Uma agradável surpresa



Ai, meu Deus, é bom estar de volta! ^^
Agora com todos os problemas resolvidos, vou voltar a postar como antes... =D
Desculpa se demorei demais... Meu computador só ficou bom há uns três dias e nesse tempo confesso que não tava muito disposta para fazer o capítulo... Me desculpem :$
Mas aqui está... Antes tarde do que nunca! Esse aqui não tem muito D/G não, mas como eu já disse antes, sejam pacientes... ;D
Espero que continuem gostando!

Beijos!!
Sofi


**


O celular de Gina começou a tocar e ela largou a bacia de roupas limpas na grama e correu para dentro de casa, atravessando as portas de vidro do quintal para atender o telefone.

“Alô?”
“Você vai ser uma estrela!” A voz de Jorge gritava histericamente do outro lado da linha e ele então começou a gargalhar.

Gina esperou que o irmão se acalmasse enquanto se esforçava para tentar entender do que ele poderia estar falando. “Jorge, você está bêbado?”
“Talvez só um pouquinho, mas isso é completamente irrelevante,” ele soluçou.

“Jorge, são dez horas da manhã!” Gina riu. “Você já dormiu hoje?”
“Nããããão,” ele soluçou novamente, “estou no trem para casa e estarei na cama em aproximadamente... três horas!”
“Três horas?! Onde você está?” Gina riu mais uma vez. Ela estava aproveitando aquilo; estava se lembrando de como ligava para Draco à hora que fosse da manhã de todos os tipos de lugares depois de não se comportar na noite com as amigas.

“Estou em Galway. A premiação foi ontem à noite,” ele falou como se ela devesse ter adivinhado.
“Oh, queira desculpar a minha ignorância, mas que premiação foi essa?”
“Eu te disse!”
“Não disse não.”
“Bem, eu disse para o Roniquinho te avisar, aquele cara-de –” Ele se atrapalhou com as palavras.
“Bem, ele não contou,” ela interrompeu, “então me diz agora.”

“Ontem teve o... o... o concurso de melhor vídeo amador daquele canal, o... o... enfim! E eu ganhei, Gininha!” ele gritou e Gina ouviu o que aparentava ser o vagão inteiro comemorando com ele, a voz de Fred soando mais alto que a de qualquer outro. Ela ficou muito feliz, mas ainda estava confusa; não sabia que Jorge estivera produzindo um filme!

“Jorge!” ela gritou, “Uma luzinha aqui, por favor!”
“O filme que eu fiz no seu aniversário, caçula! Vai passar no Canal 4 semana que vem! Consegue acreditar?” Não, Gina não conseguia acreditar. “Você vai ficar famosa, Gininha!” E aquela foi a última frase que ela ouviu antes de a linha ficar muda. Como assim? Sem que ela soubesse, um filme com ela ganhara um prêmio e iria ao ar na televisão...? Que sentimento era aquele correndo pelo corpo dela? Seria... não, não poderia ser... será que Gina estava feliz?

Ela ligou para a família inteira, mas percebeu que todos tinham recebido uma ligação semelhante. Sua mãe até convidara Morgana, a prima mais próxima de Gina, para passar a semana com eles até o dia da transmissão.

Daniel gentilmente ofereceu o Club Diva para que eles todos pudessem ver o programa no telão. Gina estava muito animada pelo irmão e ligou para Luna e Laura para lhes dar as boas notícias.

“Oh, que notícia maravilhosa, Gina!” Laura sussurrou animada.
“Porque estamos sussurrando?” ela sussurrou de volta.
“Oh, a cara amassada aqui decidiu que era uma boa idéia nos proibir de aceitar ligações pessoais,” gemeu Laura referindo-se à sua própria chefe. “Ela disse que passamos mais tempo batendo papo no telefone que trabalhando, então ela está patrulhando nossas mesas a manhã toda. Juro que me sinto como se estivesse na escola de novo com a velhota de olho na gente.” De repente, sua voz se elevou ao tom normal e ela falou formalmente. “Poderia me dar seus dados, por favor?”
Gina riu. “Ela está aí?”
“Sim, absolutamente,” Laura continuou.
“OK, bem, não vou te prender por muito tempo então. Os dados são que vamos nos encontrar no Hogan’s na quarta à noite para assistir e você tem que ir.”
“Perfeitamente... OK.” Laura fingiu anotar seus dados.
“Ótimo, vamos nos divertir. Laura, o que eu vou vestir?”
“Hmm... Novo ou semi-novo?”
“Não, realmente não posso me dar ao luxo de comprar algo novo; apesar de você ter me forçado a comprar aquele top naquele dia, estou me recusando a usá-lo sob pretexto de que já não tenho mais dezoito anos. Então provavelmente vai ser algo velho.”
“Muito bem... vermelho.”
“A blusa vermelha que usei no seu aniversário?”
“Sim, exatamente.”
“É, talvez.”
“Qual é o seu estado atual de emprego?”
“Para dizer a verdade, nem comecei a procurar ainda.” Gina mordeu a bochecha e enrugou as sobrancelhas.
“E data de nascimento?”
“Há-há, cala a boca, sua besta!” Gina riu.
“Me desculpe, só damos seguro para maiores de vinte e quatro anos. Receio que seja muito jovem.”
“Queria eu. Certo, falo com você depois.”
“Obrigada pela ligação.”

Gina permaneceu sentada à mesa da cozinha pensando no que vestiria na semana seguinte; ela queria algo novo. Queria estar linda e sexy para variar e estava cansada das roupas que velhas que tinha. Talvez Luna tivesse algo em sua loja. Ela estava prestes a ligar quando recebeu uma mensagem de Laura.

Velha bem atrás de mim.
Ligo depois.


Gina pegou o telefone e ligou para o trabalho de Luna.

“‘Casual,’ bom dia,” atendeu uma Luna muito educada.
“Oi, Casual, aqui é a Gina. Sei que não devo ligar para a loja, mas só queria dizer que o filme que o Jorge fez de nós no meu aniversário ganhou um prêmio por aí e vai ao ar na quarta-feira.”
“Oh, isso é ótimo, Gina! Vamos todas aparecer?” ela perguntou animadamente.
“É, provavelmente sim. Por isso vamos todos nos encontrar no Hogan’s para ver. Topa?”
“Oooooh, claro! Vou levar o meu novo namorado também, ta?” ela deu risadinhas.
“Que novo namorado?”
“Tom!”
“O cara do karaokê?”
“É, claro! Oh,Gina, estou tão apaixonada!” ela deu risadinhas novamente e Gina estranhou; esse modo de se comportar era anti-Lúnico demais.
“Apaixonada? Mas você só o conhece há algumas semanas!”
“Oh, não ligo; basta um minuto... como diz o ditado.”
“Nossa, Luna... não sei o que dizer!”
“Diga o quanto é legal!”
“É... uau... digo... claro... são realmente ótimas notícias.”
“Oh, tente não soar tão entusiasmada, Gina,” ela disse sarcasticamente. “De qualquer jeito, mal posso esperar para que o conheça, você vai amá-lo. Bem, não tanto quanto eu, mas vai realmente gostar dele.” E ela tagarelou um pouco sobre como ele era maravilhoso.
“Luna, se esqueceu que já o conheci?” Gina a interrompeu no meio de uma história sobre como Tom havia salvado uma criança de se afogar.
“É, sei que sim, mas quero que o conheça quando não estiver agindo como uma demente se escondendo em banheiros e gritando com microfones.”
“Estou ansiosa, então...”
“É, ótimo, vai ser maravilhoso! Nunca fui à minha própria premiére antes!”
Gina revirou os olhos diante do drama da amiga e ambas se despediram.


Gina mal fez as tarefas da casa naquela manhã, já que passou a maior parte do tempo ao telefone. O celular não parava e ela já estava ficando com dor de cabeça. Ela se encolheu ao pensar naquilo; sempre que tinha uma dor de cabeça, se lembrava de Draco. Ela odiava ouvir quem amava reclamar de dores de cabeça e enxaquecas e imediatamente começava um discurso advertindo-os sobre os perigos e sobre como deveriam levar mais a sério e fazer uma visita ao médico. Ela acabava aterrorizando a todos com suas histórias e eles eventualmente pararam de lhe dizer quando se sentiam mal.

Ela suspirou alto; estava virando tão hipocondríaca que até sua médica estava cansada de vê-la. Gina corria para ela em pânico por causa das menores coisas, como uma dor na perna ou uma dor de barriga. Na semana anterior, estivera convencida de que havia algo errado com seus pés; os dedos simplesmente não lhe pareciam muito bem. A médica a examinara seriamente e começou a escrever imediatamente uma receita enquanto Gina olhava aterrorizada. Então, ela entregou o papel e, escrito com aquela caligrafia que só os médicos têm, lá estava: “Comprar sapatos maiores.”

Talvez tivesse sido engraçado, mas custou-lhe quarenta libras.

Gina havia passado os últimos minutos ouvindo Rony reclamar sobre Percy ao telefone, que, aparentemente, havia lhe feito uma visitinha também. Gina se perguntou se ele estava apenas tentando se aproximar dos irmãos depois de anos de afastamento. Bem, estava um pouco tarde para a maioria dele, ao que parecia. Era certamente difícil manter uma conversa com alguém que ainda não havia aprendido a administrar a arte da boa educação. Oh, pare, pare, pare! ela gritou para si mesma mentalmente. Precisava parar de se preocupar, parar de pensar, parar de viajar e, certamente, precisava parar de falar consigo mesma. Estava se deixando louca.

Ela finalmente terminou de pendurar as roupas limpas no varal por volta de duas horas depois e então despejou o conteúdo de outra bacia na máquina de lavar e a ligou. Ligou também o rádio da cozinha e a televisão da sala e voltou ao trabalho. Talvez aquilo abafasse a vozinha irritante em sua cabeça.

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