Epílogo




~*6 meses depois*~

Blaise acordava lentamente de uma ótima noite de sono. Pela primeira vez em várias semanas, Luna não acordara no meio da noite com vontade de comer alguma coisa pouco ortodoxa. Aproximou-se mais dela, querendo beijar seu pescoço, mas sentiu o nariz ser meio esmagado. Abriu os olhos e viu que a loura estava sentada na cama, lendo o jornal e que o quê pressionava seu rosto era a coxa dela.


-Bom dia, amor. – cantarolou a loura – Tava esperando você acordar.


-Sério? – “Ai Merlin, que combinação maluca de comida ela vai querer agora?” – Porque?


-Draco mandou uma coruja há umas duas horas. Gina entrou em trabalho de parto. – ela tinha um ar meio distraído, aéreo. Lembrava muito a Luna Lovegood de Hogwarts.


Blaise sentou na cama, de imediato.


-Porque você não me acordou? Eu sou o padrinho!


Ela o encarou e acariciou seu rosto.


-Você estava dormindo tão profundamente que eu achei que seria um crime te acordar. 


Ele sorriu, agradecido, de certa forma. Quantas vezes ela o acordara no meio da madrugada pedindo algo como cenouras babies com calda de amoras salpicadas com hortelã e orégano? 


-Obrigado. Mas de qualquer forma, se eu não for pro St. Mungus, Draco acaba cometendo um crime. E contra mim!


-Se importa se eu não for? Tô meio cansada... 


-Claro que não. – ele a beijou e beijou a ‘filha’ – Descanse bastante e me ligue se quiser alguma coisa. E você, Madelleine, fique boazinha até o papai voltar, ok?


O homem levantou e foi se vestir. Em minutos, aparatou no St. Mungus e encontrou o amigo andando de um lado pra outro, como uma fera enjaulada. Caminhou na direção dele, chamando sua atenção.


-Bom dia, Draco.


-Até que enfim, né? Achei que só ia aparecer pro batizado!


-A Luna recebeu a mensagem, mas não me acordou. Não tive culpa. Como tão as coisas?


-Ela começou a sentir contrações bem cedo, eu a trouxe e ela tá lá, desde então.


-Lembra do que a Granger disse quando viemos ver a Pans? 


-‘Horas de trabalho de Parto’? Só de pensar nesse dia, já fico enjoado. Ainda bem que hoje, o movimento tá fraco.


Nem bem Draco terminou a frase, um grito foi ouvido! E depois outro e mais outro.


-Esse lugar devia ter isolamento acústico... – comentou Blaise, casualmente – Você avisou a Pans?


-Avisei, mas ela não deve vir agora. Tá cuidando do Willian. E a Luna?


-Tá indisposta.


-Então, sobrou pra você me agüentar... – o louro sentou no mesmíssimo banco que Hermione ocupara na ‘visita’ anterior. 


-Acho que não. – respondeu Blaise, apontando para a quantidade de pessoas ruivas que se aproximavam deles – A família inteira dela tá aí?


-Pior que tá...


Molly, Arthur, Gui, Carlinhos, Fred, Jorge e até Ron (acompanhado de Hermione) chegaram esbaforidos ao St. Mungus. O sogro agarrou Draco pelo colarinho e o sacudiu, no nervosismo de conseguir informações. 


Todos estavam falando ao mesmo e ninguém se entendia, mas calaram-se ao mesmo tempo ao ouvir sons de choro. Viram um medi-bruxo sair da sala e Draco, Blaise e Ron tiveram uma sensação de deja vù. 

-Sr. Malfoy...? – o homem estava visivelmente assustado com a quantidade de pessoas.


-Sou eu.


-Seus filhos acabaram de nascer. Todos fortes e saudáveis.


-Todos? Quantos, exatamente? - perguntou Molly.


-Três. Duas meninas e um menino.


A última coisa que Draco ouviu foi o som de sua cabeça batendo no chão, quando ele desmaiou.

~*~

A pequena Madelleine não teve um nascimento tão caótico. Luna estava mais calma que nunca, o único nervoso era Blaise, que decidiu acompanhar todo o processo. Foi o nascimento mais tranqüilo da noite (Luna começara a sentir contrações por volta das 22hs). E o mais rápido também.


Em apenas meia-hora, a família Lovegood-Zabini ganhou mais uma integrante: a doce Madelleine, que era uma cópia da mãe. Após a remoção da mãe para o quarto particular, uma enfermeira trouxe a menina e a colocou nos braços de Blaise.


-Segure-a com cuidado. Apóie a cabeça, isso mesmo. – orientava a mulher, enquanto o auror pegava a filha.


-Ela é muito pequena... E se eu acabar machucando ela? – perguntou, preocupado.


-Não se preocupe, o senhor está indo bem. Volto pra buscá-la mais tarde. – a enfermeira se retirou.


-Traz ela pra mim, amor.


O sonserino apenas virou a cabeça na direção dela.


-Eu to com medo de andar, posso derrubá-la. – ele de alguns passos cautelosos, parando cada vez que a menina se mexia. Demorou quase 5 minutos pra chegar até a cama. 


Luna estendeu os braços e pegou a filha. Logo, a pequena estava aconchegada junto ao colo da mãe, fazendo sua primeira refeição.


-Ela é muito linda!


-É por que parece com você. – disse Blaise, beijando a esposa.

~*~

Harry e Pansy finalmente se casaram. Não logo após o nascimento de Willian, afinal, a mamãe queria recuperar a forma. O bebê de Luna e Blaise já estava com 5 meses quando eles começaram os preparativos. Além disso, Harry arrumara uma briga feia com o organizador da cerimônia, pois achara que o homem estava dando em cima de Pansy, quando, na verdade ele estava apenas cumprimentando-a com um abraço entusiasmado. A morena esclarecera a confusão ao dizer que Andrew, o organizador, era um velho amigo. Além disso, ele era muito bem comprometido com Richard, seu sócio na empresa de organização de casamentos.

**

Draco pegara logo o jeito de ser pai. Com três bebes em casa, era fácil praticar coisas como dar banho e trocar fraldas, tarefas que ele nunca delegava a ninguém, nem mesmo à mãe ou à sogra. A única que o persuadia a ‘dividir’ os filhos com o restante da família era Gina. 

**
Aproveitando a temporada de ‘finais felizes’, Hermione finalmente conseguira levar Ron ao altar. O ruivo estava um bocado nervoso no dia da cerimônia, chegando a ter um ligeiro episódio de hiper-ventilação, pouco antes de entrar na igreja. Harry conseguira acalmá-lo, fazendo-o respirar devagar (ele próprio passara por isso ao descobrir que ia ser pai). 


A castanha tinha lágrimas nos olhos ao atravessar a nave. Nunca se sentira tão feliz quanto naquele momento! 

**
Os filhos deles se tornaram grandes amigos, como não podia deixar de ser. Claire e Sophia, filhas de Draco e Gina, eram as melhores amigas de Madelleine, enquanto Michael (o outro gêmeo Weasley Malfoy), Willian e Dean (filho de Ron e Mione) também se tornaram um grupinho inseparável. 
Sophia era da Grifinória, assim como Dean (a versão masculina e ruiva de Hermione Granger). Claire, Willian e Michael eram sonserinos, enquanto Madelleine, idêntica à mãe em tudo, foi pra Corvinal. Mas apesar de estarem em casas separadas, eles continuaram sendo amigos.

**
A vida deles transcorreu normalmente. Ou tão normalmente quanto possível. Depois do que enfrentaram na China, dificilmente seriam mandados para outra missão tão empolgante. Mas se faltava emoção no escritório, esta era suprida pelas ‘travessuras’ de seus filhos. Estavam sempre recebendo cartas da diretora McGonnagall comunicando uma nova transgressão.


Não podiam esperar nada muito diferente, afinal Harry, Ron e até Draco, eram conhecidos por estarem sempre quebrando alguma regra em Hogwarts. 


~*16 anos depois, Notícia do caderno de Entretenimento do Profeta Diário*~

“O cadáver caiu aos pés da agente Natalie, que apenas o encarou, chocada demais pra se mexer. O abraço de Nick, seu noivo, a fez despertar. Era assim que acabava a maior missão daqueles seis agentes. Tinham ido ao outro lado do mundo para viverem mais uma aventura mortal. Felizmente, conseguiram deter a família Tsukawa antes que eles colocassem seu plano de destruição do mundo trouxa em ação. O agente Jared, líder daquela missão, fora o autor do disparo. Com apenas uma bala, salvara a vida da companheira e evitara que Koujiro Tsukawa, o último que restara da família criminosa detonasse uma bomba que destruiria metade de Londres. 


-Jared, você salvou o mundo bruxo! – disse a agente Kirsten, que tinha uma quedinha pelo colega.


-Imagine. Eu apenas cumpri meu dever.”

Esse é o final do livro ‘A Família Tsukawa’, 3º volume da série de ação ‘Aventuras Mortais’, que conta as aventuras de um grupo de seis agentes secretos, 3 homens (Jared, Nick e Brian) e 3 mulheres (Kirsten, Natalie e Allison). É uma série de sucesso, voltada para o público jovem. A autora, Sophia W. Malfoy, diz que se inspira em ‘fatos do cotidiano’ para escrever seus livros. O próximo volume da série se chama ‘A Assassina Japonesa’ e conta como a agente Natalie conheceu sua arquiinimiga, Kurenai Haruno, uma ninja que trabalha como assassina profissional. 


-Espero que a tia Pansy não se importe muito de eu usar a história dela com a Miho pra escrever o próximo livro.


-Ah, que nada! – disse Willian – Minha mãe vai adorar. Ela tá esperando que a “a agente Natalie” – o garoto fez aspas – enfrente logo a tal japa do mal!


-Então vou mandar uma edição de luxo do livro pra ela! 


-Você sempre manda. – disse Madelleine – Não só pra tia Pansy, mas pra todos os agentes reais que te inspiraram a escrever: nossos pais! 

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E olha as carinhas deles aqui!


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N/a: Final delirante, né, não? Sei lá, na concepção inicial, não existia livro nem filhos escritores, mas me deparei com o costumeiro bloqueio de fim de fic. Então, foi isso o que saiu. Mas até que ficou manero. Bom, mas o que importa é que a fic acabou!! Bjo o/

*PS: A songfic ‘The Kill’ já tem música.

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