O começo do fim







Estava um breu danado e Tonks mal enxergava as belas plantas com a luzinhas fracas que iluminavam o jardim de Andrômeda.

A rua também estava mal iluminada por um momento Tonks pensou em voltar para dentro, mas algo dizia para continuar caminhando.

Saiu do jardim e a passos largos seguiu pela rua deserta e escura. A qualquer momento chegaria à ponte sobre o rio que dividia a cidade.

Tonks sentia o vento frio cortar sua face e balançar seus cabelos.

Finalmente um lugar pra pensar! Decidir o que queria, o que devia fazer...

Tonks apoiou os braços na pedra fria da ponte e fechou os olhos.

- Ah...Tonks...

Uma voz seca e rouca a chamava.

Tonks abriu os olhos mas só enxergou neblina.

- Hã? Quem me chamou?

- Tonks...

- Apareça! – Ordenou a garota esbanjando mais coragem do que precisava.

Uma risada fez Tonks tremer até os pés. Conhecia muito bem aquela risada.

A figura encapuzada vinda da neblina se aproximou calmamente. Tonks não conseguia se mover, seus pés estavam grudados no chão. O frio era intenso e o vento mais forte agora.

- Olá, Tonks. – Cumprimentou a figura. – Lembra-se de mim?

A menina observou a figura de baixo pra cima. Era ela...aqueles olhos negros, as pálpebras pesadas demais, a expressão de ódio...

- Bellatrix... – Deixou escapar.

- Isso! Então se lembra da sua tia querida... – Bellatrix riu. – A ultima vez que nos vimos foi no ministério. Eu não consegui matar você, mas em compensação matei meu priminho. Aquele que queria que você pulasse no lago...

- Sirius! – Tonks exclamou ao se lembrar do homem de seu sonho. – Foi...você?

Bellatrix riu novamente.

- Pra que gastar tempo matando minha irmã, que já está velha...se posso matar você. – Ela ia rondando a ponte sempre encarando Tonks que ainda não conseguia se mover. – E acabar de uma vez por todas a maldição dos traidores da família Black!

Bellatrix apontou a varinha para o chão aos pés de Tonks.

- Bombarda! – E o pedaço de chão se despedaçou fazendo Tonks cair e por pouco se segurar para não cair no rio gélido e perigoso lá em baixo.

- Ninguém poderá salvá-la, sobrinha. – Bellatrix dizia carinhosamente. Tonks estava quase escorregando, sentia seus dedos se desprendendo lentamente da pedra.

- Que apostar? – Alguém gritou ao longe.

Não podia ser! Tonks sentiu-se bem novamente e se segurou firme para não cair.

- Oh! – Exclamou Bellatrix em seu tom sarcástico. – Você veio salvá-la? Veremos...

- Expelliarmus! – Recitou Lupin apontando a varinha para Bellatrix. Mas esta desviou o feitiço.

- Tonks! – Ele correu para socorrê-la, mas Bellatrix foi rápida e isolou Lupin para o outro lado da ponte.

- Lupin!! – A menina gritou ao vê-lo ser atirado.

- Não, não..Você precisa morrer!

A comensal se aproximou rapidamente de Tonks e começou a desprender seus dedos com feitiços.

Quando Bellatrix finalmente percebeu que não havia mais ninguém pendurado, sorriu em vitória.

- Finalmente! – Disse triunfante.

- Ainda não...

Bellatrix virou-se. Tonks estava parada ao seu lado, com a varinha em punho.

- C-como? – Bellatrix gaguejou.- Você...aparat...

- Expelliarmus! – Tonks apontou para varinha de Bellatrix que voou longe.

- Você não tem mas chance, Bellatrix. – Tonks disse em um sussurro. – Hoje, vingarei meu primo. Rictusempra!

E Tonks pode ver sua tia sendo atirada para fora da ponte e se espatifando na correnteza severa. A menina respirou fundo.

- Lupin! – Lembrou-se. Correu até o outro lado e se jogou em cima do corpo dele. Estava inconsciente. Provavelmente tinha batido a cabeça... – Oh, não...

Tonks observou sua expressão de dor. Chorou em cima dele por alguns momentos. Tinha se enganado ao seu respeito, ele não era aquele homem ganancioso que queria fazer dinheiro em cima dela...bom, agora era tarde demais. – pensava.

-Tonks...

A menina abriu os olhos e encarou Lupin. Estava vivo...

- Lupin! – Ela apertou-o em um abraço forte.

- Ai... – Ele deixou escapar assim que ela o soltou.

- Ah, desculpa...deve estar doendo! – Tonks riu e os cabelos ficaram rosa chiclete. Lupin ficou feliz com a mudança.

- Você não aceitou o...

- Não pude... – Ele respondeu sem encará-la. – Fico feliz só de vê-la satisfeita com sua família. Eu realmente acho que...

Tonks o calou com um beijo. Lupin que tinha o corpo todo dolorido se sentiu melhor do que nunca.


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Mãe,

Adorei te reencontrar e espero que possa fazer isso de novo em breve. No momento, estou feliz aqui, mesmo longe de você. Achei um jeito de retornar a Inglaterra e não devo demorar a chegar. Mas fique sabendo que nunca irei esquecer a senhora (mesmo que eu perca a memória!) e fique também sabendo que eu te amo!

Abraços da sua filha,

Ninfadora Tonks

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- Oh! – Exclamou Sophie ao ler a carta junto a Andrômeda. –É um final feliz!

- Não... – Andrômeda disse guardando a carta. –É um começo feliz...






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