma “heroína americana autêntica”, coisa que eu era pelos seguintes motivos:

a) Eu tinha arriscado a minha vida, de maneira altruísta, para salvar a de outra pessoa.

b) Aquela outra pessoa por acaso era o líder do mundo livre.

c) Eu sou americana.

O ponto de vista da Candace a respeito do assunto, felizmente, era compartilhado por outras pessoas. Por exemplo, o médico que serrou o meu gesso. Ele tomou bastante cuidado para não cortar nenhum dos desenhos que eu tinha feito nele. Antes de tira-lo, ele avisou que, durante um tempo, meu braço ia parecer muito leve e esquisito, e ele estava certo. Assim que ele tirou o gesso, meu braço subiu uns dez centímetros, sozinho. A Molly, a Candace, todos os câmeras e eu rimos.

Outras pessoas que achavam que eu era uma heroína americana autêntica eram as que trabalhavam no museu Smithsonian, para onde fomos assim que eu tirei o gesso. Eu resolvi que, em vez de vender meu gesso na internet, eu doaria para um museu, e o Smithsonian era o maior museu em que eu conseguia pensar. Por sorte, eles aceitaram. Fiquei preocupada de que eles achassem meio nojento eu doar para eles um gesso com desenhos do Sino da Liberdade e da Dolley Granger.

Mas já que era, sabe como é, um tipo de relíquia que denotavam um pedaço importante da história americana, disseram que ficariam contentes de te-lo no acervo.

A reportagem que falava de mim terminava com um segmento que eu e a Candace havíamos discutido com muita atenção anteriormente. Uma das condições para eu deixar ela fazer a entrevista era que ela me fizesse uma pergunta específica. E era a respeito da minha vida amorosa.

-Então, Hermione - Candace inclinou-se para a frente na cadeira, com um sorrisinho no rosto. - Ouvi uns rumores...

A câmera me mostrou com cara de inocente, sentada no mesmo sofá em que estava acomodada naquele momento, assistindo à transmissão da entrevista.

-Rumores, Candace? – o meu eu da TV perguntou, com olhos bem arregalados.

-É – respondeu ela -, sobre você e uma certa pessoa...

E daí começaram a mostrar umas imagens do Harry (sabe como é, acenando dos degraus do avião presidencial, entrando e saindo do ateliê da Susan Boone, usando terno no Festival Internacional da Criança). Daí a câmera voltou para a Candace e ela disparou:

-É verdade que você e o primeiro-filho estão juntos?

O eu da TV, ficando vermelho (ficando vermelho bem ali na televisão, apesar de saber qual era exatamente a pergunta que ela faria), mandou:

-Bom, Candace, vamos colocar assim. Eu gostaria que fosse verdade. Mas se ele sente ou não a mesma coisa, eu não faço idéia. Acho que eu estraguei tudo.

-Estragou? – a Candace parecia desorientada (apesar de ela também saber qual seria exatamente a minha resposta). – Como foi que você estragou tudo, Hermione?

-Eu só... – o eu da TV deu de ombros. – Eu não enxerguei uma coisa que estava bem na minha frente. E agora acho que é tarde demais. Espero que não... mas sinto que é, provavelmente.

Foi aí que o meu eu de verdade (o que estava assistindo à TV) puxou a almofada em que o Manet estava sentado, enfiou a cabeça ali e começou a gritar. Tipo assim, eu tinha que falar aquilo... não conseguia pensar em nenhum outro jeito de dizer aquilo de modo a reparar a cosia horrível que eu tinha feito... sabe como é, toda aquela história de gostar do Harry o tempo todo sem perceber até que já fosse tarde demais e tal.

Mas isso não queria dizer que eu não estava envergonhada. Nem que eu tinha a mais remota esperança de que fosse funcionar.

E era por isso que eu estava gritando.

Meu pai, que estava assistindo à TV com uma expressão meio atordoada, mandou:

-Espera um pouco. Que história foi essa? Hermione... você e o Harry brigaram?

Ao que Molly respondeu:

-Ah, ela estragou tudo mesmo. Mas, quem sabe, se ele assistir a isso aí, ele dá outra chance para ela. Tipo assim, não é todo dia que alguma garota vai a rede nacional para dizer ao mundo que quer ficar com você.

Até a Rebecca olhou para mim com respeito renovado.

-Que coragem, Mione – exclamou ela. – Foi mais corajoso do que o que você fez outro dia na frente da confeitaria. Não que vá dar certo, claro.

-Ah, Rebecca – pediu Lucy, tirando todo o som da TV, já que a entrevista tinha acabado. – Cala a boca.

Não é muito freqüente a Lucy sair em minha defesa em batalhas familiares, de modo que eu ergui o olhar da almofada do sofá, totalmente surpresa. Foi aí que eu percebi que estava me incomodando a respeito da Lucy naqueles últimos dias. O que tinha me incomodado a respeito da Lucy naqueles últimos dois, três dias.

-Ei – perguntei. – Cadê o Draco?

-Ah – respondeu Lucy com um dar de ombros displicente. - Nós terminamos.

Todo mundo na sala (e não só eu) ficou olhando para ela, boquiaberto de tanto espanto.

Meu pai foi o primeiro a se recuperar.

-Aleluia - que era um sentimento estranho partindo de um agnóstico, mas sei lá.

-Eu sabia - comentou Molly, sacudindo a cabeça. - Ele voltou para aquela namorada dele, não foi? Homens. Eles são uns... - e daí disse um monte de palavrões em espanhol.

-Ah, credo - murmurou Lucy, revirando os olhos. - Dá um tempo. Ele não me traiu nem nada. Só que ele foi um grosso com a Mione.

Achei que não era possível meu queixo cair ainda mais, mas foi o que aconteceu, não sei como.

-Eu? - a voz saiu esganiçada. - Do que é que você está falando?

A Lucy parecia siderada.

-Ah, você sabe - explicou, soando impaciente. - Aquela história toda do quadro. Ele estava sendo muito idiota. Eu falei para ele... como é que foi mesmo, Rebecca?

-Para nunca mais escurecer a sua porta? - Rebecca arriscou.

-Foi - respondeu Lucy. - Isso aí.

Daí a Lucy, que tinha ficado trocando de canal o tempo todo enquanto falava, deu um gritinho:

-Aaah, olha. É o David Boreanaz – e aumentou o volume.

Não dava para acreditar. Não dava para acreditar. A Lucy e o Draco, brigados? Por minha causa? Tipo assim, preciso reconhecer que eu fantasiava o acontecimento havia meses. Mas, nas minhas fantasias, a Lucy e o Draco sempre terminavam porque o Draco finalmente caía na real e percebia que eu era a garota certa para ele. Nunca brigavam porque, por acaso, a Lucy tinha visto o Draco ser grosso comigo.

E com certeza eles nunca brigavam depois de eu perceber que não amava mais o Draco... e talvez, para começo de conversa, eu nunca tivesse amado. Não da maneira como se deve amar alguém.

Não era assim que as coisas deveriam ser. Não era assim que as coisas deveriam ser. Não mesmo.

-Lucy – comecei, inclinando o corpo para a frente. – Como é que você... tipo assim, depois de todo o tempo que vocês ficaram juntos, como é que você pode simplesmente dispensar o Draco desse jeito? Tipo assim, e o baile de formatura? A sua formatura está chegando. Com quem é que você vai, se não for o Draco?

-Bom – respondeu ela, com o olhar grudado no bíceps do David Boreanaz. – Eu já consegui chegar a uma lista de uns cinco caras. Mas acho que vou convidar meu parceiro de aula de química.

-O Greg Cardner? – deu um grito histérico. – Você vai ao baile de formatura com o Greg Gardber? Lucy, ele é, tipo, o cara mais CDF da escola inteira!

A Lucy parecia chateada, mas só porque meus berros estavam encobrindo o canto suave do sr. Boreanaz.

-Dãh, cara – explicou. – Mas os CDFs estão super na moda agora. Tipo assim, você deveria saber. Foi você quem começou a tendência.

-Tendência? Que tendência? – questionei.

-Você sabe – tinha começado um intervalo, então a Lucy tirou o som da TV de novo, largou-se no sofá e olhou para mim. – Essa história de sair com CDFs. Foi você quem começou, quando levou o Harry àquela festa. Agora todo mundo está fazendo igual. A Gina Weasley está saindo com o Tim Haywood.

-O cara que ficou em primeiro lugar na feira de ciências? – gaguejei.

-Só. E a Debbie Kinley deu um pé no Rodd Muckinfuss para ficar com algum CDF da Horizon.

-É mesmo? – irrompeu na conversa minha mãe, que ainda estava na sala, ouvindo tudo, cada vez mais irritada, até que não agüentou mais. – Veja só o que vocês estão dizendo, garotas! CDFs! Vocês não percebem que estão falando de pessoas? Pessoas com sentimentos?

Assim como a minha mãe, eu também estava ficando cada vez mais irritada. Mas não pelo mesmo motivo.

-Espera aí – exclamei. – Espera só um pouquino. Lucy, você não pode terminar. Você ama o Draco.

-Bom, é verdade – respondeu ela, simplesmente. – Mas você é minha irmã. Não posso sair com um cara que é grosso com a minha irmã. Tipo assim, que tipo de pessoa você acha que eu sou?

Só fiquei olhando para ela. Não dava mesmo para acreditar. A Lucy (a minha irmã Lucy, a garota mais bonita e mais fútil do ensino médio da John Adams) tinha dado o pé no namorado, e não por ele a estar traindo, nem porque tinha se cansado dele. Tinha dado o fora nele por causa de mim, a irmãzinha rejeitada dela. Eu, Hermione Granger. Não a Hermione Granger que tinha salvado a vida do presidente dos Estados Unidos. Não a Hermione Granger embaixadora teen na ONU.

Não, a Hermione Granger irmãzinha da Lucy Granger.

Foi aí que a culpa tomou conta de mim. Tipo assim, a Lucy tinha feito um sacrifício enorme (tudo bem, talvez não fosse tão enorme assim para ela mas, mesmo assim, era um sacrifício) e que tipo de irmã eu tenho sido para ela? Hein? Tipo assim, durante muito e muito tempo, tudo o que eu fiz foi desejar (não, rezar) para que a Lucy e o Draco terminassem para que eu pudesse ficar com ele. Daí, a coisa finalmente acontece, e bem por minha causa...

Porque, de acordo com a Lucy, ela me ama mais do que jamais poderia amar qualquer cara.

Eu era a pior irmã do mundo. A mais baixa das baixas. Era uma escória.

-Lucy – fiz um esforço. – Fala sério. O Dracp só estava chateado aquele dia. Eu entendi total. Eu não acho mesmo que você deveria terminar com ele só por causa... só por causa de mim.

A Lucy parecia entediada com aquela conversa. O programa dela tinha recomeçado.

-Sei lá – respondeu. – Vou pensar.

-Pensa mesmo, Lucy – reforcei. – Acho que você deve pensar bem mesmo. Tipo assim, o Draco é ótimo. Ele é um cara maravilhoso. Tipo assim, para você.

-Tudo bem – Lucy pareceu irritada. – Eu falei que vou pensar. Agora, vê se fica quieta. Estou vendo o programa.

A minha mãe, um pouco estupefata por se dar conta do que estava acontecendo, resolveu interferir:

-Hum, Lucy, se você quiser sair com esse outro garoto... seu parceiro de química... eu e seu pai achamos bom. Não é mesmo, Richard?

Meu pai apressou-se em garantir que achava.

-Na verdade – continuou ele – porque você não traz o rapaz aqui em casa amanhã, depois da escola? A Molly não vai se incomodar, não é mesmo, Molly?

Mas o estrago já estava feito. Eu sabia que a Lucy e o Draco estariam juntos de novo antes do almoço do dia seguinte.

E eu estava feliz. Feliz de verdade.

Porque eu não amava o Dracp. E provavelmente nunca tinha amado o Draco. Não de verdade.

Claro que o único problema era que eu tinha bastante certeza de que a pessoa que eu de fato amava não se sentia da mesma maneira em relação a mim.

Mas eu tinha a sensação de que descobriria rapidinho, de um jeito ou de outro, na aula da Susan Boone, no dia seguinte.

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Todo mundo me abanonouuuu!!!

Só a Alex que comenta, cadê todo mundo???

Ah, queria tanto ter 100 comentários até o final da fic...

Falando em final, faltam só mais 2 capítulos para acabar a fic...

Bjooos e epero que os sumidos apareçam de novo neh....

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