O Filhote do Centauro



 CAP. 24 - O FILHOTE DO CENTAURO





"E não é que os bastardos nos confundiram direitinho. Mas no final nós descobrimos a verdade. Comensais da Morte uma ova! Cientistas da Magia! Por que cientistas? A Hermione me explicou muito bem o que cientistas fazem. O que será que estão pesquisando? E experimentando em pessoas? O que, gárgulas voadoras, poderiam querer abrindo a cabeça delas, apagando sua memória, colocando-as para dormir, tirando a magia delas?..."


 


Ron suspirou e rolou de lado na cama. Viu que Harry também se mexia incomodado na cama ao lado. O único quarto desocupado do hotel era uma suíte aconchegante no último andar, que lembrava os anos em que dormiram juntos nos dormitórios de Hogwarts. Ron sorriu melancólico pensando em como, com apenas 11 anos, ele e o melhor amigo já rolavam na cama preocupados com o futuro da humanidade. Eram como aqueles super heróis das revistinhas do Harry que ele pegara para ler uma vez. Batman e Romualdo. Achava que eram assim os nomes. Mas não podiam ser eles, não mesmo. Havia o cérebro do grupo. A mulher fantástica, maravilhosa, algo assim. Hermione. A verdade, pensou, é que ninguém nunca passou pelos problemas que já haviam enfrentado, e o importante é que conseguiram sobreviver! Harry, Ron e Hermione não eram super-heróis, mas tinham um poder incrível de atrair confusão que ninguém mais tinha. "Por que estão tirando a magia delas?" Os pensamentos dele sempre voltavam para a mesma questão.


 


  


"Tirando a magia das pessoas... Tem alguma coisa aí... Algo que estamos deixando escapar... Pense, pense, pense, Hermione..." Hermione estava deitada na cama sob a luz de dois abajoures, tamborilando os dedos na testa, com um livro ancião, escrito em runas, aberto sobre a barriga. Por um hábito adquirido ao longo da vida, sempre recorria aos Contos de Beedle, o Bardo, o livro que o professor Dumbledore deixara em seu testamento para ela, juntamente com o desiluminador para Ron, e o pomo dourado e a espada de Godric Grifyndor para Harry.


 


Hermione havia marcado a página onde estava o conto da animaga Babbit, que narrava as aventuras da bruxa através de uma sequência de fatos envolveno um rei tão obcecado por magia ao ponto de pagar alguém para ensiná-lo, um rapariga ambicioso que fingia ser dotado nas artes mágicas, e uma fuga emocionante em que ela se transformava em coelha e se passava por um tronco de árvore. "Desde eternamente, essa competitividade entre bruxos e trouxas. Mágicos e não-mágicos. Será possível? Chegariam os trouxas ao ponto de matar por magia? Não. Não poderiam fazer o que fazem se não fossem bruxos. E as pessoas que sequestraram Vicky e me atacaram e depois Scorpius Malfoy eram bruxos com certeza." Ela fechou o livro e apagou as luzes. Sonhou coisas assustadoras, envolvendo Ron com a cabeça aberta e Rose e Hugo sequestrados.


 


  


"Cientistas da Magia. Eles se consideram cientistas, não é? Que se preparem então para quando suas invenções explodirem com tudo na cara deles!" Harry pensava furioso, rolando de um lado para o outro. Não tinham avançado muito ainda. Seguiram a pista do nome Bradow até a Suíça, mas perderam o fio da meada quando descobriram apenas um bruxo bem velho dono de uma lojinha de Adubo para Espécimes Raras e Delicadas. Abraham Bradow. O bom homem sofria de uma amnésia tão forte que Harry teve extrema dificuldade em conseguir extrair alguma informação da mente dele. Mesmo depois de invadi-la e descobrir que ele não conhecia nenhum Julius Bradow, a dúvida permanecia. Tinham certeza do envolvimento de Julius com os CM, pois ao recuperarem a varinha dele, realizaram o priori incantatem e descobriram os feitiços usados na época em que Victoire fora sequestrada e vários outros de combate, inclusive azarações e maldições imperdoáveis. O que os intrigava mais era o motivo de terem querido afastá-lo do grupo. O que ele teria feito para que fosse necessário morrer?


 


  


 --------------------------------------------------------------------------------------------


 


  


Astoria dormia profundamente coma cabeça nos braços, apoiada na mesinha ao pé da cama onde seu filho jazia adormecido.


Era sempre assim. Desde o início, ela e Draco se revezavam para passar a noite com Scorpius. E nesse dia em especial, a mulher sentiu vontade de ficar ao lado do filho a noite inteira, deixando a cama por trás do cortinado com os lençóis intactos.


 


"Rose"


 


Astoria se mexeu levemente e se acomodou nos braços de novo.


 


"Rose"


 


Ela suspirou e moveu os braços dormentes que começavam a incomodar.


 


"Rose"


 


A mulher finalmente despertou. Olhou em volta assustada, procurando pela pesoa que chamava aquele nome. Não viu ninguém. Olhou em direção ao filho e arregalou os olhos.


 


Scorpius estava se mexendo. Suando. Abria e fechava as mãos como se quisesse pegar algo que teimava em lhe escapar.


 


"Rose" o garoto murmurou mais uma vez.


 


Astoria correu para ele.


 


- Filho querido! Fale comigo! Scorpius a mamãe está aqui! - ela manejava falar em meio as lágrimas que lhe desciam o rosto.


 


- Rose... Rose...


 


- Filho, quem é Rose? - Astoria já ficava histérica - É uma enfermeira? Por Deus, alguém chame essa Rose! - E desatou quarto a fora berrando pela Rose.


 


- Enfermeira Rose!


 


- Sr. Malfoy, por favor se acalme! - a enfermeira pediu tentando conter a mulher.


 


- Você é a enfermeira Rose?


 


- Não senhora.


 


- Eu preciso da enfermeira Rose, meu filho acordou e chama loucamente por ela. - Astoria arregalava os olhos e espichava o pescoço para todo lado na esperança de que a tal de Rose aparecesse milagrosamente no corredor.


 


- Senhora, devo pedir que se acalme por favor. - a enfermeira suspirou - Não nenhuma enfermeira Rose nem neste andar e nem em outro qualquer do Saint Mungus.


 


- O quê? - Astoria finalmente olhou para a mulherzinha de branco à sua frente - Como não há? Você não entende, criatura? Meu Scorpius está acordado e precisa dessa Rose.


 


A enfermeira deu meia volta e seguiu para o quarto dos Malfoy sendo seguida de perto por Astoria. Quando adentraram o aposento, encontraram Scorpius ainda mais suado, mais vermelho e se contorcendo na cama. Correram para ele.


 


  


-------------------------------------------------------------------------------------------


 


 


- Al espere por favor! – Ela insistia.


Por favor, eu já disse que não quero mais falar nisso. – Alvo continuava andando rápido, mas ela não desistia.


Alvo já não agüentava mais falar naquele assunto. Desde que havia visto seu irmão e ela em uma situação muito comprometedora em uma sala vazia seu conceito da menina havia caído para zero. Nada que ela havia dito ou vinha dizendo mudava o que ela tinha feito, ou teve a intenção de fazer com seu irmão.


- Eu já disse que não aceito essa resposta. Eu quero que você meu ouça!


- Ta bem, diga. – Ele parou em frente ao retrato da mulher gorda – Ou melhor, eu digo. "Aquilo não significou dada para mim, eu estava carente pois eu achava que você não me queria" – ele falou com a voz fina – Ou você ia dizer outra coisa?


Ela não respondeu.


- Olha Daniele, você já falou tudo isso milhares de vezes e não mudou em nada o que eu penso. Segue sua vida, é sério.


- Alvo, essa é a ultima vez que venho. Você está certo do que você está me pedindo?


- Eu estou certo desde a primeira vez. – Ele falou friamente.


Daniele não falou nada, apenas saiu correndo. Alvo se virou para a mulher gorda, que dormia.


- Fênix Dourada – Ele falou para o retrato.


- Você foi muito duro com ela. – A mulher gorda falou em tom de reprovação – Ela gosta de você!


Alvo olhou de cara feia para a mulher gorda. Só o que faltava mesmo era um quadro querer repreendê-lo de alguma coisa. Ou não...


- Também achei que você foi duro, afinal, você causou isso, não?

Outra voz.

Agora sim não faltava mais nada.


- Precisava dar um basta de alguma forma. E você? Desde quando está aí?


- Cheguei pouco depois de vocês. – Alana falou se aproximando. – Vocês passaram por mim no corredor, mas estavam tão distraídos com a discussão que não me viram.


Alvo sentiu ma espécie de monstro se mexer em sua barriga com o fato de Alana ter visto o ponto final em sua história com Daniele. Mesmo que isso não fizesse diferença na história deles. Infelizmente.


- De qualquer forma, - Alana continuou - ela deve te procurar novamente. Tenta ser mais gentil, quem sabe não funciona.


- Já tentei ser gentil e ignorar. Faltou ser grosso, tive que tentar. – Ele falou rindo.


- Fênix dourada – Alana falou para a mulher gorda, que até então não havia se mexido, para que liberasse o acesso para eles – Você não era assim, hein.


- Quando a gente perde algo que era perfeito por causa de algo que não vale a pena você muda alguns conceitos. – Ele falou sem pensar.


Ambos ficaram sem palavras. Alvo queria achar algo para dizer que pudesse consertar o que ele disse, mas Alana foi mais rápida.


- Vou me adiantar pois prometi estudar com o Matt e a Rose. A gente se vê.


- Matt? – Dessa vez o monstro grunhiu desconfortável.


- Da Lufa-Lufa. Tem estudado com a gente há algumas semanas. Aparece lá se quiser. – Ela falou subindo as escadas.


Não, definitivamente ele não estava preparado para isso. Eles só estavam estudando, mas aquilo o incomodou de verdade.


"Não estamos mais juntos, não tenho porque ficar paranóico". E foi com esse pensamento que ele foi para seu dormitório.


 


  -------------------------------------------------------------------------------------------


 


 Rose não entendia o motivo de ter sido chamada a sala da diretora àquela hora. Mesmo assim, vestiu um roupão por cima do pijama fino e seguiu o patrono de Minerva que a acordara sem despertar suas companheiras.


 


Ela subiu a escadaria circular ao passar pela gárgula e viu a porta se abrindo mesmo antes de bater.


 


- Rose!


 


- O que... - Rose se viu apertada nos braços da mulher. - Que aconteceu, mãe? O papai está bem?


 


- Está tudo bem, filha. - Hermione soltou a menina e sentou-se com ela nas cadeiras indicadas por Minerva. - Como você se sente? Eu vim saber como está se saindo depois daquele incidente.


 


- Mãe, corta essa - Rose sorria nervosa - Nós duas sabemos que não precisaria vir até aqui essa hora só porque bateu saudades ou sei-lá-o-que. Senão o Hugo também seria chamado, ou será que finalmente deserdou aquele diabrete?


 


Hermione ficou sem palavras. Afinal, como ela pudera pensar que Rose se deixaria levar por esse papo. Ora bolas, ela era sua filha, não?


 


- Está certa, filha. - Ela suspirou e continuou - Vim para te dar uma notícia, mas temo sua reação - Hermione tomou as mãos de Rose entre as suas e tomou folêgo - Scorpius Malfoy acordou.


 


Rose sentiu uma coisa engraçada ao ouvir aquilo. Era como se seu sangue tivesse esquentado de repente, causando uma sensação de dormência nas pontas dos dedos. Ela não sabia se ria ou se chorava ou se saía pulando ou se disfarçava.


 


  


------------------------------------------------------------------------------------------


 

Os corredores de hogwarts eram mesmo interessantes. Tantos quadros com bruxos de quem jamais ouvira falar dormiam em suas molduras. O chão à noite dava a impressão de um lago negro, nuvens acinzentadas passavam sob seus pés, como se refletissem o céu noturno.



James estava cansado de se limitar a sua sala comunal e a de sua namorada, por sinal, namoro que ia muito bem, obrigado. Desde o incidente da bebida, há tempos atrás, James não fazia um passeio noturno. Sentia falta de seus companheiros, Devon, o qual resolveu assumir de vez a pose de bom moço e se recusava a descumprir regras, e John, com quem não falava desde o incidente com sua ex-cunhada.


Já tinha andado grande parte da escola, já era bem tarde. Passava da meia noite talvez, não sabia ao certo. Tinha dado uma paradinha em frente a pequena amostra do pântano que Mc Gonagall havia deixado em memória de Fred e Jorge. Além de ir a sala precisa, que já não funcionava mais desde a guerra. Agora era uma simples sala vazia.


Já não tinha mais nada para olhar, então o que fazer?


James olhou para o lado e deu um meio sorriso. A grande porta, trancada, que dava para os jardins pareceu muito chamativa. Até demais.


Se dirigiu a porta, examinando-a. Como previsto estava devidamente trancada com magia. Com certeza não foi o zelador que havia trancado, estava muito bem trancada.


Sem perder tempo, como um bom herdeiro de maroto que era, se dirigiu para o atalho mais próximo, que nem mesmo no mapa estava, ao lado do primeiro quadro, era só colocar um nuque em uma fresta e aguardar o quadro se mexer. Deu um toque com a varinha e a parede se abriu com um leve ruído.


Doce liberdade.


A noite estava linda, parecia que todas as estrelas resolveram dar o ar da graça naquela noite e a lua estava incrivelmente grande. Daria tudo para Bianca estar junto dele. Tirou a capa de invisibilidade do bolso e se cobriu. Sempre disse que não precisava da capa, pois ninguém era capaz de pega-lo mesmo que estivesse visível, mas do lado de fora era perigoso, nunca se sabe o que se vai encontrar por lá.


Resolveu dar uma volta nos arredores da cabana de Hagrid, quem sabe almofadinhas não estivesse solto? Poderia dar uma volta com ele pelo jardim ou quem sabe... ele olhou para a grande floresta a sua frente. Conhecia cada canto, cada segredo de Hogwarts. Menos a floresta. Já entrara, mas não muito a fundo, nas aulas de Herbologia e Trato das criaturas mágicas, mas não para explorar por si só.


Andou vagarosamente em direção a cabana de Hagrid. Almofadinhas era acostumado a entrar na floresta, iria acompanha-lo. Além do mais, para aquele cachorro tudo era brincadeira, era só chamar que ele iria aonde fosse....


James ajeitou a capa sobre si de modo que nada ficasse descoberto. Hagrid estava do lado de fora da cabana ajoelhado, certamente procurando algum animal esquisito, com Almofadinhas correndo a sua volta. Achou melhor ir por outro lado antes que... tarde demais.


Um monte de pelo branco veio correndo a toda velocidade em sua direção. James correu também antes que o cachorro se atirasse em cima dele e o derrubasse. Embora tivesse coberto, Almofadinhas sentia seu cheiro.


- Volte já aqui! – Hagrid gritava pelo cão – Para de correr em círculos feito um cão maluco!


James continuava a correr, mas estava difícil manter distância uma vez que o cão tinha 4 patas e ele tinha 2 pés. Sem pensar, tirou a varinha do bolso.


- Confundus! – James murmurou.


Almofadinhas correu na direção de Hagrid novamente, pulando em cima do dono, como se a brincadeira sempre tivesse sido com ele.


- Para com isso, cachorro doido! – Hagrid bradou enquanto James aproveitou e saiu correndo na direção da floresta proibida.


James se encostou em uma árvore, arrancando a capa de invisibilidade. Hagrid tinha que estar do lado de fora da cabana justo hoje? Andou mais para dentro da floresta para não correr o risco de almofadinhas sentir seu cheiro novamente.


À medida que ia entrando ia ficando cada vez mais fascinado com o que via. Pequenos animais estranhos corriam para se esconder quando ele passava. Árvores e flores que brilhavam como se estivessem acesas quando a luz da lua as tocava. Por que essa floresta era proibida? Não tinha nada de assustador, muito pelo contrário. Animais, luzes, vozes... Vozes?


Então ele não era o único infrator naquela noite.


Seguiu as vozes pela floresta a dentro, do jeito que estava longe, parecia que estavam querendo se esconder. Ou talvez fosse algum tipo de ser mágico que sabe falar. Ele parou.E se fossem maus? Mesmo assim teria que ver, a curiosidade fala mais alto essas horas.


Retomou a caminhada em um ritmo mais lento, mais cauteloso. As vozes estavam ficando mais perto, mas ainda assim não dava para distinguir o que conversavam.


- Parado!


James deu um salto para trás, O grito ficou preso em sua garganta. A barra de sua calça ficou presa em um galho, fazendo-o cair estatelado no chão.



 


 


 --------------------------------------------------------------------------------------


 


 


- Ele acordou, querida. E a parte mais estranha é que ele não abriu os olhos ainda, e só chama por você. Não fala nada mais. Nem com a mãe, nem com Draco. Só quer a "Rose". - Hermione estudava atentamente a expressão da filha - que parecia ter se esquecido de como piscar. Seus olhos arderam e ela os fechou deixando cair uma lágrima.


 


"Rose, é de extrema importância que você venha comigo, meu amor. Draco e Astoria não sabem o que fazer e me imploraram para que eu visse buscá-la. Estão nos aguardando neste exato momento."


 


- Mas, mãe, e o papai? - Rose gaguejou seus temores - E-ele não vai permitir que eu me aproxime do Scorpius. Ele od-deia os Malfoy.


 


- Ele não sabe ainda. Está fora do país com Harry investigando alguma pista sobre os CM. - Hermione se levantou parecendo crescer imponente sobre todos e falou - Mas deixa que com Ron eu sei lidar.


 


Rose fez força para não ver imagens de sua mãe lidando com seu pai. Seja lá o que isso significasse.


 


"Seus amigos serão avisados pela manhã que você precisou se ausentar por tempo indeterminado. E seu irmão receberá informações direto de Minerva, certo?" Hermione olhou para a diretora que apenas observava as duas até o momento.


 


- Não se preocupe, Hermione. Diga aos Malfoy que mando meus sinceros votos de saúde. - ela ajeitou o oclinho no nariz e se levantou também. - Agora, Rose, acho que você devia pegar um agasalho ou trocar a roupa, volte ao dormitório o mais rápido possível que a aguardamos aqui.


 


Rose mal acreditava no que acontecia.


 


- Filha, eu sei que é difícil pra você. Mas não adianta negar, disfarçar e tentar esconder, minha percepção de mãe não falha, meu bem. - Hermione sorriu e piscou para Rose - Vamos ajudar seu amigo, não vamos?


 


- Si-sim, mãe. - Rose se virou em direção à porta - Eu já volto.


 


Poucos minutos depois, mãe e filha saíam de dentro de uma lareira no hall do hospital bruxo. E mais rápido do que imaginava, Rose já estava parada em frente a porta do quarto de Scorpius. Ela sentia as pernas bambearem, moles. Tomou coragem e abriu a porta.


 


Scorpius suava, se mexia incomodado, abrindo e fechando os dedos. Astoria e Draco se postavam lado a lado, abraçados, parecendo aterrorizados. Eles ergueram os olhos do filho para saudar Rose e Hermione pesarosamente.


 


Rose caminhou devagar até eles e observou o garoto que atormentava seus sonhos ir se acalmando lentamente. Parecia até que ele desconfiava pelo cheiro, que a menina estava ali.


 


Ela estendeu uma mão e tocou levemente na mão de Scorpius.


 


- Scorpius... - Rose chamou e, pela primeira vez desde que despertara do "sono perfeito" - assim chamaram os curandeiros ao coma do garoto - Scorpius ficou estático, imóvel, respirando calmamente.


 


- Rose... - ele murmurou ainda de olhos fechados.


 


- Sim, sim. Estou aqui, Scorpius. Como se sente? Está bem? - Rose disparava perguntas, agora debruçada sobre o menino e segurando-lhe as duas mãos - Sua mãe e seu pai estão aqui também, fale conosco! - pedia esperançosa.


 


- Senti sua falta. - foram as primerias palavras que dissera depois de "Rose".


 


O coração da menina deu um pulo fora do compasso. O de Astoria também, que logo começou a encher de beijos a testa do filho.


 


- Querida, cuidado - pediu Draco docemente a esposa acariciando o braço de Astoria. Coisa tal que não passou despercebida por Hermione, que nunca imaginou que aquela doninha saltitante pudesse ter algum gesto e carinho pra dar a alguém, nem mesmo a sua esposa. "Isso não é hora, por Deus, Hermione!" ela pensou se condenando.


 


Rose estremeceu com a emoção que sentiu ao olhar para Scorpius e se deparar com os dois olhos azuis acinzentados abertos. Abertos e arregalados, como se querendo enxergar tudo que que não viu enquanto estiveram fechados num sono perfeito.


 


- Rose, onde está minha varinha? - Ele perguntou enquanto Draco já procurava a varinha no interior das vestes e a entregava para o filho. - "Lumus" - ordenou o rapaz e a varinha produziu uma luz forte e brilhante na extremidade. - O que... "Lumus"! - ordenou mais uma vez e a varinha continuou a produzir a luz. Todos no cômodo o observavam confusos e ansiosos. - O que está acontecendo aqui? Por que a minha varinha não funciona? - Scorpius olhava para todos os lados sem se focar em ninguém em particular. - E por que gárgulas estamos no escuro? Alguém pode acender a luz, por favor?


 


Astoria parecia em estado de choque. Draco se aproximou do filho e o estudou atentamente enquanto o garoto fitava um ponto distante, com o olhar vago. Rose sentia as lágrimas lhe brotarem nos olhos novamente e escorrerem quentes por seu rosto ao começar a compreender o que acontecera. Hermione caminhara lentamente para Astoria e afagava o seu braço tentando acalma-la.


 


 


 ---------------------------------------------------------------------------------------------


 


 


 


Um pequeno centauro de cabelos loiros e olhos incrivelmente azuis estava parado apontando um pedaço de madeira para James. Pelo tamanho, o centauro parecia ter cerca de dez anos, a não ser que a contagem da idade de um centauro fosse diferente.



- O que você faz na minha floresta, filhote de humano?


- Sua floresta? – James levantou, avaliando o estrago em sua calça e o corte em sua perna – Seu pirralho idiota olha o que você fez!


- Vai embora! – O pequeno centauro apontou mais uma vez o pedaço de madeira em sua mão. –Agora!


- Shhhh! – James pediu silêncio – Você está me atrapalhando, sabia? E me dá isso aqui! – James tomou o pedaço de madeira.


O pequeno centauro recuou alguns passos assustado.


- Você me desarmou... – O centauro falou surpreso – Você pegou minha lança...


- Lança? – ele avaliou – Não tem ponta.


- Meu pai ainda não me deixa ter uma com ponta – Ele falou envergonhado – Tenho que crescer mais um pouco e ficar mais forte, ele disse. Mas já está na hora de me dar uma. Eu já sou forte o bastante.


- Qual é? – James zombou, devolvendo a "lança" ao dono. – Eu te desarmei sem nem ao menos usar a varinha.


O centauro pareceu sem graça de novo


- Qual seu nome?


- Egon.


- Eu sou James – Ele fez menção de apertar a mão do centauro, mas ele recuou – Já que eu mostrei que sou mais forte, que tal você me ajudar?


Egon pareceu não gostar.


- Você só precisa me levar onde está vindo as vozes.


- Vozes?


- Cala a boca que você vai ouvir.


Os dois permaneceram em silêncio. As vozes ainda vinham ao longe.


- Vem da orla da floresta – Egon falou concentrado – Mas você não precisa que eu te leve, como vou te proteger se não consigo nem vencer um filhote de humano?


- Para de me chamar assim! – James bradou - Você tem livre acesso a floresta, caso alguém daqui encrencar, diga que eu estou com você.


- Você só quer me usar? – Ele pareceu ofendido.


- Então vamos fazer uma troca, se prefere assim. Você me leva até as vozes e eu o treino para ser forte.


- Como se você fosse capaz. - desdenhou Egon, olhando-o desconfiado.


- Não duvide do que eu sou capaz, filhote de centauro. - James ficara vermelho e, irritado, aponatava o dedo para o centauro.


Egon avançou para James com a "lança" apontada para ele. James desviou e num floreio rápido com a varinha fez com que a lança voasse alguns metros acima e caísse em cima da cabeça do dono.


- Ainda duvida? – James provocou


Egon pegou a lança novamente, dessa vez atacou James batendo em suas pernas, derrubando o garoto. O centauro aproveitou a vantagem e avançou para o bruxo afim de acertar a lança em sua cabeça. James foi mais rápido e desviou, e com mais um floreio da varinha colocou o centauro de cabeça para baixo.


- Me põe no chão! - o pequenino ordenava furioso.


- Vai me ajudar?


Ele assentiu contra a vontade e James tirou o feitiço, fazendo com que o centauro caísse de cabeça.


Egon se ergueu rapidamente, e dando uma sacudidela na cabeça, saiu andando na direção das vozes. James em seu encalço.


As vozes iam ficando cada vez mais nítidas. Parecia que a conversa estava nervosa, pois as vozes estavam bastante exaltadas.


- Egon, fica aqui, eu vou lá sozinho.


- E se quem estiver lá for mau? Acho melhor avisar o bando...


- Não! Deixe que eu veja primeiro.


- Então vou com você.


James caminhou pelas arvores até achar as pessoas que estavam discutindo. Os três garotos ainda conversavam tensos, mas não se exaltavam mais. James se cobriu e cobriu Egon com a capa e parou ao lado da árvore mais próxima dos três.


Como ficou surpreso? Era Ephram e seus comparsas. Ele tinha que estar metido nesse tipo de coisas estranhas. Era incrível como a cada dia ele o odiava mais.


- Já falei, Ephram – O garoto maior bradou – O Malfoy está cego como o previsto. Você fez exatamente como o combinado.


- Eu...


- Chega disso – Falou o outro garoto – Não adianta mais, Ephram. Esse assunto está encerrado. O feitiço foi conjurado por você. Agora a questão é: Vai ficar mais quanto tempo com a pirralha Potter?


James sentiu a raiva subir.


- Ela ainda é necessária. Está passando todas as informações do caso de Victoire e de Malfoy. Não posso deixá-la, por hora. – Ephram falou com indiferença – A organização está ciente disso.


- A organização está ciente de que você está se envolvendo demais com ela.


- Quantas vezes mais vou ter que repetir? – Ephram pareceu muito irritado – Aquela garota é uma pirralha metida que não serve para nada. Sou obrigado a ouvir baboseiras de menininha o dia inteiro e vocês acham que eu estou gostando? Eu só estou esperando a primeira oportunidade de descartar essa garota. Quem sabe não a deixe com uma marquinha como fiz com Malfoy.


James já tinha puxado a varinha do bolso. Egon o segurava para que não pulasse nos três.


- Certo. Mas ela quase não é mais necessária. Já temos todas as informações que precisamos. – Hunter falou dando um sorriso malicioso – Se bem que ela é bem bonita, aproveite antes de largá-la.


Ephram também sorriu malicioso.


- Você quer dizer que vocês dois... – ele perguntou surpreso.


- Não! – Ephram apressou-se em dizer. James suspirou aliviado – Posso não gostar dela mas não tenho coragem de fazer isso. Ela é muito nova, não seria decente da minha parte.


- Você é quem sabe. Mas é melhor ir se desfazendo dela logo. O tempo está se esgotando e a hora está chegando.


- Eu sei disso. – Ephram falou sem emoção.


- Quero saber o que sua mãe está tramando. Os C.M. estão matando pessoas demais, está chamando a atenção de todo mundo bruxo.


- Eu também não entendo, Hunter - Ephram pareceu confuso – Minha mãe era totalmente contra matar e de repente mata até mesmo gente dos nossos. E eu tenho a inpressão que ela quer que as mortes e os ataques sejam notados...


James estava impressionado com a frieza que tratavam o assunto.


- Acho melhor irmos, está tarde e amanhã Ephram tem que estar disposto para sua pirralhinha!


- Cala a boca! – Ephram ralhou


Os três andaram em direção as árvores novamente, se perdendo em meio a elas. James arrancou a capa de cima de si e de Egon.


- Desgraçado, infeliz, idiota, filho da...


- Calma filhote de humano... – Egon tentou acalma-lo.


- Calma? – James estava transtornado – Aquele babaca estava falando da minha irmã! Eu quero matar esse otário com minhas próprias mãos!


- Quantos adjetivos... – Egon riu - Ele não tinha boas intenções com ela, melhor você afastar os dois o quanto antes.


- Mas eu vou, esses dois não vão ficar juntos, nem que eu amarre ela no pé da minha cama... ai!


Como se não faltasse mais nada, algo havia furado seu sapato.


- Senta no chão que eu tiro. Deve ser alguma pedra pontuda.


James obedeceu e Egon tirou rapidamente o objeto que havia furado seu sapato.


- Aqui está. – O centauro atirou o pequeno objeto para James.


Um anel.


Então um anel furara seu sapato. Um anel idiota, isso sim. James o examinou. Estava enlodado em toda a extensão. James tirou a varinha do bolso e apontou para o anel. – Limpar – Ele murmurou. O anel parecia ser de ouro, tinha uma grande pedra negra com uma rachadura irregular no meio.


- Já vi isso em algum lugar... - James falou analisando a jóia – Que seja. – Enfiou no bolso. – Bem Egon, vou tentar voltar semana que vem nesse mesmo horário para começar seu treinamento. Por agora preciso ir e pensar no que vou fazer para manter aquele sujo longe da minha irmã.


- Promessa é dívida, você prometeu voltar, então terá de voltar. Senão digo ao meu pai para tirar pontos de sua casa por estar andando tarde da noite fora do castelo.


- Tirar pontos da minha...  - ele piscou confuso - você é filho do professor Firenze? Não sabia que ele tinha filhos. Que legal! - James sorria bobamente.


- Você não sabe de muita coisa daqui, filhote de humano.


- Quer parar de me chamar assim! - emburrou.


- O que é C.M.? – Egon perguntou de repente


- Se for o que eu estou pensando, é uma organização maluca que tirou a memória da minha prima e está deixando os aurores de cabelo em pé. E esse garoto Ephram está envolvido nisso. Eu preciso avisar meu pai.


- Vocês são muito complicados. – Egon falou com descaso - Vou te acompanhar até a entrada da floresta, filhote de humano.


- Você está fazendo de propósito, não é? - James o observou mais intrigado com a astúcia do centaurinho do que com raiva. - Áudacia da filombeta... - murmurou entre os dentes, fuzilando-o com o olhar.


Egon apenas deu uma risadinha.


James seguiu Egon pela floresta pensativo. O que fazer para separar sua irmã daquele estrupício e alertar os aurores do perigo que ele representa? Vontade mesmo era de fazer justiça com as próprias mãos, fazer um picadinho de Ephram e jogar no lago negro. Mas talvez fosse melhor ver o ministério tomar partido nesse caso, e assumir que ele estava certo todo o tempo.


- Vou te esperar semana que vem aqui mesmo. – James não havia reparado que já estava na entrada da floresta.


- Estarei aqui. Até mais.


- Até mais, filhote de humano.


James fechou a cara e Egon correu para dentro da floresta. Agora o que importava era maquinar um plano para separar sua irmã de Ephram o quanto antes. Depois os aurores se encarregavam do resto da história. Ele ia lutar para isso, nem que tivesse que usar a força, ele iria separá-los.



 


 


  ---------------------------------------------------------------------------------------------


 


 


- Scorpius, filho, você não está vendo nada? - Draco perguntou enquanto passava a mão diante dos olhos do garoto devagar.


 


- Vendo? Pai? O senhor vê alguma coisa nessa escuridão? - Scorpius começava a se agitar, virando os olhos para todo lado. - E o que há com a minha varinha? Onde estamos? Rose? - o garoto agora fazia força para levantar da cama, jogando as pernas para fora desta e tateando a sua volta para se localizar.


 


- Scorp-Scorpius... - Rose gaguejou secando as lágrimas com as costas da mão e estendendo a outra para segurar a mão que o menino estendia no ar. - Estou aqui, bem a sua frente. Tem certeza de que não me vê?


 


- Tenho, Rose! O que há comigo? - Scorpius segurava tão forte a mão que Rose havia dado a ele que a garota sentia as extremidades dormentes.


 


Nesse momento o curandeiro responsável por Scorpius adentrava o quarto. Ele parecia mais calmo do que deveria. Calmo até demais.


 


- Srs. Malfoy. - Ele cumprimentou Draco e Astoria e se dirigiu para Scorpius, sentado na cama. - Olhe para a ponta da varinha, filho. - estendeu a varinha próxima aos olhos do garoto, mas ele piscou apavorado e olhou para os lados, para cima e para baixo, sem enxergar a varinha do curandeiro.


 


Astoria não tinha lágrimas para derramar, e continuava amparado por Hermione, em estado de choque.


 


O curandeiro balançou a cabeça pesaroso e com um aceno da varinha, conjurou do ar um frasco com um liquido verde-limão.


 


- Eu sabia que que poderiam haver consequências, mas não pude prever deficiência visual. - ele depositou o frasco na mão de Scorpius, que o apertou. - No caso de Victoire Weasley foi a falta de memória e a ausência de habilidades mágicas. Já no seu caso, senhor Malfoy, há a falta de visão, que não sabemos até que ponto está relacionada com danos cerebrais. - Scorpius piscava repetidamente e esfregava as costas das mãos nos olhos, como se querendo tirar alguma venda que o impedia de ver. - Não se desespere, criança, vamos realizar alguns testes e faremos o que for possível para reverter esse quadro. Você tomará três gotas dessa poção três vezes ao dia- depositou um pequeno frasco contendo um liquído verde limão nas mãos de Scorpius e então virou-se para Draco e Astoria e acenou com a cabeça para que o acompanhassem ao lado de fora. - Nos vemos em breve, Scorpius Malfoy.


 


Scorpius assentiu meio perdido olhando na direção da voz.


 


- Rose? Ainda está aqui? - o garoto estendeu a mão novamente, vacilante.


 


- Estou aqui, Malfoy. - Rose segurou a mão do garoto e sentou-se na cama junto dele. - Não irei a lugar algum enquanto você precisar de mim. - ela afagou a mão dele com as suas.


 


- Ah, não! - Hermione deu um pulinho com o susto que levou - Ah, não! Como pode ter me achado aqui? Xô, não faça algazarra! Isso é um hospital, por Deus!


 


- O que há? - Scorpius indagou apreensivo.


 


- É o cachorrinho do papai. - Rose não sabia se ria ou chorava de nervoso. O patrono de Ron Weasley havia achado a mãe e pelo jeito como pulava nela, Ron devia estar bem nervoso. - Mãe? Você não avisou ao papai onde iria?


 


- Er... Não... - Hermione sorria sem graça - A julgar pelo fuso horário, achei que não fosse me procurar no meio da noite - Ela acariciou o cachorro e sussurrou algo para ele, que lhe deu uma lambida e partiu em seguida abanando o rabo - Rose, preciso aparatar em casa e entrar em contato com seu pai.- A menina já ia saltando para o chão para voltar com a mãe quando sentiu o braço puxado com força por um par de mãos frias.


 


- Não. Rose, não me deixe aqui. - Scorpius parecia assustado demais. Não combinava com o ar arrogante que acompanhava o garoto e a família. - Por favor.


 


Hermione sorriu para Rose, que não sabia o que fazer.


 


- Filha, você não precisa vir. Além do mais, na escola já sabem que você se ausentou por tempo indeterminado por um motivo especial. - Hermione afagou o braço de Scorpius - Ela fica com você Scorpius, e estou torcendo por você, certo? - Ela deu um beijo na filha e saiu deixando-os a sós.


 


- Estamos sozinhos, Rose? - Scorpius perguntou baixo.


 


- Sim, Scorpius, estamos. - a menina sentiu um frio na barriga ao sentir Scorpius a puxando para perto dele.


 


- Rose, eu estou tão confuso, o que aconteceu realmente comigo? - ele perguntava calmamente enquanto sentia a garota se ajeitando sentada ao seu lado - Há quanto tempo estou aqui?


 


- Há quatro meses... - A garota suspirou, tomou fôlego e começou a narrar tudo que havia acontecido na escola, fora dela, os ataques, os sumiços, e os boatos que rondavam a comunidade bruxa.


 


- Então não sabem quem fez isso comigo ainda? - indagou Scorpius.


 


- Não, ainda não. Mas papai tem certeza de que foram alunos de Hogwarts. Só não puderam agir ainda porque não têm certeza do envolvimento de alunos com os Cientistas da Magia. - Rose ruborizou quando de repente Scorpius alisou seu braço a procura de sua mão, e quando a encontrou, entrelaçou os dedos nos dela. - Scorpius, eu...- Rose sentia o coração apertado - Eu, nós... não podemos estar juntos, você sabe disso! - a menina puxou a mão de volta gentilmente. - Eu sei que parece injusto, que é difícil, triste, e me faz ter raiva de mim mesma! Mas é melhor pra nós dois se mantivermos nossa mente focada e nossos pés no chão. - Rose já estava de pé novamente e Scorpius, que havia pulado da cama no segundo que a sentiu fazer o mesmo, agora a segurava pelos dois braços e a forçava a ficar de frente para ele.


 


- Se você pensa que depois desse tempo todo longe de você, depois de quatro meses desacordado, ouvindo sua voz, ansiando deseperadamente para que fosse verdade, para que a voz que eu ouvia fosse sua em meus ouvidos, depois de tudo que passamos, se você realmente acha que vou deixar a sua paranóia me afastar de você, está muito enganada, Weasley. - Ele ergueu as mãos para segurar o rosto dela perto do seu. - Ninguém precisa saber. Ninguém descobrirá. Será o nosso segredo. Tem de ser assim, porque eu não posso mais passar um segundo sem te ter em meu braços, sem o seu cheiro, o seu gosto - Rose fechou os olhos e se permitiu viajar nas palavras do garoto que tanto amava. Se permitiu ter esperanças, sonhar com o momento em que poderia ser livre para amá-lo. - Eu preciso de você, Weasley. E tenho certeza que você precisa de mim. - Ele aproximou seu rosto de repente e colou os lábios nos de Rose. Ela abriu os olhos, surpresa com o beijo repentino, e viu aquele rosto branco, duro e frio encostado no seu, o nariz fino colado ao seu. Fechou os olhos e o beijou. E nada pareceu mais perfeito ao seu ver, do que essa combinação. Dele nela.


 


  ---------------------------------------------------------------------------------------------






N/A: NHÁÁÁÁ!! ESPERO Q TENHAM CURTIDO!!

NÃO FICOU LÁÁÁÁ ESSAS COISAS, MAS PROMETEMOS RECOMPENSAR NO PROXIMO!!

PARTICULARMENTE EU AMEEEI O EGON!!!

BJUUUS POVAOOO!!

:)LANA:)

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.