SICÍLIA



Ela tinha pensado que o sol estaria brilhando quando eles chegassem a Sicília dando-lhe as boas vindas. Mas o céu estava escuro, cheio de nuvens pretas. Os deuses estavam contra ela. A paisagem parecia ainda mais dramática. As montanhas empinadas apontavam para o alto, cobertas de arbustos verdes e de flores vermelhas danificadas pelas chuvas. O cenário selvagem parecia desafiador, o vento soprava pelas colinas e montanhas, fazendo os galhos dançarem. Aquele parecia um péssimo dia para chegar a Sicília.
Hermione observava a paisagem e tinha o rosto pálido.
_Estamos em casa – murmurou Rony apertando a sua mão. – ela sorriu o rosto ainda tenso. Sentia-se culpada. Não conseguia olhar para ele. Pobre Rony, acreditava que ela tinha vindo para se casar com ele!
_Aqui é Palermo?
_Sim, a capital – Rony falou olhando pela janela do avião. Estavam em um jatinho particular vermelho e branco

As casas eram rústicas e as paredes rebocadas. Tudo tinha um tom de acinzentado devido a forte chuva. Aquele lugar parecia não pertencer aos tempos atuais. Lembrava mais uma cidade medieval.
Aterrissaram no aeroporto Punta Raisi, a poucos quilômetros de Palermo. Uma limusine esperava por eles. Quando saíram do avião foram surpreendidos pelo forte vendo e pela chuva que batia contra os rostos deles.
_Escolhemos um dia ruim – Harry comentou entrando no carro.
_Aqui é sempre assim – Rony deu uma risada se virando para Hermione – Não tem importância. O sol voltara a brilhar logo.

Ela estava sentada entre Harry e Rony no banco de trás da limusine. Rony falava com animação enquanto eles passavam pelas terras agrestes em direção a Solunto. Ele não notou o ar tenso entre Harry e Hermione. Não notou o silêncio constrangedor entre os dois. Não notou a eletricidade pairando no ar toda vez que os olhos deles se encontravam. Mas Lupin notou. Ele os observava com os olhos escuros, solenes e não dizia nada. O carro percorreu um longo caminho. De repente Rony falou:
_Estamos em casa – o carro saiu da estrada se dirigindo a um muro alto com dois portões gigantescos – O Palazzo Weasley Potter – ele acrescentou quando avistaram a casa.

A casa era uma maciça construção de pedra, rodeada de árvores. Tinha um ar de nobreza. Ficava no topo das colinas de Solunto, se destacando imponente sobre a aldeia abaixo.
_O que você acha? – Rony perguntou com orgulho quando desceram do carro.
_É notável – Hermione respondeu incapaz de se expressar de uma outra forma. A tempestade tinha acalmado, mas o céu ainda estava cinzento. Quando se aproximaram da casa, ouviram vozes excitadas e as portas se abriram.
_Ronald!
_Luna! – Rony exclamou soltando a mão de Hermione. Uma jovem desceu as escadas, uma fita alegre voando no lustroso cabelo loiro. O rosto dela era redondo, os olhos enormes e azuis.
_Ciao – ela falou olhando para ele maravilhada – Ciao Ronald! – e atirou-se nos braços dele. Rony a beijou nas duas faces e gentilmente se soltou do abraço dela.
_Inglese, Luna. Temos uma hospede inglesa – e indicou Hermione que estava logo atrás. Os olhos azuis de Luna fitaram Hermione e se arregalaram. Demonstrou desapontamento, Hermione percebeu.
_Olá Luna – ela falou sorrindo. A moça hesitou um pouco, mas depois disse num tom casual.
_Buongiorno.

Os olhos de Hermione encontraram os de Harry. Ficou indecisa e olhou para o outro lado. Avistou três homens ruivos vindo na direção deles. Dois eram gêmeos e o outro era menor, porem tinha uma ar meio mandão.
_Finalmente trouxe nosso irmão de volta – um dos gêmeos gritou alegre abraçando Rony com força – Está bem nosso irmão mimado?
_Estou ótimo – Rony respondeu enquanto abraçava o outro gêmeo – E não sou mimado.
_Não imagine – o primeiro gêmeo replicou irônico – Tentar se matar por uma mulher não é mimo de jeito nenhum.
_Jorge – o mandou ralhou com o gêmeo – Tenha modos, a moça esta presente. – como se não tivessem percebido a atenção de Hermione os gêmeos se viram para ela e ficam calados um instante. Harry fez as apresentações.
_Esse são meus irmão Frederico, Jorge e Percy – Hermione estendeu a mão pra o mandão.
_Muito prazer, Hermione Granger – ela falou docemente como se quisesse dizer, eu não ligo se falam de mim.
_Prazer – Percy apertou a mão dela e olhou para os gêmeos – Nada a dizer?
_Sim – Fred se pronunciou – Por uma mulher dessas...
_...Até eu tentaria me matar pra tê-la de volta. – Jorge completou.
_Já chega – Luna interrompeu não gostando das piadinhas ou não gostando dos elogios – Serei sua enfermeira enquanto você estiver aqui – ela falou com os olhos azuis brilhando tímidos – Esta bem?
_Hermione é a minha enfermeira – ele respondeu sorrindo com gentileza.

Luna se emburrou, depois fulminou Hermione com o olhar. Soltou-se de Rony e começou a andar para a casa sozinha. Ela usava um vestido vermelho que realçava ainda mais seu corpo sensual.
_O que há com ela? – perguntou Rony observando Luna sair com dignidade. Fred bateu na cabeça dele – Imagino que eu deva ir atrás dela.

E saiu correndo para dentro da casa. Os gêmeos e Percy logo atrás pra ver o irmão se humilhar pedindo desculpas. Hermione ficou muito nervosa na presença de Percy, ele fora monitor em Hogwarts, ela realmente não sabia como ele não a reconheceu. [Quem lembraria da CDF sangue ruim que não tinha amigos?] Por um lado ela sentiu tristeza e do outro alivio, pelo visto ia escapar da fúria de Harry por ela ser bruxa.
_Bem-vinda ao meu castelo – uma voz sussurrou no ouvido de Hermione. Ela sentiu a mão de Harry segurando-lhe o braço. Subiram os degraus de pedra e entraram juntos.

O hall majestoso, também de pedra, tinha a mesma imponência de tudo o que pertencia a Harry. As paredes eram cobertas por tapeçarias antigas. Tapetes luxuosos cobriam o chão. Hermione percebia que não era diferente ver os irmãos Weasley adultos e os Weasley adolescentes do tempo de Hogwarts, sempre fazendo brincadeirinhas uns com os outros. Havia imaginado a casa da família como uma vila em estilo mediterrâneo, mas não um castelo antigo. A Toca com certeza deveria ser bem mais aconchegante.
_Esses são os seus antepassados? – ela perguntou, a voz ecoando pelo hall frio. Dirigiu-se a uma grande escada.
_Não – ele falou passando a mão sobre a superfície de uma tela a óleo – São os antepassados da casa.
_Este se parece com você – disse Hermione se referindo ao retrato seguinte que tinha os mesmo olhos verdes e sinistros de Harry.
_Era um assassino – Harry murmurou no ouvido dela – Esse sim é da minha família.
_É um mal de família, então?
_Qualquer homem é capaz de matar – ele parecia ofendido, mas logo se recuperou e deu um sorriso gelado – Se for devidamente provocado.
_Que tipo de provocação?
_Por causa de mulheres, por exemplo. São motivos capazes de provocar assassinatos.

Hermione enfrentou o olhar dele por muito tempo, depois afastou os olhos. Passou a mão de leve pela moldura do quadro. Reparou nas roupas que o homem do retrato usava. Pareciam ser do século XVII. Ficou pensativa.
_Cuidado Harry! – uma voz calma e feminina ecoou atrás deles – Vai fazer com que a moça tenha pesadelos.

A mulher tinha uns cinqüenta anos, o cabelo era grisalho, a pele era banca cm algumas rugas. Os olhos redondos que observavam Hermione eram sábios e experientes. A mulher era gordinha, baixa e vestia uma roupa da melhor seda italiana. Harry se dirigiu a ela com um sorriso.
_Acho que ela sobreviverá, mamma – disse, beijando seu rosto – Você também costumava me contar historias terríveis sobre a Sicília quando eu era menino.
_Ah, mas depois você tinha pesadelos e eu tinha que ninar você ate que se acalmasse – ela sorriu, cruzando as mãos que só tinha um anel. A aliança.
_Quem lhe disse que eu não vou ninar a srta. Granger ate que ela durma?
_Porque se o fizesse certamente não a estaria chamando de srta. Granger – a signora Weasley respondeu, erguendo a sobrancelha. Virou-se para Hermione, o rosto pensativo, cheio de consideração. Hermione se sentiu pequena diante daqueles olhos azuis silenciosos. Irradiavam força e sabedoria.
_Você deve ser Hermione – disse a signora Weasley – Deixe-me olhar para você – pegou as mãos dela, estudando-a pensativa. Uma fragrância tão quente quanto o verão a envolvia – Tem algo em você que me agrada muito. Bem-vinda a minha casa.
_Estou contente por finalmente conhece-la, signora Weasley. Já ouvi falar muito da senhora.
_Ah, sim? – os olhos claros se fixaram em Harry por um segundo. Depois ela sorriu de novo – Você deve me chamar de Molly. Eu também ouvi falar muito em você. Da parte de... – ela deu uma olhadinha para Harry –... dos meus dois filhos.
_Verdade? – Hermione olhou para Harry também. Os olhos dele estavam sérios, inexpressivos.
_É! Algumas vezes eu penso que deixei os meus filhos se tornarem italianos demais.
_Ah – Hermione lembrou das explosões temperamentais de Harry. Podia concordar plenamente com o que ela dizia – Eu acho que ele tem muitas características italianas.
_Ah, então – a signora Weasley deu uma boa risada – Você já enfrentou a ira temperamental dele? Minhas queridas têm tanta coisa em comum!
_Nada de brincadeiras, por favor, mamma – Harry falou sem jeito, enfiando as mãos nos bolsos.
_Meus filhos acham que eu sou uma mulher diabólica – Molly Weasley deu o braço a Hermione a conduzindo ate a sala principal da casa – Que ridículo! Aceita um pedaço de bolo? Um cálice de Marsala, talvez?

Hermione olhou para Harry com o rabo dos olhos ao passar por ele. A sala principal era maior do que o hall, com as mesmas paredes de pedras, quadros pendurados, um rico tapete no assoalho, uma elegante mobília de madeira encerada.
_É doce e refrescante – a signora Weasley falou, dando-lhe um cálice do precioso vinho – Nós cancelamos a nossa siesta por sua causa! – ela sorriu erguendo as sobrancelhas – Então o mínimo que pode fazer é beber conosco.

Hermione pegou o cálice e o bateu com delicadeza no da signora Weasley num brinde silencioso. Estava agradecida pela calorosa recepção. Os sicilianos eram famosos pela grande hostilidade [ainda bem que eles ainda têm a educação dos ingleses].

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Luna estava o tempo todo se insinuando para Rony o olhando com intensidade. Rony de vez em quando dava um tapinha na cabeça dela, distraído. Hermione notou que o rosto da moça ficava vermelho.
_Gosta daqui? – Rony perguntou
_É delicioso.
_Gosta da minha garota, mamma? – Rony perguntou pegando as mãos de Hermione e as beijando com ternura. A signora Weasley deu um rápido olhar para Harry, e um sorriso divertido apareceu nos lábios dela.
_Ela é bonita, Ronald – disse e olhou para o filho adotivo – Não concorda Harry?

Houve um breve silêncio na sala. Hermione enrijeceu-se, olhando para Harry. O rosto dele estava frio, hostil, enquanto olhava pra ela.
_Bonita – Harry respondeu e ela notou o tom frio dele. Hermione corou um pouco, olhou pra as janelas que estavam abertas e viu o sol surgindo entre as nuvens.
_A tempestade acabou – ela falou procurando mudar de assunto. O jardim tinha renascido com uma variedade incrível de cores, a grama estava verdinha.
_Que bom! – Rony concordou com a namorada – Mãe onde estão Gui, o Carlinhos e a Gina?
_Carlinhos e Gui só podem viajar amanha, mas prometeram que estariam aqui e Gina a qualquer instante pode chegar. – a signora Weasley respondeu.

Rony estava alisando a mão de Hermione, distraído. Ela notou os olhos azuis de Luna brilhando de raiva. Ficou observando a moça pensativa.
_Vou mostrar o quarto para Hermione – Harry falou de repente.
_Eu é quem deveria fazer isso! – Rony deu uma risadinha.
_Você deveria estar na cama – Harry pegou o braço de Hermione e ela o seguiu silenciosa.

Subiram as escadas pela galeria dos retratos dos antepassados da casa. Hermione evitou olhar para aqueles olhos penetrantes. [eles me provocam arrepios], ela pensou com um tremor. Seguiram por um estreito corredor, lado a lado, os passos ecoando sobre o chão de pedra ate que Harry parou adiante de uma porta. Abriu-a e ela viu um quarto amplo, claro e arejado, com uma cama grande coberta por uma colcha de flores azuis. As venezianas estavam fechadas.
_Seu quarto lady – Harry comentou indo ate as janelas para abrir as venezianas. O sol bateu nele, os cabelos brilharam, os olhos ficaram de um verde encantador. Ele ficou parecido comum anjo coberto de ouro, mas mortal.
_É encantador! – Hermione cruzou as mãos se sentindo de repente nervosa na presença dele. Aquela atração sexual violenta estava sempre presente – Obrigada.
_O que você achou de Luna? – Harry perguntou
_Ela me pareceu muito simpática – Hermione respondeu meio intrigada pela pergunta.
_Não me diga que não notou?
_Notou o que? Que ela é extremamente bonita? Sim, eu notei.
_Você não é muito observadora. Luna conhece Rony há muito tempo.
_Eu notei isto. Não preciso ser muito observadora para ver que eles são grandes amigos.
_Mais do que grandes amigos, eu acho.
_Mais do que grandes amigos? – ela perguntou rindo, mas logo se arrependeu desse gesto.
_Você me acha divertido, srta. Granger? – ele perguntou com um tom ameaçador.
_Estou apenas um pouco tensa – ela falou trêmula e nervosa – Estava brincando.
_As minhas custas?
_Pensei que estávamos falando de Luna – ele a observou por um momento. Relaxou e enfiou as mãos nos bolsos, ela suspirou aliviada.
_A mãe de Luna morreu quando ela era bebê e o pai quando ela tinha doze anos. Minha mãe tomou conta dela nestes últimos anos. Acho que ela me vê como um pai. Não é nada lisonjeiro, já que só temos um ano de diferença.
_E como ela considera Rony?
_Está apaixonada por ele.
_Oh... – não conseguia pensar em nada para dizer. Lembrou-se da expressão de desapontamento no rosto de Luna quando ela chegou a casa. Deveria ter imaginado. Deveria ter entendido. A moça a estava hostilizando desde que chegara. – Porque você não me contou antes?
_Teria feito alguma diferença? Você estaria aqui do mesmo jeito e ela estaria apaixonada por ele do mesmo jeito.
_As coisas vão ficar difíceis entre nós duas.
_Que triste isto é mesmo muito trágico. Deve ser emocionante saber que se tem uma rival.
_O que você quer dizer com essa historia de rival? – Hermione olhou para ele com raiva – Já lhe disse que não vou me casar com Rony.
_Falou mesmo – Harry deu uma risada irônica – Mas não foi suficientemente convincente. Tente mais um pouco.
_O que devo fazer; escrever um juramento com sangue?
_Não me desafie, Hermione. Vai se arrepender.

Harry saiu de perto da janela. O sol bateu nos olhos dela, cegando-a por um momento. Hermione pôde perceber a sombra dele se dirigindo a ela. Quando ele bloqueou o sol, foi que percebeu o quanto Harry estava próximo.
_Pensa que Luna vai desistir? Vai deixar você roubar-lhe o amado sob o nariz dela? De maneira alguma. Vai aprontar horrores.
_Ela não precisa fazer isso – ela falou procurando ignorar as batidas do seu coração pela proximidade dele – Eu não tenho a menor intenção de roubar ninguém. Você sabe disto muito bem.
_Eu sei – Harry estava ameaçador. Pegou uma mecha dos cabelos dela – Você é uma mulher muito esperta. Mas não o suficiente. Não vou permitir que faça meu irmão de bobo.
_Não vai? – ela falou por entre os entes. Sentia a nuca doer, pois Harry estava puxando os seus cabelos para trás.
_Você já me conhece – ele falou num tom ameaçador que a deixou apavorada – Ninguém me faz e bobo.

Hermione tentou afastar-se, alarmada pela maneira que seu corpo estava reagindo a proximidade dele. Os joelhos dela estavam trêmulos, o pulso acelerado e o coração batiam descompassados.
_Não quero seu irmão! – falou baixinho enquanto Harry a puxava para si ate que ela encostasse a cabeça no peito dele.
_Não – murmurou olhando para ela – Porque você me quer.
_Não quero coisa alguma com você – ela mentiu olhando para aqueles olhos perigosos.
_Não? – ele falou com a voz rouca colocando uma mão na garganta dela – Tente me convencer.

Inclinou a cabeça devagar. Hermione o observava, o coração acelerado. Perdeu de repente o controle ao sentir a boca dele na sua, num beijo quente e sufocante. Ela fechou os olhos sem reação. Ele a beijava com impaciência, afastava os lábios, depois a beijava outra vez, despertando nela um desejo que não a deixou resistir, e fez com que retribuísse o beijo. Então Harry se afastou para que ela sofresse a ausência da boca dele. Novamente os braços dele a envolveram, os corpos juntos, as bocas quentes unidas num outro beijo, às mãos dela acariciavam a nuca dele.
_Está vendo? – Harry murmurou erguendo a cabeça, os olhos brilhando – Você me deseja da mesma maneira que eu te desejo. Admita!

Hermione estava confusa e preocupada, o rosto corado, a respiração descontrolada. Como era possível que ele a afetasse tanto assim? Um simples toque dele a deixava acessa como uma tocha.
_Não Harry – ela falou com dificuldade, evitando olhar para ele.
_Existe uma grande atração entre nos Hermione – ele murmurou erguendo a mão dela e beijando-lhe os dedos sensualmente – Você me tira do serio também. Não percebe o que esta fazendo comigo? É alguma coisa muito forte. Eu daria qualquer coisa que me pedisse para poder fazer amor com você – os olhos dele concentraram-se nos lábios dela – Qualquer coisa!
_Você não pode me dar nada que eu deseje – ela falou sentindo o corpo gela. Harry ficou pensativo, estreitando os olhos. Ia dizer alguma coisa, mas alguém bateu na porta.
_Trouxe as malas da senhorita – Lupin falou do lado de fora.
_coloque-as aqui – Harry ordenou a Lupin, que olhava silencioso para Hermione.
_A signora Weasley o esta chamando lá embaixo – Lupin falou para Harry.
_Diabos! – ele praguejou, lançando um olhar para ela antes de sair do quarto.

Lupin observou Hermione com aqueles olhos tranqüilos e ela se sentiu corar. Abaixando a cabeça, saiu do quarto e ele a seguiu. Hermione estava feliz por ter telefonado para Colin, apenas pra avisar onde estava isso de alguma forma a deixava mais protegida.
_Sicília? – ele indagou – Eles provavelmente cortarão uma orelha sua e a mandarão para a minha caixa postal. Não quero ter que pagar milhões de libras para receber o resto de você – Hermione deu uma boa risada, aquilo não a preocupava.

O que a preocupava era que Harry estava se interessando cada dia mais por ela. Em vez de se sentir mais feliz com isso, ficava ainda mais agoniada. Luna e Rony não estavam à vista quando ela entrou na sala onde estiveram antes. Harry estava de pé perto da parede, o paletó jogado na cadeira, a camisa branca aberta no pescoço. Lupin seguiu Hermione, fechando a porta atrás de si.
_Alguém viu Ninfadora? – ele perguntou num tom casual.
_Ela foi fazer compras na vila – Molly Weasley respondeu e Hermione viu um sorrisinho no canto da sua boca.
_Oh – Lupin comentou desapontado
_Quem é Ninfadora? – Hermione perguntou
_É a minha garota – Lupin respondeu e assumiu um ar de zangado – E vai fazer compras justo no dia que eu chego!
_Ela queria esperá-lo, Remo – a signora Weasley sorriu delicada – Mas eu a mandei comprar algumas coisinhas para o jantar. Logo estará de volta.
_Ainda não está bom – ele reclamou dando uma risada – Ela não agiu bem. Vou lhe dizer isto quando voltar – olhou para todos que estavam rindo como loucos e disse – Não mesmo, é verdade! Ela vai ver...

A porta da sala foi subitamente aberta e todos se viraram pra olhar a pessoa que a abriu. Uma ruiva espetacular se encontrava com um dos braços apoiados no batente da enorme porta de carvalho. Ela tinha uma pela branca, olhos azuis céu e um cabelo tão vermelho que ele parecia pegar fogo, seu corpo era tão exuberante quanto o rosto. Ela sorria abertamente para os presentes.
_Olá família – Gina Weasley entrou como um furacão na sala principal e foi direto pra sua mãe – Se não é minha mamma querida.
_Minha filha amada – Molly ficou de pé e abraçou a sua filha que parecia uma deusa de tão bonita. – Finalmente chegou!
_Quando me contaram que Harry e Rony estavam vindo, pensei: Reunião de Família, oba confusão!
_Engraçadinha – Harry abraçou a irmã fortemente e afundou seu rosto nos cabelos dela – Você esta linda!
_Obrigada maninho – ela passou a mão carinhosamente no rosto do irmão – Já sei da novidade. Como você esta?
_Estou levando – Harry deu um sorriso sofrido pra irmã – Mas não sei por quanto tempo.
_Vou te ajudar a superar isso – ela se virou pra Lupin – Olha se não é o lobo da família. Padrinho! – ela correu e pulou nos braços de Lupin que rodou com ela na sala.
_Você é um furacão vermelho menina – ela sorriu mais ainda e beijou o rosto do homem.
_Onde estão Luna, Rony, Carlinhos, Gui e Percy? – ela perguntou sem perceber a presença de Hermione na sala.
_Foram ate a casa de Rocco – Molly respondeu voltando a sentar e olhar admirada pra filha – Só pra fazer o Rony andar, mesmo ele não podendo.
_Esta bem – os olhos azuis de Gina Weasley foram da mãe pra Hermione, que olhava a cena calada.

Gina se soltou de Lupin e com pequenos passos foi se aproximando de Hermione. A ruiva ficou seria quando o seu olhar em Hermione se intensificou. A castanha começou a se preocupar [Será que ela ta me reconhecendo?]. Gina do nada começou a sorrir abertamente de uma maneira marota e safada mostrando os dentes num sorriso satisfeito.
_Você deve ser a noiva do Rony – ela falou com uma voz maliciosa e marota – Muito bonita você ficou. – [MERDA! ELA LEMBROU DE MIM].
_É sou eu – tentando disfarçar Hermione ficou de pé e estendeu a mão para Gina – É um prazer conhece-la.

Gina não estendeu a ao pra mulher, apenas ficou a olhando satisfatoriamente.
_Gina Molly Weasley – Harry retrucou zangado – Que espécie de educação é essa? Receba a mão da srta. Granger.
_Claro – Gina ainda sorria satisfeita com a mulher a sua frente e apertou a mão dela – Nem em mil anos pensei que fosse ficar tão bonita Hermione Jane Granger. O tempo faz milagres.
_Como sabe o nome completo dela? – Molly perguntou olhando da filha pra futura nora.
_Oras – Gina se virou pra Harry – Não lembra dela Harry? Hermione Granger estudou conosco em Hogwarts, ela é bruxa como nós! Ou melhor, do que nós, diga-se de passagem!

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Comentários (1)

  • Mal5lory

    Oii, eu AMEI essa fic!!onde tem a continuação??Eu to maluquinha pra ler!!brigada

    2011-08-27
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