UM ABORTO? NÃO!!




Era mais uma noite de chuva na cidade de Florianópolis, coisa comum no mês de janeiro, o vento frio e cortante era continuo parecia estar gritando em um lamento sem fim de dor e medo; no alto de uma colina uma bela mansão de mármore cercada de árvores, oculta dos olhos dos curiosos por muros altos e por coisas invisíveis como feitiços e maldiçoes se destacava imponente, mas a calma que o lugar emanava era uma mera fachada, pelo menos a dois anos era assim depois do nascimento dos gêmeos nada mais tinha sido como antes na casa da família Figueiredo, não que os Figueiredo fossem uma família comum, pois a final eram uma família de bruxos puro sangue, é bem eram até Diana Figueiredo se apaixonar por um trouxa, que a família nem dizia o nome, e dar a luz a dois meninos Guilherme e Felipe, gêmeos idênticos, mas nunca se viu gêmeos idênticos tão diferentes.
Dois anos haviam se passado depois do nascimento das crianças e da morte de Diana, assim esqueci de dizer Diana morreu misteriosamente após o parto e o trouxa que era pai das crianças, ah quem se importa ... era só mais um trouxa.
Felipe era o orgulho da família branco, cabelos louros alhos verdes e sempre sorridente, mesmo pequenino vivia pegando a varinha dos avôs com a qual fazia travessuras: mudar a cor do pelo do gato, fazer sumir a comida do irmão.
- Esse menino é um talento e tanto, dizia Oliver Figueiredo, seu avô sem esconder o orgulho.
Já Guilherme, nunca demonstrará se quer o menor vestígio de magia e essa era a razão das inúmeras brigas na bela mansão, seu Oliver não se conformava com a possibilidade de seu neto ser um aborto e dizia a sua esposa que era melhor darem um fim ao garoto, dona Maria zelosa e carinhosa, como toda a avó, argumentava que era sedo e que a magia do menino surgiria até seus onze anos, como em quase todos os garotos bruxos.
- OLHA O IRMÃO DELE, vociferava Oliver.
- Isso não significa nada respondia dona Flávia, que acolhia o neto nos braços, como que, para proteger sempre que eles discutiam.
Na casa ainda moravam Gustavo e Giovana, também filhos do casal, Gustavo era um excelente obliviador e Giovana uma renomada aurior, ambos moravam com os pais, pois achavam que como os dois se aproximavam da casa dos cinqüenta anos não era bom que ficassem sozinhos ou largados aos cuidados de elfos domésticos, embora a família os possuísse, e concordavam com sua mãe o que aumentava a frustração de seu pai, que não conseguia entender como seus filhos podiam aceitar a possibilidade da existência de um aborto em sua família.
Naquela noite não poderia ser diferente após mais um acalorado bate-boca com sua família, Oliver aparatou, mal sabia ele que seria a última vez que faria isto.
Oliver aparatou em frente ao Cerveja espumante um bar bruxo e foi surpreendido:
- Silêncio, disse uma voz nas sombras.
- Crucio gritou uma outra voz, uma mulher reconheceu Oliver antes de cair em uma dor muda e dilacerante.
- SSSSS, gritou a primeira voz imitando o som de uma cobra.
O baque do feitiço foi tão forte que desfez o feitiço silêncio e o bar inteiro pode ouvir o grito cheio de terror de seu Oliver.
- VIBORAAA! Mas nada mais podia ser feito, o bruxo jazia morto e em seu peito trazia estampada uma serpente de prata; longe dali um grupo de encapuzados acabava de romper as defesas de uma certa mansão de mármore.
- AVADA KEDAVRA! Gritaram três vozes em uníssono, três raios verdes e três corpos caídos era o fim dos Figueiredo, pensava o grupo de assassinos, pois agora só restavam dois inocentes bebês que dormiam juntos em um grande berço de ouro.
- VIBORAAA! Gritou um dos encapuzados apontando a varinha para um dos bebês no berço, mas algo saiu errado, o menino sentou no berço, apontou o dedinho para o embasbacado grupo de assassinos e o feitiço como que retornou, mas era diferente não era o lampejo negro do feitiço mortal e sim um raio azul cintilante que acertou o grupo e os fez esfumaçar em pleno ar, ainda sorrindo o menino se deitou ao lado do irmão e adormeceu.
No dia seguinte quando as autoridades do ministério da magia brasileiro chegaram para tentar entender o que havia acontecido, como se alguém em qualquer ministério do Brasil entendesse algo, não puderam explicar como os garotos haviam sobrevivido e também não perceberam que os gêmeos Figueiredo não eram mais idênticos, pois os olhos de Guilherme haviam se tornado azuis como o céu e como, quem sabe um dia ele viesse a saber, os olhos de seu pai aquele que as fofocas contavam ser um trouxa desaparecido.

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