Chamada de Avalon[foto brad e



Por um ano o mundo bruxo permaneceu congelado devido à guerra, tudo parou. Trabalhos alheios, serviços dispensáveis do ministério e principalmente: Hogwarts... Pois é, para a melhor segurança dos alunos o ministro suspendeu as aulas durante o período de guerras... E bem, passado um ano, os alunos regressaram as suas respectivas casas...
E foi em dia desses, comum para a maioria das pessoas, que a nossa história começou...


- Hogwarts, Inglaterra -

Cá estou eu de novo correndo corredor adentro para não chegar atrasada na aula que eu mais abomino... Adivinhemmm... dããã... Claro que é a aula do Seboso Snape.
Para a minha sorte ele ainda não está na masmorra. Entro calmamente e sento numa carteira do fundo, hoje não é um dia que eu esteja com vontade de prestar atenção na última aula do dia. Começo arrumar o meu material pensando em como não conseguir perder pontos da minha casa quando a porta da masmorra abre e aparece meu “querido” professor com uma cara de poucos amigos. Depois de olhar para a cara dele meu pensamento vai por água abaixo e começo a pensar: "Pelo amor de Merlim que eu só consiga perder alguns pontinhos e não ganhe detenção!!!"
Ele mal começa a falar e me pergunta uma coisa nada haver. E eu, coitada, sem saber o que dizer solto um:
- Hein? O senhor não me ensinou isso!
E ele com a maior cara de felicidade fala:
- Senhorita Weasley, sinto lhe informar que hoje eu não estou em um bom dia e que a senhora está enganada, esse assunto foi dado na ultima aula.
Caracas como eu podia lembrar se na ultima aula eu estava pensando em como dar um fora no Neville sem ele ficar chateado? Poxa, nem foi minha culpa...
- Err... Me desculpe professor, mas eu não me lembro disso.
- Como Stra. Weasley? Esse assunto foi dado na aula passado e a Srta. não se lembra? Creio que talvez uma detenção lhe refresque a memória!
Para a minha sorte, ou azar, ainda não sei ao certo, Dumbledore entra na sala e fala:
- Creio que isso não seja necessário Severo. Stra. Weasley, por favor, queira me acompanhar.
Ihh já era, me dei mal, to frita! Nessa hora Snape deu um sorrisinho sarcástico e eu simplesmente fiquei paralisada, aí o Seboso fala:
- Tudo bem Dumbledore ela pode te acompanhar, não é senhorita Weasley?
- Cla... Claro professor! – Eu me levantei e segui o Dumbledore sem dizer uma palavra.
Segui-o calmamente, e calada o caminho todo, e quando me dei conta estava em frente a gárgula de pedra, ele disse uma senha qualquer, fazendo com que ela pulasse para o lado e desse passagem para que nós subíssemos. Assim que entramos, ele me convidou a sentar-se e assim o fiz. Ainda sem saber o motivo de estar ali... E então como se ele lesse a minha mente me perguntou:
- Creio que deve estar curiosa em saber por que a chamei aqui Stra. Weasley.
- Sim - respondi timidamente perante ele.
- Bem, não sei se você já sabe, mas agora no mundo bruxo existem alguns cursos profissionalizantes, ou como os trouxas dizem: faculdades. - eu nada disse e ele prosseguiu- E aqui em Londres esses cursos ainda são muito precários. Por isso, eu, como diretor de Hogwarts fui encarregado de mandar os meus melhores alunos para fazer esses cursos no Brasil, que atualmente é o país com a maior tecnologia bruxa. E bem, as suas notas são simplesmente estupendas! Exceto em poções, portanto gostaria de saber se a Stra. aceitaria ir para o Brasil fazer um curso de poções profissionalizante.... O curso dura 4 anos e quando voltar o professor Slughor, que atualmente trabalha no Ministério da Magia, estará pronto para começar as novas pesquisas e teses com você...
Fiquei totalmente sem fala, cabeça a mil. Eu? No Brasil? Mais não tenho dinheiro! E quem mais vai? Onde vou morar?
Dumbledore como se soubesse o que se passava na minha mente (muito confusa) fala:
- Bem, quanto ao dinheiro não se preocupe, o ministério cobrirá todas as suas despesas na faculdade e na sua moradia que você dividirá com mais quatro integrantes.
- E quem seriam essas quatro pessoas?
- Harry Potter, Hermione Granger, o seu irmão Ronald Weasley e a quarta pessoa ainda não se decidiu, e pediu para eu não informar...
- Mais eu nem sei se minha mãe me deixará ir, e além do mais eu não sei se vou me adaptar...
- Sua mãe não será problema senhorita Weasley, se a senhora aceitar ir, se for preciso falo com ela, e também seu irmão quer ir e será mais fácil para ela deixar... E se você não se adaptar e quiser voltar eu vou te buscar pessoalmente. Está bom assim?
Eu simplesmente balancei a cabeça e ele continuou:
- E então a senhorita aceita o meu convite?
Eu pensei um pouco, ah tudo bem, não foi pouco, passei dez minutos calada pensando na possibilidade. Afinal, o Brasil deve ser um lugar BEM legal, muito lindo e deve ter MUITOS gatos e também vai ser uma experiência maravilhosa. Quando o professor Dumbledore já estava quase cochilando eu decidi responder:
- Er... Eu aceito professor!
Dumbledore me olhou sorrindo e disse:
- Que bom que a senhorita aceitou, fico muito feliz! A senhorita partirá daqui a 4 dias, arrume suas coisas...
- Hã? Como assim daqui a 4 dias? Já? E como eu vou falar com minha mãe, e as roupas? Soube que lá faz o maior calor...
- Calma Gina, sua mãe virá aqui amanhã junto com o seu pai, e nós conversaremos com eles. E a questão das roupas, quando vocês chegarem lá depois de se acomodarem no apartamento, irei dar o número da conta da filial de Gringotes para vocês fazerem as compras...
- O senhor vai, professor?
- Eu, junto com a professora Minerva, vamos levá-los ao Brasil.
- Já que é assim, tudo bem. Agora vou correndo avisar aos meus amigos e arrumar minhas coisas...
- Pode ir senhorita, amanhã nós nos falamos.
Saí correndo e fui até o meu dormitório para arrumar algumas das minhas coisas. Mal podia esperar até amanhã. Tomara que os meus pais me deixem ir... Se bem que se o Rony vai eles também vão deixar, e é melhor ter um irmão ciumento no meu pé do que os meus pais na minha cola...
Acordei no dia seguinte totalmente elétrica! Me arrumei o mais rápido possível e desci para o Salão Principal, tomei apenas um copo de suco e fiquei lá contando a novidade para Luna, apenas para fazer o tempo passar.
Assim que deu a hora combinada eu rumei para a sala do Dumbledore, disse a senha para a gárgula que me deu passagem para a escada, subi, e bati de leve na porta. Não demorando muito para escutar um “Entre”.
Respirei fundo, afinal sabia que ao entrar naquela porta meu futuro estava em jogo. Tudo bem, posso estar exagerando um pouco, mas cá entre nós, mudar de país não é pouca coisa né? Estava com o coração na boca, será que meus pais vão me deixar ir? Voltei à realidade dos meus pensamentos quando escutei outro “Entre”. Abri a porta e entrei, dei de cara com meus pais, Rony, Dumbledore e Minerva.
- Sente-se, Gina Querida. – disse Minerva
- Bom agora que a senhorita chegou vamos continuar a nossa conversa. – disse Dumbledore com um dos seus sorrisos que acalmam.
- Gina, meu amor, Dumbledore já nos explicou tudo e já acertamos as coisas, só queremos saber se você realmente quer ir. Não se sinta pressionada, se não quiser ir tudo bem, o seu irmão vai e Harry e Mione também. – disse docemente a minha mãe.
- E aí minha filha, o que nos diz?? – Perguntou meu pai
Pensei... pensei... pensei... E decidi ir, afinal vai ser muito bom estudar no Brasil, conhecer outro país, outra cultura, outras pessoas e outro clima, CALORRR muito CALORR. Afinal se eu não gostar posso voltar, não é? Então resolvi responder a meu pai:
- Bom... Eu vou, mas se eu não gostar posso voltar não é?
- Claro que pode, senhorita Weasley, eu mesmo vou te buscar, não lhe prometi? – Respondeu Dumbledore.
- Isso mesmo maninha e além do mais você vai adorar, nós todos juntos fazendo o que a gente gosta e nos divertindo. – Disse Rony que até então estava calado.
- Então está decidido, eu vou com certeza! Já iremos daqui a 3 dias não é mesmo? E Dumbledore, quem é a outra pessoa? Estou tão curiosa!! – disse eu pulando de alegria ou nervosismo, não sei ao certo.
- Bom minha querida, vocês partirão dentre 3 dias e infelizmente não poderei contar-lhe quem é a quarta pessoa. Se ele realmente for vocês saberão. – Disse Tio Dumbledore.
Humm, Tio Dumble disse “ele”, então já sei que é um menino, pensei na mesma hora, mas fui interrompida por mamãe.
- Oh meus amores me prometam que me mandarão cartas toda semana e todos os dias falarão comigo através da lareira, me prometam também que irão se comportar e se alimentar direitinho! – disse ela me abraçando e abraçando o Rony com aquele abraço quebra-costelas que só ela sabe dar.
- Prometemos mãe! – dissemos os 2 na mesma hora.
- Bom então está tudo certo, vocês partirão na terça eu e o Dumbledore iremos levá-los e também iremos visitá-los periodicamente para ver se está tudo certo. Senhor e Senhora Weasley, vocês gostariam de passar essas noites aqui para se despedirem dos seus filhos na ssegunda? Os pais de Hermione estarão aqui para ver ela partir depois com um portal. – Disse Minerva
- Queremos ficar sim, muita gentileza sua! – disse mamãe com um sorriso de orelha a orelha.
- Bom, então está tudo resolvido, Rony e Gina vão para seus quartos arrumar o resto das coisas e se despedir dos amigos, e se divertirem afinal hoje é sábado. Senhor e Senhora Weasley, queiram acompanhar a Professora Minerva que ela irá deixá-los no quarto de vocês. – disse Dumbledore
- Sim senhor. – dissemos eu e Rony juntos mais uma vez.
- Certo Dumbledore, e obrigada por tudo. – Disse meu pai.
- Não tem o que agradecer, seus filhos merecem. Até amanhã e tenham um ótimo dia.
Saímos todos da sala do diretor pensativos, mamãe toda hora dizia que iria ficar longe de seus queridos filhos, papai consolando-a e dizendo que iriam nos visitar sempre que possível, o Rony com um sorriso enorme no rosto e eu, não sei ao certo se estava apavorada ou feliz com a oportunidade.
Depois que saí da sala do tio Dumble e pude respirar, fui para o meu quarto arrumar o resto das coisas e deixar separado só o que usaria nos dias restantes. Quando acabo de arrumar as coisas e deito na minha cama, uma Hermione histérica entra no meu quarto gritando:
- Gina, e aí você vai? Seus pais deixaram? Eu soube que o Rony vai, mas e você vai também? Não me diga que vou ser a única menina entre 3 homens, por favor Gina diz logo...
- Mioneeeeeeeeeeeeee! – grito eu. – Dá pra se acalmar primeiro menina?!?! Respire fundo, relaxa...
- Ta, ta mais diz logo que eu estou morrendo de curiosidade! – ela diz normalmente
- Sim, eu vou! – abro um sorriso. – Nós duas vamos abalar no Brasil.
- Ai que bom! To tão feliz e aliviada! – Mione fala me abraçando
Depois que eu retribuo o abraço eu pergunto:
- Oh Mi você sabe quem é a outra pessoa que vai além da gente?
- Não sei, também queria saber... – Ela responde com cara triste
- Quem será? Será que a gente é amiga? Será que é da Grifinória também? – eu pergunto balançando as mãos.
- Não sei mesmo Gi, não tenho a mínima idéia de quem seja. Pode ser qualquer um, só não entendo o porquê desse suspense todo...
- Ah, vai vê que ele quer fazer surpresa. Ai meu Merlin...
- O que foi mulher?
- Será que é o Neville? Por Merlim que não seja ele... – eu falo me benzendo...
- Acho que não. E se fosse ele, porque esconderia isso?
- Porque ele não larga do meu pé? Porque eu ainda tenho que dizer a ele hoje que não adianta que não fico com ele?
- Eita... É, pensando assim, pode ser que seja ele.
- Nãooo, todos menos ele.
- Bom, é melhor esperarmos para ver. Agora vou encontrar com os meninos e acho melhor você ir procurar o Neville logo.
- É mesmo, isso que vou fazer.
Mione saiu do quarto e eu fiquei pensando no que falar, poxa ele é meu amigo e não quero brigar com ele e muito menos que ele fique com raiva de mim. Criei toda a coragem do mundo e sai do quarto, chegando no salão comunal encontro o próprio sentado no sofá, respiro fundo e vou até ele:
- Er... Neville?
- Oi Gina, quer falar comigo? – Ele responde com a maior cara de apaixonado.
“Caracas... Fudeu...” Penso eu.
- Tava sim, eu preciso conversar com você uma coisa muito séria Neville, e espero que você me entenda. – Falei olhando nos olhos dele e nisso ele já ficou triste.
- Po... pode falar. –Ele responde nervoso.
- Eu acho que você deve imaginar o que seja... Não queria que fosse assim, mas infelizmente não sou eu que mando no meu coração. – dei uma pausa e respirei fundo. – Mais eu não posso ficar com você por 2 motivos: o primeiro é que eu não te amo como namorado ou ficante, eu te amo como amigo. E segundo eu estou indo para o Brasil na segunda-feira e vou passar 4 anos lá. Eu sinto muito mesmo e espero que você me entenda e não fique com raiva de mim. – Parei de falar e fiquei ansiosa com a resposta.
- Tudo bem Gina, eu te entendo. – disse ele triste. – Espero que você goste do Brasil e que você seja feliz, mas, por favor, não deixe de me mandar notícias, acima de tudo sou seu amigo. – os olhos dele começaram a encher de lágrimas.
- Obrigada, eu prometo que manterei contato e olha... Espero que você encontre uma garota muito legal e que te mereça, porque você é um amor de pessoa.
- Digo o mesmo a você!- diz ele chorando.
Diante dessa cena eu não tinha o que fazer a não ser abraçá-lo e dar um beijinho na sua bochecha.
- Fica bem Nevil, estou indo jantar, tchau!
Começo a andar quando ele fala com uma voz de choro:
- Eu... er... vou com você.
Eu toda sem jeito e com pena dele digo:
- Então vamos.
Saímos pelo quadro da mulher gorda e andamos todo o caminho calados, na porta do Salão Principal o Neville deu uma paradinha e eu continuei andando, sentei na mesa e logo depois ele entra todo cabisbaixo e senta a 2 espaços distante de mim. Logo depois a Luna chega me dá um beijo e diz:
- Pelo visto já falou com ele, né?
- Já sim, não tinha outro jeito Lu e você sabe, eu não gosto dele e vou para o Brasil agora...
- Eu sei amiga, não se preocupa, e essa viagem veio em boa hora, vai ser bom pro Neville, para ele te esquecer e ficar bem.
- Isso mesmo Luna, é verdade.
- Bom, agora vou lá falar com ele, ta? Consolar um pouquinho.
- Vai lá, te amo amiga.
- Eu também.
Depois que a Luna foi falar com o Neville eu comecei a jantar e percebi que ele estava um pouco melhor. Acabei meu jantar e estava na porta do salão principal quando encontro com meus pais junto com a professora Minerva. Nisso minha mãe diz:
- Oh Gina querida, ia mesmo te procurar, amanhã iremos passar o dia em Hogsmead, acorde cedo para aproveitarmos todo o dia.
- Tudo bem mamãe, vou dormi cedo e amanhã nos encontramos aqui no salão. – Respondi dando um abraço e um beijo na minha mãe e em seguida no meu pai.
- Tchau minha filha, boa noite. – disse meu pai.
- Boa noite a todos.
Fui andando e quando cheguei no quadro da mullher gorda disse a senha:
- Testálios.
Passei pelo quadro e fui direto para meu dormitório, estava cansada. Tomei um banho demorado, coloquei meu pijama e deitei.


- Mansão Malfoy, Rio de Janeiro, Brasil -

- Você vai viajar? Sua mãe me disse que você estava no quarto arrumando as malas. Pensava em sair sem me falar nada??? – falava Thamy furiosa na porta do quarto de Débora. A garota estava terminando de vestir uma blusa de alcinha vermelha, uma calça jeans escura e uma sandália de salto vermelha, e olhou para a porta aberta que a amiga tinha acabado de entrar.
- Quer fechar a porta primeiro, Thamires? – a menina, mesmo contra sua vontade, fechou a porta e se voltou para a outra.
- E então? Ia viajar sem me falar nada??? – e cruzou os braços enquanto via Débora se olhar no espelho. – Pra onde você vai?
- Itália.
- Itália?
- É, Itália, Roma, Vaticano, Coliseu... Ah, você já esteve lá, Thamy. – disse ela por fim se virando para a amiga com um sorriso enorme, que foi correspondido pela mesma.
- Então ela vem? – Thamires se adiantou com os olhos brilhando.
- Aham. – assentiu Débora feliz enquanto experimentava outra roupa, desta vez uma mini-saia jeans e uma blusa rosa de um ombro só . – Só que eu vou até lá busca-la... Mas não acredito que o tio Pablo vai ligar. – era sempre assim quando se referiam à um pai de amigo, ou até mesmo aos professores, a turma deles (Débora, Marcela, Thamires, Jesse e Matt) sempre chamavam os mais velhos de tio ou tia. – Que droga! Não é essa roupa que eu quero... – e entrou apressada no closet.
- Você vai ficar lá até quando? – perguntou Thamy sentando na cama.
- Ah, provavelmente nós vamos voltar amanhã... – foi o que disse a voz que saiu do closet.
- Então eu vou avisar ao Jesse, okay?
- Tudo bem. E aí? – disse Débora saindo do closet com uma blusa preta com um decote em “v”, uma calça jeans escura, uma bota também preta de salto fino Manolo, um sobretudo preto, seus óculos escuros aviador ray-ban e uma bolsa preta grande gucci. – Estou bem para uma viajem à Roma?
- Perfeita! – sorriu Thamy.
Minutos depois enquanto as duas se despediam na entrada da mansão e o carro esperava Débora para leva-la até o ministério, ela fala para Thamires.
- Pelo que eu sei a Marcela vai ficar aqui em casa, então dá um jeito de esperar a gente aqui ou em sua casa, okay?
- Sim, senhora. – falou Thamy imitando um soldado e depois rindo. – Nós vamos estar lá.
- Então tchau. – disse Débora abraçando a amiga.
- Tchau, Debby. E vê se toma cuidado! Nada de paquerar todos os italianos, só um mesmo...

Débora entrava no local do departamento de portais mágicos do ministério brasileiro, e via vários objetos sem valor no chão. Esperou pacientemente pra ser chamada, até que um bruxo com uma papeleta na mão e que estava em um canto da sala fala:
- Chave de Portal vindo de Califórnia daqui 10 segundos.
Califórnia? Pensou ela. Se Matt não tivesse dito que seus pais não deixaram, eu até poderia pensar que era ele...
- Quantas pessoas? – perguntou outro bruxo pegando a papeleta do outro.
- Apenas um. Um garoto.
Eita coincidência... Pensou Débora revirando os olhos. Mas logo escutou um barulho e olhou para onde o garoto tinha acabado de cair.
- Ah, odeio essas viagens... – reclamou ele em inglês se levantando. Débora arregalou os olhos e escancarou a boca teatralmente. Sim, isso mesmo o que você pensou! Mathew West Kurty, lindo, belo e gracioso (e irritado, com provável enjôo) se levantava pegando sua mala e ia na direção da saída quando se vira e dá de cara com Débora, ainda espantada.
- Débora? – disse abrindo um sorriso.
- Mathew???
- Nossa! Desde quando você me chama de Mathew? – perguntou ele em um português perfeito fazendo uma careta.
- É que... Nossa! – exclamou ela indo para abraçar o moreno. – O que o senhor pensa que está fazendo aqui??? – pergunta Débora com as mãos na cintura furiosa.
- E eu pensando que você ia ficar feliz... – diz ele virando os olhos. – Sabe, é que eu consegui fazer meu pai deixar no último momento, então resolvi fazer uma surpresa. – terminou ele com um enorme sorriso.
- Podia ter falado antes, né? Aí eu não teria ficado tão triste por tanto tempo!
- Ah, desculpa!
- Senhorita Débora Malfoy! – chamou o homem que estava com a papeleta na mão.
- Aonde você vai? – perguntou Matt enrugando a testa.
- Buscar a Marcela.
- Mas ela também vai vim? – o garoto estava com um brilho nos olhos.
- Sim, o seu sogro deixou só hoje também! – falou ela com um sorriso maroto no canto da boca. Matt fechou a cara e resmungou:
- Não tem graça.
- Ah... Tem muita graça sim! Então tchau, já vou indo!
- Ah... Então vou com você!
- Vai? Aonde?
- Senhorita Malfoy, por favor, compareça à chave de portal destinada á senhora? – falou novamente o bruxo do ministério, mas Débora apenas abanou as mãos, e Matt a empurrou para onde o homem estava.
- Não está ouvindo, Debby? O senhor não pode esperar! – falou ele sorrindo para o bruxo com a papeleta e depois perguntando educadamente: - Será que pode ir mais uma pessoa na chave de portal?
- Ah, normalmente eu diria que não, mas pra uma menina tão bonita e alguém tão bem educado como o senhor eu abro uma exceção. – disse ele com um sorriso gentil. Débora olhou com os olhos semi-cerrados para Matt e ele deu um sorrisinho zombeteiro para a amiga.
- Obrigado, o senhor é muito gentil.
- De nada, meu jovem. Agora se preparem e segurem suas bagagens. Vocês têm exatamente 15 segundos.
Eles seguraram suas malas e fixaram os olhares na calota de um pneu que era a chave de portal. O bruxo voltou a falar:
- Bom, vocês vão aparecer no ministério italiano, então falem que provavelmente houve um erro na ficha que não vai ter problemas.
- Obrigada. – respondeu Débora.
- Se preparem: 3, 2, 1... Agora!
Eles encostaram na calota e tiveram a conhecida sensação no estômago.


- Mansão Zanateli, Roma, Itália -

Era verão na Itália, e Marcela, por mais que estivesse frio, era calorenta.
Então, como sua mãe estava tendo seu sono de beleza diário, sua irmã brincava na casa de uma colega e o pai estava em uma reunião de escritório, ela estava na cozinha da mansão com a porta da geladeira aberta pegando um pote enorme de sorvete, apenas com uma blusinha de alcinha azul, uma calcinha azul com florzinhas brancas e uma meia branca.
Saiu da cozinha com o pote e uma colher na mão e encontra Loretta, sua velha empregada descendo as escadas.
- Andando pela casa assim de novo, menina? – ralhou a mulher de cabelos grisalhos em italiano.
- Ah, tia Lô, ninguém a não ser você, a Ju e o Alfredo estão em casa. E já se cansaram de me ver assim. – respondeu ela sentando no sofá. – E além do mais ta fazendo muito calor.
A campainha da mansão toca e Loretta, que estava em direção à cozinha dá meia volta e fala que vai atender.
- Não, pode deixar que eu atendo! – disse ela colocando o sorvete na mesa do centro e se levantando.
- Mas assim? Pelada? – exclamou a empregada.
- Eu não estou pelada, Lô. E além do mais, é a Débora, minha amiga.
Loretta soltou um suspiro e voltou rindo para a cozinha. A campainha toca outra vez e Marcela grita em italiano ainda:
- Já to indo! – e na hora que abriu a porta fala animada: - Debby!!! – mas quando viu que Matt estava com Débora e o menino havia ficado vermelho após olhar ela de cima a baixo com aquelas roupas ela dá um grito enorme. – AAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – e bate a porta na cara deles, subindo as escadas correndo pra se trocar.
Débora estava até dobrada e chorando de tanto rir da cara de Matt, enquanto esperava Marcela descer as escadas. Loretta havia aberto a porta e pedido desculpas, e eles agora esperavam a menina na sala.
- Quer fazer o favor de parar de rir? – perguntou Matt irritado. Ele se sentou no sofá e pegou o pote de sorvete começando a comer todo o resto.
- Ta bom, eu paro. Mas só se você me der sorvete. – falou ela com um sorriso enorme e fazendo cara de propaganda (daquelas que mostra todos os dentes e fica piscando) para o menino.
- NUNCA! Se quiser vai ter que batalhar! – disse ele se levantando e dando uma gargalhada maníaca e depois apontando a colher para Débora.
- Em guarda! – gritou Débora pegando um enfeite japonês que estava em cima da mesa e apontando para Matt.
- Gente, vocês podem esperar eu pegar um lencinho? – disse Marcela enquanto descia as escadas e se juntava aos dois na sala, agora com uma calça jeans e um tênis All-star azul claro no pé. – Sabe, tipo aquelas donzelas que jogam o lencinho e quando ele tocasse o chão os cavaleiros começassem a lutar? – e sorriu abrindo os braços para Débora.
- Máááh! – disse Débora soltando o enfeite no chão, que se espatifou, e correndo para abraçar a amiga. – Que saudadeeeeees!
- Também tava morrendo de saudades!
- E de mim? Ninguém sente saudade? – perguntou Matt deixando o pote de sorvete na mesinha. Marcela soltou Débora e foi abraçar o garoto, ainda com o rosto meio vermelho. Matt a abraçou, levantando ela do chão, e depois disse:
- Nem pense em botar suas mãos cheia de dedos nesse sorvete, dona Débora! Você ainda não me venceu em uma batalha!
Débora, que estava com a mão no pote de sorvete se voltou para Matt depois olhou para Marcela fazendo biquinho, e falando:
- Você vai deixar ele fazer isso com sua amiga, Marcela? Você sabe que eu te considero como uma irmã que nunca tive, não sabe?
- E eu Marcela? – falou Matt a abraçando pelos ombros e fazendo carinho em seus cabelos. – Eu sei que sou seu preferido... E você vai deixar essa megera ali ficar com toooodo o sorvete?
- Vocês querem parar??? – disse Marcela com uma falsa irritação. – Já sei o que podemos fazer; Vamos até a Praça aqui perto, na sorveteria e ainda por cima a gente bota o papo em dia. O que vocês acham?
- A megera vai junto? – perguntou Matt apontando pra Débora.
- Megera teu... – e fez um gesto obsceno com a mão, no que Marcela e Matt riram.
- Você sabe que eu te amo, Debby. – falou o garoto já indo para a porta.
Eles andavam calmamente na rua de Roma e conversavam animadamente.
- Como é que você veio parar aqui, Matt? – perguntou Marcela risonha.
- Eu te falei que meu pai deixou que eu fosse fazer Quadribol profissionalizante no Brasil? – Marcela negou com a cabeça. – Então, daí eu peguei uma chave de portal até o Brasil, e quem eu vejo na sala dos portais???
- Euzinhaaaaa! – disse Débora levantando o braço. – E esse traste veio comigo!
Eles se sentaram na mesa da sorveteria ainda conversando animadamente, enquanto casais passavam pelo lado de fora da parede de vidro do estabelecimento, e todo o encanto de Roma se fazia presente em uma tarde quente.
- Eu tinha me esquecido o quanto esse lugar é bonito... – exclamou Débora após dar outra colherada no sorvete.
- Sinceramente, esse é um dos lugares que me trazem mais lembranças boas. – Matt disse com um ar sonhador. Marcela abriu um sorriso e olhando para a amiga disse:
- Hey, você se lembra de quando você veio pra cá e nós tínhamos 15 anos, por aí?
Débora sorriu se lembrando da temporada que havia passado ali.
- Lógico que eu lembro. “libertá” - gritou ela com o punho levantado.
- Liberdade - gritou também Marcela fazendo a mesma coisa que a amiga.
Mathew olhava de uma pra outra confuso:
- Do que vocês estão falando?

.::.FlashBack.::.


Marcela a Débora passeavam rindo nas ruas de Roma com várias sacolas na mão e vestidas já com as roupas novas, Débora com uma calça jeans apertadinha, tipo cigarreti e um vestido vermelho por cima, um scarpin também vermelho, uma bolsa preta, uma argola e umas pulseiras prata e Marcela com uma saia jeans, uma camiseta laranja com as costas nua e um decote em “v”, uma sandália de salto também laranja, um colar com a letra M e uma argola.
- Ah... Ainda bem que você entrou na minha vida, amiga! – sorriu Marcela.
- Por que você diz isso, Má? Você sabe que eu te amo e que te conhecer também fez muito bem pra mim...
- Ah, eu sei, mas... – e hesitou, mas logo continuou. – Antes de você aparecer parece que todas as amizades que eu tinha eram à base do interesse... – e Débora jurava ter visto os olhos verdes da menina ficarem negros por uns instantes. – Você sabe como meu pai é. – e riu pelo nariz. – Ele e minha mãe me faziam ir a eventos de pessoas tão fúteis... Que... AH, como eu odiava isso! Parecia que em vez de me verem eles viam um cifrão! Débora riu e abraçou a amiga pelos ombros com o braço desocupado.
- Não fica assim, não pensa no passado, o que importa é que eu estou aqui com você, agora e sempre! – Débora disse dando um sorriso.
-Eu sei amiga, mais quem garante que vou ter você pra sempre comigo? Quem garante que nossa amizade vai ser para a vida toda?
- Eu garanto! – nesse momento Débora olha para uma loja de tatuagens e tem uma idéia muito doida e imediata. – Que tal a gente gravar isso pra sempre? Como prova de lealdade e de que a gente nunca se separará? - ela disse abrindo um enorme sorriso.
- Como assim? O que você ta pensando em fazer? – Ela olha para Débora que aponta a loja. – Você ta falando sério?
- To sim! Que tal fazermos uma tatuagem juntas? Vamos...
- Ai meu Merlim, eu sei que meu pai pode me matar depois, mas... VAMOS! – Débora quando escuta a resposta sai puxando Marcela loja adentro.
- Pra você a nossa amizade se resume em que? – perguntou Débora para Marcela enquanto examinavam alguns desenhos nas paredes da loja.
- Liberdade! – disse ela com um sorriso enorme no rosto.
- Liberdade? – perguntou Débora franzindo a sobrancelha.
- É... Liberdade de escolher, liberdade de gostar, liberdade de escolher sua amizade, liberdade de AMAR... Liberdade de viver! Ou seja...
- LIBERDADE! – gritou Débora com a mão no alto.
- O quê? – perguntou o rapaz confuso quando saía de trás de uma porta de pano preta. Ele tinha uma tatuagem de um dragão no braço esquerdo e uma outra japonesa no antebraço direito, tinha cabelo preto, que caía liso sobre seus olhos, um físico perfeito, e olhos profundos; também tinha um piercing do lado da boca. Marcela ficou vermelha na hora que viu ele e arregalou os olhos. Débora nem percebeu e logo falou:
- Queremos fazer uma tatuagem! – a morena percebeu o olhar dos dois e perguntou confusa: - Tem alguma coisa que eu não sei???
- É que... Bom, nós já nos conhecemos. – começou Marcela rindo para o rapaz.
- Nos conhecemos muito bem. – o menino se adiantou dando um beijo na italiana e perguntou. – Tudo bem, Máh?
- Tudo... Então, Debby, esse é o Bruno.
- Prazer. – falou ele dando outro beijo em Débora, no que a menina pareceu se ligar.
- Ahhh... Acho que já ouvi falar de você... Prazer! – disse ela sorrindo.
- Ouviu falar de mim?
- Clarooo... Verão passado, festa da amiga de vocês, certo? – ele franziu o cenho como que perguntando como ela sabia disso e Débora se adiantou: - Somos melhores amigas, a Marcela me conta tudo da vida dela.
Bruno ficou meio vermelho na hora, e Marcela riu gostosamente.
- Fica tranqüilo que tem detalhes que eu não conto... Fica só entre a gente! – e piscou para o moreno, que riu tímido.
- Então, vai dar pra fazer a tatuagem?
- Vocês sabem o que querem fazer?
- Mais ou menos... – dizia Marcela indecisa olhando novamente para as fotos nas paredes. Bruno entortara a cabeça e reparava no decote atrás de sua blusa. – Que tal se eu fizesse Liberdade em português, Debby? – perguntou Marcela para a amiga que olhava para a outra parede cheia de fotos.
- Ótima idéia! E eu escrevo em italiano.
- Perfeito! – exclamara Marcela se virando e deixando Bruno meio atrapalhado.
- Bom... É... – falava o garoto passando as mãos no cabelo. – Onde que vocês vão tatuar?
- Ah, eu sempre quis fazer uma tatuagem no cox. – disse Débora ao lado da amiga.
- Eu também acho lindas as tatuagens ai.
- Então, vamos... – disse Bruno pegando dentro de um armarinho dois pacotes de luvas.
- Você que faz as tatuagens? – perguntou Marcela curiosa.
- Aham... Eu e mais um amigo. – e entrou de novo por entre a porta de panos pretos. Marcela e Débora foram atrás dele e o viram tacando o par de luvas para o amigo e dizendo: - Temos trabalho.
O único pensamento de Débora foi um “Que amigo!”.
- Meninas, esse é o Brad.
- Prazer! – disse o rapaz sorrindo e colocando as luvas. Ele era loiro e como o amigo deixava o cabelo liso cair sobre seus olhos, tinha um piercing na sobrancelha e uma tatuagem tribal que aparecia por entre seu pescoço e se perdia por debaixo da blusa, e quando ele falou Débora percebeu que ele tinha um outro piercing na língua - E aí? O que vai ser?
- Em mim vai ser a palavra Liberdade em italiano mesmo. – disse Débora colocando as sacolas no chão.
- E a minha vai ser Liberdade em português. – Marcela fez a mesma coisa que a amiga e se sentando em uma das poltronas pretas que estavam no meio da sala. Bruno se sentou na cadeira que estava ao lado de sua poltrona, falando:
- Pode deixar que eu faço a sua. – e deu um sorriso encantador para a menina. Marcela sorriu e se deitou de bruços, abaixando um pouco a saia e subindo a blusa para que ele pudesse começar a esterilizar o local onde a tatuagem ia ser feita.
Débora deita igual à amiga na poltrona ao lado da mesma e Brad fala:
- Espera um minuto linda, que eu vou pegar o material, ta bom?
Ela arregala o olho e dá um sorriso, claro adorou ser chamada de linda. E responde:
- Viu lindo, eu espero, pode deixar que eu não fujo daqui não!
Quando o Brad se distancia Débora chama Marcela e fala:
- Máhh, mandou bem na escolha do gato hein?!?! Huahuahuahauha
Marcela responde:
- Claro amiga, você acha que eu durmo no ponto? Aprendi com você só querer os melhores!
- Isso aí! Sim, nem vou comentar o gato loiro, putz estou aqui quase sem respirar, preciso desse galego!
- Uhhhh... Sabia que você ia me falar nisso, te conheço garota! – diz piscando o olho para Debby.

- Caraa... Onde você arranjou aquela garota? – perguntou Brad para o amigo enquanto mexia nas agulhas.
- A Marcela eu checo faz algum tempo. Lembra daquela garota que eu disse que fiquei na festa da Paula, e que eu nunca mais a vi? – Brad gargalhou da cara de alucinado de Bruno e falou:
- Lógico que eu lembro!
- Então... A Débora é amiga dela...
- Hum... – disse o loiro mexendo nos instrumentos calado e pensando Humm... Ela é das minhas, não tem frescura e é direta, sem ser vulgar... Quero essa mina pra mim...
De repente o Brad olha pro Bruno e o Bruno olha pro Brad e Bruno fala:
- Você ta pensando no que eu estou pensando?
- Claro que to, vamos chama-las pra festa de hoje a noite!

- Porque será que eles estão demorando tanto? - pergunta Débora impaciente.
- Já estamos aqui! - falou Brad chegando e sentando na poltrona ao lado de Débora. - É que nós estávamos nos perguntando o que vocês vão fazer hoje a noite.
Débora e Marcela olham uma pra outra e Marcela responde:
- Bom, nós ainda não sabemos o que vamos fazer, mas talvez vamos ficar em casa assistindo alguns filmes... - ela sabia muito bem que as duas tinham combinado de irem à uma boate nova que abriu no centro de Roma, mas decidiu ocultar o fato pensando no que viria a seguir.
- É que nós estávamos pensando... Bem... - começou Bruno. - É que nós temos uma festa na casa de um amigo nosso hoje a noite, e se vocês não queriam ir com a gente...
- Ah... Acho que não tem nenhum problema não... - começou Débora. - Mas será que seu amigo não vai ligar?
- Liga nada... - disse Brad já com as luvas e terminando de arrumar as coisas. - Mas e aí, como vai ser a tatuagem mesmo?
- A minha vai ser a palavra liberdade.
- E a minha vai ser Liberdade em português. - sorriu Marcela. - Se quiser eu escrevo no papel pra você saber...
- É melhor mesmo... - disse Bruno dando uma caneta e um papel para a menina. - Mas e quanto a festa? A gente pode passar na sua casa pra pegar vocês?
- Claro... - disse Marcela entregando o papel para Bruno e sorrindo. Voltou a se deitar como Débora esperando que Bruno começasse a fazer a tatuagem e pensar que essa noite prometia...


.::.Fim do FlashBack.::.


Débora, Marcela e Matt terminaram os sorvetes e andavam pelas ruas de Roma conversando, até que Marcela pára e segura Débora, no que Matt também estaca no mesmo lugar.
- O que foi? – perguntou Débora para a amiga.
- Lembra? – perguntou ela sorrindo e apontando para uma loja onde se lia Tatoo’s.
- Do que vocês estão falando? – perguntou Matt com as sobrancelhas erguidas.
- Então, Matt... Lembra da loja de Tatoo dos nossos amigos que nós estávamos te falando? - perguntou Marcela enrolando uma mecha do seu cabelo com a mão.
- Lembro. - respondeu Matt mal-humorado e fechando a cara.
- Então... É essa daí. - Marcela disse apontando para a loja com a fachada roxa, e dando seu melhor sorriso amarelo.
- E eu vou entrar agora porque não vou perder de ver o gatinho do Brad, prometi a ele que sempre que viesse a Itália passaria aqui. – disse Débora com um sorriso e indo em direção a porta.
Marcela sorriu e foi atrás da amiga, e Matt foi atrás das duas carrancudo e bufando.
- Vocês desejam alguma coisa? - disse Bruno saindo de uma porta com uma máscara e a tirando.
- Bruuno! Quanto tempo! - falou Marcela para o garoto.
- Marcela? - disse ele finalmente a reconhecendo. Ele sorriu e foi abraçá-la. - Nossa... Nunca mais te vi!
- É... Faz tempo mesmo! - ela falou depois de dar um beijo estalado na bochecha dele.
- Débora... Faz tempo também, hein?
- Opaaa! E como! - ela falou enquanto era abraçada por Bruno. - E o Brad, ta ai?
- Aham! Ele ta lá dentro dando uma geral nos instrumentos. Se quiser pode entrar.
- Então ta, já volto. - e entrou pelo lugar que Bruno tinha saído à pouco momento.
- Ah, esse daqui é o Matt... - disse Marcela apresentando Matt para Bruno. - E esse é o Bruno, Matt.
- Prazer. - disse Bruno apertando a mão de Matt, que apenas fez um gesto com a cabeça e retribuiu o aperto de mão. - E aí? Quer fazer uma tatuagem?
- Não, obrigado, eu já tenho... - respondeu Matt formalmente se virando e olhando para as fotos na parede.
- É, nós só viemos fazer uma visitinha mesmo. - disse a menina sorrindo.
Débora apareceu rindo junto com Brad, que terminava de tirar as luvas.
- Brad! - disse Marcela abraçando o menino. - Putz, nunca mais te vi.
- Ah, Marcela, foi você que sumiu do mapa! - disse ele enquanto estava abraçado com ela.
- Ah Brad, esse é Matt, nosso amigo. E Matt, esse é o Brad. - apresentou Débora.
- Prazer! - cumprimentou Matt, e Brad retribuiu com um sorriso.
- Cara, como é que você consegue agüentar essas duas? - perguntou Brad abraçando Débora por trás no que a menina sorriu. - E o pior é que eu tava com saudades... MUITAS saudades... Quase vou no Brasil atrás dela
- Ah, eu também morri de saudades! - Bruno deu seu melhor sorriso e correu abraçando Marcela.
- Ah, mas você viu a Marcela várias vezes depois. Desde a festa que a gente não se vê... - disse Brad dando um beijo na bochecha de Débora, sendo que ainda estavam abraçados.
- Vocês se viram quando? - perguntou Débora com as sobrancelhas franzidas.
- Ah... Faz tempo... - disse Marcela envergonha olhando Matt pelo canto do olho. Ele parecia estar tendo um acesso, seu rosto estava mais vermelho que tudo. - Eu decidi fazer uma outra tatuagem também, e foi ele que fez em mim.
- Qual tatuagem? Porque eu me lembro que você já tinha as de estrelinhas na nuca... Foi a de cereja atrás da sua orelha? - perguntou Débora curiosa. Bruno e Marcela olharam um pra cara do outro, ambos vermelhos, até que Marcela respondeu:
- Bom... Foi a de uma fadinha... - disse ela olhando para o chão. Débora ameaçou um acesso de riso, mas segurou quase com lágrimas nos olhos de tanta força que fazia pra não rir...
- A que ninguém até hoje viu? - perguntou Matt com os olhos cerrados, provavelmente controlando um acesso de raiva. - A que você fala que está em um local "proibido para menores”?
- Hum... Essa mesma. - disse ela com um sorriso sem graça. Bruno parecia um tomate de tanta vergonha. Débora parecia ver o perigo que aquilo tinha se tornado e tratou logo de mudar de assunto.
- Ah Brad, agora eu também quero fazer outra...
- Só se for agora! Em que você está pensando? - perguntou Brad
- Ah... Eu tava pensando em dois coraçõezinhos... - e chega mais perto do ouvido dele e sussurra: - Um pouco embaixo do ventre... Sabe, meio que na virilha só que mais encima...
Brad soltou um enorme sorriso e concordou com a cabeça.
- Então você já pode vir... Só preciso me preparar. - disse ele soltando Débora e entrando na salinha. Débora foi logo atrás, e Marcela, Bruno e Matt ficaram na sala, conversando.
- E aí, quando vai ter uma outra festa daquelas? - perguntou Débora se sentando na cadeira onde se fazia as tatuagens. - Por que a última... Ui ui uiii...

.::.Flaskback.::.


Marcela e Débora estavam se arrumando no quarto da primeira, enquanto esperavam que os garotos chegassem. Marcela usava uma blusa preta com alcinha prata e um decotão nas costas, calça jeans preta e sandália de salto prata, com um brinco prata de argola e pulseiras de pedrinhas incolores, junto acompanhava uma bolsa prata da Prada. E Débora vestia um espartilho preto, saia jeans desfiada na barra, bota preta de salto agulha, um colar de pedras pretas, brincos também de pedrinhas da mesma cor e um anel com uma pedra grande preta, juntamente com uma bolsa preta com bolsos Gucci.
- Menina Marcela!? - chamou Loretta abrindo a porta. - Tem visita pra vocês.
- Já devem ser eles. Ai caramba...! Eu ainda não terminei de passar a maquiagem! - exclamou Marcela correndo pelo quarto com o estojo de maquiagem na mão, e com o cabelo preso por uma piranha num coque. Débora estava sentada em cima da cama da amiga e ria da situação.
- Loretta, pede pra eles subirem, porque pelo visto vamos demorar um pouquinho mais do que o esperado. - disse Débora sorridente para a empregada, que saia do quarto.
- Ahhhhh! Eles estão subindo??? - perguntou Marcela correndo pro banheiro. - Meeeeeeeu pai! Eu preciso correr! - Débora ouviu a amiga gritar de dentro do banheiro, e não pode deixar de rir. Marcela sempre dava seus ataques quando estava ansiosa.
Demorou um pouco e logo Loretta aparecia na porta trazendo os dois rapazes com ela. Bruno vestia uma calça jeans preta, camisa social preta meio agarrada com uma gravata folgada e um all-star escuro no pé. Brad usava uma camisa social listrada preto e branca, um paletó preto, uma calça jeans e um tênis Adidas preto.
- Com licença. - disse Loretta.
- Valeu, tia Lô. - agradeceu Débora para a empregada, que sorriu antes de fechar a porta e sair. - Podem ficar à vontade, Marcela já ta terminando, só falta a maquiagem.
- Tudo bem, não estamos com pressa. - disse Bruno se sentando no sofázinho
- Nossa... Quando vocês deram o endereço pra gente eu nem imaginava que seria essa casa... - falou Brad se sentando ao lado de Bruno.
- Até porque ta mais pra mansão do que casa! - disse Bruno com um sorriso.
- A casa da Débora e de uma amiga nossa também não são muito pequenas... - disse Marcela enquanto saia do banheiro já pronta. - Desculpa a demora.
Bruno se levantou e sem nenhum aviso deu um beijo na mão da garota, no que ela ficou escarlate.
- Valeu a pena esperar... E bela casa!
- Ahhh... Obrigada! - disse ela sem jeito. - Eh... Vamos?
- Claro. - disse Bruno. Os quatro desceram as escadas e saíram da mansão ainda rindo. Enquanto eles atravessavam o jardim, Marcela e Bruno iam mais a frente, enquanto Brad e Débora ficavam pra trás, até que o loiro resolve falar:
- Você está linda... - sussurra ele perto do ouvido da morena.
Ela sorriu de volta e arregalou os olhos para o carro à sua frente.
Marcela montava no banco da frente de uma BMW preta conversível. Bruno pulava no banco do motorista rindo junto com Marcela.
- E ai? Gostou do nosso brinquedinho?
- Ele é lindo... Sabe, eu sou apaixonada por carros assim, e esse modelo eu já estava vendo pra comprar um, mas eu não sabia que pessoalmente ele era tão bonito assim...
- É... Mas você não sabe o sacrifício que foi pra mim e o Bruno comprar essa belezinha... Vem, vamos!
Os dois entraram nos bancos de trás do carro, e Marcela começa a mexer no porta-luvas do carro e tira um ray-ban de dentro, no que Bruno começa a falar pra menina que os óculos eram dele, ela sorri e pergunta:
- Vai querer esse carro pra sua coleção também, Debby? - pergunta Marcela enquanto colocava os óculos e mostrava a língua para Bruno, que ria mais ainda da situação.
- Acho que sim. Achei ele o máximo e um carrinho a mais não faz mal, né!?! - respondeu a garota sentada ao lado de Brad.
- Vamos logo com isso! - disse Bruno ligando o carro.


- Nós vamos dançar um pouco. - disse Marcela logo que chegaram à festa, então ela e Bruno se perderam no meio da sala, onde estava a maioria dos casais dançando.
O lado de fora da casa onde eles estavam havia uma piscina, onde também tinha várias pessoas, e por toda a extensão da casa havia pessoas passando rindo, bebendo e se agarrando.
- Vamos pegar alguma coisa pra gente beber? - disse Brad olhando-a nos olhos.
- Ah, claro...
Os dois foram até a cozinha, e no meio do caminho Brad cumprimentava várias pessoas, uma delas o dono da festa.
Débora e Brad após beberem um pouco e conversarem foram dançar.
- Que tal a gente sair daqui... Ir pra um lugar mais reservado? - sussurra Brad no ouvido da morena, no que ela arrepiou inteira.
- Primeiro vamos avisar a Marcela e ao Bruno né? Porque se o carro sumir o Bruno tem um treco... - ri Débora, no que é acompanhada por Brad.
- Certo. - diz ele puxando Débora e começando a procurar os outros dois no meio da festa. Procuraram na pista de dança, perto da piscina, na cozinha, mas nada deles encontrarem Marcela e Bruno.
- Aff. Onde será que eles se meteram? - perguntou Débora já ficando com raiva enquanto ela e Brad subiam as escadas da casa. - Eu só vou ao banheiro, okay? Depois a gente vai embora sem falar com ele mesmo, e depois se eles ficarem bravos vão se ver comigo!
- É verdade! Ninguém mandou eles sumirem assim... - suspirou Brad cansado e ainda por cima ansioso.
-Débora foi à direção ao banheiro, mas antes que ela abrisse a porta Brad a puxou e deu um selinho na menina.
- Vai logo, pra gente ter mais tempo depois...
- Pode deixar! - sorri ela se virando pra porta do banheiro.
Ela tentou abrir a porta, mas ela parecia estar trancada.
- Será que tem alguém ali dentro? - perguntou Brad.
- Sei lá... Vamos ver. Alôoo... Tem alguém ai? - perguntou ela batendo na porta. Ninguém respondeu.
- Deve ser algum engraçadinho que decidiu trancar a porta e levar a chave embora, ou a porta está emperrada...
Débora pensou logo no feitiço 'Alohomora', mas o único problema era Brad, que não sabia ainda que ela era bruxa. Ela estava na Itália, então não seria acusada de usar magia fora da escola. Olhou para os lados e percebeu que Brad olhava para um outro canto do corredor. "É agora", pensou ela. Apontou a mão sem varinha mesmo para a maçaneta da porta, se concentrou o máximo que pôde e pensou: "Alohomora".
A porta fez um "click" e Débora falou:
- Olha, consegui! - e começou a abrir a porta, mas parou quase no mesmo instante.
Débora dá uma olhadinha de lado, olha pra Brad e tenta se segurar, tentativa em vão. Adivinha o que estava, ou melhor, quem estava no banheiro? Sim... Marcela estava no colo de Bruno com a blusa levantada e o sutiã a mostra, Bruno sem camisa e se beijavam ferozmente. Vendo a cena não resistiu, deu um sorrisinho e fez uma cara de malvada e desatou a rir, deu uma risada MUITO alta e Brad a acompanhou.
Os acontecimentos a seguir foram repentinos, Brad também começou a rir, e Marcela e Bruno pararam no mesmo instante de se beijarem, Marcela leva um susto e cai pro lado e quando vê quem os pegou no flagra fica mais vermelha do que um tomate, já Bruno, fica meio sem jeito mais e dá um sorrisinho sem graça.
- O que vocês vieram fazer aqui? – perguntou Bruno já de pé enquanto ajudava uma Marcela vermelha a se levantar. Débora ainda ria de se acabar quando via a amiga tentando arrumar sua blusa.
- Nós viemos falar que estamos saindo com o carro, e que era pra você não se assustar. Mas já estávamos desistindo.
- Poxa, Brad. – começou Bruno nervoso enquanto colocava a camiseta. – Não era mais fácil ligar no meu celular? Você sabia que trouxe ele...
- Mas eu duvido que vocês dois ouviriam. – disse Débora caindo na risada logo depois.
-Ei, o que está tendo aqui? Reunião? – falou Matheus risonho na porta do banheiro. Ele era o dono da casa, conseqüentemente da festa.
Débora olhou de Matheus para Marcela toda descabelada e vermelha, de Marcela para Bruno que mexia na gravata também vermelho, e de Bruno para Brad, que tinha um sorriso enorme nos lábios e olhava maroto para o amigo. Então começou a gargalhar novamente.
- Não liga não, Matheus... – começou Brad enquanto Débora escondia o rosto no ombro do loiro. – por falar nisso nós já estamos indo. Valeu pela festa.
- Ah, voltem sempre. – disse Matheus fazendo uma reverencia, no que Brad riu, e logo o dono da festa saiu do banheiro.
- Te cato na hora da saída, mermão! – falou Marcela fazendo gestos com as mãos para Débora.
Todos no banheiro riram, então Bruno a puxou para um beijo e disse:
- Que lutadora, fiquei até com medo!
- Fica tranqüilo que em você eu não bato não... – e deu um risinho. – A não ser que você peça...
- Hey, hey, hey! Nós não somos obrigados a ouvir isso não! – falou Brad fazendo careta.
- É verdade! Parem com isso! – disse Débora acompanhando Brad na careta.
- Ah, já que vocês viram a gente naquela situação não tem problema se continuarmos com o que estávamos fazendo, não é? – Marcela falava isso com a boca encostada na de Bruno, que a abraçava com as mãos nas costas e sorria entre os lábios da menina.
- É mesmo... Ninguém mandou vocês atrapalharem...
- Argh! Vamos sair logo daqui, Brad! Pelo amor de Merlin, hein Marcela! Nunca mais brinco com você!!! – e mostrou a língua para a amiga, que riu mais ainda.
- Pelo amor do que...? – Brad disse confuso.
- Ah, nada não... Esquece. Vamos logo.
- Tchau, Debby. E me liga quando você for embora, porque eu to com a chave.
- Okay, eu ligo.
Débora e Brad saíram e foram em direção às escadas. Bruno suspirou e disse:
- O Brad vai me zoar até não querer mais com isso...
- Então já que ele vai te zoar mesmo... Que tal aproveitarmos um pouco mais...? – falou a menina mordendo o lábio inferior e passando a mão no peito do moreno.
- É... Me parece uma boa idéia...
Ele riu, no que Marcela fechou a porta do banheiro novamente e foi em sua direção.


.::.Fim do FlashBack.::.


- Ficou perfeito! – exclamava Débora olhando a tatuagem no espelho.
- Sabe, eu estava pensando... – começou Brad a falar enquanto tirava as luvas.
- Você pensa? – brincou a garota.
- Haha! Muito engraçado! – ele disse enquanto Débora mostrava a língua pra ele. – Mas... voltando ao assunto, você não gostaria de sair hoje a noite? Sabe... Pra relembrar os velhos tempos...
- Ah, acho que não vai ter problema... – e piscou para o menino. – Eu vou estar na casa da Marcela, me pega lá.
- Okay, esteja pronta às oito.
- Oito?
- É pra aproveitar melhor a noite toda.

Marcela conversava animadamente com Bruno e Matt sentada nos sofás da loja, mas quase sempre os dois morenos de alfinetavam-se com as palavras.
A garota virou os olhos pela sétima vez naquele conversa, até que ouviu as risadas de Débora e Brad vindo do corredor.
- Até que enfim! – bradou ela com as mãos pro alto.
- Ui, estressadinha! Vamos, então! – falou Débora tirando sarro da amiga.

- Onde você pensa que vai, dona Débora? – pergunta Marcela saindo do banheiro com uma toalha a enrolando e enxugando o cabelo. Débora estava toda arrumada já, só terminando de passar a maquiagem na frente do espelho. Ela vestia uma saia jeans que batia no meio da coxa, uma blusa laranja de alcinha e com decote em “V”, uma sandália salto agulha e bolsa Armani ambas laranja, um colar em forma de coração de brilhantes e suas inseparáveis argolas Tiffani’s.
- Eu vou sair com o Brad.
- VAI SAIR O QUÊ? – falou Marcela tacando a toalha longe e ficando só de sutiã preto e calcinha, e fazendo com que o telefone roxo em cima da escrivaninha dela se espatifasse no chão e fizesse um barulho enorme.
- MARCELA!
- Ai, desculpa... Mas você NÃO ME FALOU!
- E porque eu iria falar? Aí você não ia querer ficar aqui sozinha com o Matt, e as chances de vocês se acertarem de vez vão ser mínimas!
- O quê...? Ahhhh... SUA FALSANTE! – e saiu correndo atrás da amiga tacando as almofadas que via pela frente, até a porta abrir e revelar um moreno.
- Aconteceu alguma coisa aqui? Eu ouvi o barulho de alguma coisa se... – e parou com os olhos arregalados.
- AAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – gritou Marcela. – SAI DAQUI! SAI! SAI, SAI! – dizia enquanto tacava almofada nele, e Débora ria caindo em cima do sofá.
- Desculpa, eu fiquei preocupado e...
- E NADA! SAI, SAAAAAAAAAAAAAAI!
- Ta! Não estressa! Tchau! – disse saindo por fim e fechando a por atrás de si.
- Ta vendo o que você fez, Débora?
- Eu? – disse ela com a expressão de um anjo. – Eu não fiz nada... Quem quebrou o telefone foi você!
- Arrrrrrrghhhhhh! – gritou Marcela voltando a tacar almofadas na amiga.
- Ai! Eu... Acho que vou esperar o Brad lá embaixo! Tchau! – e pegando a bolsa mandou um beijinho pra amiga. – E vê se você se acalma, okay? – e recebeu outra almofadada, saindo correndo do quarto.

- Aff! – suspirou Matt entrando no quarto que estava ocupando. – Acho que vou ter que tomar outro banho... E dessa vez frio... Muito frio...

Débora olhava Brad dançando bem na sua frente, e pensava em como podia gostar dele desse jeito. Com um impulso pegou as suas mãos e colocou-as uma de cada lado da face do garoto e apertou-as, trazendo-o pra si e dando um beijo nele.
Brad riu e falou:
- QUER DANHMAR KUNEGH!?
- Falou o quê? O quê tu disse?
Ele apenas fez um gesto para que ela esperasse um pouco, a deixando na pista da boate sozinha.
Ela suspirou e foi até o balcão.
Onde será que ele se meteu?
A música parou, e ela ouviu várias vaias.
- Débora! Aqui, meu amor! – ela conhecia essa voz, mas não queria acreditar. Se virou e viu Brad do lado do DJ segurando o microfone.
Meu Merlin! O QUÊ ele está fazendo lá? Ficou louco?
- Eu acho que você não escutou, então vou repetir a minha pergunta: - pigarreou. – Quer namorar comigo?
- Uhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! – falaram as pessoas na boate inteira.
Vermelha de vergonha, feliz, vermelha de vergonha e feliz. Era tudo o que a garota sentia naquele momento ao ver o seu loirinho sorrindo pra ela com o microfone na mão.
Como não sorrir?
Como não fazer um gesto afirmativo com a cabeça, mesmo que esteja vermelha de tanta vergonha?
Débora corre até Brad e tasca um beijo nele.

Matt saiu do quarto algum tempo depois, vestindo apenas a calça do moletom preto, e foi até onde tinham combinado de assistir filme no segundo andar, e quando estava na porta da sala de TV ouviu barulho vindo da escada.
- Cecelaaaa! Ahh... Pára... Eu VOU CAIR! – gritava uma menininha loira e de olhos azuis em cima de Marcela, enquanto as duas desciam as escadas. A menininha vestia uma pijaminha rosa com coraçõezinhos vermelhos enquanto Marcela estava com uma calça de moletom amarela clara e uma regata branca.
- Ninguém mandou você pedir pra andar de cavalinho! – falou a morena enquanto deixava a irmãzinha no chão.
A menininha olhou pela primeira vez em Matt e gritou:
- MATT!
- Oi Elle, quanto tempo! Você cresceu, hein? – disse enquanto pegava a menininha do chão e abraçava.
- É eu já sou mocinha! Eu já tenho tudo isso. – e mostrou quatro dedinhos da mão direita. – Quase uma mão inteira!
- Noooossa! Percebi, daqui a pouco vai passar a tua irmã! Apesar de que não é preciso muito pra isso.
- Hey! – exclamou Marcela indignada. – Eu NÃO sou baixinha!
- Não... Imagina!
- Eu acho ela glande... – falou Elle pensativa com as mãos no queixinho.
- Querida você acha todo mundo grande.
- Cala a boca, Matt! Não fica colocando essas besteiras na cabeça da menina, coitada...
- Besteiras? É a pura verdade!
- Não é NÃO! Ela sabe muito bem que eu sou alta! – os dois começaram a se encarar com sorrisos sarcásticos, deixando Elle de lado.
- Desculpa aí, oh pintora de roda pé!
Marcela estreitou os olhos.
- Pintora de roda pé!? - sussurrou. – Agora você pegou pesado...!
- EU QUERO COMER! – gritou a menininha para ser ouvida.
- Por que gritou?
- Pra fazer vocês dois pararem de brigar! Quando é que vão ficar juntos que nem aqueles casais da novela? E se beijarem em baixo da chuva?
Marcela e Matt ficaram vermelhos quando ouviram e menininha falar isso brava e apontando o dedinho com o olhar nervoso para os dois.
- Agora eu vou comer porque eu to morrendo de fome. – disse ela sorrindo e descendo as escadas como se nada tivesse acontecido.
Os dois ficaram paralisados ali algum tempo, até que puderam ouvir o barulho da barriga de Matt roncando. Marcela deu uma gostosa gargalhada e falou para um Matt carrancudo.
- Você não muda mesmo, né? – e pegou na mão dele o puxando. – Vamos.

Débora chegou altas horas da madrugada e foi direto ao quarto de Marcela para contar a novidade. Chegando lá ela não viu ninguém, e pensou no único lugar que ela poderia estar, o preferido da amiga naquela casa.
Chegou á sala de TV e viu que Marcela e Matt estavam adormecidos nas enormes almofadas jogadas no chão, e entre eles Elle estava dormindo como um anjinho abraçada à irmã.
- Marcela... – sussurrou ela enquanto cutucava amiga. – Marcela... – cutucou mais forte.
- Quê...? – murmurou ela abrindo os olhos. – Isso são horas de chegar, dona Débora? – e sorriu com a própria fala. – Pelo jeito a noite foi boa, hein?
- Melhor do que você imagina... Vem, preciso falar com você.
Marcela tirou as mãozinhas da irmã delicadamente de cima dela, e saiu da sala, junto com Débora, e pararam no corredor.
- Eu to namorando! – disse ela de um fôlego só.
- O QUÊ?
- Psiiiu! Vai acordar todo mundo! – sussurrou.
- Me explica isso direito, então!
- Não tem muito o que explicar, só que o Brad pediu pra mim, eu aceitei e fim de papo.
- Como fim de papo? – falou Marcela em voz alta, no que Débora mandou ela abaixar o tom de voz com as mãos. – Como fim de papo? – sussurrou ela. – Eu quero saber como, onde, porque, conseqüências, causa, motivo, razão, E circunstância!
- Mas amanhã, porque eu to morta de cansaço!
- De amanhã você não me escapa, viu!?
- Tudo bem, agora vai acordar o Matt e a Elle e leva os dois pra cama, viu? Principalmente o Matt, se é que me entendeu! – e piscou.
- Débora!
- Uiii... Se acalma! Bom, eu vou pro meu quarto, te vejo amanha... Ou hoje, sei lá! Depois! Tchau!
- Boa madrugada! – disse Marcela.
- Pra você também! – e subiu as escadas. Parou no alto e se virou, para ver a amiga indo novamente pra sala de TV.
Não, ela não ia dormir.

Chegou novamente na sala e viu que Elle provavelmente tinha se virado e agora estava abraçado com Matt.
Marcela olhou aquela cena e sorriu, se abaixando e falando:
- Matt... Acorda...
- Huuum...? – resmungou ele tentando abrir os olhos.
- Vamos, acorda! Me ajuda a levar a Elle pro quarto dela!
- Nossa... Que horas são? – perguntou ele soltando um bocejo.
- É de madrugada já. Vamos, levante!
Matt se levantou com todo o cuidado tirando as mãozinhas de Elle de cima dele e a pegando no colo.
A menininha resmungou alguma coisa e continuou a dormir. Marcela saiu da sala e Matt a seguiu. Os dois subiram as escadas e pararam de frente á uma porta rosinha claro.
Marcela abriu a porta e o garoto entrou a colocando na cama que estava no meio do quarto rosa.
- Me ajuda aqui? – pediu Marcela nas pontas dos pés tentando pegar um cobertor que estava em um lugar particularmente alto do guarda-roupa.
Matt abriu um sorriso e pegou o cobertor sem precisar erguer os pés, sorrindo irônico para a menina, que apenas deu a língua pra ele e foi em direção à irmã que dormia.
O garoto foi para a saída do quarto e se encostou na porta, vendo Marcela cobrir a Elle e lhe dando um beijo de boa noite.
Ele viu quando a garota terminou de arrumar a irmã na cama e ficou esperando-a no corredor.
- Você já pode ir dormir... – falou ela enquanto fechava cuidadosamente a porta.
- Eu não quero dormir.
- Amanhã cedo a gente tem que pegar uma chave de portal, e... – mas não conseguiu terminar sua frase, pois Matt a agarrou pela cintura e a puxou até ele, a beijando furiosamente.
A menina apenas colocou suas mãos no peito dele e retribuiu o beijo.
- Senti saudades... – sussurrou ele ao terminar o beijo enquanto se encostava na parede e a puxava mais pra si.
- Eu também... – Marcela falou acariciando o rosto do moreno.
Os dois voltaram a se beijar, e sem tomar consciência, Marcela deixava-se conduzir pelo corredor até o quarto em que o moreno estava hospedado.
Quando Marcela sentiu a fria porta atrás de si é que ela percebeu, e se separando de Matt disse:
- Matt... Já ta tarde... Amanhã a gente tem que acordar cedo... – e deu as costas para o garoto.
- Você não quer ir dormir agora... Quer? – perguntou ele no ouvido da menina, enquanto a abraçava por trás.
- Não... – respondeu ela se virando e o encostando na porta.
Os dois começaram a se beijar, e Marcela imprensava cada vez mais Matt na porta, procurando a maçaneta.
Matt passava a mão pelas costas nuas de Marcela por debaixo da blusa regata, e sentiu quando a fechadura da porta atrás de si foi aberta.
Os dois entraram ainda se beijando e Marcela fechou a porta com o pé, enquanto iam lentamente em direção a cama.
Matt parou de beijá-la na boca e foi descendo, até chegar no local desejado, o pescoço da menina. Ele sentiu a fria cama atrás de si bater em suas pernas, e num gesto rápido girou Marcela, a fazendo cair em cima da cama.
Eles se encararam por um momento.
- Eu estava pensando... – disse Matt enquanto brincava com a alça da blusa dela.
- Eu não sabia que você pensava nessas horas. – brincou ela rindo da cara de emburrado dele.
- Não é hora pra brincadeira, Marcela!
- Então ta. Fala aí...
- Eu estava pensando... No que a Elle disse...
- Você vai ouvir a minha irmã!? – ela disse irritada se sentando na cama. Ele também se sentou e disse:
- Mas não é só sua irmã que fala isso, Marcela... Presta mais atenção...
- Matt... – falou ela cansada. – Você sabe muito bem que nunca ia dar certo... Nós somos completamente diferentes...
- Você sempre dá essa mesma desculpa... Mesmo sabendo que ela não é convincente. – Matt a olhava com os olhos semi-cerrados e inquisidoramente. – Qual é o verdadeiro motivo, hein, Marcela?
A menina ainda o encarava, mas não disse nada.
- Me diz, qual é o motivo verdadeiro! – insistiu Matt.
Ela apenas abaixou a cabeça, escondendo os olhos úmidos.
- Já entendi... Não precisa falar nada... – disse ele se deitando de barriga pra cima e fitando o teto.
- Eu... Já vou. – Marcela falou descendo da cama.
- Tchau. Boa noite. – respondeu friamente o menino.
Marcela parou com a mão na maçaneta da porta e virou a cabeça.
- Matt...
- Quê?
- Medo. – Marcela viu o garoto com um olhar confuso e deixou uma lágrima escorrer. Saiu do quarto, o deixando sozinho para trás.

*BZZZ! BZZZ!*
“Que barulho será que é esse? Vai acabar acordando todo mundo!” pensou Débora que estava escondida no corredor e tinha acabado de ver Marcela e Matt entrarem no quarto do menino aos amassos.
*BZZZZZZZZ! BZZZZZZZZZ!*
“MEU MERLIN! É meu celular!!!” e abriu rapidamente a bolsa, tirando o aparelho de dentro dela, fazendo mais barulho ainda.
- Quem quer que seja espera um minuto! – sussurrou ela no celular depois de abri-lo.
Correu silenciosamente para o quarto onde estava hospedada e trancou a porta, se deitando na cama.
- Por Merlin! Quem me ligou a essa hora da madrugada?
- Me desculpa, priminha. Mas você devia dar graças a Merlin que eu tenha conseguido mexer com essa coisa trouxa!
- DRACO! Quanto tempo... To morrendo de saudades!
- É, eu também to com saudades... Faz muito tempo que a gente não se vê...
- É mesmo... Mas o quê você quer falar comigo a essa hora da madrugada que não pode esperar até amanhã de manhã?
- Desculpa te acordar dorminhoca, mas é que é um assunto urgente e tem que ser resolvido logo.
-Humm... Já que é assim, me diz o que é que você manda?!?!?
- Eu fui convidado a fazer um curso profissionalizante no Brasil, só que não vão nenhum dos meus “amigos”, pelo contrário só vão meus inimigos. Aí eu não sei se devo ir, também não quero ficar no mesmo apartamento que os outros. O que você acha?
- Ai meu Merlin, tinha que ser loiro neh?!? Hauhauhauha... Liga não primo, você vem e fica em algum outro apartamento, não precisa ficar no Campus com ninguém e se você não quiser andar com eles não anda, anda comigo e meus amigos! Aliás, se você quiser dividir o apê com o Matt, vai ser ótimo!
- Matt? Matthew Kurty?
- Ele mesmo! Ele também vai pra faculdade do Brasil.
- Nossa, quanto tempo que a gente não se fala...
- É, eu lembro que vocês não se vêem desde os nove anos, né?
- É mesmo... Nossas famílias faziam negócios e aquelas festas eram uma chatice!
- Com certeza não vai ter nenhum problema, e como você ficou com herança que seu pai e sua mãe deixaram dinheiro não vai ser problema, né?
- É... Tem certeza! Você sempre ajuda... Valeu Debby. Então a gente se vê amanhã! Beijo, saudade prima! Amo-te.
- Beijo, primo. Até amanhã, amo também!

N/Ceia: Só pra constar que eu acordei cedo só pra escrever essa fic, to com uma olheira do c******, meu cabelo ta uma p**** e eu to com um p*** sono.
Acho que só isso.
-.-

- Hogwarts, Inglaterra -

Gina acorda cedo e vai correndo para o banheiro tomar seu banho, afinal não queria se atrasar.
Desceu para o café da manhã e encontrou seu irmão Rony, e juntos eles foram até os portões do castelo, onde seus pais os estavam esperando.
- Onde nós vamos, mãe? – perguntou Gina.
- Vamos passar o dia em Hogsmead, almoçar, jantar e fazer algumas compras.
- Compras?
- Sim Ronald. Nós decidimos dar de presente pra vocês pelo menos isso antes de vocês irem embora.
- Mas que tipo de compras? – perguntou o ruivo. Seria demais pedir uma vassoura nova?
- Roupas.
- Roupas, mãe?
- O quê você tem contra as roupas, Rony?
- Nada, Gina... – disse ele olhando emburrado para o outro lado.
Os Três Vassouras estava até que cheio para aquele dia. Eles almoçaram e ficaram grande parte do tempo conversando sobre os planos, e as peculiaridades do Brasil.
Gina estava cada vez mais entusiasmada com a idéia de ir para o Brasil.
Fizeram compras a tarde inteira, e depois passaram na loja dos gêmeos que abriram em Hogsmead.
O jantar teve companhia dos dois, que alegraram mais ainda com as piadinhas que faziam com a Madame Rosmerta.
A sr.ª Weasley chorou emocionada e abraçou os dois filhos milhares de vezes antes de os deixar no saguão do castelo aquela noite.
- Eu prometo que venho aqui no dia que vocês forem, sim?
- Tudo bem, mamãe. Não precisa ficar chorando. – disse Gina tentando acalmar a mãe.
- Dêem um abraço no Harry e na Hermione por nós, sim? – pediu o sr.º Weasley dando um abraço nos dois também.

- E aí, Gina? Como foi seu dia? – perguntou Hermione enquanto entrava no quarto da garota.
- Ah, foi ótimo! Olha só as roupas que nós compramos lá! – mostrou Gina feliz enquanto apontava algumas roupas que estavam em cima de sua cama. Eram elas: uma saia jeans com o bolso cheio de pedrinhas, um short preto folgadinho, uma calça jeans clara, um bermudão azul marinho, uma blusa rosa com a frase: Daddy’s Girl, uma camiseta regata básica cinza, uma blusinha verde com as costas abertas e uma camiseta listrada azul e branco.
- São mesmo lindas. – disse Hermione se sentando na cama de Gina, mas parecia um pouco preocupada.
- O quê que foi, Mi?
- Ah... É que... – ela hesitou um momento. – O Harry... Ele anda estranho... E... Não é mais como era antes... Nós mudamos, Gina. – disse Hermione com os olhos cheios de lágrimas. – E eu não sei o que fazer... Eu tenho medo porque eu nunca senti isso antes, sabe...? E... DROGA, ele não SE TOCA!
- Não precisa ficar assim não, amiga... – disse a ruiva abraçando a amiga que chorava silenciosamente. – Ele pode demorar, mas vai se tocar. Você sabe como ele é, melhor do que eu, inclusive, e sabe que ele só toma alguma atitude no último momento. – Hermione riu um pouco do comentário da amiga, sem saber os pensamentos que a mesma tinha.
Só espero que não seja tarde demais...

- Mansão Zanateli, Roma, Itália -

- Onde vocês foram? – perguntou Matt quando Débora e Marcela chegaram na cozinha, onde ela estava terminando de tomar o café da manhã.
- Nós fomos nos despedir do meu namorado.
- Namorado?
- É, namorado.
- Quem, o Brad?
- Ele mesmo! Me pediu em namoro ontem a noite.
- E então porque a Marcela foi junto? Ficar de vela? – zoou ele da garota e logo após colocou o último pedaço de torrada na boca.
Marcela que estava bebendo água se vira e fala:
- Haha! Muito engraçado! Mas eu não fiquei de vela, o Bruno estava lá. – e bebeu água, esperando a reação do garoto.
Ele atingiu um coloração avermelhada, e quando terminou de engolir a comida disse em um tom seco:
- Vou terminar de arrumar minhas coisas pra gente poder ir.
E saiu da cozinha sem olhar pra nenhuma delas. Marcela suspirou e deixou o copo de água na pia.
- O quê deu nele? – perguntou Débora espantada.
- Ah, longa história... Depois eu te conto... – respondeu a outra em um tom cansado, e levando a mão em alguma coisa que estava embaixo da blusa dela, que ela segurou firme.
- Mas eu pensei que vocês tinham se acertado depois da agarração de ontem a noite.
- Não, nós só... HEY! VOCÊ VIU!?
- Errr... Um pouquinho...

- Não quelo que você vai embola! – falava Elle no meio do choro.
- Mas Elle... Vai ser só por um tempinho... E você vai poder me visitar... – falou Marcela agachada enxugando as lágrimas da menininha.
- *snif* Você... *snif* ... jula?
- Julo! – brincou ela arrancando um sorrisinho da irmã. – Agora me faz o favor de pegar o Johnny e a Paty lá em cima pra mim?
- Ta bom, eu já volto! – e deu um último beijinho na irmã.
- A senhora está cada dia mais bonita! – falava Débora para a mãe da amiga.
- Ah, obrigada. Mas senhora não!
- Então tchau, tia Anna. – falou Débora recebendo um beijo da mulher.
- Tchau, e se cuidem! Venha aqui falar tchau pra sua mãe, querida! – disse Anna chamando Marcela.
- Tchau, mamãe! – e deu um abraço na mãe.
- Então você é o tal Matt amigo da Marcela? – perguntava Pablo com a sobrancelha levantada.
- Err... Sou eu sim, senhor.
- Huuum... Você cresceu desde a última vez que nos vimos, hein?
- Ah, um pouco... – respondeu Matt passando as mãos nos cabelos nervoso.
- Então toma cuidado, viu? E cuida bem da minha filha pra mim. – falava o homem com um olhar desconfiado para o garoto. – Não deixa ninguém se engraçar muito pro lado dela não.
- Sim senhor... – concordou Matt engolindo em seco.
- Tchau, Tio Pablo! – Débora chegou abraçando o homem, que sorriu e se despediu dela.
- Tchau papai! – disse Marcela abraçando o pai.
- Tchau querida... E toma cuidado, viu? Se cuida! E qualquer coisa é só falar pro papai que eu vou lá te buscar.
- Ta bom... – disse a menina deixando cair algumas lágrimas. – Eu vou sentir saudades... O senhor vai me visitar, não vai?
- Claro que vou. – e deu outro beijo na filha. – Agora vão porque vocês já estão atrasados.


- Mansão Krauss, Rio de Janeiro, Brasil -

- Eles não vão chegar nunca? – perguntou Jesse se deixando cair em cima da cama de Thamires.
- Devem estar chegando... Você é que tem que parar de ser tão impaciente! – ralhou a menina que estava na frente do espelho mexendo em uma mecha dos cabelos descontraidamente.
A porta do quarto é aberta e Thamires vê pelo espelho Marcela entrar no quarto sorrindo.
- MÁÁÁÁÁH! – gritou ela se virando. Jesse se levantou da cama assustado olhando para os lados.
- THAMYYYY! – gritou a outra. As duas correram e se abraçaram.
- EU TAMBÉM QUERO! – gritou Jesse indo abraçar as duas.
- ABRAÇO GRUPAL!!! – gritou Matt que tinha acabado de entrar no quarto, e abraçou os três.
- AEEEEEEEEEEE! – Débora também gritou ao chegar atrás de Matt e pulando em cima dos quatro, fazendo todos se desequilibrarem e caírem no chão do quarto.
- AI MINHA BUNDA! – gritou Marcela.
- MEU BRAAAAAAAAAÇO! QUEBREI MEU BRAÇOOOOOOO! –Jesse sacudia o braço na frente dele com uma cara de aterrorizado.
- Larga de ser dramático, Jesse! – brigou Thamy.
- Ah, vocês continuam os mesmos! – falou Marcela pulando em cima de todos de novo.
- Marcela! Você engordou! – Débora disse empurrando a amiga.
- A gorda aqui é...
- ALGUM PROBLEMA AÍ EM CIMA? – gritou Elizabeth, a mãe de Thamires.
- NENHUM, MÃE! – respondeu Thamires. – E aí? E as novidades? – perguntou ela para as amigas.
- A Débora ta namorando! – falou Marcela rápido entusiasmada.
- O QUEEEEEE? Quem? Como ele é? Onde ele mora?
- Um de cada vez, Thamires! – sorriu Débora – Você só precisa saber que ele é um loiro lindo, de tirar o fôlego e que me pediu em namoro no meio da boate... – Ela fala com um sorriso de orelha a orelha.
-No meio da boate? Jura? Como assim? – Thamy fala com a boca aberta.
- Isso mesmo, dá pra acreditar? Quando eu vi ele já tava lá e eu achei lindo!
Marcela olhou para todos sorrindo. Eles ainda estavam no chão, onde todos se sentaram e começaram a conversar um com o outro. Débora contava tudo sobre o Brad para Thamires, e Matt e Jesse discutiam sobre o último jogo de quadribol que Matt foi nos Estados Unidos, e Jesse não foi.
É... Já era hora de contar.
- HEY, PEOPLE! – gritou ela chamando a atenção de todos. – Bem, já que estão todos aqui eu queria falar uma coisa pra vocês...
- Vai me dizer que você também ta namorando!? – falou Thamires com as mãos na boca, no que Jesse e Débora riram e Matt emburrou.
- Não! Não é nada disso, é que... Bem, eu tive um sonho.
- E você chamou nossa atenção por causa de um sonho?
- Não, Débora. É que foi muito real o sonho... Era como se eu não estivesse nem dormindo, e sim acordada!
- Já sei o que aconteceu! – falou Jesse assustando a todos.
- O quê?
- A Marcela é sonâmbula!
- Mas não foi só isso... Eu acordei e estava segurando isso. – e tirou de dentro da blusa um colar, que tinha um pingente de uma lua azul.
- AHÁ! UMA SONÂMBULA CLEPTOMANÍACA! – gritou Jesse apontando para Marcela e fazendo Débora e Matt gargalharem.
- Cala a boca, Jesse! – falou Thamires tampando a boca do garoto. – Continua, Marcela.
- Bom, no sonho aparecia uma mulher me dando isso e falando que quando nós cinco nos encontrarmos deveríamos tocar todos ao mesmo tempo nesse pingente.
- Mas porque ela iria falar justo com você? – perguntou Débora.
- Alguém aqui já leu o livro “As Brumas de Avalon”?
- Não. - falaram Thamires e Matt juntos, e Jesse, que ainda estava com a boca tampada pela mão de Thamires apenas balançou a cabeça.
- Eu também não – começou Débora -, mas já ouvi falar.
- Então, pelo que ela me disse eu era a única que sabia da existência de Avalon, e que eu iria entender melhor.
- AI! – gritou Thamires soltando Jesse depois de levar uma mordida dele. - E quem era essa mulher?
- Morgana.
Todos arregalaram os olhos.
- Morgana? A famosa Morgana?
- É, no livro “As Brumas de Avalon” fala que Morgana vivia em Avalon e conta a história dela.
- Mas Morgana não morreu?
- Não pergunte para mim, Thamires, pois eu estou com as mesmas dúvidas que você.
- Me deixa ver esse pingente? – perguntou Débora.
- Claro. – Marcela tirou de seu pescoço e deu para a amiga.
- Que lindo! Deixa ver como eu fico com ele? – falou Thamires tentando pegar o pingente.
- Eu também quero ver! – disse Jesse entrando na briga pelo pingente.
- Não se eu pegar primeiro! – Matt também entrou na briga.
- Hey! Devolva esse pingente! Vocês vão estragá-lo!
Quando a garota relou no pingente os cinco sentiram como se alguma coisa puxasse seus umbigos, e logo caíram em cima de uma grama macia, perto de uma árvore.
Eles se olharam aterrorizados e soltaram o pingente ao mesmo tempo, deixando ele cair no chão.
- Onde nós estamos? – perguntou Thamires se levantando e olhando para os lados.
- Avalon... – sussurrou Marcela também se levantando.
- Então aqui é Avalon?
- Deve ser... Pelo menos é tão bonito quanto se fala nos livros...
- Estávamos esperando por vocês. – falou uma voz calma vindo de trás deles. Eles se viraram ao mesmo tempo e viram cinco mulheres vestidas de roupas simples, mas belas.
- Quem... Quem são vocês? – perguntou Débora.
- Nós somos as sacerdotisas de Avalon. – falou a mesma mulher, que estava na frente das quatro e parecia ser a mais velha e importante do grupo.
- Eu sou Morgana das fadas. – disse uma outra mulher ao lado da que tinha falado primeiro. – Essa é Niniane, ao lado dela é Nimue, e a outra é a Raven. – Toda vez que ela falava o nome de alguém ela apontava para as outras mulheres, que apenas faziam uma reverência ao escutarem seus nomes. – E essa é minha senhora, Viviane, a Senhora de Avalon. – terminou apontando para a que tinha falado primeiro.
- Nos livros... Diziam que Avalon tinha sido escondida, não fazia mais parte desse mundo.
- Aquele livro, apesar de ter muito coisa verdadeira, não deixa de ser uma obra de ficção. Na verdade Avalon tem uma magia muito antiga, que não a deixa ser esquecida tão fácil. – disse a tal Viviane.
- Mas... O que estamos fazendo aqui? – insistiu Débora tomando a frente da situação.
- Avalon tem uma magia própria, e ela escolheu vocês cinco para uma missão.
- Missão?
- Sim, vocês foram escolhidos desde que nasceram para que tenham um dom. E agora que chegou a hora de vocês enfrentarem o mal que acerca tanto o mundo exterior quanto aqui em Avalon, nós decidimos chama-los aqui para treinarem seus poderes.
- Mas... Como assim treinar? – Débora falava enquanto olhava para Viviane. – Nós temos uma faculdade e...
- A magia de Avalon é tão antiga que ultrapassa tempo e local. Nós vamos treina-los durante dois anos, mas no mundo exterior não passarão mais que alguns minutos. – respondeu Morgana.
- Que poderes são esses que vocês estão falando? – perguntou Matt.
- Ar, água, Terra e fogo.
- Mas nós somos cinco, e não quatro. – disse Jesse.
- Um de vocês possuem o poder dos quatro reunidos. – falou Viviane.
Os cinco olharam-se extremamente confusos, mas não disseram nada, até ouvirem pela primeira vez a voz de Raven:
- Thamires, quantas vezes você ficou apoiada em sua janela sentindo o vento bater em seu rosto, e você adorava aquilo? – Thamires arregalou os olhos. Como ela sabia que ela adorava fazer aquilo? – É porque você tem o poder de controlar o ar. – Thamires arregalou mais ainda os olhos.
- Jesse, e você? Sempre adorou andar descalço na terra ou na grama, e fazer caminhadas subindo em montanhas e entrando em florestas. – falou a mulher chama Niniane para ele, que estava pensativo. – Você tem o total controle sobre a terra.
- Matthew, você sempre adorou nadar, ficar horas no chuveiro ou simplesmente beber muita água. – dessa vez era Nimue que falava para o garoto. – É porque você tem o poder da água.
- Marcela, - começou Morgana. – você sempre sentiu muito calor, não é? Sempre se esquentava sozinha, e nunca teve medo do fogo, certo? – Marcela encarava os olhos de Morgana intensamente. – Você controla o fogo.
- Quer dizer que eu... – começou Débora.
- Sim, você controla todos os elementos, você gosta de todos eles. – sorriu Viviane para uma Débora assustada. – E vocês foram chamados até aqui para aprenderem a usar e controlar seus poderes. Cada um vai ser treinado em um local diferente do outro com uma pessoa diferente.
- Thamires vai ser treinada por mim. – disse Raven. – Vamos? – Thamires olhou para os outros e balançou a cabeça, dando adeus, e seguiu a mulher.
- Jesse vai ser treinado por mim. – falou Niniane. Jesse apenas deu um adeus a todos e seguiu para um outro lado com a sacerdotisa.
- Marcela, você vem comigo. – disse Morgana dando a mão para que a menina a pegasse, e juntas foram para outro lado, diferente do de Thamy e Jesse.
- Matthew, eu irei treiná-lo. – falava Nimue. Matt nem olhou para nenhum lado, apenas seguiu a mulher que ia em outra direção dos outros.
Débora olhou para o chão e viu o pingente em forma de lua em seus pés. Se abaixou para pega-lo e quando levantou viu os olhos de Viviane a fitando.
- Vamos?
A morena apenas assentiu com a cabeça, então as duas foram em um caminho que ninguém tinha ido ainda.



N/autora-Debby: Iupiiiii \o/ Finalmente o primeiro capítulo saiu neh?!?! Huahauhauha... Bom espero que vocês gostem pq essa fic saiu da minha cabeçinha doida e com a ajuda da Ceia e da Thamy ela tah aki xD Eu AMEI o capítulo e toh empolgadona pra começar o próximo... Comentem BASTANTEE pq o próximo cap. soh vai ser colocado s tiver 25 coments... hihihi... Beijos e Beijoss... =***** ... s2
Nháá... capítulo grande pq demorei a colokr x)
Ah... e TERÁ SIM resposta de coments com participação de personagens, neh Ceia?!?!? Hihihihi...

N/Ceia: no próximo capítulo siiiiim /o/
ashudihshisajahidfhaisuhfidhihs
comentem, por favor???
Beeeeijos pra vocês ;***


E AGORAAA... COM VOCÊS...
TAM-TAM-NAM-NAAAAAAM...;D


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