Uma Festa!



ATENÇÃO: O CAP É CURTO, MAS BOA PARTE DELE É TOMADO POR UMA NC. QUERIDAS LEITORAS QUE COSTUMAM PULAR ESSAS CENAS; FIQUEM ATENTAS. A PARTE COM ALGUMA HISTÓRIA VEM NO PRÓXIMO CAP.

ATENCIOSAMENTE,
ANNINHA SNAPE



Mas, infelizmente, quando chegamos a Hogwarts, Dumbledore chamou Severo para negócios urgentes, ainda sobre o afastamento da McGonagall do cargo de vice-diretora. Severo deveria ser restituído ao cargo de professor antes de se tornar vice-diretor.
Isso não era nada bom e ouvi vagamente Dumbledore falar comigo depois que Severo não queria aceitar. Mas, como faltava menos de um mês para eu me formar, estava tudo certo. Daria para esconder qualquer coisa.
Severo teve que passar outra semana inteirinha longe de mim e, com sorte, chegaria a tempo para a festa de comemoração de dois anos de morte de Voldemort. Com sorte. Agora, era uma questão de honra: eu queria estar com ele, queria que ele visse que eu não tinha vergonha dele.
Bom, o caso é que Dumbledore me disse que Severo só aceitou ser restituído ao cargo depois da minha formatura. Isso, é claro, me deixou emocionada. Eu não esperaria tanto. Ainda mais do que ele já tinha me dado. Ele deixou de ser apenas o homem que eu amava e que me fazia sentir coisas que ninguém jamais fizera; ele era agora o meu herói.
- Você não sabe como o Severo me xingou por tê-lo mandado ficar fora mais uma semana... – disse Dumbledore, com um sorrisinho, depois do jantar de um dos dias do meio da semana.
Eu ri.
- Eu posso imaginar... – murmurei.
Nem preciso dizer o quanto os dias foram torturantes e lentos até o dia da festa. Gina veio falar comigo sobre arrastar Harry para um quarto no dia da festa, e eu disse que ele ficaria assustado com uma atitude dessas. Quando ela me perguntou o que eu aconselhava, eu simplesmente disse que ela devia fazê-lo acreditar que a idéia era dele. Gina riu a isso, mas me perguntou como é que se fazia isso. E eu disse que ela saberia.
Bom, eu não conseguia agüentar a minha ansiedade para o dia da festa, até porque sequer era certeza de que Severo estaria nela. Eu estava apavorada. Eu o desejava e queria estar com ele acima de tudo. Queria provar a ele que também tinha sentido falta dele.

Era o grande dia da festa de morte de Voldemort. Hogsmeade parecia querer se expandir com a quantidade de gente. Eu estava esplêndida, nas palavras de muitos, mas eu não queria isso. Eu queria Severo Snape ao meu lado.
Havia música, havia bebidas, havia aurores para conter a confusão, havia muito que comer. Mas não era o bastante para mim. Eu queria Severo Snape ao meu lado.
Harry e Gina estavam se agarrando num canto escuro e, se não fosse eu ver isso a tempo, um fotógrafo do Profeta Diário teria uma foto do menino que sobreviveu fazendo coisas com Ginevra Weasley na primeira página do dia seguinte. Mas eu logo me afastei das multidões. Usava o vestido que Severo me dera, estava linda para ele e somente para ele. Eu queria que ele me visse. Que ele estivesse comigo. E eu ainda queria Severo Snape ao meu lado.
Peguei uma bebida e fui para uma mesa a um canto. Eu tinha algo de melancolia, enquanto via todos sorrindo e festejando a morte daquele que fora um dos bruxos mais poderosos da Terra.
Não sei quanto tempo fiquei perdida em pensamentos, lembrando o toque de Severo, sentindo falta dele. Eu já me sentia derrotada porque, se ele ainda não chegara, não havia esperança de que ele chegasse. Suspirei e esvaziei o copo. Paciência, eu o veria no dia seguinte. E ele não teria me visto no vestido verde que ele me comprara.
Minha agonia acabou quando ouvi uma voz de barítono quase no meu ouvido:
- Esta jovem dama está sozinha?
Olhei para aquele que estava quase grudado em mim; Severo tinha um olhar fixo e um sorriso se abriu em meu rosto.
- Sevie! – dei um beijo curto nos lábios dele e fiz sinal para ele se sentar ao meu lado. Ele o fez. – Eu estava quase morrendo aqui, longe de você. Conseguiu resolver as coisas lá?
- Sim, sim – disse ele. – Bom, acho bom que não sejamos vistos juntos como... ahn...
- Amantes – sussurrei.
- Que seja – disse ele. – Isso traria problemas para Dumbledore. Ninguém tem como garantir que nossa relação só começou depois que saí do cargo de professor.
- Entendo... – murmurei. – Mas eu estava bonita para você.
Ele sorriu levemente.
- Vamos ficar aqui por mais um tempo, cada um no seu canto... depois...
Ele parou de falar e contemplou meus olhos com os dele brilhando. Creio que sorri.
- Depois o que? – perguntei.
Ele sussurrou no meu ouvido, me fazendo estremecer:
- Depois, vamos para o meu quarto para eu mostrar para você que senti muito a sua falta nessas três semanas...
Sorri para ele um sorriso sincero. Decidi que ia provocá-lo tanto quanto podia na festa, e não soube por quê. Eu queria que ele me desejasse, mais do que parecia me desejar, eu queria que ele se entregasse a mim tanto quanto eu a ele. Eu era dele. Era a mulher dele, e para sempre, se ele quisesse. Não me importava mais com o quem ninguém pensava de mim, ou com que medida analisariam minhas atitudes. Era Severo, e somente ele, que me importava.
Nós nos afastamos e fui para o meio da pista de dança que haviam montado na praça central de Hogsmeade, com um copo de vinho na mão. As pessoas sempre falavam quando eu parecia pronta a fazer algo que uma jovem normal faz. E a minha mudança brusca de menininha depressiva para jovem sorridente parecia muito um assunto interessante para muita gente ultimamente. Mas, como já disse, nada que não fosse Severo me importava mais.
Harry e Gina dançavam juntos na pista; Gina tinha um “Q” de baderneira, mas para ela, assim como para mim, opiniões de pessoas fofoqueiras já não faziam diferença. Havíamos superado essa fase. Não estava com nenhum par, mas comecei a dançar. Dançar era divertido, e fazia bem para distrair. E o melhor de tudo é que eu tinha plena consciência de que o meu Sevie me observava de um canto, meio que encostado à parede do Cabeça de Javali.
Ia dançando e bebendo meu vinho despreocupadamente, mas nem pensem que eu estava bêbada. Eu nunca suportei a idéia de ser motivo de riso para ninguém, por isso sempre fui controlada com bebida.
Uma hora Harry saiu da pista para pegar alguma bebida e Gina chegou perto de mim. Nós duas ainda dançávamos, mas eu tinha a séria impressão de que ela viria me pedir algum conselho. Certo.
- Mione... – murmurou ela.
- Fala, Gina...
- Que eu faço? O Harry me enche com essa história de me respeitar... Eu queria que ele me desrespeitasse, mas como eu digo isso para ele?
Suspirei. Não por irritação, mas por pensar em uma alternativa para ela. Eu estava feliz com Sevie e queria que ela se sentisse assim com Harry, tanto por ele quanto por ela.
- Bom... Você pode dizer que esqueceu alguma coisa muito importante em alguma sala obscura. Pode fazer questão de ir buscar essa coisa. Pode achar que você precisa que ele vá com você. Pode achar que, afinal, a coisa não era tão importante assim, mas a sala é maravilhosa. E por aí vai.
Gina soltou uma gargalhada divertida.
- Hermione, você não era assim...
- Ah... o Sevie me transforma – murmurei, com um riso.
Acho que passei umas duas horas dançando e, pelo rosto dos rapazes a meu redor, eu devia estar parecendo uma grande dançarina, quando na verdade eu só estava me mexendo um pouco.
Quando saí para pegar um suco desta vez, fui puxada para um canto nas sombras e imprensada na parede.
- Com esse comportamento, srta. Granger, acho eu teremos que retornar mais cedo – a voz de Severo estava sussurrada e perigosa no meu ouvido. – Já falei com Dumbledore e com uns estúpidos do Ministério; estou livre para ir.
- Hum... e você vai só ameaçar? – tornei, em tom de provocação.
O corpo dele prensou mais o meu na parede.
- Tome cuidado com o que diz, srta. Granger... Eu posso levar a sério.
Ele me puxou para si de uma vez só e desaparatamos no quarto dele.
- Mas não se pode aparatar em Hogwarts! – exclamei, indignada.
- Às vezes, pode-se sim – sussurrou ele, me olhando com um olhar em chamas.
Olhei em volta, pois nunca tinha visto o quarto dele. Ele me abraçou por trás e levantou o meu cabelo para começar a beijar o meu pescoço. Gemi alto. Como tinha sentido falta dele!
Aliás, pelo que parecia, ele também tinha sentido minha falta. Nem na nossa primeira vez eu o tinha visto tão voraz. As mãos dele corriam pela minha barriga e seguravam os meus seios, enquanto os lábios dele estavam no meu pescoço. Achei que ele poderia querer uma resposta, por isso deixei minha mão ir acariciar o membro dele. Bingo. Do mesmo jeito, sem mudar de posição, ele levantou o meu vestido, acariciando as minhas pernas, e tirou-o. A mão dele desceu para dentro da minha calcinha.
Fechei os olhos e deixei minha cabeça se apoiar no ombro dele. Minhas pernas ficaram fracas de uma hora para outra. Comecei a gemer e eu sabia que isso o deixava mais excitado. Eu estava à inteira disposição dele. Nunca havia sido tão entregue quanto naquele momento.
Ele andou comigo e acho que derrubamos algumas coisas pelo caminho até a parede perto da janela. Minhas mãos começaram a desabotoar as vestes dele e depois a camisa. Ele tirou ambas de uma vez só, enquanto trocávamos um beijo ardente. Abri a braguilha da calça dele e desci a mão para a cueca dele. As mãos dele puxaram minha calcinha para baixo e eu a tirei, enquanto ele também tirava a cueca.
Eu o beijei outra vez, sentindo-o empurrar os quadris contra mim, imitando o movimento que faríamos em poucos segundos. As mãos dele passavam pelas minhas costas de um jeito possessivo.
Eu mesma me desvencilhei dele, ao que ele me olhou atordoado.
- Você não quer? – perguntou ele, um pouco desapontado. Está bem; muito desapontado.
Mas meu olhar certamente disse a ele que eu não estava exatamente com intenção de recuar. Mexi nos cabelos e olhei para dentro dos olhos dele. Era olhos negros, que me varriam de um modo indescritível.
- Vem para mim – sussurrei suavemente. – Eu quero sentir você dentro de mim.
Eu me deitei na cama sem tirar os olhos dos dele e ele veio para se deitar por cima de mim. As mãos dele separaram meus joelhos, enquanto ele descia os lábios para meus seios. Nenhum destes gestos foi cuidadoso ou paciente; traziam antes uma ansiedade que eu conseguia compreender muito bem. Ele olhou para mim, quase esperando uma autorização para entrar no meu corpo. Minhas pernas envolveram os quadris dele e ele empurrou todo o volume dele para dentro de mim de uma vez só, mas sem força desta vez.
Gemi alto e ele também. Os lábios dele estavam entreabertos no meu pescoço e a respiração quente dele me fazia mais louca.
- Severo... – eu gemia. Minhas unhas arranhavam as costas dele com força, enquanto os movimentos dele ficavam mais rápidos.
- Deliciosa... – a voz dele ressoou no meu ouvido, enquanto a língua dele passava por lá.
Os movimentos dele agora, além de rápidos, tornaram-se fortes e mais fortes. Senti minhas pernas estremecerem, enquanto esse tremor se espalhava por todo o meu corpo. Gritei o nome dele e logo o senti também chegar lá no fundo de mim. Ele me beijou outra vez, enquanto tentava acalmar a respiração.
- Senti muita falta de você... – sussurrou ele. – De você inteira...
Severo saiu de mim e deitou-se ao meu lado, passando um braço em torno da minha cintura. Eu o abracei também e passei uma perna por cima das pernas dele.
- Severo, eu... eu senti falta de você. Do seu toque... e da sua voz... – sussurrei, subindo em cima dele. Sei que pareci uma desesperada, mas não me importo.
Comecei a me mover em cima do membro dele e logo o senti reagir.
- Você não quer descansar, não é? – perguntou ele com um sorrisinho maroto.
- Se você quiser, não tem problema – eu disse, me levantando e indo me olhar no espelho com descaso.
Ele se levantou e me abraçou por trás outra vez. Eu olhava para ele através do espelho e ele fazia o mesmo. As mãos dele subiram para acariciar meus seios de modo possessivo e eu sentia o membro dele logo atrás de mim. Tive medo que ele... ora, vocês me entendem! Mas ele não fez isso. Ele me virou de frente para si e me beijou.
Enquanto as mãos dele me dominavam por completo, fomos andando, mas abri os olhos ao ver que ele não estava nos dirigindo para a cama. Era só uma parede, sem nada. Ele me imprensou lá e levantou uma de minhas pernas. O membro dele ficou na minha entrada.
- Sabe o que eu vou fazer agora, srta. Granger? – perguntou ele, no meu ouvido.
Ele entrou em mim inteiro de uma vez só, e eu arqueei, com a cabeça pendida para trás, com um gemido descomunal.
- AH, Severo!
Ele tinha um sorrisinho cafajeste nos lábios e beijou os meus. Ele entrou e saiu de mim repetidas vezes com força e velocidade crescentes, e eu tremia inteira. Ele me beijava possessivamente, e me segurou e me pôs em cima da mesa dele, forçando meu corpo contra essa com o dele, sem interromper os movimentos bruscos.
Minhas unhas arranharam as costas dele acima de tudo e eu vi que quase abri a pele dele em vários pontos. Bem, isso não devia ser nada perto da sensação de quase ser rasgada ao meio. Não, eu não estava sentindo dor, muito pelo contrário. Se ele parasse ou diminuísse o ritmo eu seria capaz de matá-lo.
Chegamos juntos ao clímax e ele me beijou, um beijo mais lento, entre sua respiração, muito difícil e alterada. Ele parecia puxar todo o ar da sala para dentro dos pulmões, de tão ofegante que estava.
- Para um quarentão, você está muito potente, Sevie – brinquei.
- Se você fizer outro comentário desses, não vou perdoar você durante a noite inteira... Você vai ter que me implorar para parar... – sussurrou ele, perigosamente.
- Uh... – gemi no ouvido dele. – Essa foi a ameaça mais bem-vinda que já recebi!
Severo balançou a cabeça negativamente com um sorrisinho jovial nos lábios. Fiquei a olhá-lo feito boba. Eu nunca tinha visto aquele sorriso nele. Ele parecia mais leve que nunca.
- Hermione Jane Granger... você está com cara de quem achou algo maravilhoso e estranho – disse ele, aproximando-se, acariciando meu rosto e brincando com uns cachos.
- Hum... se eu for a razão para você estar parecendo tão mais leve e mais feliz, sou a mulher mais feliz do mundo agora! – exclamei dando um beijo nos lábios dele.
- Hermione... quem mais, além de você? Quem mais teria esse efeito sobre mim? – perguntou ele, estranhamente carinhoso depois de tanto vigor.
Andamos meio abraçados para a cama e nos deitamos lá. Ele acariciava meu rosto e ainda mexia nos meus cachos, sem tirar os olhos dos meus.
- O que o futuro nos reserva? – perguntei, num sussurro. – Depois que eu terminar o colégio... Depois que você for vice-diretor de Hogwarts... O que nos espera?
- Se o futuro trás você ao meu lado, não importa o que seja; é bom – disse ele, e me deu um beijo carinhoso na testa.
Enquanto eu sentia meu corpo relaxar nos braços dele e um sono tomar conta de mim, eu pensei o quanto minha vida mudara de uma hora para outra, a mudança mais inusitada de todos os tempos... Severo Snape, até pouco antes, era a razão do meu sofrimento. Agora, era a razão da minha completa alegria.


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.