CAPÍTULO I



Para Sempre e Eternamente...



CAPÍTULO I

- Boa noite!
- Boa noite. Demorou hoje, estava ficando preocupada. – ela levantou e deu um beijo na bochecha dele.
- Novos problemas... – ele largou seu casaco no sofá.
- Difíceis? – perguntou ela, da cozinha.
- Não, nada muito impossível. Só que muito trabalhoso. – disse ele indo atrás dela.
- Vai trabalhar no fim de semana?- ela colocou alguma coisa num prato.
- Não. Nem agüentaria, foi uma semana difícil. – ele foi até a geladeira e apanhou a jarra de suco, depois no armário pegou dois copos e na gaveta, talheres.
- Pra que dia ficou marcada a reunião anual do Ministério? – perguntou ela, enquanto colocava o prato com um generoso pedaço de lasanha pra ele, enquanto ele a servia com suco.
- Próximo sábado. Sabe que estão todos muito animados lá no Ministério. Dizem que o jantar será formidável e que a festa estará ótima, estão planejando há meses. Terá uma mistura de Magia com o modo trouxa de viver... Me parece um evento bem interessante.
- Festa de gala, não é? Cheia de pessoas importantes e bem vestidas?
- Sim. Haverá convidados estrangeiros também, estão completando cinco séculos dessa reunião ministerial, vão comemorar em grande estilo.
Harry e Hermione estavam sentados na mesa da cozinha, ela com um copo de suco de abóbora e ele comendo com gosto a lasanha que ela fizera.
- E Rony? Alguma noticia dele? – perguntou ela, enquanto o observava.
- A seleção tem se dado superbem nos campeonatos, mas parece que não volta tão cedo. – ele tomou um gole de suco. – Merlim, o que foi que você pôs nessa lasanha...? Está divina!
- Que bom que gostou, te esperei para jantarmos juntos, mas você demorou.
- Que horas chegou do St. Mungus?
- Às cinco. Estou entrando de férias agora, duas semanas livres.
- Maravilha. Posso pedir uns dias no trabalho e nós vamos viajar juntos. O que acha?
Ela sorriu.
- Seria ótimo se você não tivesse com problemas trabalhosos para resolver.
Ele bufou.
- Droga! – voltou a atacar sua lasanha.
Harry, Rony e Hermione haviam terminado Hogwarts há cinco anos. Rony, logo após a formatura, foi chamado para jogar pela seleção da Inglaterra, vinha ganhando bastante dinheiro e fama nos últimos tempos e estava sempre viajando. Mas nunca deixara de ser o Rony brincalhão de sempre.
Harry estava trabalhando como auror no Ministério da Magia, tinha derrotado Voldemort antes mesmo do fim do sétimo ano. Por esse motivo era um dos funcionários mais bem pagos de todo o Ministério.
Hermione virara medi bruxa. Trabalhava no St. Mungus e era a responsável pela área pediátrica do hospital, um cargo bastante elevado que exigia muito dela, mas era muito bem recompensado. Tinha descoberto nas crianças um mundo bem divertido e fascinante, por mais exaustivo que fosse, amava o que fazia.
Os dois resolveram comprar um apartamento para dividir, no coração de Londres, perto do trabalho de ambos. Harry tinha sua casa, no Largo Grimmauld, mas preferia evitá-la em função das lembranças que lhe trazia. Era um apartamento bastante grande, uma cobertura. Muito confortável. Uma ampla sala de estar, cozinha, sala de jantar, escritório com uma pequena biblioteca. No andar superior havia duas suítes e uma belíssima varanda. Tudo totalmente trouxa. Eles preferiram que fosse assim.
- Ah, comprei uma coisa pra você. – disse Harry, se levantando depois de terminar seu jantar e caminhando até a sala. Hermione o seguiu com um belo sorriso no rosto. Era assim desde as primeiras semanas de apartamento juntos. Ele sempre trazia alguma coisa pra ela, ou um livro novo, um doce que ela gostasse, até mesmo flores de vez em quando. Ela fazia isso também, tudo que achava estranhamente interessante que envolvesse as palavras ‘Contra Artes das Trevas’ ela comprava pra ele, Harry tinha varias prateleiras em seu quarto com todos os objetos que ela lhe dava, alguns eram extremamente úteis, ele os levava consigo em algumas missões, outros só serviam para acumular pó. Também lhe dava livros recentemente lançados com o mais avançado que se tinha sobre defesa e ataque. Em algumas ocasiões dava roupas a ele, pois ele era do tipo que se ela não desse ele não teria o que vestir, pois nunca comprava nada.
- Ah! – ela gritou quando abriu o embrulho. – Eu procurei tanto por esse... Tanto... Como conseguiu?
Era um livro bem grosso, com capa de couro em letras douradas o titulo era “Trabalhar com Crianças: Magia que Nenhum Bruxo Explica.“
- Sabia que estava procurando, deu bastante trabalho para consegui-lo. Sei do seu fascínio pelo seu trabalho, não poderia deixar de comprá-lo pra você.
- Eu adoro você! – disse ela, se sentando ao lado dele no sofá, com o livro no colo, e dando um beijo em sua bochecha.
- É a quarta vez que me diz isso hoje. – disse ele, sorrindo.
- É porque eu realmente adoro você.
Ele ligou a televisão, passou os canais por algum tempo, até parar em um documentário sobre o aquecimento global.
- É terrível isso, não é? – disse ele, depois de algum tempo.
- É sim. O mundo precisa se unir e tomar alguma providência. – disse ela, concentrada. Começou o comercial. – E a Lisy? Há algum tempo que não fala dela.
- Estamos dando um tempo, sabe, ela estava me deixando maluco. Muito possessiva. – disse ele, passando um dos braços por de trás da moça, que deitou a cabeça em seu ombro.
- Ela me parecia uma pessoa bem legal. Estava começando a gostar dela.
- Sinto muito... – disse ele, sem muita emoção.
- Tem sido assim desde que terminou com a Gina, não é? – falou Hermione virando a cabeça para olhá-lo, fazia dois anos que eles tinham terminado, para Hermione, Harry parecia não ter superado isso ainda.
- Acho que sim. Não encontro ninguém que me satisfaça totalmente. – ele disse, tentando parecer natural.
- Gina te satisfazia.
- Não totalmente. Faltava alguma coisa, mas ela foi a que mais chegou perto.
- Sente falta dela?
- Não muita. Apenas em alguns momentos de carência. Mas aí eu corro para o seu quarto e fica tudo bem... – ele disse sorrindo.
- Hei! Quem te ouve falar assim acha que nós...
Ele deu risada.
- Nós sabemos que não é assim. Nunca foi. Moramos juntos há tanto tempo e não vejo nada de errado. Nunca fizemos nada errado, fizemos?
- Não, mas quem não conhece acha que fizemos. – ela disse, sorrindo.
- O.k. temos nossas consciências limpas, não?
- Totalmente.
- Há quanto tempo somos amigos?
- Doze excelentes anos.
- Nunca passamos de amigos, certo?
- Exatamente.
- E ninguém tem nada a ver com isso, concorda?
- Absolutamente.
- Ótimo. – ela voltou a deitar a cabeça no ombro dele, ele apoiou o queixo no cocuruto da cabeça dela.
Ficaram alguns minutos em silencio, assistindo o documentário, depois, no outro intervalo:
- Amanha é dia de filme. Tem algum em especial que queira assistir? – toda sexta feira ele alugava um filme para assistir, Harry sempre passava em uma locadora na volta do trabalho, e alugava o lançamento da semana.
- Não. Vamos ficar com o lançamento.
- O dessa semana é meio... Sangrento e terrível. Acho que não vai gostar.
- Realmente, tudo que envolva sangue de mentira e espíritos não é comigo.
- Vou procurar uma boa comédia, pode ser?
- Por mim tudo bem.
Alguns longos minutos depois Harry desligou a televisão e olhou para o relógio no lado oposto da sala, duas e meia da manha, teria que acordar cedo no dia seguinte, olhou para baixo, pela respiração profunda e lenta, Hermione dormira. Ele se levantou com cuidado e a colocou em seus braços, levou-a até o andar de cima e a ajeitou na cama, depois de cobri-la deu beijo em sua testa.
- Eu amo você... – ele sussurrou, saiu do quarto e foi dormir.


Hermione acordou bem tarde e muito bem disposta, tomou um banho e desceu para um excelente café da manha que estava numa bandeja, completamente recheada de coisas boas, deixada sobre a mesa da cozinha. Ela se deliciou com as guloseimas que Harry preparara enquanto lia seu livro novo que estava apoiado na jarra de suco.
O telefone tocou, ela correu para a sala.
- Alô?
- Oi Hermione, é Lisy. Como vai? – respondeu uma voz bem animada e simpática.
- Oi Lisy, estou ótima e você?
- Bem também, de férias?
- Ah, sim. Estava precisando.
- O Harry está aí?
- Não. Está no trabalho.
- Achei que ele não fosse trabalhar hoje, porque a festa da empresa é amanha, tem preparativos e essas coisas...
- Acha que ele perderia um dia de trabalho por causa de uma festa? – disse Hermione, rindo.
- Realmente, ele não perde uma chance. Poderia dizer a ele que telefonei, e se ele puder que retorne o mais breve possível?
- Claro que sim. Darei o recado.
- Obrigada, um bom dia.
- Por nada, pra você também.
Ela desligou, Lisy era trouxa, achava que Harry trabalhava em uma empresa como detetive particular, enquanto Hermione era enfermeira num asilo.
Hermione correu até o escritório e rabiscou o recado de Lisy num pergaminho, mandou Edwiges entregá-lo a Harry.


***

N/a: Nunca postei uma fic minha aqui na FeB, com exceção de uma Short* que eu acabei de postar. Portanto isso é inteiramente novo pra mim, e emocionante, afinal, não conheço nenhum outro site [brasileiro] de fanfics tão acessado.
Espero que gostem dessa fic, ela já está terminada, possue oito capítulos. Inicialmente era pra ela ser uma short, mas já que os personagens me dominam e me manipulam a história saí da maneira que eles querem que saia, eu sou um mero instrumento na mão deles.
Espero que gostem e eu peço, por favor, que comentem, pois é muito importante pra eu saber o que vocês, leitores, estão achando, ok?

Beijos, até o próximo capítulo.

Paulinha.


*"Milagre de Natal", possui um único capítulo, se quiserem e puderem ler ela também e depois deixar um comentário eu ficaria muito grata.

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