Entre dois mundos



Era noite numa cidadezinha ao norte da Grã-Bretanha, todas as casas tinham boa aparência, seus jardins brilhavam ao luar dando uma boa impressão do lugar, os carros eram de grande porte, todos perfeitamente estacionados e lavados, as cercas não mediam pouco mais de um metro, todas também muito bem cuidadas, as ruas eram todas asfaltadas, sem nenhum estrago. Como toda cidade, no seu centro, havia uma Igreja e do outro lado um cemitério, que também era muito bem cuidado.
— Que lugar é esse? —disse um homem corpulento, com um sorriso malicioso e enviesado.
— Não sei direito, mais é perfeito demais pro Lord das Trevas se esconder, talvez, acho eu, que será mais difícil alguém o achar por aqui. — disse outro homem, com cabelos loiros quase brancos, e uma “bengala” na mão.
— O Lord está na casa dos Lestrange. Aquela que o Rodolphus e a Bellatrix compraram pra se esconder do ministério, lembra Lucius?
— Ah sim. Pelo visto essa casa também deve ser perfeitamente despistável. Porem, eu ainda acho que um bom esconderijo seria a minha casa.
— A sua casa? Você só pode estar brincando! Você Lucius é fugitivo lembra? O primeiro lugar a te procurar seria lá!
— Eu aposto que a Mansão dos Malfoy seria mais confortável para o Lord. Nessas casinhas desse vilarejo não tem espaço o suficiente!
— Aí é que você se engana, a Bellatrix sempre gostou de conforto, igualmente a sua mulher,s e espelhe nela, ai você verá o quando a Bellatrix é mais maldosa e ambiciosa. Ela e o marido colocaram feitiços na casa para que os trouxas não vejam, igual a casa do Largo Grimmauld. — disse Amico Carrow.
— Bellatrix sempre foi diferente da irmã, ela sempre quis saber sobre as Artes das Trevas, desde que a conheço, ela e Narcisa sempre foram diferentes, Bellatrix não sente nada, parece com seu mestre, já Narcisa, ela tem sentimentos em relação à família. Ela não queria que Draco se juntasse a nós, mais Bellatrix a contrariava sempre, falando que servir o Lord das Trevas iria ajuda-lo em muitas coisas no futuro.
— Hummm...
Minutos depois Amico e Lucius já estavam no final de uma rua, que se parecia com outras tantas que havia no lugar, porem essa não tinha muitas luzes acesas, somente o luar, que de tempo em tempo desaparecia.
— Aqui Lucius. — falou Amico.
Agora os dois estavam de frente com uma casa não muito bem cuidada como as outras, o portão era velho e enferrujado com marcas de lutas, o jardim era perfeitamente cuidado porem as flores que permaneciam ali eram diferentes e um pouco sinistras. Amico abrira o portão, que com um simples toque rangeu, o barulho era ensurdecedor. Chegando a porta, que era feita da mais pura madeira e com a maçaneta do mais puro ouro com o brasão dos Black de um lado e do outro o dos Lestrange.Lucius bateu a porta, pronunciou algumas palavras, que eram feitiços para desarma-la e entrou.
Diferente de como Lucius pensava, a casa dos Lestrange era grandiosa, tudo do mais puro e legitimo. Então, Amico e ele subiram para o 1º andar da casa que era grande e obscuro, entraram direto no 3º quarto a esquerda, donde vinha umas vozes.
— Rabicho, desça e chame a Nagini, tenho alguns trabalhos para ela — disse uma voz fria num tom arrogante — e não se esqueça de enviar uma mensagem pro Snape, ele também será muito útil.
— Sim, Milord — concordou Rabicho, numa voz de medo e satisfação juntas.
— Lucius, você já chegou! — exclamou a tal voz, num tom macio — Não, não eu não vou te matar.
— Obrigada Milord! — disse o homem loiro, fazendo uma reverencia.
— Mais o que você me diz, diante da atitude do seu filho? Diante da sua atitude, eu não culpo o jovem Malfoy, que pelo menos persistiu na sua tarefa. — disse Voldemort, arrogante.
— Milord, Nagini chegou! — Interrompeu Rabicho.
— A sim, pode pedir para ela entrar.
Rabicho voltou e abriu completamente a porta, que mostrou uma grande cobra indo ao encontro de Voldemort. Passados dez minutos a cobra saiu do quarto não muito aceso. E uma voz fina veio à tona.
— Mestre, não faça nada com meu filho — murmurou Narcisa Malfoy, uma mulher loura, alta e magra.
— A não, Draco será muito importante pra mim, mais onde ele foi?! — insinuou o Lord.
— Ele desceu com a Bella. — sussurrou a mulher
— Hummm... Aleto, vá chamar Bella, e mande ela vir junto com o menino.
— Sim Milord.
Em torno de uns quinze minutos Bellatrix Lestrange, cabelo longo e preto que parecia despentiado e desalinhado, porem, se não fosse Azkaban, o cabelo poderia ser liso e brilhante, e com pálpebras pesadas, um arrogante e desdenhoso sorriso na sua boca fina, ela disse:
— Milord, aqui está Draco. E, a pouco, eu vi uns meninos passarem e olharem para a casa. Será que algum deles viu algo?
— Acho que não minha cara, isso é impossível, mas por precaução, quando Snape chegar ele lança alguns feitiços na casa. — disse calmamente o Lord.
Quando Bellatrix ouviu seu mestre dizer “Snape” ela amarrou a cara e concordou com as palavras do Lord, e a seu fim, ela sentou-se numa cadeira que estava em escuridão completa e sussurrava algo como “na minha casa Snape não entra”, “ele não é bem vindo aqui”, “como Rodolphus ousa deixa-lo entrar”.
— Caros Comensais, eu os reuni aqui para dizer-lhes que esse ano o Ministério será meu e Harry Potter terá seu fim. Como diz a profecia, nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver, e Harry Potter vai morrer nos meus braços. — exclamou Voldemort, e com uma risada maléfica, ele continuou — E Yaxley, você já fez tudo que eu mandei? — Yaxley concordou — Aleto, você descobriu se o famoso Harry Potter já está junto com seus “protetores”? — perguntou Voldemort com uma voz fria e esganiçada.
— Sim Milord, e ele ainda está na casa dos trouxas. Mais, receio, que Snape saiba quando irão tirar o Potter de lá. — respondeu Aleto, a irmã de Amico.
Segundos depois, um homem de estatura média, cabelos negros e sedosos, e roupas negras, fazendo destaque para sua pele que era branca pálida, por causa do frio, então, logo após fazer uma reverencia à Voldemort, ele disse:
— Desculpe a demora, Milord!
Do lado do Lord, Bellatrix Lestrange havia se posicionado minutos atrás, e com uma cara de quem comeu e não gostou, começou a imitar perfeitamente bem o ar de superioridade nas frases de Snape.
— Severus, você tem alguma informação sobre Harry Potter?
— Tenho sim, senhor, A suposta “Ordem da Fênix” decidiu levar o Potter da casa se seus tios uma semana antes do seu aniversário de 17 anos, e eu ouvi a Professora Minerva Mcgonagall dizendo que irão levar o menino ao amanhecer, e não irá ser com meios bruxos.
— Hummm... eles tem um plano, que eu vou estragar, e como eles são inúteis, meios trouxas, essa gente sente o prazer com eles, com tudo que eles fazem, mais enfim, sua informação é preciosa. — disse Voldemort, com a voz mais fria que nunca.
— Tenho certeza que será! — disse Snape, que lançou um olhar de censura para Bellatrix, que continuava a imita-lo perfeitamente-bem.
— Agora retomando a nossa conversa Lucius, o que você me diz diante da atitude de seu filho?
— Bom, Milord, eu acho que Draco não se saiu tão bem quanto o esperado, mas, eu sei que “eu” errei com o senhor, Milord, eu não podia deixar um bando de crianças do 5º ano me liquidar, mas, eu não estava sozinho aquela noite se o senhor se lembra, Bellatrix também estava, e mais meia dúzia de Comensais, Milord. — respondeu Lucius Malfoy.
— Sim, Lucius, eu estou ciente de quem eu mandei pegar a profecia, contudo, você destruiu parte de mim a 5 anos atrás, e se eu me recordo bem, eu “pedi” para você guarda-lo e entregar para alguém em Hogwarts quando EU MANDAR, mais como você pensava que eu estava liquidado para sempre, fez isso sem a minha autorização. — urrou o Lord.
— Mais Milord, o senhor não voltou e não deu nenhum sinal de que o senhor ainda existia. — gaguejou Lucius — Então pensei, que se meu mestre mandou eu levar aquilo até Hogwarts e não disse quando, eu pensei que...
— Pare de pensar Lucius, agora venha até aqui, acho que você não me serve mais.
— Avada Kedavra.
Um jorro de luz verde disparou da ponta da varinha de Voldemort, e atingiu o peito de Lucius Malfoy. Vários gritos podiam se ouvir naquele quarto, mas, quando o Lord colocou sua varinha e elevou-a até a direção do ombro, todos ficaram em absoluto silêncio.E apenas Narcisa e Draco Malfoy sussurravam palavras inaudíveis e choramingavam.

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