Armas trouxas funcionam!

Armas trouxas funcionam!






-Pansy... – Harry caiu de joelhos e fechou os olhos. Aquilo não podia estar acontecendo, era um pesadelo, tinha que ser!
-O que houve? – perguntou Gina, chegando à cena junto com Luna.
-Li Chang seqüestrou a Pansy. – informou Draco, fazendo sinais para outros aurores que estavam próximos – Eu já volto. – disse aos colegas.
-Ele vai matar minha morena... Devíamos ter acabado com ele quando tivemos chance! – Harry socou o chão com raiva. Olhou em volta e viu, mais adiante, Draco falando com Quim e Scrimgeour. Levantou e dirigiu-se a eles.

**
-Ministro, temos que agir agora! Se esperarmos, só Merlin sabe o que aquele louco pode fazer! – dizia Draco, tentando convencer Rufus Scrimgeour a tomar logo uma decisão. Ele relutava em permitir que uma equipe se formasse imediatamente.
-Senhor Malfoy, mantenha a calma. Não devemos alarmar os outros convidados. – respondeu o ministro, em voz baixa.
-Que se danem os outros convidados! – disse Harry, com raiva, aproximando-se dos outros – Uma agente foi seqüestrada por um criminoso internacional! É seu dever permitir que ela seja resgatada. – o ministro arregalou os olhos – Não podemos perder tempo!
-Eles têm razão, senhor. – concordou Quim, com sua voz trovejante – Li Chang conseguiu fugir no acidente do ônibus. Não temos como saber o que ele planejou. Se é que planejou algo. – acrescentou, rapidamente, ao ver o olhar apavorado de Harry.
-Mas isso não pode ser feito dessa forma! Organizar um resgate leva tempo, vocês nem sabem onde eles podem estar! – argumentou o hesitante ministro, como sempre preocupado com sua imagem. Pensava que seria um desastre se as grandes autoridades do país descobrissem que uma agente tinha sido levada de uma festa cheia de aurores.
-Justamente por saber que podemos demorar pra encontrá-los é que temos que começar imediatamente, senhor. Se o senhor permitir, posso entrar em contato com agentes de plantão e pedir que comecem as investigações. – sugeriu Quim.
-Já chega. – respondeu Scrimgeour, erguendo a mão. Aquela comoção já chamava muita atenção e um grupo cada vez maior de pessoas saía para o jardim – Não falemos mais neste assunto. Shacklebolt, amanhã bem cedo, cuide disso. Em seu escritório. E cuide para que a notícia não vaze. – ele olhou em volta – Acho que a imprensa não percebeu, é bom que continue assim. Com licença.
Ele se retirou, deixando os aurores pra trás, estupefatos com tanta vaidade. Rufus Scrimgeour chegava ao extremo de dar tempo a um seqüestrador apenas para evitar que sua imagem fosse manchada.
-Shack, nós...
-Senhor Malfoy, seria um grande incômodo para o senhor organizar uma equipe de investigação e resgate imediatamente? – perguntou Quim, com as sobrancelhas erguidas.
-Não mesmo.
-E quanto ao resto de vocês, - ele dirigiu-se a Blaise, Luna, Gina e Harry – preparem-se. Vocês vão caçar.

~*~

-Fique aí! – disse Li, jogando Pansy sobre um velho colchonete no minúsculo quarto de um minúsculo apartamento – E não tente nada, há grades nas janelas e todo esse lugar está encantado. Ninguém pode ver ou ouvir você. E, obviamente, não pode aparatar.
A morena olhou em volta. Era um lugar bem miserável. As paredes eram finas o que tornava o ambiente frio e úmido. Respirou fundo pra tentar se acalmar. Tinha que manter a calma e pensar friamente, mas isso, obviamente, era muito difícil. Não havia nada naquele quartinho que podia usar contra ele. Só o colchonete velho e uma pequena garrafa de água.
-Você vai ficar aqui até eu decidir o que fazer. E é bom não me irritar! – ele saiu, deixando-a sozinha.
A morena levou as mãos ao ventre e não conseguiu conter uma lágrima.
-O que eu faço, filhote? Não posso aparatar, não tenho varinha... – sentiu raiva de sua impotência – Droga!
Ela segurou as barras da janela e as sacudiu. Não se moveram sequer um milímetro. “Ok, nem tudo é velho nessa pocilga!” Pelo que podia ver, estava numa cidade, mas não sabia qual. Com certeza não era o lugar mais aprazível da Inglaterra, ou mesmo de Londres.
-Mas que raios de buraco é esse? – tirou um dos sapatos e atirou na porta, com raiva – PRA ONDE VOCÊ ME TROUXE, SEU ANORMAL?? – ele permaneceu em silêncio – Ah, ótimo. Será que ele me largou sozinha aqui? – sentou no colchonete – Ai, Harry... Encontre a gente. E rápido, por favor...

~*Manhã seguinte, Escritório de Quim Shacklebolt, MM*~

Os trabalhos de busca pelo paradeiro de Li tinham começado ainda na noite anterior. Luna vasculhara todas as propriedades dos Chang em Londres, mas não encontrara nada que pudesse ajudar.
Havia um grande mapa na parede onde estavam marcados os paradeiros dos fugitivos. Harry examinou-o com atenção, não muito distante do canal onde ocorrera o acidente, havia uma pequena área industrial com diversos prédios. “E se ele não...” A luz se fez na mente do grifinório. Li Chang não poderia ter ido muito longe quando saiu do canal. Equipes de resgates, aurores e policiais trouxas estavam por toda parte. Ele não teria se arriscado a ir longe, chamaria atenção. E não conseguiria aparatar estando cansado e ferido.
-Ele ainda está em Londres! – concluiu, em voz alta chamando a atenção dos outros.
-O que?
-Pensem! Ele não foi longe depois que saiu do canal. Deve ter se escondido num destes prédios! – afirmou Harry, apontando para o mapa.
-Faz sentido... – concordou Luna – As roupas estavam reviradas num dos apartamentos. Ele deve ter ido pegar quando se recuperou o bastante pra aparatar.
-Bom, eu diria que essa é a melhor pista que temos. Preparem-se. – disse Quim e todos ao aurores, incluindo Jack e Vivika (“convidados” para se juntarem a eles na noite anterior), pegaram seus casacos e varinhas e saíram em direção aos elevadores.

~*De volta ao velho prédio, minutos depois*~

-O que eu faço? Mato essa de uma vez ou espero pra acabar com todos juntos? – Li andava de um lado pra outro na sala, consumido pela dúvida. Olhava pros lados, nervosamente, como se tentasse vigiar 360º. Estava totalmente paranóico. Os gritos de Pansy só o enraiveciam mais e mais e ele encarou um retrato da irmã.
-O que eu faço, Cho? Essa vadia não cala a boca, eu tenho vontade de atirá-la da janela! Mas eu não posso, não posso... – ele sentou no sofá, balançando o corpo pra frente e pra trás – Eles têm que pagar pelo que te fizeram. Se eu matar essa aí agora, posso pegar os outros no velório... – arregalou os olhos, potencializando a expressão de maníaco. Levantou e foi até o quarto. Abriu a porta com violência e foi “atingido” pelo colchonete, que lhe cobriu a cabeça. Depois foi empurrado contra a parede.
Pansy planejara bem o ataque. Provocara Li até a exaustão e quando ele foi até o quarto, ela estava pronta. Cobriu seu rosto com o colchonete e empurrou sua cabeça várias vezes contra a parede. Jogou-o no chão e correu para a saída o mais rápido possível. Desceu as escadas e alcançou a rua, vazia àquela hora da manhã.
-PANSY! – gritou Harry, correndo em sua direção.
A morena sorriu, mas ainda estava longe dele quando sentiu um violento puxão no cabelo que a fez estacar.
-PARADOS! Ou atiro na cabeça dela!
A morena sentiu o cano frio da arma em sua têmpora e sentiu que tudo havia acabado...


-Não, por favor...
-Chang, atirar na agente Parkinson não vai resolver seus problemas, muito ao contrário. – disse Quim, tentando tranqüilizar Li. Os olhos dele estavam injetados, vermelhos, o homem estava possuído por uma fúria monstruosa. Arrastava a morena de volta para o interior do prédio, mas ela resistia.
-Eu prometi a ela que ia matar todos vocês! À minha irmã! EU NÃO POSSO FALHAR!!! – ele engatilhou o revólver e apertou-o contra a têmpora de Pansy.
Um disparou foi ouvido.
O tempo pareceu congelar. Harry encarou sua morena que fechava lentamente os olhos. Um corpo caiu no chão. Tudo estava acabado.




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N/a: devo terminar o cap por aki????

















Não!! Não sou tão cruel assim, foi só brincadeirinha...

Pansy ergueu as pálpebras lentamente e olhou em volta. Viu o corpo de Li Chang no chão, ainda segurando a arma. Havia um buraco atrás de sua cabeça. Não sabia como aquilo tinha acontecido, estava em choque, sem reação. Não conseguia tirar os olhos do cadáver a seus pés.
Um abraço a tirou daquele torpor. A voz de Harry tornou-se mais próxima e ela por fim compreendeu: estava viva! Aquele pesadelo tinha acabado! Retribuiu o abraço com força e afundou o rosto no peito de Harry, chorando convulsivamente.
-Sr. Potter, leve a srta Parkinson pro St. Mungus. Ela precisa de cuidados. – disse Quim, gesticulando para que os legistas-bruxos se aproximassem – Senhores, removam o corpo e limpem o local. O Esquadrão de Reversão de Feitiços logo estará aqui para desencantar a área.

~*St. Mungus, 5 horas mais tarde*~

-Ela já acordou, Harry?
-Que nada. Deram uma poção que bota elefante pra dormir em dois tempos! A enferme-bruxa disse que ela só vai acordar à noite.
-Mas isso é bom, ela pode descansar. Foi muito traumatizante o que aconteceu. – comentou Luna, encarando a amiga adormecida pelo vidro do quarto.
-Mas ela está bem, não é? – perguntou Blaise.
-Sim, ela e o bebê estão bem. Ela só precisa descansar bastante. Amanhã já poderá ir pra casa.
-Que bom. – disse Draco. Ele chegara há poucos minutos, Tivera que ficar na cena do crime – Agora, se possível, um assunto mais inquietante: de onde partiu o tiro que matou Li Chang?
-Não encontraram o atirador? – perguntou Gina, desconfiada.
-Não. Toda a área foi vasculhada. A autópsia confirmou a trajetória da bala: veio de cima. Quem matou o Li estava no alto de um daqueles prédios.
-Claro. Atirador desconhecido, arma de precisão, disparo de longo alcance... Qualificações de um profissional. – concluiu Blaise.
-Tem razão... Bom, seja quem for, nos fez um favor enorme. – disse Gina, olhando Pansy dormir tranqüilamente.

~*~

Já era noite quando a morena recobrou a consciência. Demorou alguns segundos pra entender onde estava. Os acontecimentos da noite lhe vieram à mente em rápida seqüência: o passeio, o beijo, Harry gritando, seqüestro, o quartinho miserável, ameaças de morte, o colchonete, as escadas até a rua, o puxão no cabelo, o tiro e o cadáver a seus pés! Sentou rapidamente quando a imagem de Li, com um buraco na cabeça, se tornou nítida em sua mente.
Sua agitação acordou Harry, (mal) acomodado em uma cadeira.
-Pans, está tudo bem?- ela confirmou com a cabeça – Teve um pesadelo?
-Não. Só lembrei do que aconteceu. Aliás, o que aconteceu? O cara tava com uma arma na minha cabeça e de repente, tava morto no chão! Como...?
-Não sabemos. O local todo foi revistado, nem sinal do atirador.
-Nenhuma chance de ser alguém da equipe?
-Tínhamos acabado de chegar. – respondeu Harry, meneando a cabeça – Mas não se preocupe com isso. Você e o bebê estão bem, isso é o que importa!
-Quando vou poder ir pra casa?
-Amanhã. Agora, tente dormir mais um pouco, tá?

~*Manhã seguinte, Edifício Comercial Silver Arrow, centro londrino*~

-Sr. Reynolds, trouxe seus jornais.
-Obrigado, Gladys. Ponha sobre a mesa, sim?
A secretária colocou os cinco jornais sobre a bela mesa de mogno e saiu. Como sempre, o patrão estava de costas para a porta, ocupado demais olhando pela grande janela, atrás de sua cadeira.
Ele voltou-se, girando a cadeira e apanhou os jornais. As capas noticiavam a morte de um chinês numa área pouco privilegiada da cidade. Um sorriso lento curvou-lhe os lábios. Ninguém nunca saberia quem matara Li Chang. E se soubessem, não teriam como provar. Hannibal King estava desaparecido, Daniel Darcy não existia há tempos. Ele agora era Ryan Reynolds, cidadão modelo, sócio de uma empresa farmacêutica. Matar Li fora uma despedida daquela vida de crimes, nada mais certo, afinal o desgraçado tinha escapado das bombas e ainda conseguira fugir da custódia do Ministério da Magia. Só uma Maldição de Morte iria pará-lo. Ou uma bala.
-Agora acabou. – ele ajeitou as lapelas do terno – Posso enterrar Hannibal King de vez.
Uma outra notícia lhe chamou a atenção: um homem tinha invadido uma casa e feito uma família de refém apenas para roubar dinheiro e jóias. Apesar do cerco policial, o bandido conseguira escapar.
-É, acho que não preciso aposentar as armas agora... Existem tantos homens maus por aí... – ele sorriu, ciente do que queria fazer – Essa noite vou sair pra caçar. Só que vou deixar ele vivo pra contar a história.

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Respondendo aos coments:
ribeiro: É, o Ron não aparece nessa fic. Quer dizer, ele faz uma participaçãozinha relâmpago lá pelo cap 15, eu acho. Eu não tenho nada contra ele, só nunca consigo colocá-lo numa fic minha. Esquisito? Muito, eu sei. Mas não consigo evitar. Vou tentar romper esse bloqueio com ele. Ah, e seja bem vindo!

N/a: Tão querendo me matar por ter deixado o King vivo? Ah, eu não podia deixar ele ir pra cadeia nem nada do gênero, pq adoro esse personagem. Viram, no fim das contas, ele vai virar um justiceiro. Um bom final para um matador. Bom, mas quanto ao resto do cap, gostaram? Aposto que sentiram um calafrio quando eu postei o trecho, né?
Comentem aí pra eu saber o que acharam.
A fic tá no finzinho, acho q só vai ter mais um cap, o epílogo, que eu ainda não escrevi. *cara de paisagem* Mas epílogo é menor, então é mais rápido (espero).
Besitos.
E passem na mh outra fic (Noivos em Fuga!).
Tchau.
o/


Ps: O que vcs querem q aconteça no final da fic?
To sem idéias pro epílogo, então digam aí nos coments, tá? Ou mandem e-mails: [email protected]
Por favor, me ajudem!!!!!!

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