Três meses depois em Hogsmead

Finalmente um final de semana fora dos portões de Hogwarts, isso era tudo que Harry Potter precisava, ele desce da carruagem com Hermione e Rony, como sempre os três estão juntos e inseparáveis. Eles ficam um tempo, parados ali mesmo, no portão da pequena vila para decidir o que vão fazer nesse maravilhoso fim de semana ensolarado.
- Hei Harry, que tal o Três Vassouras? – Pergunta Hermione louca por uma caneca de cerveja amanteigada.
- É, acho que vai ser bom começar o dia bebendo algo, talvez isso faça eu me esquecer daquela nota em transfiguração.
- Ah, eu mandei você estudar, mas tu só queres saber de quadribol!
- Vamos indo, eu já to com fome. – Diz Rony começando a caminhar e fazendo seus amigos o acompanharem.
Quando os três caminhavam em direção ao Três Vassouras, totalmente distraídos eles não perceberam que na direção em que estavam indo havia um garoto meio baixinho, e pelo visto nem ele percebeu, pois Harry e ele se esbarram, muito educadamente os dois se desculparam e cada um continuou seu caminho. Depois de algum tempo quando os três estavam quase entrando na taverna Hermione começou a falar:
- Vocês não notaram nada estranho naquele rapaz que esbarrou ainda pouco com você Harry?
- Não Hermione. – Diz Harry – Pra mim pareceu um garoto normal.
- Eu também achei algo estranho, acho que na roupa dele, parece uniforme escolar, mas de outra escola, tu não acha Hermi?
- Foi mais ou menos o que eu pensei. Vamos logo entrar, ta um pouco frio aqui fora.
Os três entraram e se sentaram junto com outro grupo de alunos da Grifinória, e por ali ficaram por um tempo.

Hagrid estava fazendo algumas compras ali pela vila e quando voltou para as carruagens ele reparou naquele garoto o que esbarrou com Harry, parado ali como que esperando por ele. Educado como sempre chegou já saudando o garoto.
- Bom dia meu jovem, esperando por mim, ou isso é muita presunção minha?
- Talvez não se o senhor se chamar Hagrid.
- Bem esse é meu nome, em que posso ajuda-lo pequeno?
- Preciso falar com o diretor da escola, se fosse possível eu gostaria que o senhor me levasse até ele, pois eu não conheço nada desse lugar.
- Mas será um prazer! Você já deve saber que o diretor de Hogwarts é Dumbledore, um excelente bruxo, dos melhores, você vai gostar muito dele eu garanto.
- Eu estou certo disso. Podemos ir indo?
- Claro, claro, vamos indo, suba aqui. – Hagrid ajuda o garoto a subir na carruagem e os dois partem em direção a escola. No caminho a conversa continua. – Qual é seu nome? Você ainda não se apresentou.
- Minhas desculpas por essa falta de educação, eu me chamo Artemis Fowl.
- Prazer. Me diga Artemis, o que você vai fazer aqui na escola no meio do ano?
- Eu fui transferido para cá, eu vim da Escola Preparatória de Bruxos e Magos da Irlanda.
- Ah Irlanda, belo lugar... Belo lugar...
O caminho até a escola continuou tranqüilo e em alguns minutos os dois já estavam no portão da escola, eles entram no salão principal quando atravessando uma das paredes chega a Dama Cinzenta, o Fantasma da Corvinal, Artemis nunca tinha visto tal coisa e foi preciso fazer um pouquinho de força para não demonstrar susto ou medo. Hagrid ficou feliz em vê-la e logo começou a falar:
- Ah Dama Cinzenta, será que você poderia me fazer um favor?
- Mas é claro Hagrid, qualquer coisa, você sabe que tempo não me falta.
- Você poderia levar esse jovem até a sala do Dumbledore?
- Mas é claro, será um prazer.
- Artemis, ela o levará ate a sala do diretor, eu tenho mais coisas a fazer, mas nós nos veremos de novo, eu provavelmente serei seu professor de Trato de Criaturas Mágicas.
- Até mais.
- Até.
- Vamos meu querido? – Diz a Dama Cinzenta.
- Claro. – Artemis vai seguido à mulher semitransparente sem falar nada, mesmo para ele que já viu fadas e outras criaturas mágicas ver um ser morto andando em sua frente é um pouco estranho, mas não o suficiente para faze-lo perde o controle de suas emoções.
- Meu querido, – Começa a falar o fantasma – você está vindo de onde?
- Da Irlanda.
- Ah sim, Irlanda a ilha esmeralda! Sim, um belo país.
- Senhora.
- Sim?
- Você poderia me dizer seu nome, é que não me sinto bem em chamá-la de Dama Cinzenta.
- Meu nome... Infelizmente meu nome ficou em meu tumulo, agora sou só a Dama Cinzenta, mas se você não se sente confortável, pode me chamar de Senhorita e não de Senhora, sim?
- Claro.
Eles continuam a caminhar pelos vários corredores do castelo, descendo e subindo escada e só em uma das varias escadarias de Hogwarts que Fowl percebe que os quadros nas paredes se movimentam, um pouco estranho sim, mas não assustador. Esse fato foi um dos que mais atiçou a curiosidade dele até aquele momento, depois começou a pensar o que faria uma pessoa virar um fantasma, seriam assuntos pendentes?
- Senhorita, eu gostaria de lhe fazer uma pergunta, mas não quero ofendê-la.
- Você quer saber como eu morri, certo?
- Sim...
- Bem, eu e meu marido já demos aula aqui, há muito tempo... – Ela para por um instante e se senta no corrimão da escada, Artemis um pouco cansado senta em um dos degraus. – Meu marido adorava tentar criar novas mágicas e poções, e na época de minha morte ele trabalhava com necromancia. Eu tinha pedido para ele não mexer com esse tipo de magia, ela muito imprevisível e instável, você sabe, bem...Em uma noite de dezembro quando a escola estava com poucos alunos ele, ele... – Ela para novamente e Artemis pode jurar que uma lagrima correu no rosto da Dama. – Bem, ele me sufocou até a morte, para tentar me trazer de novo a vida. Como é possível ver, ele não conseguiu, frustrado suicidou-se na mesma noite...
- Desculpe-me ter feito você lembrar disso.
- Não se preocupe querido você não tinha como saber. Você é jovem e curioso, não tem culpa disso. Bem, vamos andando.
Eles caminham por mais um tempinho até chegar em uma estátua de uma Fênix, lá a Dama fala “Chiclete Babalu” e a estátua começa se mover revelando uma escada.
- Eu não entendo essa mania do Dumbledore de colocar como senha nomes de doces, mas enfim, é só você subir meu querido que chegara na sala do diretor.
- Tchau, foi um prazer conhece-la.
- Não o prazer foi meu.
A Dama se vai e o garoto começa a subir as escadas, no fim há uma porta e quando ele vai tentar abri-la ela se abre e atrás dela há um velhinho com óculos em meia-lua, barba branca e comprida e parecendo muito gentil, “Sim” ele fala.

No dia seguinte durante o café

Harry e Rony sentam-se ao lado de Hermione na mesa da Grifinória durante o café da manhã. Os três conversão sobre tudo um pouco, mas principalmente sobre o boato que está correndo a escola toda, parece que depois de mais de dois séculos a escola aceitou um aluno transferido, isso é raro de acontecer em Hogwarts, pois eles gostam de selecionar seus próprios alunos. Quando a conversa estava chegando ao fim chega Gina muito agitada.
- Vocês já sabem o que aconteceu?
- Já – Diz Rony – Isso já correu a escola toda, acho que não tem ninguém que não saiba.
- É, mas tem uma coisa que eu sei que vocês não sabem.
- E o que seria? – Diz Harry meio que duvidando.
- Eu sei que o Chapéu Seletor o mandou pra Corvinal.
- E como você ficou sabendo disso? – Pergunta Hermione.
- Eu falei com a Chang ainda pouco e ela me disse que já viu o garoto. – Nesse instante todo o salão ficou mudo e todas as cabeças viram para o mesmo lado e todos os olhos olharam a mesma pessoa, o aluno transferido. O garoto veio andando calmamente sem se importar com a atenção de todos e sentou-se à mesa da Corvinal, uma outra coisa curiosa que aconteceu foi que Cho no memento exato que o garoto sentou-se ela se levantou e foi lá conversar com ele. Harry viu isso e o ciúme começou a crescer em seu coração como nunca antes havia acontecido. Depois disso o salão voltou ao normal com suas conversas isoladas.
- Hei Harry, - Fala Hermione – Esse não foi o mesmo garoto com quem você esbarrou ontem?
- É, acho que foi. – A conversa na mesa continua e as portas do salão se abrem trazendo Hagrid que vai até a mesa da Grifinória conversar com Harry e os outros. – Oi Hagrid, tudo bem?
- Sim tudo ótimo, mas e com você Harry, já achou sua varinha? Fiquei sabendo que você a perdeu lá em Hogsmead.
- Não, ainda não, e olha que nós procuramos por todo o lugar e não achamos.
- Harry, um bom bruxo cuida bem de sua varinha, mas não se preocupe alguém vai acabar achando e devolvendo para você.
- Tomara...
Depois do café Harry e sua turma vão para fora do castelo conversar, trocar idéias e treinar algumas mágicas que talvez cai nas próximas provas, isso dura à manhã toda e quando estava quase na hora do almoço Harry vê caminhando ali por perto o garoto novo e Cho Chang, os dois juntos, agora mais do que antes o ciúme esta por tudo âmbito de seu ser e tudo que ele mais queria nesse momento era dar umas boas porras naquele guri. Cho viu Harry e os outros e começou a caminhar em direção a eles arrastando o novato com ela.
- Oi pra vocês – Diz Cho.
- Oi – todos respondem, menos Harry.
- Eu queria apresentar pra vocês meu amigo Artemis, ele foi transferido lá da Irlanda.
- Oi. – Diz Artemis olhado para todos, mas principalmente para Gina, todos responde, mas novamente Harry fica calado, Hermione percebe o ciúme dele e começa a puxar assunto para mais ninguém perceber esse fato.
- Bem Artemis, eu me chamo Hermione, esse é o Rony, essa é a Gina e esse é o Harry. Artemis, de qual escola da Irlanda você veio.
- Da preparatória, não é muito conhecida, mas é uma boa escola.
- E o time de quadribol tem? Eu não lembro de nenhum time dessa escola. – Pergunta Rony para Artemis enquanto vasculhava em seu cérebro para lembrar se conhecia o time da escola do irlandês.
- Não, lá não tem um time oficial.
- Pena, na Irlanda há ótimos jogadores. – Harry nesse momento aproveitou para ir falar com Cho, já que todos estavam distraídos com o garoto novo.
- Me fala Artemis, – Fala Gina – que animal você usa?
- Como assim?
- Pra mandar as cartas, que animal você usa?
- Bem, uma fada.
- Como? – Todos que prestavam atenção perguntam, isso é menos Harry e Cho que mantinham sua própria conversa.
- Uma fada? E elas servem pra levar correspondência? – Pergunta Rony totalmente abismado, como é possível uma fada fazer o trabalho de uma coruja?
- Bem, fada e o apelido irlandês para um pássaro muito belo e típico de onde eu morava, é uma espécie de ave de rapina, muito veloz.
- Ah sim, agora eu entende. – Gina fala essa frase olhando diretamente nos olhos de Artemis flertando com ele.

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