Owl's



_ Gina! Gina! Acorda! Vc tá sonhando!!

_ Anh? – Gina desperta de um sonho, um sonho que já não era inédito.

_ Você ta bem? – disse Penny Weasley, irmã mais velha de Gina que já havia terminado Hogwarts há dois anos e é apanhadora do time de quadribol do Puddlemere United – estava sonhando.

_ Eu falei alguma coisa? Perguntou Gina temendo a resposta.

_ Sim – disse Penny sorrindo bondosamente – chamando o Harry de novo.

_ Essa não – disse Gina.

_ Gina, se vc gosta tanto do Harry, porque está com o Dino? – perguntou Penny.

_ Porque... Porque ele gosta da Cho.

_ Pelo que eu sei, ele terminou com a Cho – disse Penny.

_ Mas eu sei que ele ainda gosta dela.

_ Mas Gina, eu não entendo, se vc ainda gosta tanto dele, porque vc não diz? – perguntou Penny com simplicidade.

_Ele já tem problemas demais, e agora a com a morte do Sirius, não, não vou falar – justificou-se Gina.

Penny deu um suspiro, olhou piedosamente para a irmã.

_ Você deu muita sorte, vc e o Olívio – disse Gina depois de algum tempo calada.

_ Digamos que sim, mas eu fiz o coitado sofrer muito do final feliz, fui malvada – disse Penny rindo-se com a lembrança.

_ É, eu não tive essa sorte infelizmente – disse Gina infeliz.

_ Não desista antes de tentar Gina, se vc o ama de verdade, não deve desistir quem não desiste nunca... agora vamos dormir.



Não muito longe dali, na casa de n° 4 da Rua dos Alfeneiros em Surrey, um garoto de quase 16 anos despertava de um sonho estranho.

_ Gina?! – gritou Harry acordando assustado, despertara de um sonho, um sonho que o recordou de um fato ocorrido a quatro anos atrás, reviveu em sonho a lembrança de quando havia salvo GinaWeasley, irmã mais nova de seu melhor amigo Rony, dos poderes de Lord Voldemort que havia dominado a mente da garota através de um diário de cinqüenta anos. Harry começou a pensar em Gina, a garota tinha mudado muito deste esta época em que quase não falava com ele, e Harry sabia o porquê, ela o admirava muito, mas agora, Harry se lembrou de como ela estava falante, mais crescida, menos retraída, lembrou-se dos apuros que haviam passado no ano anterior quando tiveram que encarar diversos comensais da morte na seção de mistérios do ministério da Magia, Gina havia encarado tudo isso junto com Hermione, Rony, Luna, Neville e ele. Lembrou-se também que ela havia dito estar saindo com Dino Thomas o que surpreendeu Rony por completo na viagem de volta de Hogwarts. Gina sem dúvida mudara muito, e sem dúvida estava muito mais bonita.

Harry foi até a janela, olhou para a gaiola vazia de Edwiges, ela estava caçando no momento. Quando sairia dali? Agora que todos já haviam se convencido de que Voldemort realmente retornara, a Ordem da Fênix estava trabalhando abertamente, quando viriam busca-lo? Quanto mais precisaria agüentar a casa dos Durslay?

Começou a pensar em Sirius, fazia quase Três meses que o padrinho havia desaparecido misteriosamente por detrás daquele véu na seção de Mistérios.

Harry sabia que não conseguiria dormir outra vez, então deitou-se de barriga para cima na cama mirando o teto mofado de seu quarto, ansiando o doce momento em que finalmente sairia dali.

Logo que amanheceu Harry se levantou, foi até a cozinha, abriu a geladeira, tomou um copo de leite, quando olhou pela vidraça incrivelmente limpa e transparente, viu uma corujinha mínima voando desesperada para poder entrar tentando atrair sua atenção. Harry foi até a vidraça e a abriu para que a corujinha pudesse entrar e pousar sobre a mesa aliviada. Harry reconheceu na hora que a viu que se tratava da coruja de seu amigo Rony, Pichitinho cujo nome fora dado por Gina. A corujinha estendeu sua perna e ele desamarrou a carta de sua patinha onde leu a seguinte mensagem.



“ Amanhã irão lhe buscar, espere em casa, irão lhe trazer pra cá. Desculpe não poder dar mais informações, mas as cartas podem ser... ah, vc já está cansado de saber não é?
Até mais
Seu amigo, Rony Weasley”




Harry ficou feliz por saber que sairia logo da rua dos Alfeneiros, mas Rony não fora nem um pouco claro, na verdade o maigo não era nem um pouco bom para escrever em códigos, então Harry achou bom ele nem ter tentado pois poderia ter complicado até a mensagem principal que era simples. Mas onde ele estaria? Disse “pra cá” mas pra cá onde? Na Toca? No Largo Grimmaul?

Ouviu um barulho indicando que seus tios já haviam se levantado, Harry fechou depressa a porta da geladeira que esquecera aberta quando viu Pichitinho, agarrou a coruja escondida entre os dedos e tratou de subir de volta para seu quarto, mas topou com tio Valter descendo a escada sonolento.

_ Sai da minha frente, moleque – urrou o tio quando esbarrou em Harry e quase o derrubou.

Harry simplesmente deixou-o passar e foi para seu quarto, para responder à Rony, mas espantou-se ao ver que uma bela coruja das torres havia aterrisado em sua escrivaninha. Foi até ela e desamarrou a carta que havia trazido, teve que ler a carta duas vezes para absorver seu conteúdo e três para acreditar no que lia.

“Harry
Me desculpe, eu fui uma boba, quero muito conversar com vc sobre nós, não sei se vc já sabe, mas eu terminei com o Miguel, o assunto é meio complicado, prefiro dizer pessoalmente. Me desculpe de novo. A gente se fala quando voltar pra escola.
Cho Chang”



Era uma carta de Cho, estava se desculpando com ele, havia terminado com Miguel Córner... mas, será que era porque ainda gostava dele?

Harry não entendeu mais nada, largou-se de costas na cama, deu uma olhada na pilha de livros de feitiço, Poções, Transfiguração etc. eles lhe trouxeram a horrível lembrança de que não havia concluído nem à metade das lições de férias que os professores haviam passado. No entanto, deu de ombros continuou com seus devaneios, estava se sentindo extremamente entediado. O que diria a Cho? E se ela quisesse reatar com ele? O que faria? Pensando em tudo isso e esperando que esse dia passasse bem rápido, voltou a adormecer.


_ Bom dia! – disse Gina assim que pisou na cozinha onde os outros faziam o desjejum.

_ Bom dia – responderam Rony, Penny, Hermione e a Sra. Weasley que com um toque da varinha fazia os talheres voarem e pousarem perfeitamente posicionados al lado dos pratos na mesa.

_ Mione? Quando vc chegou – disse Gina surpresa.

_ A uns vinte minutos – respondeu Hermione.

_ Ah ta – respondeu Gina aliviada acomodando-se na cadeira ao lado de Hermione.

Penny se levantou de um salto – então até mais pessoas! – disse ela dirigindo-se para a porta.

_ Penny, vc quase não comeu nada, vai desmaiar de fome na rua aí...

_ Mãe, fica tranqüila eu to bem, eu não vou atravessar o país, só vou até o beco diagonal e vou de Noitibus.

_ O que vai fazer no Beco Diagonal? – perguntou Hermione interessada.

_ Vou na Gemialidades Weasley, Fred e George querem que eu ajude eles numa nova porcaria doce que eles chamam de invenção genial, é uma bala de caramelo que faz cair os dentes de quem a come, é mole?

Todos fizeram uma careta.

_ Algum recado para eles? – perguntou Penny.

_ Sim, diga para me pagarem os três nuques que me devem do ano retrasado – disse Gina rindo.

_ OK – respondeu Penny – Mãe?

_ Não tenho nada a dizer a eles – disse a Sra. Weasley friamente e visivelmente chateada.

_ Ah! Mãe até quando vai querer dar murro em ponta de faca? Os dois sempre deram indícios que acabariam nisso né? Ou vc esperava que eles virassem algo como diretores do banco de Gringotes ou Ajudantes do Ministro como uma certa pessoa da qual vc realmente deveria se envergonhar.

_ Não estou dando murro em ponta de faca Penny, eu só estou profundamente decepcionada por eles terem abandonado a escola no último ano e...

Penny nem estava ouvindo o que a mãe dizia, apanhou uma torrada da mesa, deu um beijo na mãe e despediu-se dizendo:

_ Talvez eu fique lá até amanhã ou depois, oi depois, sei lá, eu passo aqui antes de voltar aos treinos, e não se preocupe vc ainda tem o Rony e a Gina pra depositar suas esperanças, se bem que...

_ Se bem que o que? – disse Rony zangado.

_ Nada Roniquinho, tchau – disse ela pegando a mochila e fechando a porta ao sair.

_ Como vai indo a loja doa gêmeos? – perguntou Hermione.

_ Mil Maravilhas – respondeu Gina orgulhosa – eu fui até lá semana passada, eles estão vendendo bastante.

_ Que bom - disse Hermione sem emoção, Gina achou que ela não achava realmente bom, Hermione não apoiaria nunca a decisão de abandonar a escola.

_ Quem vai trazer o Harry amanhã? – perguntou Rony espetando um pedaço avantajado de melão e levando-o à boca.

_ QUÊ? - o Harry vem amanhã? – disse Gina afoita.

_ Vem, claro, Dumbledore deu permissão finalmente – disse Rony.

_ Puxa, eu não sabia – consertou-se Gina se arrependendo da brecha que acabara de dar.

_ então, quem é que vai traze-lo? – insistiu Rony.

_ Seu pai vai busca-lo em companhia de Quim – respondeu a Sra. Weasley contrariada, não estava a fim de conversar, ainda tinha o pensamento nos gêmeos.

Gina começou a pensar na conversa que tivera com Penny. Será que deveria continuar reprimindo o que sentia por Harry? Quanto tempo mais iria agüentar? Todas as vezes que o via tinha que se controlar e reprimir a vontade de abraça-lo, de dizer a ele o que sentia, mas não iria fazer isso, porque sabia que ele não sentia o mesmo por ela. Para ele, ela era apenas a irmã mais nova de seu melhor amigo e mais nada.

_ Vcs não tem deveres para terminar? Porque eu preciso que alguém vá lá fora e pode aqueles arbustos, eles já estão ficando insuportáveis, ninguém pode ficar a um metro de distancia que começam a se debater e chicotear.

_ Sim, eu ainda não terminei os deveres de Transfiguração – disse Hermione.

_ Vc ainda não terminou o que? – perguntou Rony à amiga sem acreditar no que ouvira.

_ Sim, Gina pode me emprestar sua escrivaninha? – perguntou Hermione à Gina.

_ Claro, Mione – disse Gina pega de surpresa – vamos subir.

As duas subiram a escada espiral até o quarto de Gina, entraram e Hermione fechou a porta depressa.

_ Ta legal, pode dizer o que está havendo – disse Hermione.

Gina deu um pulo pra trás, tinha esquecido de como Hermione pegava as coisas no vento, se tratando ou não de matérias escolares.

_ Nada – disse Gina pouco convincente – estou normal.

_ Gina – disse Hermione que naturalmente não acreditara – eu conheço vc, vc está com algum problema. É o Harry não é?

Gina ficou boquiaberta. Sacudiu a cabeça e retomou a conversa.

_ Mione, vc realmente me surpreende – disse ela.

_ Vc é muito previsível, mas olha... precisa chegar nele e dizer logo.

_ Fácil não? – disse Gina irônica.

_ Claro, qual a dificuldade? – perguntou Hermione.

_ Legal, então por que vc ainda não chegou e se abriu para o Rony?

_ Bem... – Hermione ficou sem palavras – É, talvez não assim tão fácil - continuou sorrindo desconsertada.

_ Não... – disse Gina infeliz – ele não gosta de mim, não deste jeito.

_ Como vc pode saber? – perguntou Hermione – vc vai ter que falar com ele para ter certeza.

_ E vc e o Rony? – disse Gina mudando descaradamente de assunto.

Hermione corou – Ah! Seu irmão não seria capaz de perceber nem que eu me vestise de cupido e ficasse pulando com uma placa na frente dele.

Ao ouvir isso Gina se lembrou de algo desagradável que envolvera cupidos, Harry sob um deles, dia dos namorados e uma mensagem muito ridícula.

_ Puxa que barra – disse Gina segurando-se para não rir ao imaginar a cena que Hermione acabara de descrever – os garotos são bem tapados, mas ele curte vc pra caramba, só acho que nem ele consegue perceber, o Rony é um repolho inútil.

_ Como vc sabe? – perguntou Hermione cética.

_ Vc mesmo me disse das ceninhas de ciúmes que ele faz quando vc fala do Krum, como pode um garoto ter um ídolo e passar a detesta-lo sem mais nem menos? E outra, lembra daquela miniatura que ele comprou na Copa Mundial? Cada vez que eu a vejo tem um membro faltando, da última vez era a perna esquerda e o braço esquerdo, e cabeça parecia ter tentado ser arrancada – disse Gina rindo.

Hermione também riu.

_ Vamos descer Gina, ver se sua mãe precisa de ajuda com as plantas para podar.

As duas desceram juntas a escada e no meio da descida Hermione parou subitamente.

_ Gina! – disse ela com uma cara de quem acabara de ter uma de suas idéias brilhantes.

_ O aniversário do Harry é depois de amanhã, dia 31 de Julho – disse ela animada.

_ E? – indagou Gina com um que de “Jura? Acha q eu não me lembraria?”

_ Ora... E... que a gente... VC podia organizar uma festa surpresa para sei lá... anima-lo, eu posso ajudar e sei que sua mãe vai adorar a idéia.

Gina começou a pensar nesta possibilidade. Ela faria uma festa para animar Harry, então com certeza iria atrair a atenção dele para si.

_ Bom... mas ele vem amanhã – lembrou Gina preocupada – ele não pode saber se vai ser uma festa surpresa.

_ A gente prepara tudo e no dia para arrumar pede para o Rony ir dar uma voltinha com ele – disse Hermione que era pura empolgação.

_ Não, o Rony não – interrompeu Gina – ele não serve, não sabe disfarçar, o Harry vai descobrir que algo está acontecendo.

_ É tem razão, ah , mas isso a gente vê depois – disse Hermione.

Gina sorriu para a amiga. A idéia de Hermione era ótima, ela ficou muito excitada com a idéia e as duas passaram o dia planejando a festa surpresa e para as duas o dia passou muito depressa, enquanto que para Harry encalhado na rua dos Alfeneiros o dia foi lento e tedioso.


ps: o nome do capítulo "Owl's" quer dizer corujas e naum NOM's em inglês!! Não confundam ^.^

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