O ARCO PARALELO



A visão de um lugar que parecia parado no tempo, lembrava bairros dos anos 50, e que tinha aparecido do nada diante de seus olhos deixou os meninos paralisados de espanto, mas agora não haviam mais dúvidas aquela história de bruxos era verdade e eles mais que depressa dispararam um furacão de perguntas para Airton que respondia a todas alegremente.
Mas essa alegria durou pouco, pois quando foram perguntados sobre as listas de material, os meninos ficaram tristes não tinham dinheiro para comprar material algum, ao ver o rosto dos meninos Airton explicou que os gêmeos possuíam dinheiro mais que suficiente para irem à escola, pagar o material de Rodrigo e o de Flávia se dali a dois messes sua magia se revelasse.
Os gêmeos arregalaram os olhos e Airtom os convidou para um sorvete enquanto contou toda a história da morte de seus pais e de como ele tinha se tornado o tutor legal dos gêmeos, por nomeação do ministério, que decidiu deixar os meninos escondidos com os trouxas até terem idade para aprender a se defender no mundo bruxo, pois o que acontecerá em sua casa nunca foi totalmente esclarecido.
Refeitos da surpresa e muito alegres os meninos foram comprar suas coisas, porque os gêmeos disseram que sem Rodrigo a escola não ia ter graça e que ficariam torcendo por Flávia.
Após muitas compras pararam para almoçar, só faltavam as varinhas, Airton despachou com um feitiço as compras para sua casa e foram andando para a loja de Varinhas, no caminho passaram pelo Amigos Bichos, loja de animais e acabaram gastando uma graninha extra, Uma coruja Negra de Olhos verdes para Rodrigo, um coelho que mudava de cor para Flávia, Felipe fez questão de lhe dar um presente, um gato cor de mel para Felipe e um filhote de Trow para guilherme, Airtom explicou que os Trow não crescem muito e são muito amigos, um Trow lembra um cão da raça Shi-tzo, são peludos e bagunceiros, só que os trow adoram chamas, por isso são chamados cães de fogo.
Agora de posse de seus novos animais continuaram o caminho para a loja de varinhas, poder do Orum, ao chegarem foram recepcionados por um bruxo muito velho e informados de que cada um deles deveria apanhar sua varinha em sua vez e Rodrigo foi o primeiro a entrar não haviam se passado cinco minutos quando o garoto saiu sorrindo e carregando uma caixinha em suas mãos.
Felipe entrou logo e saiu tão rápido que todos se assustaram ele trazia a mostra uma bela varinha de Jacarandá negro e disse aos outros que continha um pelo de mula-sem-cabeça, Rodrigo falou que na sua tinha cabelo de saci e Guilherme entrou, passou tanto tempo que todos tiveram que comer algo, pois a fome era demais, e finalmente o menino saiu cabisbaixo em suas mão não tinha varinha, não tinha caixa, não tinha nada, a não ser as lagrimas que secavam.
O velho bruxo saiu da loja dizendo que aquilo jamais tinha acontecido, o garoto testará todas as varinhas da loja mais nenhuma havia lhe servido, ou ele não tinha poderes ou precisava de uma varinha especial.
O caminho até o cofre foi triste o grupo se movia em silêncio, era preciso pagar o que tinham comprado, mas a tristeza era quase palpável, chegaram ao cofre sem se quer reparar na beleza do prédio de mármore com detalhes em prata em que haviam entrado.
Assim que abriram o cofre um dos bruxos que cuidava do banco entregou a Airton uma carta e uma caixa de sapatos, dizendo que o Sr. Mario de Andrade e a Sra. Diana Figueiredo Andrade tinham deixado instruções para que a caixa fosse entregue a seus filhos quando chegasse a hora de irem para escola.
A carta lida por Airton dizia o seguinte:
Meus filhos se estão lendo esta carta é porque o que mais temia aconteceu, eu e sua mãe ou morremos ou não podemos estar com vocês, posto que nos afastar é a única maneira de protege-los. (Pai os ama muito)
Sei que devem ter dito a vocês que seu pai não era um bruxo, mas isso é uma mentira, meninos, pois seu pai carrega a linhagem de Valkiria no sangue, mas tarde entenderam o que isto significa, por hora saibam que isto deve ser mantido em segredo, se algo de diferente acontecer quando já tiverem idade para ir à escola, abram está caixa, caso contrario escondam-na muito bem, dentro da caixa a uma varinha, ela foi de seu pai, a também uma carta mandem uma coruja, a Harry Thiago Potter, na escola de bruxaria de Hogwarts, Inglaterra, ele irá ajuda-los, a também um medalhão, aquele dentre vocês que não for usar a varinha deve leva-lo no pescoço sempre.
Amamos muito vocês Guilherme e Felipe,
Beijos papai e mamãe
Algo de estranho disse Airton olhando para Guilherme e sorrindo, parece que você já era previsto, passou a caixa as mãos do menino que a abriu emocionado, ele ia pegar o medalhão mais Felipe falou experimenta a varinha cara, meio sem convicção ele atendeu ao pedido do irmão e na mesma hora foi envolvido por uma luz azul cintilante que por um tempo ofuscou os olhos dos outros.
Os meninos romperam em vivas, pois agora todos tinham seu passaporte para uma grande aventura, menos Flávia mais ela estava muito feliz para ligar para isto.
Mandaram imediatamente plumas de Ônix, a coruja de Rodrigo com a carta para esse tal de Potter, queriam respostas estavam muito curiosos, haviam tentado sem sucesso abrir a carta, todos os feitiços de Airton nada fizeram então não havia outro remédio a não ser esperar.
Saíram do banco, os gêmeos com bolsos pesados, e foram direto para a casa de Airton que ficava ali mesmo no Arco, mas em uma parta afastada das lojas.
No caminho para a casa de Airton o assunto era quem era o tal de Potter, o ministério da magia no Brasil tinha algumas informações e o bruxo contou algumas coisas às crianças, ele disse que o professor Potter, havia destruído um grande bruxo maligno chamado Valdemort, e que antes de se tornar professor o Potter era um grande Aurior, dizem que ele é o mais poderoso bruxo vivo.
O Brasil só participou da guerra no fim, porque o loco do Valdemort fugiu pra cá com uma tal de Bellatrix que era tão loca quanto ele, não há detalhes da batalha, mas muitos bruxos morreram incluindo o tal do Valdemort, a Bellatrix fugiu e se ocultou muito bem, pois jamais foi encontrada, dizem que ela estava grávida, mas também não se tem certeza disso.
O lado bom dessa guerra é que os laços entre o ministério Inglês de magia e o ministério da magia brasileiro ficaram muito mais sólidos, por isso Rodrigo a sua coruja já deve estar em casa, pois ela vai levar a carta ao ministério e ela será mandada para o ministério Inglês através de pó de flu, vocês irão ver o que é isso logo, e outra coruja fará a carta chegar ao senhor Potter, não se preocupe ela sabe que deve fazer isso completou o bruxo diante do olhar preocupado do garoto.
Ao chegarem à casa de Airton os garotos foram apresentados a Dora sua esposa e aos seus filhos Adriana uma bela loirinha de olhos castanhos, sorriso fácil, que usava os cabelos também castanhos em um corte chanel que combinava com seu rosto cheio, ela trajava roupas trouxas, mais podia dar aulas ao pai, já que usava uma calça preta e uma blusa branca, nada extravagante, e a seu irmão Frede embora fosse parecido com a irmã era três anos mais velho que ela.
Frede tinha olhos castanhos escuros, era serio e parecia praticar esportes, pois seu corpo estava bem delineado por baixo do macacão azul que trajava.
Os garotos foram muito bem recebidos e logo iniciaram uma longa conversa com Adriana, pois ela iria começar na escola com eles, mas sabia muito do mundo e os garotos procuravam guardar tudo que ela falava, ficaram felizes quando Adriana disse que provavelmente Flávia tinha poderes mágicos, pois achava difícil crer que os gêmeos pudessem trazer alguém que fosse trouxa para o Arco posto que eles ainda não controlavam seus poderes.
Dois dias se passaram, em meio a muita festa, rapidinho e naquela noite teria uma festa para comemoram o aniversário dos gêmeos, teria não tivesse chego uma visita inesperada, todos estavam preste a começar o parabéns quando uma cabeça apareceu na lareira, a cabeça tinha cabelos negros e rebeldes, olhos verdes e penetrantes, atendia pelo nome de Harry Potter atual professor de defesa contra as artes das trevas em Hogwarts, desculpe a hora Airton e boa noite cumprimentou o bruxo, o cumprimento foi respondido por todos, mas os olhos do bruxo já estavam parados sobre Guilherme reconhecendo nele a marca das Valkirias, ele disse estarei ai amanhã para conversarmos, e sumiu como se nem estivesse ali, mas atmosfera de tensão que deixou no ar acabou com o clima de festa e logo após um silencioso jantar todos foram deitar já que o amanhã prometia.
Como dividiam o mesmo quarto os garotos ainda conversaram sobre o estranho visitante e a razão de sua vinda, Guilherme não havia contado nada para os novos amigos e naquela noite a razão da vinda do inglês era algo que aguçava a curiosidade de Adriana e Frede, que pela primeira vez participava das conversas do grupo.
Guilherme decidiu contar aos amigos sobre a carta de seus pais, os olhos de Frede brilharam e ele começou a contar aos garotos tudo que sabia sobre as Valkirias, começou falando que se tratava de um grupo de bruxas que seguiam a cultura nórdica, parece que as primeiras eram mesmo nórdicas, eram um grupo nômade e quase foram destruídos na idade média, os poucos que restaram espalharam-se pelo mundo se escondendo, não sabia que eles tinham vindo pro Brasil, segundo li em história da magia na Idade Média, seus poderes são diferentes dos nossos, pois eles não conseguem fazer qualquer feitiço e precisam de itens mágicos especiais para controlar seu poder, diz ainda no livro que eles usam varinhas diferentes, pois as comuns não conseguem suportar a onda de energia que liberam ao realizar qualquer feitiço não respondendo aos comandos do bruxo, estava também escrito que essa raça comumente realiza feitiços sem farinha.
Guilherme estava assustado com o que havia dito, então ele era um desses bruxos nórdicos, mas como? E porque seu irmão não era também? Iria perguntar ao professor amanhã, pois já estava tarde e a luta contra o sono começava a ser perdida.

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