Capítulo Dezoito



Enquanto James me beijava, meu coração ardia em chamas.Não de amor,paixão... e sim de anormalidade, sentindo que alguma coisa estava fora do comum ali.Ele está sendo repugnante, James Potter está me beijando de uma forma tão... fria.Como se eu fosse... Como se eu fosse qualquer uma que entre na sua vida e sai dela da mesma forma que entrou.

Eu senti nojo de Potter, eu senti uma ânsia de vômito enquanto ele me empurrava contra a parede, me deixando praticamente esmagada.Foi então, que fiz o que meu coração mandava, mesmo que isso pareça ser sem lógica.

Eu fechei minha mão sob o medalhão da minha que estava pendurado em meu pescoço e pensei 'Dê-me instruções', que era, claro, falando com o medalhão.Há dois pequeninos detalhes: Medalhões não falam e como eu posso falar com alguma coisa sendo que eu não a pronunciei? Muito menos para um medalhão.

Pode parecer um tanto sem lógica e extremamente fantasiado, mas deu certo.Sim, para minha surpresa, minha idiotice deu certo.Um fato raro,claro.Houve um clarão entre eu e Potter, afastando-o e jogando-o para a parede oposta a que ele estava me empurrando.

Houve um baque surdo de vidro caindo no chão.Eu olhei para a mesa redonda de madeira e percebi que todos os copos ali caíram no chão.O mais idiota é que ninguém tocou ali.E esse clarão não é normal também, quero dizer, o sol não pode aparecer entre eu e Potter, pode?

Eu voltei meu olhar para Potter, que estava se levantando com uma expressão de fúria e uma vontade de rir tomou conta de mim, surgindo um pequeno sorriso em meus lábios.

Enquanto ele tentava formular perguntas para tal acontecimento, eu peguei meu robe de dormir e o fechei em meu corpo.Não o mostraria mais para Potter, nem uma pequena parte de minha barriga.

-O que foi isso?-Perguntou ele, totalmente desorientado, mas ainda com um ar agressivo.

-Foi um aviso-Respondi automaticamente.Um aviso? Nem eu sabia dessa.Ok, as coisas REALMENTE estão ficando estranhas demais.

Me olhei no espelho do quarto que ficava ao lado a mesa redonda de madeira.Eu sustentava uma expressão de superioridade, tranquilidade e, apesar de tudo, anormalidade.Eu não via a típica Lílian Evans no espelho, eu via uma mulher extremamente intimidante, com expressões sábias.Por incrível que pareça, eu me via no espelho mas eu sentia que essa não era a mesma imagem que eu havia olhado uma hora atrás.

-Porque... Porque houve essa luz? Quero dizer, porque... o que a causou?-Perguntou ele, recuperando o raciocínio e com um ar cada vez mais ameaçador.Mas eu não estava para me intimidar na hora, o que me deixou surpresa comigo mesma, pois eu tratei a situação com uma calma anormal.Ainda mais eu, que sou uma surtada.

-Isso não lhe interessa, Potter, eu apenas quero que você mantenha distância de mim-Respondi calmamente.Nessa hora, ouvi uma voz em meu pensamento.

-Lílian Evans-Uma voz serena como a noite-Você está pronta para acordar.

Eu, confusa por tantas coisas estranhas acontecerem ao mesmo tempo, falei em pensamento:

-Acordar?-Perguntei, sentindo uma calma sobrenatural.

-Sim, querida Lílian.Nós a aguardamos na densa floresta que há perto de LittleCastle... Esteja lá, isso se não for tarde demais.-E a voz desapareceu completamente.O que essa voz feminina disse com '...se não for tarde demais.' ?

Eu olhei pela janela do meu quarto, dando as costas para Potter.Minha missão por agora era ir para LittleCastle, não poderia ficar ali, ainda mais que coisas tão estranhas estejam me rodeando.Logo, percebendo que Potter havia ficado mais calmo, eu me virei e deparei com ele olhando-me sabiamente, mas de certo modo, um tanto perverso.

-Parece que chegou sua hora de acordar, Lílian Evans-Falou ele, com um sorriso malicioso nos lábios, que, por mais que eu mantinha uma calma sobrenatural, deu um arrepio na minha espinha.

Mantendo o raciocínio em todas as situações que passei depois que adquiri o medalhão, pulei vários assuntos e fui a pergunta que me perturba há alguns dias.

-Quem eu realmente sou, James Potter?-Olhei para a janela, observando uma carruagem luxuosa passar pela rua.

-Você é uma bastarda, Lílian Evans, já te contei esta história-Ele tentou me convencer, mas agora seria difícil demais para Potter me contar a verdade.Eu sentia que o que ele falava era mentira, eu não sei porque, mas sentia isso com toda a intensidade de meu ser.

-Quem eu sou, Potter?-Perguntei mais uma vez e Potter se sentou em uma cadeira de madeira escura.Seus olhos misturavam malícia e sabedoria.Tudo isso perversamente.

-Você, Lílian Evans? Porque não pergunta: Porque tantas coisas estranhas vem acontecendo comigo?-Ele simulou uma pergunta, que realmente me pertubava.E fiz o jogo dele para saber aonde ele gostaria de chegar.

-Porque tantas coisas estranhas estão acontecendo comigo?-Repeti a pergunta, me sentando em uma cadeira longe da de Potter.

-Você quer mesmo que eu responda,não?-Eu assenti-Já se perguntou do porque que sua mãe guardou um medalhão das damas de compania, sendo que ela gostaria de esquecer o passado?

Realmente, eu nunca havia pensado nisso.Idiotamente estranho, assim como tudo que está me rodeando ultimamente.Ele voltou a falar:

-Já se perguntou do porque que você não se encaixa em cidades humanas?

Cidades humanas? O que ele quer dizer com isso? Não existem outros tipos de cidades.

Eu assenti novamente.

-O que é você?-Perguntei com o raciocínio muito mais rápido que as perguntas dele.

-Eu? Eu sou apenas um Lord inglês,minha cara Lílian.Agora te digo, minha cara, quem você é: Lílian Evans, uma das poucas elfas existentes neste mundo dominado por humanos e criaturas maléficas.Você é uma elfa rara, Lílian, uma elfa recém-despertada que dormia em um sono profundo para centralizar poder.Uma elfa da guerra.

Isso foi muito... Fantasioso.Mas por incrível que pareça, eu não achei assim tão anormal...Quero dizer, claro que é sobrenatural, mas não teve um grande impacto em mim...Ter teve, mas não de me fazer jogar pela janela e gritar 'Gerônimo!'.Em todo caso, o que elfas da guerra são?

Ele continuou:

-Você é filha adotada, Lílian Evans.Nunca se perguntou porque sua 'mãe' nunca lhe deu irmãos? Ela é estéril.A verdade é que você é filha de um senhor da floresta, o elfo Iangöt.Essa recompensa foi apenas uma farsa bem calculada, todos sabem quem você é aqui, Lílian.Não há escapatória, ou você nos ajuda ou você morre.

Sabe a sensação de estarmos caindo de um penhasco com a sombra nos engolindo? Eu a tive.Meu mundo desabou sobre meus olhos vigilantes.

-Ajuda?-Repeti não demonstrando emoção alguma-Que tipo de ajuda?

-Meu senhor quer poder, Lílian, poder.Você pode ajudá-lo com isso eliminando aos que se opõe a ele, como os elfos.-Respondeu ele com um olhar maldoso-E você poderá ser minha.

Eu me levantei bruscamente da cadeira.

-Nunca lhes ajudarei, Potter, nem que eu seja morta.Não me conformei com toda essa história sobrenatural, mas sei que há um fundo de verdade nisso.E seja quem for o seu senhor, pode falar-lhe que estou me dispersando dessa região tão...-olhei para ele profundamente-...maldosa.

E, como em um passe de mágica, ou melhor, em um passe de mágica, meu medalhão me transportou para um campo verde emoldurado por rochas enormes.Não me pergunte como eu me teletransportei de um lugar para outro, porque não era essa a minha vontade.Foi a vontade de meu medalhão.








N/A : E aí, gostaram da real história de Lílian Evans? UHASHUASHU! Me respondem uma coisa, surpresas com tal novidade, com tal reviravolta de história? Todas pensavam que seria MAIS UMA fic estilo Orgulho e Preconceito.Erraram feio.Mais e aí, gostaram da idéia? Pois muitos capítulos beeem estranhos estão por vir e digo uma coisa: Essa fic vai ser muitooo diferente das normais L/J, começando pela parte que eu viajo na maionese UHASHUASHU.Mas está ao estilo que eu gosto, bem misteriosa.E depois eu vou rir de tais comentários.

Comentem MESMO, cada leitora(o).Quero saber a opinião de vocês quanto essa idéia.Se a maioria não gostar, se fuderam, pois a fic continuará assim ASSAASUH.Brincando, se for grande o número de pessoas que não gostarem, eu mudo a fic, mas ficarei bem triste.

Mais surpresas estão por Lendo.

Beijos de Cärol.

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