Quadribol, Detenção e Aranhas



.............9- "QUADRIBOL, DETENÇÃO E ARANHAS"......................




- Explica de novo, Rose. – pediu Alana sentada na poltrona ao lado de James. Ela tinha chegado de volta do feriado de festas há pouco tempo juntamente com Mary e quase toda a grifinória. – Quer dizer que vão ficar todos em detenção?

- Isso aí, Alana. – Disse Rose de cabeça baixa sentada no chão, brincando com um fio que se soltava da roupa – Todos que estavam na festa vão pegar uma semana de detenção. Menos Al, James, Lily, Hugo, Vicky e eu.

- Ora essa! Agora não entendi! - disse Mary, dobrando cuidadosamente os lencinhos cor-de-rosa que ganhara de natal de sua mãe, sentada no sofá de frente para a poltrona onde estavam Alana e James.

- Vamos pegar duas semanas, Mary – suspirou Alvo do chão, recostado nas pernas de Alana, que tentava a todo custo ascentar os cabelos do garoto na cabeça dele, mas falhando miseravelmente.

- Tudo porque fomos pegos fora do dormitório tarde da noite, pegamos comida sem permissão e circulamos com ela e Vicky porque assumiu a culpa pela festa. – terminou James, pesaroso.

- Eu não queria que ela assumisse. Quem teve a idéia fui eu, não ela! – Disse Hugo se sentindo culpado e recebendo tapinhas de consolo de Mary no ombro.

- Nós tivemos sorte de ficar só em detenção! – Disse Rose arrancando de uma vez o fio de linha das vestes – Nós poderíamos ter sido expulsos! Ou pior, podiam ter chamado nossos pais aqui na escola de novo. – terminou aterrorizada com tal possibilidade.

- E quando começa a punição? – Perguntou Alana, finalmente desistindo de tentar ajeitar o cabelo de Alvo, que bufou em protesto quando não sentiu mais as mãos da garota em seus cabelos.

- Acho que daqui a algumas semanas... – Disse Lily sorrindo disfarçadamente ao notar a reação de Alvo – Não sei por que não começaram logo... Deve ser por causa do espírito natalino ou então querem nos dar o gostinho de liberdade para depois nos ferrarem. – fez uma careta de desgosto.

- Ainda não sabemos por certo o que é, mas como tem bastante gente em detenção creio que não será tão pesado. – comentou Hugo.




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O salão principal já estava cheio de alunos. Todos tomando o café da manhã. Nem todos.

Enquanto James e Hugo disputavam para ver quem comia mais, Rose apenas brincava com o prato de cereais.

Parecia que só ela estava consciente de que, dali a apenas algumas horas, eles estariam em detenção.

A diretora bateu com a colher na copo, chamando a atenção de todos.

- Primeiramente um bom dia! – Disse a diretora – Quero apenas dar dois avisos. A capitã do time de quadribol da grifinória pede para avisar que abriu uma vaga para batedor, parece que o jogador desta posição infelizmente não poderá mais fazer parte do time. Os testes serão realizados hoje à tarde. Todos aqueles que desejarem tentar devem se inscrever com a capitã do time.

- O batedor não voltou do natal – contou Victoire num sussurro angustiado – É aquele sextanista, Herman Wilgram. Estou desesperada, temos um jogo amanhã e não temos um batedor.

- E também quero avisar aos festeiros do natal – Continuou a diretora – Que é para todos estarem hoje às vinte horas em ponto na porta da biblioteca, sem varinha. Bom dia e boa aula a todos.

- Será que teremos que ler na detenção? – Perguntou Hugo sarcástico.

- Quem dera... – Disse Rose sonhadora. No que Hugo murmurou algo como “CDF”

- Vicky... – Chamou James passando para o lado da garota – Eu quero fazer o teste.

Victoire parou de comer e o encarou, séria. – Você tem certeza de que é isso que você quer? – Perguntou se aproximando dele em um tom ameaçador, que assustou a todos.

- T-tenho... – Disse James recuando alguns centímetros no banco.

- Então está bem, esteja lá hoje! – Disse ela sorrindo e saindo do salão principal, deixando todos parados sem entender.

- B-bem... – Disse Mary, quebrando o silêncio – Temos aula agora, não é?

Todos assentiram ainda confusos e saíram para suas salas.




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A biblioteca estava vazia. Afinal, poucas pessoas ficavam lá na hora do almoço. Era exatamente isso que chamava a atenção de madame Pince.

Uma menina estava em uma das mesas, cercada de livros, parecendo um pouco desesperada.

O menino entrou para devolver um livro e se surpreendeu quando a viu lá.

- Lily? – Perguntou se aproximando da mesa onde a ruiva estudava – O que você faz aqui essa hora?

- Ah oi, Ephram – Disse sem desviar os olhos do livro – Tenho que estudar muito!

- Mas por quê? – Perguntou se sentando ao lado de Lily e olhando curioso a quantidade de livros espalhados por cima da mesa, pelas cadeiras e pelo colo dela.

- Porque eu quase levei bomba em poções, estou por um fio. – Disse ela baixando o livro e olhando para o garoto – O professor Finnigan disse que se eu não me der bem nas próximas avaliações eu vou para o segundo ano devendo pontos. – suspirou e continuou - E se eu não recuperar agora, vai ser difícil recuperar no próximo ano.

- Mas estudar na hora do almoço? – Disse Ephram preocupado – Você não pode trocar uma refeição por uns pontos. Pode ficar doente sabia?

- O que eu posso fazer? – Perguntou ela resignada – Tem muita coisa que eu não consigo entender. Vou estudar em todos os meus tempos livres, isso inclui almoço e jantar.

- Está louca, menina? Você tem que comer. – Exclamou Ephram – Por que você não pede ajuda ao seu irmão James ou a Rose? Eles são muito inteligentes.

- Eles têm mais o que fazer. – Ela abriu o livro novamente – James está muito ocupado pensando em qual garota ele vai querer e Rose já ajuda as amigas e o Alvo, não quero atrapalhar.

Ephram a estudou por um momento.

- Vamos fazer uma coisa – Disse ele tirando o livro das mãos dela – Eu tenho notas muito boas nessa matéria, então eu vou estudar com você todos os dias, mas você tem que almoçar e jantar. O final da tarde é um horário muito bom. A gente pode começar depois de amanhã, já que hoje tem o teste do seu irmão e amanhã o jogo. Tudo bem?

- Ephram, é muito legal da sua parte, mas não precisa fazer isso. – agradeceu ela pegando o livro de volta – Não precisa desperdiçar seu tempo comigo.

- Não vai ser desperdício algum, Lily. – Disse Ephram amigavelmente – Então está marcado, a partir de sexta no final da tarde. Você vai conseguir pontos o bastante para ter até o sétimo ano garantido.

A garota olhou para ele maravilhada - Ah, Ephram, eu nem sei como te agradecer. – Disse guardando os livros na mochila e se levantando.

- Não precisa – sorriu sincero. – Ah, deixa eu te ajudar a pôr esses livros no lugar!

- Tudo bem! Não é problema! – disse Lily puxando a varinha e realizando um feitiço diferente.

No mesmo instante, os livros se fecharam, e dançaram um pouco por cima da mesa nuns movimentos estranhos. “O que...” pensou Ephram, mas logo em seguida entendeu o que acontecia.

Os livros se sacudiam gentilmente para que caísse de dentro deles qualquer nota ou pedaço de pergaminho que a garota houvesse esquecido de retirar. Após isso, eles levantaram vôo e se agruparam em ordem alfabética, tipo e data, e juntos, foram caçar seus lugares nas imensas fileiras de estantes.


Ephram estava boquiaberto.

– Então eu vou comer, você não vem? – perguntou lily sorrindo para ele.

- V-vou daqui a pouco, tenho que pegar um livro. – Disse olhando admirado com o sábio feitiço da garota tão jovem.

Lily atirou um ”até logo” e saiu.

Ephram a acompanhou com os olhos até que ela saiu da biblioteca. Então abriu a mochila, pegou um pedaço de pergaminho e começou a escrever rápido. “Eles têm que saber disso” pensou, confuso.









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- O que eu faço? O que eu faço? – Harry não se cansava de repetir a mesma coisa durante horas.

Desde a volta da Bulgária para casa, ele e Gina não eram como antes. A comunicação não era a mesma. Qualquer coisa era motivo para iniciar uma discussão e ficar dias sem se falar.

Já até pedira conselhos para Mione.

A cunhada havia acalmado Gina no fim da festa do Ministério Búlgaro, mas ela não quis mais andar com Harry, e até preferia ir às entrevistas e reuniões do Departamento de Execução das Leis da Magia com Hermione, a passear com o marido nas tardes livres dos dois dias seguintes que passaram naquele país.

Harry sabia que vacilara e deixara a desejar com a esposa, mas tinha quase certeza de que o problema era mais do que isso. Parecia haver algo mais.

Parecia?

Ele estava mais perdido do que hipogrífo cego no meio da caçada.



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- Ron. Ron. Amor. – Hermione beijava o marido tentando despertá-lo do que parecia ser um sono eterno.

- Humm... – resmungou ele passando os longos braços em volta do pescoço de Mione, a trazendo para si.

- Ron, acorda! É sério!

- Já acordei, amorzinho! Seus beijos são imbatíveis, sabia? – e antes que ela pudesse começar a falar, tascou-lhe um beijo na boca.

Ela correspondeu apaixonada, mas logo desimpediu a parte funcional de seu aparelho fonador – a boca – e recomeçou a falar – como sempre.

- Querido, você acha que devemos avisar ao Harry que a Gina passou a noite aqui? Ele deve estar preocupadíssimo já que ela não nos deixou avisá-lo ontem à noite.

- Mione, - Ron olhou para ela com uma cara de preocupação fingida – Com certeza o Harry deve estar morrendo a essa hora, e nem passou pela cabeça rachada dele que, pela quinta vez em menos de duas semanas, a minha irmã está aqui em casa de novo. – disse sarcástico.

- Ah, é verdade. – suspirou Mione – Eu só queria que esses dois cabeças duras terminassem logo com essa criancice e resolvessem suas diferenças como dois adultos que são.

- É... Eu também queria saber o que se passa na mente infantil da maninha para ficar saindo de casa desse jeito depois de mais de dez anos de casada.

- Dezessete anos... – comentou Hermione vagamente, mexendo nos fios ruivos de Ron – Em julho...

- Eu te amo, sabia? – Ron sorriu e a apertou contra o peito.

Mione riu da espontaneidade do marido. – E eu mais ainda, Ron!

- Ah, que romântico! – exclamou Gina invadindo o quarto de repente.

- Gi! – gritou Ron – Como vai chegando assim? Sem bater na porta! E se estivéssemos... hum... ocupados?

- Roniquinho, a essa hora da manhã, você não estaria fazendo nada demais que envolvesse a minha cunhadinha, pois está com sono e com fome! – debochou Gina – De qualquer forma, só vim avisar que já estou indo.

- Tomou café? – perguntou Hermione se levantando.

- Não. Mas já me sinto melhor e vou passar em casa para ver o Harry antes de ir para o Saint Mungus.

- Saint Mungus? – Perguntou Ron – Não se sente bem?

- Não sou eu. Preciso ir lá cobrir uma matéria. Um caso muito interessante por sinal. Acho que você já deve saber, não é Ron? Os aurores andam tontos aí investigando sobre a mulher que foi torturada de uma forma bizarra – relatou sombriamente. – O caso mais excitante desde a nossa ida à Bulgária, quando graças a Deus eu estava de folga e o Profeta mandou outro cobrir!

- Bom, boa sorte com a entrevista. – disse Ron – nós ainda não avançamos muito nesse caso.

Ele se levantou, deu um beijo na irmã e avisou.

- Não se esqueça do almoço na mamãe. Hoje é Quarta, dia de suflê de couve de Bruxelas!

- Que ótimo! – Gina pôs a língua para fora, atirou um tchauzinho para os dois e aparatou.

- Adoro couve de Bruxelas... – cantarolou Hermione indo para o banheiro.

- Só você! – falou Ron indo atrás dela sorridente.




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Alvo, Lily, Rose, Hugo, Alana, Mary e John iam para o campo junto com Vicky para ver como James se sairia.

- E então, Vicky. Já sabe o que fazer no teste? – Perguntou Alvo.

- Eu tenho uma idéia. Estive conversando com o tio Harry e tia Gina e eles me deram umas dicas. Mas creio não terei que colocá-las em prática, não deve ter muita gente querendo fazer um teste tão em cima da hora como esse e...

Mas Vicky parou de falar, surpresa.

Na entrada do campo, uma fila se desenrolava com mais de trinta garotos parados, olhando para ela. Vicky amaldiçoou seu lado veela.

Graças a isso, ela teria de agüentar um bando de idiotas que provavelmente nem sabiam a diferença entre o balaço e o pomo-de-ouro.

Vicky entrou no campo e os candidatos a seguiram, radiantes. O restante da equipe já estava lá. Das arquibancadas lotadas, alguns garotos assobiaram para ela, mas a garota fingiu não ouvir.

Ela se virou e olhou para cada um dos candidatos, que pareciam parar de respirar só com o olhar dela, com exceção de James, que parecia não notar que ela estava olhando.

- Antes de começar eu devo avisar que o teste é para batedor somente,

Cerca de dez garotos saíram do campo murmurando “eu queria ser artilheiro” ou qualquer outra coisa.

Victoire lançou um olhar desconfiado para os competidores e disse perdendo a paciência:

- E o teste é SÓ para os Grifinórios. – anunciou quando deparou com um menino de vestes amarelas da Lufa-lufa.

Mais uns sete garotos deixaram o campo murmurando “devia ser para todas as casas”.

- Ótimo. – Disse Vicky vendo que já tinha se livrado de mais alguns – Agora eu quero que vocês dêem vinte voltas voando no campo. Como os batedores precisam ter um bastão nas mãos durante o jogo todo, quero que vocês dêem dez voltas de maneira normal e dez voltas sem se segurar na vassoura.

A maioria dos garotos voava bem. Nas primeiras dez voltas somente três não conseguiram. Mas quando tiveram que soltar as mãos mais da metade acabou caindo. No final só tinham sobrado cinco garotos.

- JÁ ESTÁ BOM! – Gritou Vicky, agradecendo mentalmente ao Harry pelas dicas e os jogadores pousaram – Agora é a última etapa. Vocês vão ter três minutos para acertar o maior número de jogadores com o balaço. Um de cada vez. Vamos começar.

Victoire e o restante do time levantaram vôo. Os candidatos que sobraram eram realmente bons e conseguiram derrubar pelo menos um jogador da vassoura. James e mais um menino loiro, Kerlon Gray conseguiram acertar três jogadores cada um.

Como ficaram empatados, Vicky resolveu colocar os dois juntos, sem limite de tempo. Os outros jogadores voavam pelo campo enquanto James e Kerlon rebatiam os balaços na direção dos jogadores – a essa altura enfeitiçados para que não houvesse ferimentos graves.

- Não adianta, Potter. – Disse Kerlon – Essa vaga é minha.

James apenas riu sarcástico e rebateu o balaço bem nas costas de um dos artilheiros. – Veremos Gray!

James rebatia os balaços com muita vontade. Em pouco tempo ele tinha derrubado todos os jogadores das vassouras, inclusive o Kerlon.

- Ótimo James. – Disse Vicky, que tinha um olho roxo – pois protegera o time todo e esquecera de si mesma – A vaga é sua. Primeiro jogo amanhã contra a Lufa-Lufa.

- Beleza! – Disse James entusiasmado – Estou doido para acertar o apanhador deles! O pomo-de-ouro já é nosso.

- A apanhadora você quer dizer. – Disse Victoire recolhendo as bolas e voltando para o vestiário – A apanhadora da Lufa-Lufa é a Carter. Achei que você soubesse, você vive atrás dela.

- S-sério? – Perguntou James murchando e parando de andar – Eu não assisti nenhum jogo da Lufa-Lufa esse ano, e ela não tem cara de jogadora.

- Não vai desistir agora, vai? – Perguntou Vicky parando de andar e se virando para ele – Você não vai desistir de jogar por causa de uma garota, vai?

- Não! Eu vou jogar, vou dar o melhor de mim. – retrucou tentando mostrar convicção.

- Assim espero. – Disse Vicky passando as mãos pelos ombros de James – Agora vamos logo porque temos uma detenção para cumprir daqui a algumas horas e preciso de um descanso.



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Para àquela hora da noite, quem visse acharia estranha a movimentação na porta da biblioteca. Os alunos pareciam nervosos com o que eles seriam obrigados a fazer, a maioria ali nunca havia ficado em detenção.

Logo o professor Bruise e o professor Flitwick chegaram e todos se aproximaram.

- O que vocês devem fazer é muito simples. – Começou o professor Bruise – Os livros da biblioteca estão sujos e desordenados. Quero que vocês limpem e arrumem os livros em ordem alfabética. Madame Pince ficará muito agradecida.

Os alunos cochichavam ao mesmo tempo. Como eles iriam fazer isso? A biblioteca era enorme, mesmo para todos os alunos da festa, sem magia seria quase impossível.

- Entrem e comecem o serviço. – Disse o professor Bruise autoritário. – Menos vocês, Potters e Weasleys.

Os seis voltaram para perto dos professores. O professor fechou a cara para eles e o professor Flitwick tomou a frente.

- Bem, como vocês cinco – Disse se referindo a Rose, Hugo, James, Lily e Alvo – Estavam fora da cama tarde da noite e você – apontou para Vicky – Organizou a festa, terão tarefas extras. Vocês serão informados sobre o que o dever daqui a uma semana. Agora podem ir com seus colegas festeiros arrumar a biblioteca.

Eles entraram, pegaram um pano cada um e se dividiram. Rose foi para a ultima estante de livros. Não estava a fim de ficar com todos. Primeiro subiu numa escadinha para retirar todos os livros da estante. Seria mais fácil de limpar e depois recolocaria tudo em ordem alfabética.

Não demorou para que a estante estivesse quase vazia. Essa não era das maiores que a biblioteca possuía. Passou a mão em um dos livros e começou a limpar.

Nunca ficara em detenção, tirando a bronca no primeiro ano por ter socado o Malfoy. Ela sorriu com a lembrança. Por que ele estava ocupando tanto os pensamentos dela? Ela lembrou da festa. Não falara com ele desde aquele dia. Eles tinham passado uma tarde tão legal, nem pareciam Weasley e Malfoy, mas à noite tudo voltou ao normal. Por quê?

- Pensativa, Weasley. – Disse Scorpius, pegando um dos livros da estante dela para limpar.

Rose não respondeu, apenas virou de costas para ele e pôs o livro no lugar.

- Vai me ignorar? – Perguntou Scorpius dando a volta nela para olhá-la.

- Minha companhia é desprezível, lembra? – respondeu ela azeda.

- Seu irmão é insuportável. – retrucou ele ignorando o que ela disse – Na verdade todos os seus primos também.

Rose olhou para ele e cruzou os braços.

- E você ainda insulta a minha família?

Ele apenas riu e ela continuou

- Eu não te entendo, sabia? Você estava muito bem comigo à tarde, mas à noite já me tratou mal como sempre, qual é o seu problema?

- Eu não tenho problema algum, Weasley. – falou simplesmente, pegando outro livro e estendendo para a menina.

- Pois não parece. – Ela encostou-se à estante e o encarou com os braços cruzados.

- E do que você está falando, Weasley? – Perguntou ele desistindo de lhe oferecer o livro – Você também não é muito certa da cabeça não.

- Como você... – Mas ela não pode terminar de falar.

Seu peso empurrou a estante – agora bem leve, fazendo com que tombasse e derrubasse todos os livros que ainda faltava tirar e os que já haviam sido postos no lugar.

Com o barulho do móvel caindo, todos correram para ver o que tinha acontecido. Rose e Scorpius se olhavam com vergonha. Madame Pince se aproximou e quase desmaiou quando viu a cena.

A estante estava inclinada, escorada pela parede e todos os livros que se encontravam nela estavam no chão, abertos e amassados.

- V-você – Madame Pince apontou para Rose, suas mãos tremiam tanto que Rose achou que ela fosse ter um troço. – E você – Apontou para Scorpius – Não quero saber quem foi nem como aconteceu, eu ordeno que arrumem tudo agora. E não vão sair daqui até terminarem. – E saiu resmungando dali.

- Eu não acredito nisso – Resmungou Rose juntando os livros no chão enquanto Scorpius empurrava a estante para o lugar. – Vou ter que ficar aqui até depois da hora.

- Você parece que não pensa. – falou Scorpius se juntando a ela e pegando os livros do chão – Onde já se viu se apoiar em uma estante, ela nunca agüentaria seu peso.

- Ótimo! – Exclamou Rose irritada - Agora eu sou gorda! - E Scorpius riu.

Durante muito tempo todos na biblioteca trabalharam. Nem um terço da biblioteca estava limpo. Rose e Scorpius continuavam guardando os livros, mas eles pareciam ter se multiplicado. Até que Madame Pince chamou todos os alunos e eles se aglomeraram perto da porta.

- Bem, por hoje está bom – Disse ela – Podem ir para os dormitórios. Menos vocês dois que tentaram destruir a minha biblioteca.

Hugo lançou um olhar ameaçador a Scorpius. Alvo murmurou um “até logo” para Rose e saiu com os outros.

Os dois únicos restantes voltaram para o fundo da biblioteca e continuaram a limpar e guardar os livros em silêncio.

Quase uma hora depois os livros estavam no lugar. Rose e Scorpius se entreolharam aliviados e saíram andando ainda em silêncio. Os quadros nas paredes do corredor já estavam dormindo, deveria ser muito tarde.

Um barulho estranho chamou a atenção dos dois.

- Malfoy, você ouviu isso? – Perguntou Rose assustada se detendo.

- Ouvi. – Disse ele parando também e olhando em volta.

- Hummm, o que os dois estão fazendo aqui a essa hora, ãh? – perguntou uma voz de algum lugar.

- QUEM ESTÁ AÍ? – Perguntou Rose, acordando alguns quadros que começaram a reclamar.

- Você não sabe? – continuou a voz – Vou dar uma pista – E uma flecha em chamas aterrissou perto dos pés dela.

- Pirraça! – Exclamou Rose puxando Scorpius – Vamos, temos que sair daqui rápido!

- VOCÊS NÃO PODEM FUGIR. HAHAHA – Gritava pirraça atrás deles atirando flechas como um louco, que não os acertava por pouco.

- Ele – não – pode – tacar – fogo – nos – alunos! – ofegava Scorpius correndo.

- Eu não vou ficar para ver! – gritou Rose em resposta.

Eles passaram para um outro corredor, pirraça vinha se aproximando, então Scorpius a puxou para dentro de uma porta entreaberta.

- Está muito escuro aqui – exclamou Rose – Chega pra lá, Malfoy! – empurrou o garoto com o cotovelo.

- Não dá, aqui é muito apertado, Weasley! – brigou Malfoy se defendendo como podia dos cutucões da garota.

- Então abre essa porta, o Pirraça deve ter ido – pediu Rose, apoiada no que pareciam ser vassouras. – O que está esperando para abrir a porta, Malfoy?

- Não consigo abrir. – Malfoy informou – Não tem maçaneta por dentro.

- Você está brincando, não é? – Disse ela começando a se assustar – Abre com a varinha, então.

- Ora essa abre você! – resmungou ele.

- E-eu? – gaguejou a menina – Você não sabe usar um feitiço, é?

- Weasley, nós viemos de detenção, não temos varinha. – exasperou-se ele – O que você está fazendo?

Rose tinha achado um jeito de se abaixar e logo o local se iluminou. Ela tinha encontrado um lampião sujo no chão. Só aí eles puderam ver o quanto ali era apertado. Tinha muita poeira e panos, vassouras e esfregões e baldes. Era praticamente um milagre que ainda houvesse espaço para os dois naquele quartinho de limpeza.

- E agora, Malfoy, como saímos dessa? – Perguntou Rose nervosa.

- Não tenho idéia... – suspirou cansado.

Os minutos se passavam e ninguém aparecia. O que esperavam? Já era muito tarde, ninguém estaria no corredor àquela hora e resolveria fazer uma faxina no castelo.

O silêncio estava instalado entre eles. Somente as sombras projetadas nas paredes se mexiam sob a fraca luz do velho lampião. Rose brincava com o cabo de uma das vassouras distraidamente e Scorpius a observava com curiosidade.

- Depois vai querer negar que está olhando... – Disse Rose sem olhar para ele.

Ele se aproximou calado - Ros... Weasley, não se mexe. – Sussurrou ele, estendendo o braço e passando a mão pelos cabelos dela. Ela se assustou com o toque. – Não era nada, - ele tirou a mão - Era só uma pequena aranha...

Mas ele não pode continuar. Rose gritava e pulava sacudindo os cabelos. Scorpius se encolheu perto da porta ainda segurando a pequena aranha, tentando se esquivar de Rose, que gritava e se debatia com cada vez mais vontade.

- MATA ISSO, MATA ESSE MOSNTRO! – Agora era Rose que se encolhia no canto tentando manter distância da mão de Scorpius.

- Eu não vou matá-la! – Disse ele soltando a aranha no chão.

Um erro. Rose gritou e pulou na direção dele, subindo nos seus pés e o agarrando pelo pescoço. Ela o apertava tão forte que estava quase o enforcando.

- Weasley, calma, você está me sufocando. – Disse ele com dificuldade, mas ela continuava o apertando com força. – Rose...

Rose parou de gritar ao ouví-lo chamar pelo seu nome. Ela afrouxou seus braços, foi só aí que se deu conta da proximidade dos dois. Ela continuava sobre os pés de Scorpius com os braços em volta do seu pescoço, e ele a segurava pelas costas. “Solta ele, Rose, é só chegar para trás” pensava ela, mas seu corpo não obedecia a sua mente.

Scorpius a encarava com uma expressão enigmática. Os olhos acinzentados perfuravam os olhos azuis da menina. Estavam tão próximos que mesmo na quase escuridão do local, ela podia ver que os olhos dele variavam entre cinza e azul, e ele podia ver as discretas sardas da menina.

Scorpius deslizou suas mãos para a cintura dela. Rose sentiu um arrepio involuntário. Ofegantes, as respirações se misturavam. “O que eu estou fazendo?” pensou Malfoy e vagarosamente foi inclinando seu rosto na direção do dela e ela fechou os olhos.

Seus lábios se encontraram. Eles ficaram uns instantes apenas com os lábios selados, como se estivessem se conhecendo, os lábios dele eram muito macios, os dela eram doces. Até que Scorpius aprofundou o beijo. Um pouco desajeitado no início, talvez pela falta de experiência dos dois, mas que foi logo melhorado ao longo do beijo.

Por alguns minutos eles esqueceram que eram um Malfoy e uma Weasley, esqueceram que suas famílias não se davam bem, esqueceram que eles viviam brigando, esqueceram que estavam em Hogwarts, esqueceram a aranhazinha que seria, a partir de agora, cúmplice de um momento tão terno e mágico, que é o primeiro beijo, mais mágico que qualquer encantamento na terra. Naquele momento, eram simplesmente Rose e Scorpius, somente eles.

Eles se separaram lentamente, ligeiramente envergonhados. Rose o encarou confusa e ele sorriu fraco. Ela pensou em falar algo, mas não saberia o que. E antes que alguma palavra saísse de sua boca, ela sentiu novamente os lábios macios de Scorpius nos dela. Rose se assustou com a atitude do menino, mas correspondeu ao beijo. Afundou as mãos nos cabelos muito loiros de Scorpius, fazendo o garoto estremecer com o toque. Este por sua vez, depositou uma das mãos na nuca da menina e com a outra, acariciava suas costas.

Rose queria que aquilo durasse para sempre. “Mas ele é o Malfoy... E daí?” pensava ela durante o longo beijo.

O barulho de alguém mexendo na porta chamou a atenção dos dois. Rose e Scorpius deram um pulo e se separaram rapidamente, se encostando cada um em uma parede.

A porta se abriu e eles puderam ver o zelador olhando para eles.

- O que vocês fazem aí?

- NADA! – disseram os dois juntos de súbito.

- Nós ficamos presos aqui fugindo do Pirraça. – Disse Rose tentando desamassar a blusa.

- Estávamos sem varinha por causa da detenção – explicou Scorpius ajeitando os cabelos. – Não conseguíamos abrir a porta.

- E vocês querem que eu acredite nisso? – Perguntou o zelador de braços cruzados batendo os pés.

- Quem em sua sã consciência gostaria de ficar em um lugar apertado e empoeirado? – Perguntou Scorpius como se fosse óbvio.

- Se nós quiséssemos ficar sozinhos, escolheríamos um lugar mais confortável, não um lugar cheio de poeira e aranhas. – Disse Rose passando por ele.

O zelador olhou para eles com curiosidade e com o cenho franzido. – É melhor vocês irem para seus dormitórios. – Ele ordenou.

Rose e Scorpius assentiram e andaram em silêncio até as escadas. Deram uma última olhada um para o outro e seguiram seus caminhos.



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- ROSE!

- Ãh? Falou alguma coisa, Alana?

- Eu estou tentando falar com você a um tempão, mas você parece que está no mundo da lua. – Disse Alana colocando o uniforme – Está com essa cara de boba sentada na cama desde que acordou.

- É mesmo, Rose. – Mary concordou se aproximando – Aconteceu alguma coisa?

- Não – Disse ela rapidamente se levantando e se dirigindo ao banheiro – Não aconteceu nada, gente.

Mary e Alana se entreolharam e levantaram uma sobrancelha. Rose virou-se para elas e sentou na cama de novo.

- Está certo, eu tenho que contar para alguém senão eu vou explodir. Mas que fique entre a gente, tudo bem? Ou eu juro que azaro vocês enquanto dormirem.

- Claro! – Disse Mary se jogando na cama de Rose, sendo seguida por Alana. – Pode contar.

Rose contou tudo o que aconteceu na noite anterior. Quando acabou Alana e Mary a encaravam de queixo caído, incrédulas.

- Certo, podem me condenar agora – Rose caiu deitada no travesseiro – Eu não devia ter deixado isso acontecer...

- Está brincando? – Cortou Mary que agora sorria abertamente – O Malfoy é lindo, você teve sorte.

- Mary tem razão. – riu Alana fazendo cócegas na barriga de Rose – Quem me dera se o... Esquece. – Disse ela corando e balançando a cabeça. – E o que vai acontecer agora entre vocês?

- O que? Sei lá, Alana. – Disse Rose se sentando – Eu quero é distância dele. Eu não o suporto, esqueceram?

- Não o suporta, sei... Mas o beija não só uma vez, mas duas! – Disse Mary acusadora – e bota duas nisso, amiga! Ahahaha!

- Já chega, meninas. – Disse Rose se levantando de uma vez – Isso não vai acontecer nunca mais, entenderam?

Mary e Alana deram ombros e Rose entrou no banheiro.



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- Come alguma coisa, James – Insistia Alvo na mesa do café da manhã.

- Já disse que estou sem fome – Disse ele enterrando o rosto nas mãos – O que me deu para querer entrar para o time?

- Você é ótimo, James. – Disse Vicky se aproximando – Toma pelo menos o suco, eu não quero um jogador caindo no meio da partida.

James sorriu e pegou o suco. Rose, Alana e Mary se aproximaram deles para tomar o café. Rose olhou disfarçadamente para a mesa da Corvinal e viu Scorpius, que mirava distraidamente as torradas em seu prato. Será que ele estava pensando no que ela estava pensando? Não, provavelmente ele nem deve ter dado importância ao ocorrido. Então por que ela simplesmente não fazia o mesmo e parava de pensar nisso?

- ROSE! – Chamou Alvo pela quinta vez – Você vai continuar parada de pé com cara de boba ou vai comer?

- Ah é. – suspirou se sentando, sob risadinhas de Mary e Alana.



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Estava na hora. Suas mãos suavam. Ele andava de um lado para o outro. “Eu não vou poder acertá-la, não vou ter coragem” pensava. Os jogadores já estavam vestidos e esperavam apenas o aviso da profª. Chang para o jogo começar.

James olhava para sua vassoura nova. Uma Nimbus 5000 Plus que sua mãe tinha mandado de presente por ele ter entrado no time.

Um som de apito veio do gramado e o estômago de James deu um salto. Ele olhou para Vicky, que deu um sorriso confiante para ele. James saiu e viu quanta gente havia nas arquibancadas, toda Hogwarts estava lá, até mesmo os professores. James olhou para o time da Lufa-Lufa e a viu.

Ela tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo e olhava tranqüilamente o gramado. Quando ela o viu veio em sua direção.

- Não sabia que você jogava, Potter. – Disse Bianca – Qual posição, artilheiro como sua mãe ou apanhador como seu pai?

- Sou batedor. – informou ele levantando o bastão.

- Ah claro. – Disse ela sem graça – O jogo vai começar. – Ela sorriu – Boa partida – E se juntou ao time.

Victoire e o capitão do time da Lufa-Lufa apertaram as mãos. O rapaz segurou a mão da garota tempo demais para um aperto de mão comum e ela arrancou sua mão da dele.

- Quero um jogo limpo. – Advertiu profª. Chang.

Cho Chang puxou um silvo forte no seu apito de prata e quinze vassouras se ergueram no ar. Fora dada a partida.

“E a partida começa. A artilheira Victoire Weasley está com a posse da goles. Ela desvia delicadamente do balaço arremessado pelo batedor grandão da Lufa-Lufa. Mas quem acertaria uma menina tão linda como essa?” – Uma voz ecoava por todo o campo.

- Harllows! Quer narrar o jogo! – Gritava o professor Flitwick com sua vozinha esganiçada para o quartanista sonserino que narrava o jogo – Hogwarts não tem sorte com narradores... – murmurou o professor.

“Foi mal, professor! Agora a Goles está com o artilheiro grandão da Lufa-Lufa Nicholas Cheese. Ele se aproxima do gol e desloca o goleiro... INCRÍVEL! Potter acerta o balaço em cheio na cabeça de Cheese e ele perde a posse da goles, que está com a artilheira Bercovich, que faz um lançamento lindo para Weasley que... MARCA! 10 PONTOS PARA A GRIFINÓRIA! Ah se a Weasley não tivesse namorado. Apesar de que eu nunca o vi, e o que os olhos não vêem...”

- HARLLOWS! – Gritou o professou Flitwick.

-“Já parei professor! Os apanhadores continuam sobrevoando o campo a procura do pomo. Mais para baixo a Lufa-Lufa está com a posse da goles, Cheese lança para Wright que desvia do balaço de Hood e... MARCA! 10 x 10. Empatado!”

O jogo seguiu equilibrado. James estava indo muito bem em sua primeira partida. Ela e Scarlet Johanson, sua parceira batedora, já tinham atrapalhado bastante as jogadas da Lufa-Lufa, mas eles também faziam uma boa partida. Agora dependia do apanhador. Os braços de James começavam a doer de tanto rebater balaços, o jogo tinha que acabar.

“Já está 50 x 40 para a grifinória. O Apanhador da grifinória... Como é mesmo o nome dele?”

- Paul Freeman, Harllows! – Gritou mais uma vez o prof. Flitwick

“Esse mesmo. Ele mergulha na direção do gramado, será que ele viu o pomo? Johanson acaba de rebater o balaço que ia direto na cabeça dele. Agora Carter voa junto com Freeman, parece que realmente acharam o pomo....”

James prendeu a respiração. Bianca estava em uma posição totalmente vulnerável, um balaço nela e era partida ganha. James preparou o bastão. Scarlet estava ocupada defendendo Paul.

O balaço que estava indo na direção de Vicky era perfeito. Ele voou o mais rápido que pode para o balaço. Estava cara a cara com ela, é só uma pancada e ela está fora. James bateu com toda a força no balaço.

- Oooooooohhhhhh! – fez a multidão.


“INACREDITÁVEL! Potter erra um balaço na cara de Carter. O que houve Potter? Está cansado?”

- JAMES! – Era Vicky que gritava – NÃO DÁ PARA SER CAVALHEIRO EM UM JOGO DE QUADRIBOL, DA PROXIMA VEZ ACERTA ELA!

Bianca e Paul continuavam perseguindo o pomo. Johanson se adiantou e atirou o balaço que se dirigia à Paul em Bianca, que cambaleou mas conseguiu se manter na vassoura. Aproveitando a chance, Paul acelerou mais a vassoura e pegou o pomo.

“E Freeman pega o pomo, VITÓRIA DA GRIFINÓRIA!”

Uma explosão de vivas veio das arquibancadas. Os jogadores desceram para comemorar. Muitos gritos de parabéns e abraços cercavam James, mas uma voz chamou sua atenção.

- Você podia ter me tirado do jogo antes da Johanson, não é? – Perguntou Bianca o olhando – Por que não me acertou?

- E-eu errei, mirei errado! – gaguejou James saindo do meio da multidão e Bianca riu sarcasticamente.

- Você errou de propósito, Potter. – acusou Bianca cruzando os braços – Eu não quero que me proteja, eu entrei no jogo sabendo que posso me machucar.

- É, eu errei de propósito, Desculpa – James assumiu passando a mão pelo cabelo – Eu não tive coragem de te acertar. No teste eu acertei balaços na minha própria prima, mas com você é diferente.

- Ah... Tudo bem, mas não faça de novo. – Disse ela corando e desviando o olhar dele – Você jogou bem, não sabia que você era batedor.

- Todos pensavam que seria apanhador como meu pai e meu avô. – Disse ele cansado.

- Mas você é muito bom como batedor. – Disse sorrindo para ele, que sorriu de volta – Então até mais. – Bianca se virou e foi na direção oposta.

- Espera! – Chamou James segurando ela pelo cotovelo – É que... Bem, nós podemos ser amigos? Quero dizer, a gente não briga faz tempo e...

- Amigos? – repetiu ela sorrindo e levantando uma sobrancelha – Tudo bem, Potter. Acho que podemos, sim.

- Então me chama de James.

- Tudo bem, James. – riu Bianca revirando os olhos – Agora eu vou tomar banho, estou toda suada. – Atirou um tchauzinho e foi em direção aos vestiários.

- Até mais, Bianca! – E ela apenas virou e sorriu.

- Vitória no quadribol e amigo de Bianca Carter. Isso é que é dia! – E James voltou para a comemoração com o resto do time, mais feliz do que o normal.




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N/A: CARACAAAAAAAAA.. agora q eu vi q tava on... Vlw ou não vlw a pena esperar?? heheheh. Os agradecimentos tiveram um probleminha, eu troquei de pc e eles ficaram no outro, mas msmo assim OBRIGADA A TODOS!!!

***BIA***


N/²A: CARAMBAAAAAAAAAAAAAAA!! QUE SUFOCO MINHA GENTE!!!! NEM ACREDITO Q CONSEGUI FINALMENTE!!!!

ESTAVA MORRENDO DE PENA DE VCS! SÉRIO MESMO!

EU SEI OQ É ACOMPANHAR UMA HISTORIA INCOMPLETA E DE 1 EM 14 HORA CHECAR PRA VER SE ATUALIZOU E DE REPENTE TEM UM LINDO AVISO DIZENDO Q UM AUTORA TA DOENTE.... PÉSSIMO NÃO É?! ¬¬

OBRIGADONAAA A TODOS POR SEREM PACIENTESW E COMPREENSIVOS!! E ADOREI OS DESEJOS DE ,MELHORAS!!

ESPERO QUE TENHAM CURTIDO O CAPITULO! QQR SUGESTÃO E CRITICA, JA SABEM! COMENTS!!

PS. não foi fofinho r/s ??? AI AI MEU CORAÇÃO.... :D

ADORO VOCÊS!! ............ :)LANA:)

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