Capítulo 12



CAPÍTULO 12:

Ela não tinha mentido, não precisava ficar com peso nenhum na consciência. Talvez tivesse omitido, mas mentir era uma palavra muito forte. Além do mais, ela tinha prometido ao amigo que o ajudaria, e até agora nada, a não ser aquela idéia ridícula de usar Cho para causar ciúme em Ginny, idéia que obviamente não tinha sido dela.

Sinceramente estava com receio em relação a reação que a amiga teria ao chegar e encontrar o moreno ali. Talvez o espírito Natalino abrandasse o gênio difícil da amiga. Riu. Nem o Natal, que seria comemorado dali a dois dias na Toca, seria capaz de conter a explosão que provavelmente aconteceria.

Há dois dias tinha convidado Harry e Ginny para um jantar em sua casa, o amigo sabia que a ruiva viria, mas ela não fazia idéia da presença dele. Quando enviou o convite a cunhada, alegou que queria aproveitar ao máximo a sua licença-maternidade, que não haveria outra oportunidade para se reunirem... Puro exagero é claro, mas tinha que trazer Ginny de qualquer jeito para aquele jantar.

Naquele momento andava de um lado para o outro aguardando ansiosa o momento em que o ex-casal se encontraria. Queria muito que os seus dois “irmãos” se acertassem, por isso ousou articular o encontro do quarteto, tinha esperanças que passar horas conversando, lembrando de todas as situações que passaram juntos, pudesse fazer Ginny aceitar ao menos a amizade de Harry e daí, quem sabe, o amor, que ela sabia que ainda existia por parte da ruiva, teria espaço para vencer a mágoa e o orgulho.

Sua caminhada foi perturbada pelo barulho estridente da campainha, pelo olho-mágico viu Harry parado em frente à porta.

-Nunca pensei que fosse lhe dizer isso, mas... que pontualidade – disse assim que abriu a porta.

-Boa noite pra você também Sra. Weasley – Harry devolveu com um sorriso sem dentes – Essa sua convivência com Ron, está deixando marcas profundas, até piadinhas você anda fazendo, onde está a menina certinha que conheci?

-No passado, meu amigo – Ron acabava de entrar na sala, nos braços um embrulho rosa que se mexia – No passado... Boa Noite.

-Vê Hermione, *i*ISSO*/i* é educação.

-Não, não, *i*isso*/i* é a famosa cumplicidade masculina, veja bem, Ron até está educado, para ser solidário com você.

-Como assim *i*está*/i*? Eu *i*sou*/i* educado – o ruivo parecia ofendido – Mione, já lhe pedi que não dissesse esse tipo de coisa na frente da minha filha – Ron tampava um dos ouvidos da filha, que estava segura em seus braços – não me ofenda na frente dela, ela pode ter uma idéia errada de mim mais tarde.

Achando graça da fala do amigo, Harry se intrometeu:

-Ron, Anne só tem três meses, não exagere.

Ron lhe lançou um olhar de piedade.

-Harry, não seja tolo, os bebês levam para a vida inteira suas lembranças mais remotas, é daí que surgem os traumas e mesmo a preferência por uma coisa ou outra.

-Quem lhe disse isso? – Harry se espantou com a semelhança de Ron com Hermione, o tom era o mesmo que a amiga usava quando explicava um assunto que para ela, era óbvio demais.

-Ora, quem me disse! Eu li num dos livros de Hermione sobre os primeiros meses de vida de um bebê – a resposta foi dada com naturalidade.

Definitivamente a convivência de um com o outro estava deixando suas marcas, Hermione fazendo piadas e Ron citando passagens de livros? O quadro era no mínimo exótico demais.

-Agora vamos entrar! – olhava de um lado para o outro, não queria correr o risco de Ginny ver Harry e dar meio volta.

Harry atravessou a porta e foi se juntar a Rony na “cerimônia de babação”, era assim que ela chamava os períodos de minutos, ou mesmo horas, no caso do ruivo, que os dois homens passavam contemplando e tecendo elogios a menina.

-Ela é linda, ahn? – essa era a frase que Ron sempre usava para dar início a sessão.

-Demais...

-Ela é tão parecida com a Mione.

-É sim... mas acho, já lhe falei isso, que também lembra um pouco Ginny.

Nessa parte, Rony sempre olhava o rosto da filha com maior concentração, se é que isso era possível, e depois de fazer uma careta respondia:

-É... se reparar bem, lembra sim. Mas de cara se vê que é filha da Mione, é tão bonita como a mãe... – quando estava assim tão concentrado, ele associava a beleza da pequena unicamente a esposa... Faltava a já conhecida frase-complete de Harry.

-E como a madrinha...

Se ela deixasse o “culto” duraria muito tempo.

-Venham vamos nos sentar na sala, Ginny já deve estar chegando – os dois homens a seguiram, mas ainda mantinham a discussão sobre as impressões que cada um tinha sobre a menina.

Poucos instantes depois de sentarem, a campainha voltou a tocar. O som foi capaz de tirar Harry do transe, este olhou ansioso para a amiga. Sabia que ele, assim como ela, estava receoso quanto a atitude que Ginny tomaria, assim que o visse.

Querendo mostrar e passar segurança para o moreno, Hermione sorriu para ele, que retribuiu. Ron ainda compenetrado em Anne, não percebeu a tensão que se estabeleceu no ambiente, nem mesmo notou sua esposa se levantar e seguir em direção a porta. A campainha tocou mais uma vez e a mulher apressou o passo, assim que abriu a porta, encontrou a ruiva, que estava acompanhada.

-Boa noite, dindinha! – era assim que Mathew sempre se referia a ela.

-Boa noite, Mathew! Como vai?

-Muito bem, obrigado. Onde está Anne? – o menino olhou de um lado e do outro, por trás dela.

-Está lá na sala com o seu padrinho – o menino já passava apressado quando ela lhe chamou a atenção – Ei! Não está esquecendo de nada?

Depois de dar um leve tapa na própria testa, Mathew deu meia volta e foi dar uma abraço em Hermione.

-Desculpe, dindinha... Estava com muita saudade.

-Nem tanta assim, não é? Afinal se eu não o chamasse, você nem me daria um abraço.

-É que também estava com saudades da Anne, minha mãe nunca me traz para vê-la... me desculpe.

-Tudo bem... Agora vá lá para a sala, Anne também estava com saudade de você.

Imediatamente o menino saiu correndo em direção ao ambiente.

-Espero que não se incomode por eu tê-lo trazido – se pronunciou a ruiva que havia observado a cena em silêncio.

-Ora, mas é claro que não... Não sei por que eu mesma não disse para você trazê-lo quando a convidei.

-PAAAAIIIIII!!!! – as duas mulheres ouviram a voz de Matt vindo da sala.

Ginny lançou um olhar fulminante sobre Hermione, que reparou que tanto as bochechas, quanto as pontas das orelhas da cunhada estavam sendo tingidas por vermelho.

-O que significa isso? – a ruiva disse a frase pausadamente – Eu não acredito que Harry está aqui, não acredito que você fez isso comigo.

-Ora, Ginevra, não fiz nada com você, fiz comigo, ou melhor, por mim. Queria me reunir com meus amigos.

-E você não podia se reunir com um de cada vez? – Ginny praticamente cuspia as palavras.

-Não ia ser a mesma coisa – respondeu de forma inocente – O que tem demais ele estar aqui? Você mesma me disse que pelo bem de Matt, ia se esforçar para ter uma boa convivência com ele.

-Eu sei o que eu disse! Mas isso não me obriga a ter que suportar a maldita presença dele o tempo todo!

Hermione percebeu o tom raivoso da voz da amiga, muito diferente daquele tom indiferente que sempre usava para falar de Harry, o que a fez chegar a uma conclusão.

-Aconteceu alguma coisa entre vocês! – os olhos apertados estavam fixos na ruiva, tentando captar qualquer mínima reação.

-Não! – respondeu a ruiva categoricamente, rápida e nervosa demais.

-Isso não foi uma pergunta Ginevra – cruzou os braços e manteve o olhar de análise na cunhada – é uma constatação, aconteceu algo entre vocês.

-Definitivamente você enlouqueceu, claro que não aconteceu nada entre a gente, o que poderia ter acontecido? Nós mal nos falamos, a não ser no trabalho é claro – ela sabia que aquele sorriso zombeteiro era falso.

-MÃÃÃÃÃEEEEE, venha ver Anne! Meu pai também está aqui.

Estava tão concentrada em Ginny, que não viu o afilhado vir da sala. O garoto passou a arrastar a mãe, que tinha uma expressão de alívio no rosto.

“Salva pelo gongo, Ginevra”. Mas é claro que a ruiva não ia escapar assim tão fácil, ela ia descobrir tudo até o fim da noite.

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A situação era extremamente embaraçosa, não acreditava que Hermione pudesse ter feito aquilo com ela. Assim que ouviu a voz de Matt ao encontrar o pai, seu coração acelerou de imediato, um suor frio encharcou sua mão e para completar o quadro, a raiva, evidenciada pela coloração da maçã do rosto e das pontas das orelhas.

Tudo bem passar o dia inteiro com ele no trabalho, mas fora dali, queria máxima distância daquele que perturbava sua vida, ainda mais depois do fato ocorrido na Toca há pouco mais de 24 horas. Por mais que tentasse acreditar, por mais que repetisse para ela mesma que não tinha gostado, uma dúvida havia se instalado na sua cabeça.

Lutou tanto para conseguir esquecê-lo, para sufocar todo o amor que sentia por ele, não podia ter gostado do beijo. Se sentia fraca por um beijo, que durou poucos segundos, abalar tão facilmente uma determinação de quase sete anos. Buscou na memória algo que indicasse que não tinha gostado, que em algum momento tinha reagido, mas nada, só a nítida lembrança de estar retribuindo ao beijo dele.

Como queria ter tido tempo suficiente para absorver tudo que tinha acontecido, encontrá-lo no jantar não estava ajudando em nada a arrumar o caos estabelecido na sua cabeça. Durante o jantar, por mais que evitasse olhar na direção do moreno, sabia que os olhos dele estavam fixados nela, assim como agora.

Estavam na sala de estar, Rony discursava sobre o desenvolvimento de Anne.

-Agora ela segue qualquer movimento com os olhos, se escuta nossa voz ou a de Sony, fica alerta...

Tentava prestar atenção ao que o irmão dizia, mas a sensação de estar sendo observada era incomôda demais. Resolveu se arriscar e desviar o olhar do irmão, imediatamente seus olhos encararam os de Harry, como ele não desviou o olhar, ela também não o fez, não podia deixar que ele pensasse que estava intimidada com a presença dele ou que percebesse que o beijo tinha provocado alterações no que sentia.


O embate foi interrompido pela voz de Matt.

-Dindinha por que essas fotos não estavam aqui antes? – Mathew estava parado em frente ao aparador apinhado de fotos que Hermione mantinha na sala – Nunca tinha visto essas fotos que o meu pai aparece.

Ginny se virou para Hermione esperando que a cunhada respondesse ao filho, mas que não dissesse o real motivo das imagens não terem estado ali antes, queria, ao menos por enquanto, manter Mathew ignorante em relação a tudo aquilo.

-Bem, Matt... – a ruiva percebeu que como ela a amiga, não tinha uma boa resposta para dar ao menino.

-Vocês não queriam que eu visse meu pai para não sentir falta dele, não é? – perguntou o menino em tom casual, enquanto continuava a analisar as imagens em movimento.

Os quatro adultos ficaram desconcertados com a fala de Matt.

-Matt... – Ginny não tinha o que dizer ao filho, não queria que o garoto se sentisse enganado.

-Tudo bem, mamãe, você fez isso para o meu bem, não é? – sem esperar pela resposta da mãe continuou – Meu avô sempre diz que tudo que você faz é para o meu bem... Eu acredito nele... – o garoto pareceu não notar a comoção que tinha causado nas duas mulheres com a sua resposta – De quando é essa foto?

-Qual?

Ginny se levantou disposta a responder todas as dúvidas do filho, ao se aproximar e olhar para a foto que ele apontava, viu uma imagem em movimento de Harry montado na vassoura, a mão erguida segurando o pomo.

-Essa é da final do campeonato de Quadribol, o último que seu pai participou.

Viu que Harry tinha se levantado para se juntar aos dois, se abaixou para poder ver melhor a fotografia que estava segura nas mãos do menino.

-Nossa... Como conseguiu essa foto, Mione?

-Ora, Harry, com Colin, seu fotógrafo oficial.

-Quem é esse bebê que você e minha mãe, estão segurando, pai? – o menino apontava outro quadro.

Harry apanhou a moldura das mãos do filho, assim que a aproximou do rosto, passou a acariciar o vidro que protegia o papel.

-Não somos eu e sua mãe, Matt... – Ginny viu brotarem lágrimas dos olhos do moreno - ...Esses são meus pais, os seus outros avós, James e Lílian, esse bebê sou eu.

O menino esticou o braço indicando que o pai lhe devolvesse a foto.

-Puxa... Como você e mamãe se parecem com eles... Minha vó era muito bonita, não é mamãe?

-Era sim, Matt...

-Igual a Senhora – concluiu o garoto, e logo apontou para outra – E essa?

Harry e Ginny abaixaram o tronco ao mesmo tempo para ver o que Matt indicava, o que provocou um choque entre suas cabeças, ambos se ergueram com uma careta de dor e pediram desculpas um ao outro, dando um pequeno sorriso de divertimento com a situação.

Harry pediu que o filho passasse a foto, depois de analisá-la por alguns instantes, ofereceu-a a Ginny. Na cena, estavam os quatro amigos, Harry estava a abraçando por trás e beijava sua bochecha constantemente, ao que a Ginny de papel sempre sorria, Hermione estava de lado, pendurada no pescoço de Rony, que de vez em quando erguia a namorada para lhe dar um selinho rápido.

-Essa é da comemoração pela conquista do campeonato de Quadribol no meu sétimo ano.

De onde estava, Rony se pronunciou com ares de nostalgia.

-Um dia definitivamente inesquecível, uma vitória gloriosa pela manhã, uma festa de arromba durante toda a tarde e à noite...

-Ronald Weasley, não se atreva a terminar essa frase.

Harry e Ginny se encararam e começaram a rir, Matt os acompanhou.

-Iiiiiiih... o padrinho tá encrencado.

-Você não percebe que tem criança nessa sala? – Hermione continuou a repreender o marido, vendo que ele iria se justificar,emendou – Não quero saber de desculpas.

-Continuando... – Ginny percebeu que Harry havia voltado a falar, para socorrer o amigo que estava sob um olhar ameaçador da esposa – Esse foi o jogo mais emocionante de toda a minha vida, o time todo estava inspirado, mas sua mãe e seu padrinho jogaram com perfeição.

-É mesmo? – disse Mathew completamente empolgado com o relato do pai.

-É... Rony não deixou uma única Goles atravessar os aros da Grifinória, fez defesas espetaculares, algumas impossíveis... – Nesse momento Ginny viu o irmão estufar o peito - ...Sua mãe enfiava a Goles nos aros a cada minuto...

-Não exagere, Harry... – mas o menino não deu atenção ao comentário da mãe

-...Os artilheiros e os batedores da Sonserina, não conseguiam barrá-la, nem tomar posse da Goles, só viam um borrão vermelho no ar, tamanha era a velocidade com que ela voava – Harry se dirigiu a Ginny – Não seja modesta, você estava incrível naquele jogo.

-Não serei modesta se você não for... – ela sempre se empolgava demais quando se tratava de Quadribol, tanto a ponto de esquecer todos os problemas que Harry causava a sua sanidade mental – ...É verdade que fiz muitos pontos, mas só por que VOCÊ ficou brincando com o apanhador da Sonserina... Acredita que seu pai, passou as duas horas de jogo cantando a posição do pomo-de-ouro para o Fletcher, só para em seguida correr para lá e espantar o pomo, quando o garoto estava chegando perto?

-É verdade pai? – o menino olhava admirado tanto para o pai quanto para a mãe.

-Bem... É... mas...

-Nada de mas Harry, você foi fenomenal e ponto final, dominou a posição do pomo a partida inteira.

-Mas se não fossem os seus muitos pontos e as defesas do Ron, o jogo não teria sido tão emocionante.

-Claro que teria! A partida só durou duas horas por que você quis...

-Ah! Chega vocês dois, o jogo foi perfeito e ponto, não interessa por causa de quem... A festa de comemoração também foi perfeita...

-Você só acha isso por que aquele bando de... – Hermione bufou, mas não terminou o que ia dizer -... por que aquelas *i*garotas*/i* ficaram se jogando em cima de você.

-Você sabe muito bem que elas não me interessavam, meu amor... E outra elas estavam mais interessadas no bonitão aí – apontou Harry com o polegar.

-Eu que o diga... Passei a tarde inteira espantando garotas querendo autógrafo, “Quem sabe um dia você não se torna um famoso jogador de Quadribol, imagine eu ter um autografo seu? Pode assinar aqui na minha blusa...”, elas eram ridículas.

-Ridículas por que? – era Rony quem perguntava – Um autografo de um jogador famoso como eu, modéstia parte, vale uma fortuna, e se Harry realmente tivesse se tornado um jogador? Ele sempre gostou tanto de Quadribol....

-Acontece Roniquinho que Harry quis ser auror desde que tomou conhecimento da profissão.

-Eu também queria, mas hoje sou jogador, poderia ter acontecido com ele também.

-Tudo bem Rony – estava impaciente com a insistência do irmão – A questão é que elas não estavam interessadas no autografo.

-A questão é que você e Mione eram ciumentas demais.

-Eu não era ciumenta – defendeu-se a ruiva.

-Como não? – Harry voltou a participar da conversa – Você chegou a mandar quatro garotas para a enfermaria com as suas azarações...

-Elas tinham passado dos limites, você sabe muito bem! – respondeu a ruiva indignada – Além do mais eu estava cuidando do que era meu, isso justifica tudo.

-Você sabe que não precisava se importar, assim como para Rony, em relação a Mione, nenhuma delas me interessava, só você... – depois de uma pequena pausa o moreno completou - ...assim como agora.

Ginny olhou assustada para Harry e em seguida para um Rony que desviava os olhos esbugalhados da irmã para o amigo, Hermione tentava manter uma expressão séria no rosto, mas a ruiva percebeu um leve sorriso de satisfação que a amiga tinha deixado escapar, Matt dividia sua atenção entre os quatro adultos, provavelmente tentando entender por que todos tinham se calado tão de repente.

-Erm... – se decidiu por uma atitude que ela mesma classificaria como ridícula - ...Já está tarde, precisamos ir embora Matt.

-Mas mamãe, eu quero ver mais fotos do meu pai.

-Outro dia Mathew... Se despeça dos seus padrinhos e do seu pai.

O garoto obedeceu à mãe, visivelmente contrariado.

-Tchau pai! – Harry se abaixou para abraçar o menino e deu-lhe um beijo no alto da cabeça.

Quando o menino se afastou Harry segurou discretamente o braço de Ginny, que permanecia ao seu lado, e num sussurro disse:

-Me desculpe... Não precisa ir embora por causa disso, sei que não devia ter dito, saiu sem querer.

Ginny soltou-se de Harry e vendo que o filho já tinha se despedido dos padrinhos, ignorou o moreno e foi em direção ao menino.

-Vamos Mathew – segurou a mão do garoto e apressada em direção a saída, saiu sem se despedir de ninguém.

-Eu a acompanho até a porta – disse Hermione enquanto se levantava e seguia a cunhada.

Chegando ao hall de entrada, Ginny abriu o armário localizado ali e apanhou o seu casaco e o de Matt. Vestia o filho, quando viu uma zombeteira Hermione de braços cruzados a encarando com uma expressão de puro divertimento.

-Eu não acredito que você fez isso comigo.

-Eu não fiz nada – devolveu Hermione – Não fui eu quem te obrigou a engatar a conversa sobre Quadribol, foi?

Vendo que a cunhada estava irritantemente certa, simplesmente bufou.

-Até amanhã... – disse Hermione enquanto ela abria a porta – Estarei lá bem cedo com Anne, para ajudar sua mãe e você a prepararem a ceia...

-Ok!

-...Rony e... HARRY, irão mais tarde.

Virou a cabeça para olhar novamente para a cunhada tão rápido que sentiu dor no pescoço.

-Como assim Harry irá mais tarde?

-Ora, você não sabia que seus pais o convidaram para passar o Natal conosco na Toca? – perguntou a cunhada da maneira mais cínica possível.

-Não! – seu tom era de desespero.

-Eu também não sabia dindinha! – se intrometeu Matt – Vai ser muito legal, vou poder apresentar meu pai para todos os meus primos, não é, mamãe?

Ginny estupefata demais com a notícia, soltou apenas um murmúrio para concordar com o filho e depois de um murcho aceno com a mão saiu em busca de um lugar onde pudesse aparatar discretamente.

“Que belo presente de Natal”, pensou ironicamente.

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N/A: Olá leitores amados!

Ok, ok... Eu sei que depois de passar um “pequeno” tempo sem postar vocês devem estar ligeiramente raivosos, mas eu preciso que vocês entendam que a minha vidinha acadêmica exige muito de mim, então, por favor, nada de azarações, tenham paciência, que pode demorar mas uma hora eu posto.

Agora aos comentários individuais:


Tucca Potter: Bom, eu te perdôo por você ter passado um tempo sem comentar a fic, mas também espero que você tenha perdoado minha demora em postar. Obrigada pelos elogios. BJOS


Priscila Louredo: Só digo uma coisa em relação ao Matt: Tá dominado, tá tudo dominado, kkkkkkkkk. Eu também achei esse capítulo muito lindo, fiquei “ligeiramente” emocianado ao escrevê-lo. Bjos e espero que continue acompanhando a fic.


Penny Lane: Fico satisfeita que você tenha gostado do capítulo, ou melhor, dos capítulos. Bjos e continuem lendo e comentando a fic.


Expert 2001: Que bom que gostou dos capítulos. Bjos


Mari Black: Pois é, engraçado, você foi a única que comentou o beijo entre o Harry e a Ginny, achei que ia causar mais rebuliço, mas enfim. Obrigada pelo elogio, espero que tenha matado um pouquinha da sua ansiedade. Bjos


Joana Oliveira Santos: Primeiramente, bem vinda a minha fic. Segundamente, obrigado pelos elogios. Terceir.... ah chega disso. Enfim, quanto a divulgação, fica meio difícil eu ficar atualizando a fic e eu também fico sem graça de ficar anunciando ela em outras. Espero que você continue lendo e gostaria que me dissesse quem foi que indicou a fic, para que eu possa agradecer. Bjos


Dessa Potter: Bem vinda a fic. Desculpe pela demora na atualização, MAS é total e completa culpa da minha facu, que me consome física e mentalmente. Bjos, continue acompanhando


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