Surpresas e Desencontros



A cabeça de Harry trabalhava a mil por hora, sua mão tremia sobre o pequeno pedaço de pergaminho, o que seria? Seria o testamento de Dumbledore? Seria apenas um bilhete? Seriam algumas instruções para destruir as Horcruxes de Voldemort? Ele não ligava nem se fosse uma lista de supermercado, pois ali havia um pergaminho, e talvez o ultimo a ser escrito pelo seu maior protetor, seu professor preferido, Alvo Dumbledore! Mas Harry não tinha coragem de abrir o pergaminho, pois não tinha coragem de ler o que havia lá dentro. Então tomou uma decisão , secando as lagrimas dos olhos, virou-se para os três amigos, com o pergaminho apertado na mão.
- Achei um bilhete de Dumbledore- disse ele.
- O que?- gritou Hermione, parecendo aturdida- um bilhete de Dumbledore? Mas como Harry, Dumbledore esta... morto- ela terminou essas ultimas palavra com a voz tremendo.
- Sim eu sei- disse o garoto, desenrolando o pergaminho- mas olhe, é a letra dele.
- Harry, fazem 15 dias que você e Dumbledore sairão de Hogwarts para ir não sei aonde- disse Gina- ele poderia muito bem ter vindo aqui antes de morrer, e ter lhe escrito este bilhete.
- É faz sentido- disse Rony- mas e ai cara, você não vai abrir isso ai não?
- Vamos abrir juntos- disse Harry aos três, e eles abrirão o pequeno pergaminho
- Harry achamos que você deve ler, vai leia- disse Gina.
Harry pegou o pergaminho e começou a ler:

Caro Harry:

Tenho certeza de quem encontrara esse pergaminho, é você. Também sei que quando encontra-lo, a muito já estarei morto, mas não se preocupe, estarei bem. Harry gostaria de lhe informar de alguns assuntos que não tivemos tempo para conversar. Primeiro, espero que você consiga encontrar as outras Horcruxes que faltam, mas para isso você não poderá voltar para Hogwarts, mas deixo essa decisão em suas mãos. Segundo, gostaria, se for possível, que você procure um homem chamado Armando McSlatter, quando o encontrar saberá o que precisa saber. Terceiro e mais importante, gostaria que você se cuidasse nessas tarefas, e deixa-lo um recado, não acredite em tudo em que seus olhos virão, mas em que seu coração acreditar, lembre-se disso, pois você está protegido por seu maior poder.

Atenciosamente, Professor Alvo Dumbledore.

P.S.: Gostaria que você ficasse com Fowkes, você provou ser leal a mim até depois de minha morte, e gostaria que ela ficasse com você. Boa sorte.

Harry leu e releu o pergaminho muitas vezes, e quando acabou de ler, passou o bilhete para os amigos. Quando todos acabarão de ler, Gina virou-se para Harry e disse:
- O que são Horcruxes?- perguntou ela, olhando de cara feia para Harry, como quem diz” porque você não me contou isso”.
- Depois te explico Gina, agora temos assuntos mais importantes a tratar, vamos voltar lá dentro?- disse Harry, virando-se de Gina para Rony e Hermione.
Harry acabou de limpar o túmulo dos pais, colocando flores novas, e retirou a pequena caixinha de vidro de cima do túmulo de sua mãe. Os quatro voltarão para dentro em silêncio, foram até a cozinha, para jantar e conversar.
- O que vocês querem que eu prepare?- perguntou Gina, folheando um livro de capa lilás, e cortando alguns legumes com acenos de varinha.
- Que tal comermos lagosta ao molho de vinho dos elfos, com batatas e tomate.- sugeriu Rony, acariciando a barriga.
- Boa idéia Rony, pelo menos de vez em quando sai alguma coisa dessa sua cabeça oca, o que vocês acham, posso preparar?- perguntou Gina a Harry e Hermione, como os dois acenarão afirmativamente com a cabeça, Gina começou a preparar a comida. Depois de trinta minutos, a comida estava pronta.
- Então, o que vocês acham que significa aquele bilhete de Dumbledore?- perguntou Hermione, servindo-se de lagosta.
- Bom, o que podemos perceber é que é um bilhete para o Harry, mas porque Dumbledore deixaria uma carta como essa para ele?- disse Gina, engolindo sua lagosta e bebendo um pouco de suco de menta com abacaxi.
- Mas não entendo exatamente o que Dumbledore queria dizer com “não acredite em tudo em que seus olhos virão, mas em que seu coração acreditar, lembre-se disso, pois você está protegido por seu maior poder.- disse Rony, repetindo seu prato de lagosta- mas afinal, qual é o seu maior poder Harry?
Mas Harry não estava ouvindo, estava absorto em seus pensamentos, brincando com sua comida, pensava no que exatamente Dumbledore queria dizer com essa frase, seu maior poder, segundo Dumbledore, era o amor, pois era o poder que Voldemort desconhecia. E Harry também pensava em quem seria Armando McSlatter? Seria um velho amigo de Dumbledore? Seria um parente do professor? Harry não fazia nem idéia de quem seria esse cara que Dumbledore pedira para ele encontrar. E Harry não tinha certeza se iria voltar para Hogwarts esse ano, sua vontade era voltar, pois Hogwarts, depois da Toca, era o único lugar em que Harry poderia chamar de casa, pois lá crescera, fizera amigos, apaixonara-se.
- Harry você está me ouvindo?- perguntou Rony chacoalhando o amigo.
- Harry você está me ouvindo?- perguntou Rony chacoalhando o amigo.
- Hã... sim, porque?- quis saber Harry, que voltara a prestar atenção na cozinha e notara que nem tinha tocado na comida.
- Eu te perguntei, qual é o seu maior poder, que Dumbledore diz no bilhete- disse Rony
- Dumbledore diz que o meu maior poder, é o amor- respondeu Harry, sem emoção.
- E ele está absolutamente certo- disse Hermione, levantando-se e levando o prato para a pia- pense bem, se não fosse o amor de sua mãe Harry, você não estaria sentado aqui com nós, discutindo isso. Foi o amor de Lílian que te salvou de morrer aquela noite.
- É, você tem razão- concordou Harry- mas gostaria de saber quem é este Armando McSlatter. Você já ouviu falar nele Hermione?
- Hum..., não, nunca ouvi falar nele- disse a garota, fazendo os outros pratos vazios voarem até a pia- mas vou dar umas pesquisadas para ver se acho alg...
- Eu já ouvi falar nele- interrompeu Gina, parecendo feliz e alegre- uma vez que papai me levou para o trabalho com ele, eu vi o nome desse McSlatter e de Dumbledore gravados em uma taça de ouro e rubis na sala de prêmios do Ministério da Magia.
- Que bom, então poderemos ir até lá Sexta-feira para vermos se encontramos alguma coisa- disse Harry, arrumando a mesa.
- Não poderemos ir não- disse Rony, com ar de riso.
- E porque não?- quis saber Harry
- Porque Sexta-feira será o casamento de Gui e Fleur- respondeu Rony, levantando-se e dando um enorme bocejo.
- É mesmo, quase me esqueci, então vamos ao Beco Diagonal na Quarta-feira?- disse Harry
- Sim poderemos ir até lá na Quarta, e poderemos ir na Borgin & Burkes como você queria Harry, mas afinal o que você vai fazer lá?- perguntou Hermione, secando as mãos e guardando os pratos nos armários.
- Vocês verão, bom então vamos dormir?- disse Harry, levantando-se
- Só uma pergunta Harry- disse Gina, de trás dos armários- onde está a Fowkes?
- É mesmo ainda não a vi também, mas amanha veremos isso- disse Harry, os quatro subirão as escadas e foram até os quartos, onde conjurarão duas camas de solteiro, uma para Rony, e uma para Harry, pois Gina e Hermione dormiriam na cama de casal.
Os quatro acordarão cedo na próxima manhã, começaram a vasculhar a casa, separando alguns livros, algumas anotações e alguns objetos dos pais de Harry. No fim do dia eles já tinham pego tudo o que precisavam.
- Bom, agora vamos voltar para a Toca e vamos levar isso conosco, amanha iremos ao Beco Diagonal- disse Harry, e apontando a varinha para as pilhas de livros, fez desaparecer.- teremos muito trabalho na Quinta-feira, pois iremos ajudar sua mãe a enfeitar tudo para o casamento.
- O.k. então vamos- disse Gina, parando a frente de Harry- mas só tem um probleminha, eu não sei aparatar.
- Eu te guio- disse Harry, estendendo o braço para a garota, e no segundo seguinte, CRAQUE, desapareceu.
A Toca continuava a mesma de sempre, mas seus habitantes pareciam mais abatidos do que o comum, Harry, Hermione e Gina ficaram lendo alguns livros, Rony jogava Quadribol com os gêmeos. Harry aprendera alguns feitiços que foram, pelo jeito, feitos por sua mãe, e cada um explicava qual era o efeito. Hermione também aprendera alguns feitiços, e aprendera algumas coisas sobre com virar um animago. Harry reparara que em um livro de poções de sua mãe havia coisas escritas nas margens do livro, como o livro do Príncipe Mestiço que ele pegara ano passado, a única diferença é que a caligrafia de sua mãe era fina e muito redonda, Harry percebeu que sua mãe se saíra muito melhor que o príncipe.
Harry acordou cedo na manhã de Quarta-feira, e desceu para tomar café. Ao chegar lá embaixo, encontrou Rony, Hermione, Gina, Gui, Fleur e os gêmeos tomando café.
- Dia- comprimentou Harry.
- Bom dia Harry- disseram muitas vozes
- Harry, querido, sente-se- disse a Sra. Weasley, pondo um prato cheio de delicias na frente de Harry- Rony e Hermione me disseram que vocês irão até o Beco Diagonal hoje querido, gostaria que eu os acompanha-se?
- Sim senhora nós iremos hoje- respondeu Harry- mas não precisa se incomodar, nós iremos sozinhos.
- O.k. então querido.
Os quatro terminarão o café da manhã e foram para o quarto de Rony e Harry. Sentaram-se e ficarão ali folheando ao livros.
- Então, que horas iremos ao Beco Diagonal?- perguntou Gina, experimentando alguns feitiços do pai de Harry.
- Gina, acho melhor você não ir dessa vez- disse Harry, folheando o mesmo livro de poções de sua mãe- Rony, Mione e eu temos assuntos muito importantes para resolver, e muitos deles você desconhece, por isso não queremos te confundir, quando essas festas todas terminarem, eu te explico tudo.
- Tudo bem então- disse a garota de má vontade- mas da próxima eu vou o.k.?
- Sim- disse Harry rindo, e o garoto se virou para os amigos- estava pensando em irmos até o Beco Diagonal depois do almoço, ai poderemos ir até a Borgin & Burkes pois preciso ter uma conversinha com o Borg...
- O que é aquilo?- disse Rony apontando para a janela- parece um pássaro vermelho.
O coração de Harry deu um pulo, uma ave vermelha? Só podia ser Fowkes. Harry correu até a janela para olhar melhor, e lá vinha, uma grande ave vermelha como fogo, cantando alegremente aquela doce musica. Então a ave pousou no braço direito de Harry, que acariciou sua penugem avermelhada. Harry ouviu um pio ofendido, e olhou para a gaiola de Ediwiges. A coruja pulava ferozmente na gaiola, como se guizesse estrangular a Fênix no braço de Harry.
- Olá Fowkes- disse Harry, não dando atenção ao ataque de ciúmes de Ediwiges, e voltou a acariciar a penugem da Fênix.
Os quatro passarão o resto da manhã jogando Quadribol, Harry jogava com Hermione, e Gina com Rony. Quando chegou a hora do almoço, os quatro foram até a cozinha para o almoço. A Sra. Weasley tinha preparado uma deliciosa caçarola de ovo com batatas e carne. Após acabarem o almoço, os quatro se vestirão e foram até o quintal da Toca.
- Estaremos em casa antes do anoitecer mamãe- disse Rony
- O.k., cuidem-se- gritou a Sra. Weasley, e no segundo seguinte, os três desaparecerão.
O Beco Diagonal mudará um pouco desde a ano passado, não havia mais aqueles cartazes roxos do Ministério, haviam algumas lojas reabertas, e outras fechadas. Os três foram primeiro à Madame Malkin, comprar novas vestes casuais e vestes a rigor para o casamento. Harry comprou vestes verdes escuras, que combinavam com seus olhos. Rony comprou vestes vermelhas claras, que combinavam muitos com seus cabelos. Hermione comprara um lindo vestido azul turquesa, com alguns detalhes prateados. Rony ficara admirando a garota por alguns momentos. Após comprarem suas vestes, eles foram até a farmácia comprarem alguns ingredientes para Hermione ensinar Harry a preparar boas poções. Quando o sol estava perto de se por, Harry, Rony e Hermione foram até uma estreita rua com uma placa que indicava Travessa do Tranco. Os três entraram nessa rua, a Travessa do Tranco estava com poucas pessoas andando nas ruas, os três encaminharam-se até a única loja de lá que Harry conhecia, a Borgin & Burkes, onde o letreiro indicava “Aberto”. Os três entrarão na loja, e a sineta tintilou, segundos depois, um homem untuoso e encurvado apareceu.
- Bem vindos a Borgin & Burkes, no que poder...- o bruxo parou de falar na hora que parara para encarar os três amigos- o que vocês querem aqui? Fora já, vamos fora!
- Cala a boca Borgin porque agora quem da as ordens sou eu- disse Harry, contendo-se para não rir- e nem pense nisso, não queremos machucar o senhor- acrescentou o garoto, pois vira a mão de Borgin escorregar para o bolso das vestes- agora vamos direto ao assunto, preciso de livros com magia muito avançada, o mais avançada que você encontrar.
Após Borgin vasculhar vários livros, trouxe um com a capa verde, com letras pratas. Quando estavam quase saindo da loja, Harry virou-se para trás para encarar o Sr. Borgin.
- Há..., e mais uma coisa, nem uma palavra a ninguém que eu estive aqui, ou será muito pior para o senhor, estamos entendidos?- disse o garoto, mas como não teve resposta, apontou a varinha para Borgin e gritou- Obliviate!- mas seu feitiço fora repelido, e havia um raio vermelho vindo em sua direção. Harry não esperava por isso, então sentiu a varinha lhe escapar entre os dedos. Hermione adiantou-se e lançou contra Borgin, um raio azul, que o fez tombar para traz.
- Harry, eu já te falei, use feitiços não verbais!- disse a garota- você terá sempre uma vantagem.
- O.k., vou me lembrar disso na próxima- disse ele rindo, mentalizou “Obliviate” e lançou contra Borgin um raio verde, que o faria esquecer de tudo nas ultimas horas- então vamos?
- Sim, pois teremos muito trabalho amanhã- disse Rony, pegando alguns livros- nossa como são pesados
- Bom então vamos- disse Hermione, e CRAQUE, sumiu.
Os três amigos voltarão para a Toca para descansarem, pois teriam de enfeitar tudo para o casamento, foram jantar para depois subirem ao seus quartos e dormirem. Mas Harry não queria dormir, queria ficar lendo os livros que pegara na Borgin & Burkes. Ao subir para o quarto, Harry procurou o exemplar numero um de sete exemplares de Magias Extremas e Mui Potientes. Aqueles feitiços eram muito difíceis e complicados de realizar, e todos eram não verbais. Harry adormeceu sem perceber, quando viu, estava num cemitério, e tinha certeza que conhecia aquele cemitério, pois era o cemitério que visitara à dois dias atras, o cemitério de seus pais. Ele via dois vultos perto dos túmulos, e queria se aproximar, mas por alguma razão ele não conseguia se mover um centímetro se quer, de repente seu corpo começou a mover-se sem ele ordenar, e começou a se aproximar dos dois vultos que estavam ali parados. Então Harry reconheceu um dos vultos ali parados, tinha cabelos negros e muito oleosos, um nariz muito grande e vestia vestes negras como a noite. Severo Snape estava ali parado ao lado do túmulo da mãe de Harry, colocando algumas flores. O segundo vulto Harry também reconheceu, era um homem pequeno, com uma cabeleira branca, e seu rosto lembrava o de um rato. Era Rabicho, ajoelhado ao lado do túmulo do pai de Harry, aparentemente chorando. Harry não sabia o porque, mas não sentia raiva nenhuma dos dois, sentia pena e fraternidade. Como poderia sentir isso, perguntava-se Harry, Rabicho entregou os pais de Harry para Voldemort, e Snape matara Dumbledore, o bruxo que Harry mais admirava em toda a comunidade bruxa. Então Harry percebeu que os dois homens agora olhavam para ele, Snape com a mesma cara de sempre, mas Rabicho tinha em seu rosto um ar de espanto, terror e admiração.
- Mas como? Não pode ser, o Lorde das Trevas me garantiu...- gaguejava Rabicho, mas não sabia o que falar.
- Sim Rabicho mas uma vez, Lord Voldemort não conseguiu compreender que há coisas bem mais terríveis do que a morte- disse Snape, com um leve sorriso olhando para Harry, que sentiu a boca se abrir em um sorriso e a cabeça balançar afirmativamente.
Harry acordou com o coração batendo muito acelerado, o que acabara de ver, só podia significar uma coisa, mas antes que Harry pudesse tentar pensar novamente, dormiu sem perceber.

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