Estranha demais



Harry Potter estava mais uma vez deitado em sua cama, na Rua dos Alfeneiros número 4, fazendo uma coisa que jamais poderia imaginar fazer, pelo menos não alí, na casa dos Dursley. Estava com um montinho espesso de cartas de seus amigos em seu peito. Chegavam de duas em duas, o que não podia deixar Harry com um sorriso maior do que com o que ele já estava. Leu as cartas mais recentes, primeiro a de Hermione:


Harry,
Como está? Acho que você já superou os acontecimentos do mês passado, conheço você e sei que se não tivesse esquecido, tentaria até conseguir. Bem, se precisar de alguma coisa, agora é mais fácil mandar uma coruja, já que nenhum trouxa pode nus impedir. Mal posso esperar para que as aulas em Hogwarts começem, estou ansiosa para ver você e Rony, é que tenho uma surpresa. Apenas a Gina sabe. Ela veio passar uns tempos dom verão aqui em casa. Meus pais a adoraram! E a propósito, meus parabéns! Não vou mandar seu presente por coruja, prefiro entregar pessoalmente, então quando nos vermos te entrego, ok?
Hermione.


Quando Harry estava prestes a abrir a outra carta quelhe fora enviada por Hagrid, ouviu a gritaria lá embaixo:

- O QUE DEU EM VOCÊ? PERDEU O JUÍZO? - a voz de tio Válter ecoava no andar de baixo.

- Acalme-se! Acalme-se Válter! Podem nos ouvir! - tia Petúnia havia baixado a voz - Lembra do que aquela gente falou se o tratássemos mal? Então achei melhor fazer isso...

- Está bem... está bem.

Harry precipitou-se à porta procurando ouvir mais alguma coisa, mas ao invés disso ouviu passos se aproximando na escada.Então correu e se jogou na cama:

- Garoto, desça! Hoje você jantará na mesa comigo e com Válter. - a voz de tia Petúnia parecia obrigada a dizer isso através da porta.

Harry teve uma imensa surpresa, mas não demorou a descer. Estava muito feliz para que os tios estragassem seu bom humor. Quando chegou na porta da cozinha, ouviu mais sussurros de tia Petúnia e tio Válter:

- Válter, preciso levá-lo, preciso mesmo. É para o nosso bem. Direi a ele agora antes que Duda chegue.

Ele, infelizmente, voltou à realidade e lembrou que Duda existia. Resolveu entrar na cozinha.

- Ah... ah, sente-se. - gaguejou tia Petúnia graciosamente.

- Onde está Duda? - perguntou num tom desconfiado demais impossível de se esconder.

- Não é da sua conta onde Duda está. - rugiu o tio de Harry.

- Er... tia Petúnia, por que me chamou para jantar? Quero dizer, aconteceu algiuma coisa?

- Pare de perguntas moleque! Petúnia quer falar! Por mim você ficava desse jeito! Está ótimo assim! as roupas do Duda lhe servem direitinho! Mas não! Sua tia tem um coração muito bom!

- Shhh...Válter! Nào fale assim com Harry! - essas palavras causaram impacto tanto a Harry quanto a tio Válter. - Bem Harry, é que nós decidimos...

- Você decidiu! - disse claramente o tio assustando a esposa com a interrupção repentina.

- ... eu decidi- corrigiu ela - que nós, eu e você, devemos sair para "retocar o estoque do seu guarda-roupas"! O que você acha?

O garoto achou que estava delirando. Alguma coisa estava errada alí. Tia Petúnia? O convidando pra comprar roupas novas? Não podia ser. Olhou a sua volta para ver se notava algo de estranho, mas só viu a tia com uma expressão radiabte e o tio com o rosto púrpura de raiva prestes a explodir.

- A senhora está dizendo, que devemos sair, para comprar roupas novas? Pra mim?

- Isso mesmo! Esses trapos velhos de Duda lhe deixam com uma aparência tão ridícula! E um garoto como você, com um potencial tão grande e oculto, precisa ser mostrado à quem não lhe conhece! Pelo men os em sua apatência.

Harry não podia imaginar o que se passava pela cabeça da tia. Nào queria nem perguntar temendo o que poderia lhe acontecer.

- Venha vamos jantar. Amanhã deverá acordar cedo para irmos à uma loja.

Ela pegou Harry pelos ombros e o guiou até a mesa. Empurrou-o para baixo na cadeira e serviu um bom pedaço de frango em seu prato.

Ela olhou para para o marido e deu uma piscadela, olhou para o sobrinho e deu um sorrizinho.

Terminado o jantar, tia Petúnia surpreendeu Harry com um bolo de
chocolate e morango ao som de "parabéns pra você", e obrigou-o a comer um pedaço do bolo com dezesseis velhinhas acesas as quais ela o fez apagar também.

Harry foi se deitar com a cabeça raciocinado sem parar. Queria entender de qualquer maneira o que acontecera aquela noite. Só sabia que tinha que descançar pois parecia que o outro dia seria agitado.

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