<i>Revendo-se</i>



Notas: Certo, certo...eu disse que não voltaria a publicar mais fics...mas, as pessoas quase que me mataram se eu dissesse que não publicaria essa, então, aqui está..^^" Espero que gostem e por favor, comentem...e Ah, a capa fui eu que fiz sim, mas é que está com o meu nome antigo...^^"""


Bjus e divirtam-se. E Comente, please T-T








O semblante úmido por suor observou todo o lugar em mescla de desespero e fúria. Não restava nenhum vestígio de qualquer comensal ali, havia apenas dois comensais com as piores aparências que ele já chegara a ver na vida, algum dia. Quem fizera aquilo, sabia como fazer e parecia não ter sido a primeira vez.




Haviam-se passado vinte minutos desde que fora mandado para lá, com as ordens de resgatar um auror que fora pego em uma missão de captura a Voldemort e seu bando de comensais inúteis, mas a única coisa que achara fora dois comensais mortos, e nada mais.




Passou entre os dois comensais mortos (na qual parecia ser um homem e uma mulher) e começou a olhar afoito por todos os cantos do barraco.




Apenas uma cadeira malfeita de madeira podre, a janela quebrada no canto direito e as paredes úmidas, graças à roda de água que ficava do lado de fora, ao lado da “casa”.




Jogou a franja negra para trás, num gesto demasiado irritado, girando a capa para o lado, indo à direção a porta.




A chuva descia de forma acelerada, em grossas gotas, que chegavam muitas vezes, a incomodar o rosto marcado agora por suor e chuva.




Parou em frente a começo de um riacho, que se concentrava a roda de água, ao lado do barraco, onde ele passou um bom momento observando os pingos de chuva cair com um baque surdo na água não muito limpa.




“Onde está o auror...?”, pensou, observando inutilmente o riacho.




O vento começa a agir, fazendo um rangido horrível, arrancando uma parte do telhado da pequena casa malfeita, mas fora uma coisa na qual ele não prestara muita atenção; Agora, nem ao menos achar o auror perdido parecia entrar em sua mente como uma ordem.




Sua mente estava de volta aos seus 17 anos, atrás da cabana de Hagrid, beijando loucamente uma garota de 16, com madeixas ruivas que muitas vezes caiam-lhe sobre a face alva e rosada nas maçãs do rosto.








_O meu baile de formatura vai ser semana que vem...




_E...?- indagara ela, arqueando uma sobrancelha de forma divertida.




_Oras, como assim “E...”? Tenho que ir acompanhado. - disse olhando a ruiva com um sorriso malicioso na face.




_Novamente eu lhe questiono Harry... E?




Ele segurou a ruiva delicadamente nos ombros, sacudindo-a de leve.




_Alou? Quero levar a minha noiva ao baile, mas ela porventura está se fazendo de desentendida.




_Você está brincando, não é Harry? – ela ainda continuava a se fazer.Era o que ela mais gostava, contrariar os outros.- Diga-me o nome dessa maluca e eu lhe darei uma grande lição.




Ele soltou um leve suspiro pela boa, enquanto ela soltava uma gostosa gargalhada.




_Você não muda...




_Foi assim que eu te conquistei, não foi?- indagou, olhando-o com um sorriso doce preso aos lábios cor de cereja, dando-lhe um pequeno beijo estalado em seus lábios. - É assim que quero continuar conquistando. - disse por fim, com um sorriso.




_Gi, me prometa uma coisa.




_Sim...?




_Que você nunca vai me enganar ou pensar em me trair, se você não gostar de mim, me avise antes de cometer qualquer loucura, mas pelo amor de Deus, eu não quero sofrer...




_Harry, eu te amo, eu nunca iria fazer uma coisa dessas, ouviu bem? Nunca.









Chacoalhou a cabeça num gesto irritado, tentando apagar aquela imagem importuna de sua mente. O que houvera ali fora passado, pensou, soltando um muxoxo furioso pela boca. Nada mais que um mero e estúpido passado sobre Harry Potter e Virginia Weasley.




_Eu nunca vou te trair – disse numa voz irritante e esganiçada – ah sim claro, no mesmo dia havia saído agarrando o Malfoy e começou a chorar em cima de mim dizendo que não havia sido ela. - fechou um dos punhos, lembrando perfeitamente de cada cena.




Haviam se passado oito anos após aquele dia em que ele virara as costas à ruiva e, que havia prometido que dali por diante a menosprezaria e quem sabe, a odiaria com todas as forças.




Ele após se formar como auror apenas ficou sabendo que já havia se passado dois anos em que ela havia saído de Londres e não dera mais satisfação de sua vida após isso.




_Que se exploda ela também - murmurou nervoso.




Ele sabia perfeitamente por que ficava nervoso.




Metade dele sabia perfeitamente que aquela traição nunca traria perdão de sua parte, e, após ter dito numa grande mentira na cara da ruiva que nunca a amara realmente, sabia que ela não correria mais atrás dele, para nada.
Mas a outra metade – o que o deixava furioso – teimava-se em ser pego em milhares de noites de insônia, pensando naquele cacho liso de cabelos ruivos e meio descomportados, que caiam em seus ombros delicados, além daquele sorriso doce que muitas vezes, parecia apagar o ódio consumido em sua face.
Muitas vezes pegava-se pensando... Onde estaria aquela ruiva? Ainda estaria viva?




Harry Potter!, Gritou uma voz dentro de si, obrigando-o a chacoalhar a cabeça novamente num gesto furioso. Estava pensando nela novamente, e isso já começava a virar um dos motivos para deixá-lo furioso consigo mesmo e principalmente com ela.




Olhou pro pequeno rio remoto que corria, tentando aliviar a tensão dos músculos, e tentar, principalmente, esquece-la nem que fosse por um segundo.




Um raio cortara o céu num estrondo forte fazendo um enorme clarão, enquanto na água, não se passara despercebido por seus olhos, que uma pequena mancha avermelhada formara-se perto da roda de água.




Ele arqueou uma sobrancelha, enquanto observava aquela risca de sangue passar em sua frente e seguir o percurso do rio.




“Não pode ser que...?” pensou, mas tudo pareceu que fora automático ao começar a puxar a alavanca para cima quando viu outro filete de sangue subir e começar novamente um novo leito.




Aquela cena pareceu que durou o ano todo em sua mente.




Após a roda começar a rodar o suficiente, ele viu primeiro duas mãos presas uma em cada extremidade da madeira paralela a outra, a pele delicada de mulher num tom extremamente branco sob uma espécie de “camisetão”, a cabeça caída no ombro e os lábios inteiramente roxos.




Ele sabia que era o auror, estava mais do que na cara, mas ele entendeu por que seu coração acelerara compulsivamente ao ver os cabelos ruivos molhados caírem grudados na face de uma forma assustadora.




Não era somente um auror que estava quase morto. Era ela.




Rodou a bica até aonde conseguiria alcança-la e desamarrou o pulso, onde notara o local onde estava saindo sangue. As cordas foram amarradas de uma forma tão cruel que o pulso ficara fragilizado demais com o contato de meia hora com a água e com as cordas.




Carregou-a no colo até dentro do barraco, aonde a depositou com cuidado no chão. Aquilo simplesmente não podia estar acontecendo. Como se já não bastasse o passado nojento entre eles, ele simplesmente teria que revê-la depois de oito anos.




Colocou a mão levemente na curva de seu pescoço. Seu coração ainda batia, fracamente, mas era um bom sinal.




Passou a mão pelos cabelos negros e rebeldes, de uma forma nervosa.




_Hoje não é o meu dia de sorte, definitivamente. – murmurou nervoso, observando cada detalhe da ruiva inconsciente a sua frente.




Curvou seu rosto até o de Gina, tentando fazer algo como uma tentativa de salvamento.




Fizera isso por volta de umas cinco vezes repetidas, até vê-la subir com um gemido e cuspir a água no chão, arfando.




_Mas... Que... Merda – murmurou, parecendo irritada, enquanto levava a mão ao peito, que subia e descia descontroladamente.




Jogou o cabelo ruivo embaraçado para longe das vistas e ergueu o olhar para o homem ao lado. Ótimo, aquilo parecia ser algo que deixaria seu dia mais “animado”.




Oito anos sem ver aquele idiota que disse que ela havia traído e agora teria que lhe agradecer a vida.




_Mas... O que é que você está fazendo aqui? – Disse num gesto grosseiro, não se importando se ele era ou não a pessoa que pensava que era.




_De nada por ter lhe salvo. - murmurou num tom irônico, se colocando de pé.




_Eu não te mandei vir pra cá me salvar, mandei? – ela ergueu-se com dificuldade, ao sentir as pernas bambas e a cabeça pesar. – Estava tudo sob controle. Como esteve sempre desde que sai desse fim de mundo chamado Londres!




Ele soltou um riso irônico ao ouvir a frase “Estava tudo sob controle”, o que a deixou com a cabeça fervendo mais ainda.




_Tudo sob controle? Eu diria que estava tudo submerso pela água, não acha? –um sorriso pelo canto do lábio se apossou de seu rosto num gesto provocativo e irônico.




Dava-se para notar que a coloração normal da mulher estava voltando aos poucos, ao ver as maçãs de seu rosto ficar vermelhas e a expressão se fechar em frieza.




_Se você não consegue entender, eu não vou lhe agradecer pela sua primeira tentativa de salvamento a uma pessoa. – cambaleou até a porta, massageando uma das têmporas, enquanto ele arqueava uma sobrancelha, notando-se que não havia engolido a ironia.




_O que está tentando dizer?




_Oras, você não é tão bom em “jogo de palavras”? –disse, apoiando-se na parede de madeira e notando que os pés estavam descalços. - Disse que não vou lhe agradecer pela sua primeira tentativa de salvamento a alguém Potter.




Ele pareceu se irritar com a provocação.




_Para a sua informação, enquanto você estava começando a aprender a tentar se portar como uma auror de verdade, eu estava fazendo um trabalho de tirar os comensais do mundo bruxo.




_Sério? Nossa, é comovente de sua parte fazer isso, Potter – Meu Deus! Ele dava o mundo para poder tirar aquela expressão irônica do rosto daquela ruiva. – Mas pelo menos, um de nós aprendeu como se portar não?




_É, e esse alguém fui eu. – Ela soltou uma risada sarcástica perante o testemunho dele.




Um ruído de um corte no céu mostrava que a chuva havia começado a, ao invés de melhorar, piorar. Da mesma forma que aquela situação estava indo; De mal a pior.




O silêncio cobriu o momento de tensão entre os dois ali presentes, enquanto se analisavam prontos a atacar como serpentes.




Sua cabeça estava a mil. Aquela ruiva estava começando a levá-lo a loucura, em todos os sentidos.




Aquela garotinha inocente e ingênua parecia ter sumido - não só em sua forma de pensar. Meu Deus, que corpo que ela havia ganhado! -, dando traços a uma mulher que parecia incrivelmente determinada a tal ponto de levar qualquer um a perceber que não era bom provocá-la.




Ora por Deus! Estava começando a parecer um garoto de dezessete anos que havia descoberto sexo!




Massageou as têmporas, enquanto ralhava consigo mesmo a pensar em outra coisa ao invés da pele macia e úmida grudada a camiseta branca.




“Já chega!”, pensou num tom explosivo, voltando o olhar à ruiva.




Arqueou uma sobrancelha ao vê-la observá-lo como quem quisesse soltar uma gostosa gargalhada.




_O que foi? –soou mal-humorado. – O que tem de tão engraçado, heim?




_Você. – ela soltou um sorriso ao vê-lo fechar a expressão mais ainda. – Havia me esquecido como era bom ver você ficar em batalhas internas contra si mesmo. – Ela perdeu o sorriso ao se tocar do que havia dito. - Quero dizer, suas caretas são as melhores. – acrescentou depressa, vendo a expressão do moreno voltar ficar novamente provocativa.




Ai, ai, ai... Sua mente parecia à milhão, mesmo ela tendo a consciência de que seu semblante nada mostrava além de cansaço por ficar tanto tempo inconsciente debaixo d’água.




Por Deus, haviam se passado oito anos. Ela havia sumido de Londres por oito anos por não conseguir mais agüentar viver no mesmo canto em que o homem que ela amava vivia junto, mesmo ambos nunca se vendo após o plano macabro do Malfoy.




E agora estava ali, perdendo o jeito e falando o que vinha na cabeça, por ver aquele moreno a sua frente; Aquele que já havia sido dela uma vez.




Mas era claro, que mulher não perderia o jeito na frente de um moreno como aquele?




Tinha certeza que sua amiga diria se o visse alguma vez: “Você namorava esse cara? Meu Deus, ele é um pedaço de mau caminho... melhor, ele é o caminho inteiro!”.




_Será que eu fico bem em batalhas internas tanto quanto seu amorzinho Malfoy, Virgínia?




Oh certo. Ela sabia que cedo ou tarde aquele moreno ia voltar a ser o idiota que conheceu e dizer sobre seu passado estúpido, e pior... Dizer sobre aquilo na qual ele achou que fora uma traição; Ele ia meter a maldita veela-comensal-Junior na historia, como sempre.




Suspirou cansada, olhando naqueles olhos verdes, que tanto a enfeitiçavam, murmurando numa voz provocativa e desdenhosa:




_Sabe, ainda acho que o meu amorzinho – Ele cruzou os braços, fuzilando aquela ruiva com um olhar, na qual a fez abrir o sorriso desdenhoso. – Faz até isso mais bem feito que você, Potter.




_Tão bem quanto servir o cara que você quer capturar tanto quanto eu sonho em matá-lo? – Ele fez de tudo para aquilo não sair como uma pergunta preocupada.




Ela abriu a boca, mas não emitiu som algum, fazendo-o sorrir de orelha a orelha.




_Foi o que eu pensei. – disse em um tom calmo, vitorioso.




Ela abaixou o rosto, fazendo-o não entender o porquê. Observou-a por um tempo, até ouvi-la soltar um gemido baixinho e teimoso.




Controlou por muito o impulso de ir até a ruiva e tomá-la em seus braços, para carinhosamente perguntar o motivo de do nada, ter ficado daquele jeito.




“Vamos Potter, começa a usar esse cérebro, ou acha que ele é só enfeite? Esqueceu o que ela fez pra você, é? Ela não só traiu você como mentiu que não o faria. E agora quer fazer o que? Correr até os braços dela? Vamos sua anta, para e usa a razão não os sentimentos tolos de um garoto de dezessete anos!”




_ Eu... – sua voz soou tremida e soltou um outro gemido, abraçando próprio estomago. – Eu preciso de um médico... – Ele não se mexeu, confuso. – Você... É surdo... É?




Ele permaneceu onde estava, numa forma imbecil, apenas se mexeu quando ela soltou um grunhido.




_Tá, olha... Você tem que se manter calma, senão essa raiva não vai resolver em nada e-.




_Mas que Merda Potter, quer parar de falar e me socorrer logo de uma vez? – interrompeu bruscamente, encarando o chão.




Era lógico que ele não estava com a cabeça no lugar. Estava quase que grudado ao seu lado – mesmo ela pouco se importando com isso, para ela o que importava agora era a dor que estava sentindo. – enlaçando aquele corpo úmido e quente contra o seu, em todas à custa evitando cometer algo que se arrependeria amargamente depois num pequeno lance de futuro.




Pelo amor de Deus, ele a odiava, não? Por tudo que fizera, por tê-lo amado, por tê-lo enganado, por tê-lo feito sofrer, não foi?




Então por que Diabos estava ali com aquele fogo todo?




_Você com certeza não vai conseguir aparatar, não é? – Ela ia abrir a boca para falar, mas ele a interrompeu. - Eu vim de carro mesmo, fica até mais fácil para você, e não vai precisar fazer esforço.




Saíram, dando-se para sentir a chuva grossa e fria bater nos corpos, que se encolheram até o carro.




Por impulso, apertou-a mais contra si ao senti-la tremer as reações que a chuva estava ali lhe proporcionando.




Já havia brincado com água demais para uma noite somente, concluiu não se importando em começar a se sentir cômoda nos braços do moreno, que a ajudava a ser transportada até o carro.




Abriu a porta e ajudou a se acomodar no banco do passageiro cuidadosamente, para logo após, entrar e dar a partida no carro.




Passou a mão pelos cabelos negros e rebeldes, jogando um suspiro cansado no ar.




Aquilo tudo não podia estar acontecendo, podia? Qual fora a praga que ele lançara para merecer aquele castigo? Ora por Deus, odiava aquela mulher, que estava sentada molhando o banco do seu carro todinho, mas ao mesmo tempo sentia sensações ao vê-la ou toca-la.




Olhou por um breve momento para o lado. Ela estava de olhos fechados, com os lábios contraídos e a mão ainda no estomago. Um estado lastimável onde parecia uma criança indefesa.




“Ela realmente não me parece ser aquela garotinha indefesa.”, pensou. Ora, aquela ruiva havia resistido simplesmente um tempo absurdo debaixo da água, e sabe-se lá o que acontecera antes dela ficar presa ali debaixo.




Sua espinha congelou. Os dois comensais naquele barraco mortos vieram diretamente em seus pensamentos, o deixando incrédulo. Ela não poderia ter feito tudo aquilo, poderia?




Claro que não, se liga, ela ainda é a Gina. Não uma máquina de luta ambulante... Além de que, ela não parece tão durona, olha para ela! Toda encolhida naquele banco úmido como se fosse um bebê.




Suspirou de novo. Aquilo já estava começando a deixá-lo intrigado.




_Deram-lhe um trabalho pesado, não? Se infiltrar no meio dos comensais e-




_Você não sabe do que eu sou ou não capaz de fazer, Potter. – cortou-o numa voz firme, diferente de todo seu corpo, largado no banco.




_Não me parece exatamente isso. – ela ignorou a provocação, fazendo-o ressaltar – Toda fragilizada nesse banco e pedindo ajuda a quem você simplesmente-.




_Pare esse carro. – sua voz soou fria e num pequeno tom de profunda irritação.




Ele arqueou uma sobrancelha, ainda com a atenção voltada ao transito. Ignorou-a.




_Pare esse carro Potter. – ordenou. Ele novamente a ignorou. Ela suspirou profundamente irritada, colocando a mão na região do pulmão, que parecia que logo sairia de tanta dor. – Quer fazer o favor de me ouvir?!




Sua irritação aumentou mais ainda quando ele começou a cantarolar e afundar o pé no acelerador, aumentando o volume do som, aonde tocava uma musica trouxa denominada rock, como se ela não estivesse ali.




Ok Gina. Ele está tentando te tirar do sério. Mantenha-se calma e tudo vai sair como você quer. Persuasão sempre.




_ Harryzinho,
sua noiva já disse o quanto você é estúpido?




Ele não ouviu, mas fora obrigado pela curiosidade a abaixar o volume do som e encarar aquela ruiva arrogante que soltava um sorriso sarcástico, passando as duas mãos pela região do pulmão.




_O que você disse?




_Eu indaguei se a sua noiva já disse o quanto você é estúpido... – disse, não removendo o sorriso sarcástico do semblante, que mesmo contorcido de dor, não o largava por nada. – E voltando a dizer o que eu queria... Pare esse carro!




Ele desviou a atenção do volante, e ficou em silencio observando a ruiva, que parecia explodir ao receber o silêncio como resposta.




_ Você por acaso é doente mental, Potter? Ou é surdo? Puta merda, para esse carro!




Ela se segurou para não se arrepiar ao vê-lo soltar um sorriso enigmático, que o deixava irresistível.




Ela sentiu a velocidade do carro aumentar, e ele ainda a encarando com aquele sorriso preso a face, o deixando irresistível a qualquer olho feminino. Até ela, se ela não se segurasse.




O vidro a seu lado fazia os cabelos ruivos sedosos esvoaçarem, enquanto ambos continuavam a se encarar, como que numa batalha onde um, a qualquer momento teria de ceder. E ela estava começando a ver que ele não era fraco para desistir tão cedo, como se imaginava.




Aquele sorriso se manifestou ainda mais em seu rosto, ao ver a ruiva entender a que velocidade eles estavam começando a chegar, e ainda sem ele olhar para a frente.




Ai, ai, ai.




Pensou em falar para ele olhar para frente, mas sua boca se recusava a dizer aquilo. Seria como desistir, e era algo que ela não queria que acontecesse.




It's like I'm paranoid looking over my back




It's like a/whirlwind inside of my head




It's like I/can't stop what I'm hearing within




It's like the face inside is right beneath my skin




80. 90. 110. 115. 120 quilômetros e aquele silêncio perigoso entre os dois. Ele demonstrava um sorriso enigmático e um brilho incrível naqueles olhos verdes; Ela não mostrava vestígio algum na face, mas internamente, já começava a entrar em desespero.




Tirou uma das mãos do volante, encarando aqueles olhos amêndoa a sua frente, num gesto provocativo, deixando-a soltar um sorriso malicioso.




_Se você acha que vai me deixar com algum tipo de medo – ela se aproximou dele, podendo sentir o aroma do perfume que começava a invadir suas narinas, num gesto perigoso. “Agora não!”, pensou irritada consigo mesma, voltando a dizer impaciente – Está perdendo o seu tempo, Potter.




Ela o sentiu afundar o pé no acelerador, fazendo o ponteiro do velocímetro subir ao limite. Por Deus, onde é que estavam os malditos guardas trouxas quando se precisava deles?




Prendeu com força uma das mãos ao banco, como numa forma para se segurar até vê-lo brecar o carro com a total graciosidade e soltar um sorriso triunfante ao dirigir o olhar para o semáforo, que marcava vermelho.




Aproximou-se dela, sussurrando numa voz rouca em seu ouvido:




_ Eu não achei que perdi meu tempo. – ela ia abrir a boca para falar, mas ele a atropelou. – E antes que você fique com a idéia errada, Virginia, eu não estou noivo de ninguém.




Ela sentiu o ar preso até então de seus pulmões se esvaziarem com clareza. Ela ainda podia sentir o vento que entrava pela janela brincar com seu tato. Graças a Deus, ainda estava viva.




_Você é louco. – murmurou baixinho, com a voz a fio. Aquela noite valeria por um ano de trabalho como auror; Ou como o auge de seu trabalho, poderia escolher entre os dois, se quisesse até.




Ele roçou os lábios desde o lóbulo da orelha dela até o canto de sua boca, sentindo com clareza que ela havia se arrepiado. Sorriu. Ainda a deixava louca.




_ Já está entregue. – disse se afastando da ruiva para encará-la. Parecia estupefata com o ocorrido anterior e o de agora.




_O que?




_ O hospital.




_Ah sim.




Como havia sido estúpida. Por Deus, ela não havia nascido ontem, e, se ele houvesse prosseguido, ela poderia estar depois pouco se importando para a dor que estava tendo e estar ali no carro, os dois... Não! Não mesmo que ela ia fazer aquilo!




_Você não vai entrar? –disse como se não tivesse acontecido nada.
Realmente, não havia acontecido nadinha.




_Vou. Eu disse ao meu chefe e ao da França que traria o auror desaparecido até o hospital, e como já estamos aqui, tenho de ver também uns assuntos com o meu chefe.




Ela suspirou cansada, saindo do carro. Ainda estava inconformada. Como havia sido tão idiota a ponto de cair naquela... Naquela... Argh!




Começou a caminhar lentamente até o interior do hospital, podendo escutar o alto som ser desligado do carro e vê-lo dizer numa voz maldosa e provocativa:




_ A propósito, Virgínia, belo sutiã preto.




Maldita camiseta branca molhada grudada no corpo!




Ela tentou jogar os cabelos úmidos e embaraçados para trás, tendo que parar no meio do caminho por que não saia do mesmo lugar. Não se importou, tanto que deixou claro aquele sorriso irônico na face que não ia mostrar sua irritação.




_É Potter, achei ele lindo também, tanto que eu o comprei para usá-lo. Mas, pena é para você que só pode olhar e não tirar.




Ele acionou o alarme, caminhando até ela com um ar maroto na face. Maroto e sensual.




_ Eu não estaria tão certo quanto você de que não posso tirá-lo.




Aquilo era um jogo para dois e ela a todo custo ia mostrar isso.




Voltou seu rosto para ele. Os cabelos negros caindo nos olhos verdes, o deixava de uma forma sensual. Os traços firmes e a boca carnuda eram especialmente feitos para deixar qualquer mulher totalmente louca, aos pés.




Ambos pararam no meio do caminho.


Ela molhou os lábios com a ponta da língua, enquanto passava lentamente a ponta do dedo indicador sobre o rosto firme, deslizando-os até o lábio superior. Neles, deixara-o por um momento, até ver que ele parecia sem saída. Sorriu. Já estava mais do que na hora de voltar a ser quem era e não ser fraca.




Chegou muito perto de seu rosto, dando-se para cada um ouvir sua respiração. A dela, calma e parecia como uma brisa de verão; A dele já começava a ficar um pouco ofegante ao senti-la enlaçar um dos braços em torno de seu pescoço e sua respiração bater contra seu pescoço, o deixando levemente arrepiado.




Iria perder o controle se ela não se cuidasse, concluiu, ao vê-la encaixar uma de suas pernas entre as suas. Ia perder completamente e não ia se sentir culpado, mesmo a odiando.




Levou os lábios até seu ouvido, murmurando de uma forma prazerosa e sensual:




_Potter, Potter... Ainda não aprendeu uma coisa, e eu vou ter o prazer de lhe ensinar, qualquer hora em que você quiser.




Ele sorriu malicioso.




_Ah é...?




_É, Potter – Ela o encarou, soltando um beijinho no ar e sorrindo num tom tão grande em malicia, que seus olhos chegavam a brilhar. – Que esse jogo é para duas pessoas. – disse por fim, girando nos calcanhares e reiniciando seu caminho até o hospital, como se nada tivesse acontecido.




Ele continuou parado, encarando a ruiva se afastar. Iria ter um colapso se tivesse que encarar aquela ruiva novamente, tinha que concluir.




Ela o estava deixando louco.












Aquilo já estava o deixando frustrado. O chefe francês e o seu próprio demoravam-se a examinar os dois corpos recém trazidos do barraco aonde era a sede dos comensais; trocavam olhares significativos e silenciosos, e muitas vezes, esses eram dirigidos a ele, Harry.




_Qual magia deve ter sido usada? –indagou o chefe, depois de inúmeros minutos de silencio, ao francês.




_Perfection de la décomposition, e se não me engano, o terceiro estagio. Magia inteiramente usada de forma legal na França por aurores. – ele pode notar o brilho orgulhoso nos olhos do francês. – Mas não antes de certificar que estavam inteiramente mortos em suas mãos. Quem poderia dizer que mademoiselle Weasley mataria alguém com tanta audácia? Ela parece uma mocinha indefesa! Dotada de uma mente perigosa, porém convenhamos, uma mente brillant! É realmente um orgulho a termos como auror.




Ele teve que se controlar a não dar um tapa na própria cabeça. Como havia sido tão estúpido de tão ter notado que havia sido ela que causara o estrago nos dois comensais, ao achá-la? Parecia ser exatamente como Monsieur Lowdarsky havia dito; Era muito fácil se deixar levar por somente aquele rosto que parecia ser tão indefeso.




_Por falar em Virginia, onde ela está Potter? – pela primeira vez, pareciam ter notado que ele tinha o dom da fala, e não somente de ficar quieto no canto esquerdo da parede, encostado fingindo que não estava vendo os olhares curiosos.




_ Provavelmente em um dos quartos do hospital, recebendo tratamento, senhor. – disse sem dar muita importância, dando os ombros. O francês pareceu encará-lo com um grau de interesse maior.




_Como descobriu que mademoiselle estava debaixo do leito do rio, monsieur Potter? – ele dirigiu o olhar ao moreno, desviando-os dos cadáveres.




_Não foi tão difícil assim – murmurou, cruzando os braços a altura do peito, mais uma vez, dando os ombros. – A pele dos punhos ficara flácida, deixando-a se romper e emitir sangue até a superfície...




Lowdarsky assentira com a cabeça, dirigindo o olhar novamente aos cadáveres.




_Imagino que saiba quem são os dois comensais, não é amigo? – insinuou a Duarte, que assentiu com a cabeça.




_Sim, e dou graças que tenha sido esses dois aí. Custou-me vários aurores para capturar Bellatrix, principalmente Malfoy, que por anos tinha-se passado como um membro do ministério da Magia.




Ele arregalou os olhos, não se preocupando em deixar o queixo cair. Bellatrix? Oras, nem ele mesmo havia de ter pegado ela, muito menos Malfoy.




Lembrava-se da ultima vez que foram dez aurores contra somente os dois, e, como aquela ruiva conseguira tal fato com a maior simplicidade presente?
Balançou a cabeça. Iria precisar de um bom banho frio ao chegar em casa, e principalmente, um chá quente.




_ Com licença, senhores.




Ele virou a cabeça em direção a porta. Lá estava ela, parecendo completamente recuperada e de volta à ativa.




Havia colocado uma jeans meio desbotada, aonde ainda notava que a barra era meio comprida a si, mas marcava-lhe muito bem as pernas torneadas,




Uma blusa de verão preta, meio colada ao corpo, e os cabelos ruivos e sedosos estavam presos, deixando mais a mostra o rosto coberto de vivacidade e sedução.




Suspirou, obrigando-se a olhar para o lado e não correr com os olhos mediante as pernas dela.




_ Weasley! Weasley ! Elle était terrible ! Et nous allons, je liven vers le haut, peux avoir perdu ses feuilles dans les comensais de manière ils, mais il a joué ses lettres très bien !




Ela soltou um pequeno sorriso de gratidão, assentindo levemente com a cabeça. Suspirou por fim, ainda sorrindo.




_Vamos chefe, os cavalheiros que estão nessa sala provavelmente não irão lhe entender se continuar a dizer em francês. – ela pousou seus olhos no moreno que parecia não lhe encarar, fingindo estar achando muito interesse agora nos cadáveres que talvez em poucas horas, começariam a feder.




_Sim, sim! –disse Lowdarsky mantendo novamente aquela pose patriota de orgulho. - Desculpem-me senhores vou-me explicar o que disse à –.




_Como conseguiu tal façanha, Virginia? – Ele não se preocupou se interrompeu o francês, apenas dirigiu um olhar de desafio à ruiva, olhando em seguida aos dois corpos.




Ela soltou os cabelos do baixo rabo-de-cavalo, permitindo um pequeno sorriso em deboche pelo canto do lábio. Estava confiante de si mesma, deixando-a como uma gata perigosa. Dirigiu-se até o corpo de Bellatrix, pigarreando.




_Foi um gesto rápido, não tive tempo de pensar o que faria e como o faria, então pensei em simplesmente fazer. – Ela não disse simplesmente fazer e esquecer o desespero por que aquilo era estúpido, e faria soar como se fosse uma criança medrosa, coisa que não era há tempos. – Eu estava com uma faca na mão, então – ela apontou com o indicador a garganta do cadáver com um corte profundo no pescoço, que se seguiu até o ombro. – Rodei contra ela, já a perfurando, sem que tivesse um contra-ataque. Mas eu sabia que eles jogavam sujos, e com certeza, Malfoy ou um dos comensais idiotas iria jogar contra ela o Het gecontroleerde leven, magia de nacionalidade holandesa, somente conhecida aos olhos dos aurores e comensais, por ela ser magia negra e utilizada como um “Império” mas no caso, para corpos recém mortos, então joguei o terceiro estagio do Perfection de la décomposition, aonde a atingi no estomago – ela sinalizou o lugar aonde estava para fora alguns vasos empobrecidos já, e os órgãos que apareciam, estavam como se fosse de uma pessoa que já tivesse morrido a dois anos atrás.Lowdarsky a observava com o orgulho nítido nos olhos negros – e percorreu para o resto do corpo, mais ou menos em caso forte até o fim da coluna vertebral, e em menos demasia na parte superior da cabeça, e interiormente, no crânio a dentro. – disse por fim, apontando para a cabeça, aonde nela os olhos pareciam saltar para órbitas. - Já com o Malfoy eu tive de fazer pior, senão quem estaria morta em poucos seria eu.




Harry não conseguiu se segurar, arregalando os olhos aquela mulher ruiva. Eram tantos conhecimentos contidos naquela cabeça, tantas idéias, mas...
Tudo nela, o que parecia ser tudo impossível. Era incrivelmente assustador o fato de que ela poderia ser bem fria quando queria.




_Infelizmente – ela continuou, dirigindo o olhar para o chefe britânico e para o francês, num gesto repentino cansado. – Eu planejei tudo e esqueci de me precaver de ser pega por um simples Cruciatus. O que acabou me deixando por meia hora debaixo d’água... O que ainda acho que foi um milagre ter saído viva dali.




Passou entre os dois corpos sobre as macas frias da geladeira de corpos do hospital, depois, dirigindo um olhar inocente e um sorriso alegre na face.




_Fiz o que qualquer auror ao nível faria em caso como o meu. – disse, dando um pequeno grau maior de ênfase ao dizer a frase, dirigindo um olhar fingido inocente ao moreno, que soltara um pequeno resmungo, olhando do lado oposto. Céus, ela agora havia realmente notado como ele havia mudado – para melhor – nesses últimos oito anos.




_Mas ainda sim – Duarte disse, observando a ruiva com total admiração. – É algo que você tem de se orgulhar, naturalmente. Potter esteve por seis meses numa busca sem sucesso para capturar Bellatrix, e você fez o serviço até além do que deveria ser feito, prova muita garra, não é Potter?




Ah sim. Agora ele estava completamente certo de que aquele não era seu dia.




Duarte precisava dizer àquela ruiva que havia fracassado durante seis meses para pegar Bellatrix. Ele precisava dizer justo, a única pessoa que poderia ficar com um ego maior do que já parecia estar.




_Se me dão licença, eu vou procurar Rony para acertar algumas coisas e já volto. – murmurou mal-humorado, fechando a porta por trás de si antes que alguém se contrapusesse a ele, mas ainda foi nítido poder ouvir Duarte falando num tom brincalhão:




_Desculpem o comportamento do Potter, mas ele vem se mostrando muito mal-humorado ultimamente, acho que é falta de férias.
Sim. Era isso. Precisava de férias. Longas e intermináveis férias, de preferência, o mais longe possível de Gina. Poderia ser no Brasil talvez, uma auror que conhecera na época de academia disse que lá existiam belíssimas praias, e as pessoas eram muito boas com quem era de fora.




_Harry! Harry!




Ele se virou. Rony estava parado na porta da lanchonete, com um – na
opinião dele – gordo sanduíche de carne com queijo, e, um sorriso que há tempos não via.




_Rony. Era você quem eu estava procurando. – Ele esboçou um sorriso, mesmo sabendo que a verdade era que ele apenas queria encontrar o ruivo para se manter longe daquela conversa sobre o quão fora bom ter Virginia Weasley para salvar o dia - Não pude falar com você esses dias, graças ao casamento com a Mione, então resolvi te procurar.




Por Deus. Como ele mentia.




_Bom. – o ruivo parecia estar em um de seus melhores dias, tanto que seu sorriso fez chamar atenção de uma mulher de cabelos castanhos bem claros e os olhos verdes acinzentados pareceram ganhar um pequeno brilho malicioso. – Já que estou aqui, diga o que queria tanto falar comigo, Harry.




Agora estava em um beco sem saída, literalmente. Não estava há dias tentando falar com Rony, apenas o quis presente ali para que pudesse continuar com seu “plano de fuga”.




Tentou ganhar tempo. Soltou um longo bocejo e esticou os dois braços, observando o teto como se que estivesse se espreguiçando.




_Não sei. – disse por fim. – Você sabe, é meu melhor amigo, vai casar com a minha melhor amiga... Queria novidades sobre o noivado dos dois, se é que me entende.




A porta da geladeira escancarou-se, mostrando sombriamente à figura de uma ruiva que, parecia lembrar muito um vulcão prestes a entrar em erupção. Ele a viu fechar o punho umas duas vezes, até se dirigir a morena perto do bebedouro e começar a falar freneticamente com ela, em francês. A morena soltou uma gostosa gargalhada, virando os olhos para os dois homens ali, murmurando alguma coisa num sorriso maldoso entre os lábios.




Depois, Gina virou-se bruscamente até os dois ali parados, olhando quase que matando Harry com os olhos.




_Eles querem falar com você. – num pequeno gesto com a cabeça, indicou a porta atrás de si.




_O que?




Ela pareceu se irritar ainda mais com aquela indagação.




_A porta, Potter! Meu chefe e o seu querem falar com você!




Ele encarou a ruiva por um momento. Algo definitivamente havia deixado-a irritada enquanto estava ali dentro. Sorriu maroto. Devia ter se irritado por que haviam parado de falar o quão boa ela era.




_Cansaram de falar de Você, Virginia? –ele não se conteve, fazendo-a revirar os olhos.




_Potter, só faça o favor de ir lá e mudar a idéia deles, okay? -disse, olhando cansada para ele.




_E por que eu mudaria?




_Você vai ver...












_O QUE?




_Vamos Potter, é como se fosse num hotel, só vão se ver a noite antes de ir dormir, e talvez no horário do almoço, mas –.




_Negativo. – ele interrompeu Duarte, com o olhar furioso para a ruiva, que o acompanhava em questão.




_ Potter, deixe de ser. –




_É a MINHA casa! – e interrompeu o chefe pela segunda vez, passando uma das mãos pelos cabelos negros e bagunçados, num gesto nervoso. – E existem Hotéis para isso! Para abrigar pessoas que não tem onde morar, caso estejam passando os dias fora de sua própria casa!




_Virginia vai precisar de proteção, Potter! Depois que os comensais descobriram nosso plano, podem querer matá-la.




_Eu não preciso de proteção. – murmurou, enquanto cruzava os braços e relaxava as pernas enquanto encostava-se à cadeira.




_Virginia, já discutimos isso com você!




Por Deus. Estavam tratando os dois como duas crianças malcriadas.




Ela se levantou e encarou os dois chefes.




_Isso é algo completamente injusto, sabia? Eu já provei que consigo me defender, sozinha. Se não conseguisse, não seria auror.




_Sabemos da sua competência Virginia, mas digo-lhe que você não é páreo para um bando de comensais sedentos de vingança contra você, entende?




Ela imitou o gesto anterior do moreno, jogando a belíssima cascata ruiva para trás com uma das mãos. Depois, encarou-os novamente.




_Certo, então vou ficar na casa de meus pais.




_ Virginia, a casa de seus pais está lotada. Tem o casamento do Rony com a Mione e. – Começou Harry, mas se tocando da burrice que armara para os dois – e da expressão furiosa dela – ele se calou.




_Sim é mesmo! – Duarte lembrou. – O Casamento do Weasley, a casa deles deve estar lotada. Certo, Virginia, você vai ficar na casa do Potter esses dias.




Ela fechou os olhos, soltando um suspiro profundo. Aquilo não podia estar acontecendo.




_Eu volto para a França. – ela achou que havia dito as palavras mágicas. Era o que estava combinado, não era? Voltar para a França e ser feliz lá, como estava nesses últimos anos. Certo que não podia contar com esses seis últimos meses, por estar entre os comensais para captura de informações e impedir certos planos que com certeza, se saíssem brilhantes como Voldemort pensava, causariam certo caos.




_França? – Lowdarsky arqueou uma sobrancelha, fazendo o coração de a ruiva parar com aquela indagação. – Preciso que você fique por aqui esses dias Virginia, Eu e a minha irmã também vamos ficar e resolver uns assuntos, mas Duarte está precisando de um favor e não vou negar a ele. E você vai fazê-lo por mim. E vai ficar na casa do Potter, e ponto final.




Estava certa. Definitivamente não era seu dia.




_Não, não vou fazer. - Ela foi educada na forma de dizer, mas também foi clara.




_Isto não é um favor Virginia, é a ordem de seu superior.




_Então peço afastamento meu perante o caso.




_Pedido negado.




_Então falarei com seu superior e pedir não somente meu afastamento como o seu.




_Não vai conseguir.




_Como pode ter tanta certeza?




O lugar estava completamente em silêncio, observando o jogo de palavras em que ambos os aurores usavam um contra o outro. Virginia não tinha muitas chances em porcentagem, pensou Harry. Era ela... Contra um superior.




Ela soltou um suspiro. Se não a conhecesse bem, diria que ela estava encarando o assunto naturalmente, mas não era o que seus olhos demonstravam. Ele não se assustaria se soltasse faísca de seus olhos amêndoa que agora brilhavam ameaçadoramente.




_Da mesma forma que você tem certeza, Weasley. Por que você está tentando me deixar sem argumentos, sem usar a lógica, sem concordar comigo. Está em fatos, blefando.




Ela soltou um suspiro, tentando em desespero achar uma resposta convincente a seu superior. Podia sentir o sorriso de Harry atrás de si. Não, de jeito algum ia perder aquela discussão enquanto Harry estivesse presente.




_Quer apostar comigo, chefe? –enfatizou, mas percebeu uma gota de suor escorrer por sua têmpora.




_Pode ter certeza que então ela já está ganha Virginia. – ele abriu um largo sorriso para a ruiva, mas ela revidou com uma cara feia.




_Você pode dizer o que quiser, posso não sair do caso, mas eu não vou ficar na casa do Potter.

















Ela jogou a toalha em cima da cadeira um pouco distante da cama de hospedes, ainda com aquela aparência incrédula. Lowdarsky havia realmente mais uma vez, conseguido o que queria. Deixa-la louca talvez fosse à próxima alternativa, por que irritá-la, ele já havia conseguido.




Deu uma remexida nos cabelos ruivos molhados e soltou um suspiro longo, procurando na mala de viajem algum creme para as pernas. Ela não poderia tê-lo esquecido como da ultima vez que havia ido à Espanha. Bufou.
Lowdarsky ia pagar caro por praticamente obrigá-la ir passar uns dias na casa do grande idiota.




Jogou uma mecha ruiva que caia em seus olhos para trás. Suspirou fundo novamente, tentando colocar os pensamentos em seus devidos lugares. Tudo o que precisava era de calma. Era isso, ela precisava se acalmar e tudo sairia como planejava; Como queria.




Calma e talvez um lugar bem longe dali.




Fechou os olhos tentando se acalmar, massageando um dos ombros que parecia dolorido.




_Vamos lá – murmurou a si mesma, ainda esfregando o ombro. – São somente cinco dias...












Mais notas: Bom...certo certo, eu vou acabar demorando pra postar o capitulo 2, por que eu quero estar com bastante idéias e ir melhorando isso aqui aos poucos. Espero que vocês gostem e, se gostarem please, fiquem calmos com a minha demora ^^""""


Bjoquinhas ^^

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.