O Começo do Mal



Galera, antes de começar essa fic, tenho de dizer que ela contem trechos do livro 6, os conhecidos Spoilers.

O Começo do Mal

_Quem é você? O que faz aqui, moleque? _Perguntou um senhor de pouco mais de trinta anos de idade, mancava ao andar.
_Desculpe senhor...?
_Bryce, Franco Bryce, mas aqui é uma propriedade privada, moleques não devêm entrar aqui a não ser que sejam convidados dos Riddle. _Disse o homem indo em direção ao garoto que estava do lado de fora da cerca.
_Desculpe, senhor Bryce, mas não sou daqui, me perdi. Como essa casa é bonita! Quem mora aí? _Perguntou o garoto demonstrando um pequeno interesse pelos morados.
_Logo se vê que não é daqui, moleque... São os Riddle que moram aqui, o senhor e a senhora Riddle e seu único filho, Tom Riddle, sabe? Ele havia sumido por uns tempos, mas depois voltou, isso faz mais ou menos dezesseis anos... Mas para que quer saber disso? _Perguntou Franco ligeiramente interessado.
_Por nada, achei interessante a casa, somente isso... Imponente, assim como certamente os donos. _Disse o garoto sorrindo amigavelmente. _Bom, eu vou indo então... Até logo, senhor Bryce.
O garoto de pele muito pálida e de cabelos muito negros saiu de perto da propriedade dos Riddle e adentrou a floresta que havia ali por perto, se encostou em uma arvore e ficou rodando entre os dedos um graveto, parecia uma varinha de condão.

A noite começou a cair na pequena cidadezinha de Little Hangleton, seus morados começaram a se recolher em suas casas para saborear mais um jantar feito pelas donas de casas, que até momentos antes, estavam nas janelas comentando sobre a vida dos moradores dali e criticando o modo de vida da única família que nunca se misturava a ninguém, a imponente Família Riddle.

O Garoto começou novamente a andar _Deve ser por aqui _Pensou ele caminhando e olhando para todos os lados.
_Ali! Finalmente! _Exclamou ao ver uma cabana de estado deplorável, parecia que não havia moradores ali, havia ervas daninhas por toda a parte e uma quantidade muito grande de trepadeiras subiam nos muros da casa agora, ganhando altura até o teto.
O garoto mirou a porta da cabana, ali havia uma cobra quase terminado seu estado de decomposição, cheirava fortemente a podridão de seu estado. Ele deu um sorriso e se aproximou da porta, parecia não ter tanto nojo do lugar, pelo contrario, pelo seu sorriso, parecia que estava feliz em ver aquela cabana. Bateu a porta e esperou a resposta, que veio logo em seguida, ouviu alguém vir gingando em direção a porta e ela sendo aberta, logo em seguida, com um rangido.
O garoto se deparou com um homem de aparecia bruta com cabelos e barbas tão crescidos, qual dava para ver seus olhos e bocas, com uma ajuda do lampião que o garoto havia levado consigo, ele pode perceber que o teto da casa estava cheia de teias de aranha e a casa tinha em si uma aparência miserável, pedaços de comida mofados em cima da mesa, panelas para todos os lados, haviam grandes crostas de sujeiras nelas, o chão havia no mínimo dois dedos de poeira, a julgar pelas pegadas que fora deixada ao homem quando ele passou para chegar até a porta, também tinha uma vela derretida ao pé da poltrona que ali estava, velha, suja e rasgada.
_VOCÊ! _Berrou. _VOCÊ!
O homem avançou em direção ao garoto derrubando algumas garrafas no chão, com uma faca e uma varinha em mãos.
_Pare. _Disse o garoto, mas em uma língua diferente, uma língua estranha, parecendo uma cobra.
_Você sabe falar? _Perguntou homem parado com a faca e a varinha em punhos.
_Sei falar. _Respondeu o garoto da mesma maneira. Ele entrou na casa e olhou para tudo com um certo desapontamento _Achei que seriam de melhor estado _Pensou o garoto.
_Onde está Marvolo? _Perguntou o garoto.
_Morreu. Morreu há anos. Não foi? _Respondeu o homem mirando o garoto.
_Quem é você, então? _Perguntou o garoto agora encarando o homem que baixara a faca, mas mantinha a varinha na altura da cintura.
_Sou Morfino, não sou?
_O filho de Marvolo?
_Claro que sou, então...
Morfino afastou o cabelo do rosto para poder visualizar melhor o garoto, mostrou que usava em sua mão direita, no dedo médio, um anel de aparência sinistra, com uma pedra preta e um raio bem ao meio.
_Achei que você fosse aquele trouxa. _Disse Morfino. _Você é a cara daquele trouxa.
_Que trouxa? _Perguntou o garoto desinteressado.
_Aquele trouxa que minha irmã gostava, aquele trouxa que mora na casa grande, mais adiante na estrada. _Ele cuspiu ao falar da irmã. _Você é igualzinho a ele. Riddle. Mas ele está mais velho agora, não é? Mais velho do que você, agora que estou pensando...
Morfino balançou precariamente sobre a mesa em que estava apoiado, com a varinha em mãos ainda e parecia ligeiramente atordoado.
_Ele voltou, sabe?
O garoto avaliou Morfino e suas possibilidades, se aproximou dele e então perguntou:
_Riddle voltou?
_Ar, deixou ela, e foi bem feito para ela, casar com ralé! _Disse Morfino novamente cuspindo no chão como se o que acabara de dizer fosse um veneno letal. _E roubou a gente, e veja antes de fugir! É, onde está o medalhão de Slytherin?
Morfino olhou para o garoto e se enraiveceu, brandiu a faca e disse com desgosto:
_Ela desonrou a gente, foi o que ela fez, a vadia! E quem é você para entrar aqui e ficar fazendo perguntas sobre isso? Já acabou, não é? Já acabou...
Morfino desviou o olhar e cambaleou um pouco, o garoto avançou sobre ele e uma profunda escuridão se fez na caverna, tudo que iluminava o local se apagou, uma escuridão anormal se tornou no ambiente, nem a luz da lua refletia no casebre.
_Ela não sabia o que estava fazendo... _Disse o garoto antes de sair guardando a própria varinha e pegando a do homem que se encontrava ao chão.
O garoto saiu do casebre tendo o cuidado de fechar a porta bem devagar ao passar. Já tinha todas as idéias em sua cabeça, concluiria o plano que estava fazendo em sua mente havia cinco anos, desde que soubera quem era e de quem seria filho. Ele caminhou por entre as arvores e saiu da floresta densa, agora, via as pequenas janelas das casas da cidade, todas iluminadas com uma lusinha e vozes felizes saiam de dentro das casas, no que certamente seria a hora da sobremesa, ou hora da família inteira reunida.
_Por culpa dele, não sou assim, mas hoje ele vai se arrepender de ter deixado-nos, vai experimentar uma dose do próprio sangue... _Pensou o garoto sorrindo, parecia que em seu sorriso não havia uma alegria, mas uma grande satisfação no que planejava fazer, tinha um sorriso frio e seu olhar, antes já parecia uma noite tensa de inverno rigoroso, agora parecia uma geada, do mais robusto gelo de todos os tempos.
Caminhou mais um pouco até a colina onde se encontrava a casa dos Riddle, parecia que assim como a maioria das outras pessoas, eles também estavam jantando, ou talvez tomando um café antes de irem se deitar, o garoto se aproximou e tocou a campainha da casa, não demorou muito, uma senhora de estatura média e de gosto requintado apareceu a porta, trajando um vestido vermelho e com belas jóias que deveriam custar uma pequena fortuna. Ela olhou para o garoto com um pequeno mau humor, demonstrando que àquela hora, não era hora de visitas, principalmente, visitas desconhecidas.

_O que quer? Não tenho dinheiro para lhe dar...
_Não senhora, desculpe, mas não vim procurar dinheiro com ninguém...
_Então o que quer? Diga logo, não quero ficar o tempo todo de conversa com um garoto inconveniente... Minha nossa! _Ela exclamou ao ver o rosto do garoto, já que ele estivera nas sobras até então.
_Boa noite, senhora, meu nome é Riddle, Tom Marvolo Riddle. Estou procurando por Tom Riddle e o senhor e a senhora Riddle. _Disse o garoto docemente.
_Entre... Entre, menino! Jorge... Jorge! _Disse a mulher indo até a sala de jantar, onde pareciam estar todos. _Espere-nos na Sala de Estar, menino. _Disse ela já tendo desaparecido.
_Pode ter certeza que eu irei esperar... O tempo que for... _Disse Tom em um sussurro se encaminhando para a sala de jantar.
_Então... Quem é você? _Perguntou um homem de aparência idosa, porem, ainda parecia muito forte. Tom havia se sentando ali havia pouco mais de cinco minutos.
_Vim para conversar com meu pai, Tom Riddle... E para conhecer meus avós. _Disse o garoto sorrindo gentilmente.
_Seu pai? _Perguntou o senhor Riddle olhando para o garoto. _Você nunca nos falou de um filho, Tom. _Disse o homem olhando agora abobado para o filho.
_Eu não sabia que ele tinha nascido... _Começou a dizer o homem, mas foi interrompido por Tom:
_Tinha esperanças de que eu tivesse morrido, mas vim mostrar a vocês que não, estou vivo, e não é graças a você, ou você, ou muito menos a você, Tom Riddle. _Disse Tom apontando para todos os presentes na sala, tinha a voz fria, sem emoção e um sorriso tão frio quanto os olhos que olhava os presentes.
_Não tinha esperanças que tivesse morto, simplesmente achei que ela não sobreviria... Achei que ela morreria, parecia tão fraca...
_Ela viveu somente tempo suficiente para me deixar nascer e me dar o seu nome, Tom Riddle, logo depois disso, ela morreu... Na miséria, assim como não deveria ter morrido tendo o ancestral que tinha. _Disse Tom sem emoção alguma, pelo contrario, ao estar narrando a morte da mãe parecia contente, satisfeito.
_O que quer dizer com “tendo o ancestral que tinha”? Quer dizer que morando naquela cabana miserável, no meio da floresta, trajando aquelas roupas medonhas e tendo a aparência de uma pessoa que morre de fome a cada dia que passa, ta querendo dizer que ela tinha sangue puro? Tinha um sangue nobre? Que tinha dinheiro? Há, me faça rir, menino...
_O sangue dela era muito mais nobre que o de vocês três juntos, ela era bisneta do maior bruxo que esse mundo já conheceu, mas com certeza vocês nunca ouviram falar nele, vocês são idiotas e patéticos demais para saber. _Disse Tom em seu sorriso frio.
_Bruxo? O que você está falando, menino? O que realmente é você? De qual hospício você fugiu?... _Começou o senhor Riddle
_Vocês duvidam que a magia existe? Pois ela existe, vou dar uma demonstração para vocês. _Disse Tom apanhando a varinha e apontando para Tom Riddle, que deu uma risada ouça ao ver o garoto segurando um pedaço de madeira.
_O que vai fazer com isso? Me furar? _Perguntou o homem debochando do garoto.
_Não... _Disse ele rindo e olhando para o homem. _... Mas posso fazer você sentir uma dor que nunca sentiu antes na vida... Uma dor que vai se ajoelhar perante mim e pedir perdão, e verei se tenho piedade... Crucio! _Disse Tom e o homem começou a se contorcer e gritar a senhora Riddle tentou ir para cima do filho, mas o marido a impedindo. _E então? Dói, não dói? _Perguntou o garoto rindo para o homem que se segurava e ainda se contorcia no chão de dor. _Essa se chama Cruciatus, é uma maldição imperdoável em ver do Ministério da Magia e nenhum estudante nunca aprende a faze-la, ms eu não sou um estudante qualquer, sabiam? _Disse ele rindo ao ver o homem no chão tentando se levantar se apoiando na mão direita. _É, sou especial, sempre fui especial, sei falar com cobras também... Sei matar as pessoas sem sentir dor... Sei faze-las sentir muita dor como podem ver... Também sei controla-las, querem ver? _Disse ele rindo e se virou para a mulher que estava na frente do marido com os olhos marejados. _Imperius!
A mulher parecia estar fora de foco, parecia não se lembrar de nada, tinha um sorriso bobo no rosto, olhava para o garoto esperando ao que parecia uma ordem como se sua felicidade dependesse disso.
_Quero que bata nesse homem aqui no chão. _Disse Tom e a mulher começou a estapear o homem que estava quase se levantando fazendo ele cair novamente e gritar de dor. O garoto ria, uma risada gélida, sem vida, mas que demonstrava um grande prazer no que tava fazendo.
_O que ta fazendo com a minha família? _Perguntou o senhor Riddle parecendo mais assustado do que já estivera.
_Dando um pouco do que eles realmente merecem, sabe? O senhor também merece alguma coisa, afinal, sabia que seu filho havia abandonado Mérope... _Disse o garoto ainda sorrindo do mesmo modo e fez com que a mulher voltasse ao normal e não entendesse como ela poderia estar em cima do filho batendo –o sendo que ele estava ferido. _Olhe, vou mostrar a vocês a ultima Maldição Imperdoável... Ela é uma muito boa, mata sem fazer a pessoa sentir dor... A pessoa simplesmente ver uma luz e morre... Assim! _Disse ele estralando os dedos. _Vamos ver quem é o escolhido? _Disse ele girando a varinha entre os dedos, a satisfação em cada partícula de seu corpo. _Avada Kadavra! _Disse ele apontando a varinha para o homem e ele caiu com um baque surdo em cima do tapete caro, com olhos e bocas abertos formando uma face aterrorizada em seu corpo gélido.
_O... O... O que você fez com ele? _Perguntou a senhora Riddle parecendo aterrorizada.
_Bom, vamos dizer que ele está... Hum... Morto. _Disse Tom sorrindo mais abertamente.
_Você é um monstro...
_Você criou esse monstro, Tom Riddle, se tudo está assim, é porque VOCÊ fez ficar assim... Ela morreu por sua culpa, tudo culpa sua. _Disse Tom rindo da cara do pai. _Avada Kadavra! _Disse Tom e a mulher caiu do lado do marido, e da mesma maneira. _Agora... Se você quiser viver... Se quiser se livrar da morte que levou seus pais... Pode me pedir perdão. _Disse Tom rindo.
_Me perdoe... Eu era jovem, não sabia o que estava fazendo, era muito jovem, queria viver a vida, poso te dar tudo que quiser, dinheiro, casa, nome... Posso dar tudo que você quiser ter. _Disse Tom Riddle próximo ao filho.
_Você percebeu que como sua mãe, vocês me ofereceram a mesma coisa logo que cheguei aqui? DINHEIRO... Tudo para vocês gira em torno de dinheiro? Pra mim não, tudo gira em torno de outra coisa. PODER, sim! Porque quem tem poder tem dinheiro, tem direito e nunca deveres, mas quem tem dinheiro, tem de fazer as coisas que mandam, e nem sempre tem o poder de controlar as coisas e botar o medo de que se precisa, para se ter o que se quer... Bom, para seu perdão ser valido e eu poupar sua vida, te de ser de joelhos, sem olhar par mim, de cabeça baixa, assim como um prisioneiro de guerra que curva-se para o comandante do outro batalhão.
Tom Riddle se curvou e morreu, sem nem ao menos poder ver a luz verde que seus pais viram.



Agradecimento:

Luisa Hunter*: Agradeço a vc, primeira pessoa q dxo coments, valew msm, esperu q tenha gostado. Bjam e ateh a proxima.

Agora gostaria de agradecer a tds q lerm a fic e esperu q gostm e comentm, bjam!

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