Surpresas e mais Surpresas...



CAPÍTULO 3 - SURPRESAS, SURPRESAS E MAIS SURPRESAS






Para a felicidade de Harry, ele não precisou terminar de comer. Sirius estava tão ansioso que saiu arrastando o garoto andar a cima até parar diante de uma porta, onde estava talhada na madeira, uma bela vassoura com detalhes dourados em seu cabo.

- Aqui é o seu quarto! Pronto?- perguntou Sirius um pouco antes de abrir a porta. Harry afirmou com a cabeça.

O quarto era enorme (Duda morreria de inveja se o visse), tinha uma cama com lençóis de seda, um grande armário, com as velhas roupas de Harry e muitas roupas novas que Sirius lhe dera, uma mesa de estudos, banheiro e, para a satisfação de Harry, Sirius havia lhe comprado uma televisão com DVD e videogame, um aparelho de som e um computador! (tudo que Harry via Duda ganhar, mas raramente teve a oportunidade de chegar perto).

- Eu... eu... não acredito!- balbuciou Harry.

- É, achei que você ia gostar dessas coisas de trouxas, embora eu não faça muita idéia de como se mexe nisso.

Harry olhava para Sirius, possivelmente esperando autorização para poder mexer nas suas coisas novas. Sirius interpretando o olhar do afilhado disse:

- Antes de você poder mexer em tudo, quero lhe mostrar mais uma coisa.



Sirius se dirigiu a mesa de estudos do Harry, na parede atrás da mesa estava um espécie de quadro encoberto por uma cortina. Sirius fez sinal para que o afilhado se aproximasse.

- Infelizmente eu não tinha nenhum quadro, mas consegui ampliar uma foto e acho que ficou bem legal.- disse Sirius um pouco antes de retirar a pequena cortina.

O que Harry viu sob a cortina foi o melhor presente que ele podia imaginar. Ali estava uma das fotos do álbum de Sirius, onde apareciam Tiago e Lílian Potter, segurando o pequeno Harry em seus braços.

- Essa foto foi tirada por mim mesmo, no dia do seu batizado. Seus pais estavam muito felizes, foi como se por alguns momentos toda a ameaça que estava a nossa volta não existisse. Foi um dos melhores dias da minha vida e com certeza da do seus pais.- disse Sirius.

Harry não tinha palavras, apenas se virou e abraçou forte seu padrinho, como raramente ele fazia, com os olhos cheios d’água.

- Er...- Sirius quebrou o silêncio- agora vou deixar você se divertir com suas coisas novas, qualquer coisa é só chamar a mim ou ao Dobby.

E ele saiu do quarto deixando Harry sozinho a contemplar todas as suas coisas novas, mas agora tudo que o garoto queria era olhar aquela foto e imaginar por um instante como teria sido aquele dia.



Alguns minutos haviam passado, Harry estava deitado na sua cama, com os olhos fechados, pensativo, quando um barulho vindo da janela lhe chamou a atenção. Era uma coruja, não muito grande nem muito pequena como a de Rony, mas o que realmente lhe chamou a atenção era que a coruja era azul, é azul, e não parecia ser pintada, parecia que ela nascera assim. Na pata estava amarrado um pergaminho conhecido de Harry, era um pergaminho perfumado que Juliah usava para lhe escrever.

Harry se assustou ao ver isso, afinal faziam só algumas horas que os dois tinham se separado. Será que alguma coisa teria acontecido com Juliah? Mais do que depressa Harry desamarrou o pergaminho da pata da coruja e o abriu, em uma belíssima letra, escrita com tinta dourada estava escrito:





Queridíssimo Harry:



Você não sabe a surpresa que eu tive quando cheguei em casa e dei de cara com a Lis (esta corujinha adorável que meus avós me enviaram) e como não podia ser diferente a primeira pessoa pra quem eu tinha de escrever era você. Amanhã eu estou indo para casa dos meus avós, eles moram a uma meia hora de Londres, e devo ficar por lá uns três dias não mais do que isso. Quando eu voltar nós teremos de começar a organizar nossa festa de aniversário. Espero que você tenha gostado da sua casa nova, Sirius se esforçou bastante para conseguir tudo que você gosta, acho que ele passou umas duas semanas interrogando eu, a Mione, o Rony e a Gina, para Ter certeza de que não faltaria nada. Bom... acho que era isso que eu tinha para dizer.

Mil beijinhos

July

P.S. até daqui a três dias (acho que vou morrer de saudades).





Harry não conseguia parar de rir. Tinha pensado que alguma coisa terrível tivesse acontecido a sua namorada e ela só queria “estrear” sua coruja nova. Ele pegou um pedaço qualquer de pergaminho e escreveu somente: “também sentirei saudades! A casa tá o máximo! Bjs Harry”. Prendeu na perna de “Lis”, fez um carinho na coruja e a mandou pela janela, então voltou para sua cama e lembrou de tudo que Juliah e ele haviam passado juntos. Dos perigos e das alegrias, não podia se sentir mais feliz, pelo menos ele achava que não.Com a cabeça cheia de boas lembranças Harry quase que instantaneamente adormeceu.



Acordou com o sol alto e um par de olhos a observá-lo. Rapidamente Harry pulou da cama, colocou seus óculos e puxou sua varinha. O estranho observador nem se moveu e quando Harry o olhou de novo viu que não era ninguém a não ser Dobby, o elfo doméstico.

- Dobby! Você quase me mata de susto! O que você faz aqui? – perguntou Harry enquanto se sentava na cama, recuperando seu fôlego.

- Desculpe o Dobby! Ele só veio ver se Harry Potter está acordado, o café já está na mesa!

- Bom... agora eu estou acordado, mas Dobby nunca mais faça isso! Se você tiver que me chamar bata na porta primeiro!

- Sim senhor Harry Potter! Dobby nunca mais faz isso! Agora levante-se e vamos tomar café, Dobby preparou tudo de bom, mas se não formos logo esfria!

- Então foi você que fez o café e não o Sirius? – disse Harry parecendo aliviado.

- Sim!

- E onde ele está?

- O senhor Sirius Black saiu cedo e não disse aonde iria e Dobby também não perguntou.

- Está bem Dobby, agora me faça um favor: pare de me chamar de senhor, achei que nós já fossemos amigos...

- É que agora Harry Potter é chefe de Dobby e Dobby lhe deve respeito!

- Faça como achar melhor, mas eu prefiro que você me chame só de Harry! Agora pode descer que eu já vou!

Depois que Dobby saiu, Harry levantou-se tomou um banho em sua enorme banheira, vestiu-se com roupas de trouxas (que serviam perfeitamente nele), olhou-se no espelho e achou-se extremamente magro e a lembrança da fome lhe voltou a cabeça (afinal ele não jantara). Ele desceu as escadarias e entrou na cozinha. Dobby não estava, mas a mesa estava posta e para a alegria de Harry parecia um banquete de Hogwarts.



Ao terminar de comer resolveu dar uma melhor explorada na casa, viu que além do seu quarto e o do Sirius, havia mais um quarto, provavelmente para hospedes, e o quartinho do Dobby, havia uma grande sala de jantar, uma de estar, outros dois banheiros e um escritório muito bagunçado no qual Sirius guardava seu material de professor. Tinha uma garagem que estava vazia. Harry estava saindo para explorar o lado de fora quando Sirius chegou. Parecia um tanto abatido e levou alguns segundos para perceber a presença do afilhado ali.

- Olá Harry! Dormiu bem?- perguntou Sirius.

- Sim! Muito bem! Aonde você estava, parece cansado.- disse Harry num tom preocupado.

- Oh! Eu estou bem, só fui visitar um amigo! Ah! Quase ia me esquecendo! Adivinha o que eu consegui?

- Não faço idéia!- disse Harry.

- Três entradas para o jogo dos Chudley Cannons, eles estão indo muito bem esse ano, como a muitos não iam. Comprei um ingresso para mim, para você e para o Rony que eu sei que ele também é fã! Será daqui a três dias!

- Rony vai adorar, ele é louco por esse time de quadribol! Vou já mandar uma coruja para ele.- disse Harry.

Embora tudo ainda parecesse muito estranho, Harry estava adorando morar com seu padrinho.



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