Perguntas em Grimmauld, 12



- Vamos Harry, pegue um Sapo de Chocolate! – disse animadamente o prof. Dumbledore balançando a sacola na frente do garoto.

- Hum... obrigado professor. – Tinha se esquecido de que o diretor, agora, era o maior freqüentador da casa dos Black, e tomou um grande susto quando o viu na sua frente.

- Devo confessar que estou muito feliz que o rapto da srta. Granger tenha sido um engano. Seria realmente uma grande lástima se tirassem-na das nossas vistas, não é mesmo! – deu uma piscadela em direção a garota que ainda tinha os olhos muito vermelhos.

Todos pareciam ansiosos. Harry tentou imaginar o que estava acontecendo a alguns minutos atrás, o que os membros da Ordem da Fênix faziam quando tinham que salvar alguma pessoa que estivesse no domínio de Voldemort, como a informação era dada, como era a reação das pessoas, quais eram as primeiras providencias. Harry queria fazer centenas de perguntas, mas ele simplesmente não sabia como se dirigir aos bruxos que observava.

- Todos do meu território já foram informados do alarme falso Alvo – disse Emelina Vance, quebrando os pensamentos de Harry – Os aurores estão voltando para a primeira Formação e os outros estão passando a informação a diante. Mas alguma instrução que você queira nos dar?

- Não Emelina. Apenas para que todos descansem sem perder a vigilância, é claro. Dédalo e Alastor tomaram o comando na região sul e devem chegar logo. Acho que já tivemos preocupações demais por hoje. Sugiro um recesso das Formações – disse Dumbledore enquanto se dirigia a cabeceira da mesa da cozinha e deliciava o último Sapo de Chocolate aos olhares satisfeitos de Fred e Jorge.

- Recesso das Formações! – exclamou a professora Minerva, parecendo aborrecida nas suas vestes trouxas – Mas Alvo, não podemos simplesmente relaxar por causa de um alarme falso! Pelo contrário, agora que fizemos uma balbúrdia em torno do nome de Hermione Granger, temos que reforçar...

- Estou velho sim Minerva, mas não idiota o bastante para saber o que se passa nos tempos que estamos vivendo hoje – Dumbledore parecia levar tudo como se fosse uma interessante conversa na sala se professores de Hogwarts – Você realmente acha que eu iria relaxar diante de um alarme falso! Com certeza Voldemort soube do suposto rapto muito antes de nós, o que eu lamento muito, pois, isso pode ter dado novas idéias e planos a ele. Vamos fazer uma reunião com os membros da Ordem para novas instruções e renovar as velhas, mas antes... precisamos nos alimentar.

Dumbledore sacudiu a varinha em direção ao fogão e as panelas e colheres começaram a deslizar pelos móveis preparando alguma coisa que o cheiro não demorou muito a infestar a cozinha. A sra. Wesley fez tentativas de convencer o diretor a deixa-la fazer o almoço, mas ele não permitiu e forço-a a sentar.

- Vamos Molly, você e Arthur precisam descansar de vez em quando! Deixe isso para lá por enquanto. Quim. Elifas. Por favor, gostaria que os dois convocassem o grupo para uma reunião de emergência, chamem todos.

- Todos, Alvo? Suponho que você não esteja incluindo aí o ...– Quim juntava as sobrancelhas enquanto Elifas se dirigia a porta de saída e voltando rapidamente para segurar o braço de Quim como se quisesse impedi-lo de dizer algo.

- Você entendeu perfeitamente bem, Quim. Faço a exclusão de um dos membros. Por favor, se vocês puderem ir logo. Obrigado.

Sentaram-se a mesa o restante das pessoas que ficaram na cozinha, a família Wesley, Lupin, Harry, Hermione, a professora Minerva e Emelina. O clima da mesa não era dos melhores, todos pareciam apreensivos ou totalmente incapazes de engolir a comida no prato, como Hermione. Dumbledore, porém, parecia de um certo modo até feliz. Perguntou-se quem era o membro da Ordem que Quim e Elifas não podiam convocar para a reunião, e porque eles não podiam fazer isso. Quem era essa pessoa? Onde ela estava para estar impossibilitada de não ir a reunião? Pensando nisso Harry olhou para os amigos para ver se eles compartilhavam da mesma curiosidade do garoto, mas parecia que eles não se importavam com isso. Rony cutucava a comida com a ponta do garfo, aparentemente ele ainda parecia chocado ou aborrecido com a revelação de Hermione, que por sua vez, parecia simplesmente exausta. Harry imaginou que essa aparência se deu devido a todo estresse e preocupação que a garota teve e causou.

Ninguém falava muito a mesa. De vez em quando Dumbledore oferecia algum prato exótico, o sr. Wesley e Emelina conversavam em voz baixa do outro lado da mesa, e o garoto descobriu-se extremamente aborrecido com isso. Porque tanto segredo agora, justo quando estavam de volta a sede da Ordem da Fênix? Será que os mais velhos iriam esconder informações importantes deles como fizeram no verão passado? Harry sentiu vontade de se levantar da mesa e obrigar aos outros e Dumbledore a contar-lhe o que esteve acontecendo esse tempo todo.

Sentiu a raiva invadi-lo. Um ódio que pareceu infectar todo seu corpo. Raiva por todos sentados àquela mesa, por tudo o que tinha acontecido a ele durante esse 16 anos. Ódio pela coisa que o perseguia, e que tentava mata-lo. E então, sem aviso, sua cicatriz deu uma pontada ligeiramente dolorosa, o bastante para fazer o garoto fechar os olhos de dor e largar os talheres na mesa. Com a cabeça baixa, tentou parecer indiferente a dor, e antes de levanta-la pediu com todas as forças que ninguém tivesse notado isso. Fazia tempo que não sentia sua cicatriz arder, desde os seus sonhos. Levantou a cabeça, e pareceu que seu pedido fora atendido, todos ainda comiam... menos Hermione. A garota olhava para Harry, não com os olhos desconsolados de quando chegou ao Largo Grimmauld, mas sim, com um olhar cheio de surpresa e preocupação, que nem ao menos piscava. “Ela percebeu.” Pensou o garoto.

- Estava realmente muito bom. Tive medo que eu tivesse perdido a mão para a cozinha, faz tempo que não enfeitiço panelas para fazer alguma coisa. – disse Dumbledore parecendo satisfeito quando todos limparam os pratos. Harry e Hermione desviaram os olhares.

- Alvo, não seria melhor despachar os mais jovens para deixar a cozinha livre para a reunião? – disse Lupin. – Eles devem chegar a qualquer momento.

- Hum? Ah sim claro, claro. Alastor e Dédalo logo chegarão. Harry, Rony, Hermione, Fred, Jorge, Gina... se vocês não se importarem... podem ficar nos quartos em que estavam no verão passado, eles ainda estão desocupados.

Nem Fred e Jorge pareceram tentar persuadir Dumbledore que os deixassem lá para a reunião, apesar de deixarem a cozinha com ares de desapontamento. Harry, que tinha ficado calado todo o almoço, foi quem falou.

- Então vamos continuar sem saber de nada! Até quando? – sabia que não adiantava tirar alguma informação do diretor, mas o garoto sentia-se tão ativo agora que estava no Largo Grimmauld, alguma coisa estava estranha, alguma coisa estava faltando naquele lugar, e era ele que tinha que preencher esta lacuna. – Não vão poder esconder muita coisa de nós durante muito tempo, as coisas vão começar a acontecer, e todos nós saberemos!

- Na verdade Harry, elas não vão começar, já estão acontecendo. – disse Dumbledore na sua voz calma, porém, mais séria agora – E é por isso que logo eu irei ao encontro de vocês para conversar.

Dumbledore olhava com tanta intensidade para o garoto que ele teve medo de que o professor pudesse ver seus pensamentos e visse a insegurança que estava dentro dele depois da dor na cicatriz que tinha sentido. Mas Dumbledore desviou seu olhar para a sra. Wesley, quando esta falou.

- Mas Dumbledore... você acha realmente que pode falar abertamente sobre...

- Como Harry mesmo disse Molly, eles irão saber de qualquer jeito, e é melhor que seja por nós. Por favor, gostaria que todos fossem para cima. Hermione, logo irei subir para conversarmos sobre o acontecido.

A garota pareceu que tinha levado um balde de água fria na cabeça, Harry tinha certeza que a última coisa que a garota queria era conversar sobre seus problemas com o diretor da escola. Mas ela pareceu se acalmar quando ele piscou para ela, que tentou sorrir, inutilmente. Os seis jovens subiram escada acima até chegar ao patamar de entrada que estava muito escuro, deixando os cinco adultos para trás. A sala não tinha mudado muito, estava apenas mais limpa. As cortinas que cobriam o retrato da sra. Black ainda estavam lá. Dirigiram-se para a próxima escada que levava aos andares de cima, onde estavam os quartos, entraram pôr um corredor escuro e foram parar em frente a porta onde estava o quarto em que Harry e Rony ficaram da vez passada. Fred girou a maçaneta de cabeça de cobra e entrou no quarto.

- Bom, não posso dizer que não estou feliz por estarmos aqui. – disse Fred se atirando em uma das camas – Agora podemos espionar, e tudo graças a você Hermione, obrigado!

O garoto deu um grande sorriso para ela, que não retribui, parecendo muito ocupada em olhar pela janela.

- Não seja estúpido Fred! – defendeu Gina – Mamãe disse que viríamos pra cá no final das férias, deixe de aborrecer Hermione com essa história!

- E quem está aborrecendo aqui? – Jorge sentava-se ao pé da cama do irmão – Mamãe nunca iria nós trazer para alguma reunião, você sabe disso Gina. Ela iria começar a dizer que somos muito novos apesar de que Fred e eu somos maiores...

Ouve um grande estrondo no andar de acima, e todos olharam para o teto como se pudessem ver o que estava acontecendo.

- O que é isso? – perguntou Rony dando um pulo da cadeira.

- Será que Mostro está lá em cima? Sei lá, tentando roubar alguma coisa? – arriscou Gina

- Lógico que não! Ele não iria continuar aqui depois de ajudar a matar Sirius. – disse Harry

- Então se não é Mostro que está lá... – disse Fred pensativo – que outra criatura poderia estar aqui...a não ser que... Bicuço! É Bicuço que está lá em cima! – dizendo isso, levantou-se da cama e correu para a porta seguido de Jorge.

- Vocês não vem? – perguntou Gina indo atrás dos irmãos.

- Vamos ficar. – respondeu Rony, quando viu que os outros permaneceriam calados.

Harry não precisava de mais um motivo para ter lembranças do padrinho, e Hermione parecia muito interessada no estrado da janela para sair do quarto. Então ficaram os três garotos sozinhos. Passaram algum tempo calados. O sol já estava se escondendo atrás das montanhas e a reunião parecia não ter acabado.

- O que vocês acham que eles estão conversando? Fred e Jorge deveriam ter se lembrado de trazer algumas Orelhas Extensíveis, sobraram algumas da última remessa. – perguntou Rony, aparentemente, tentando estabelecer umas conversa entre os três.

- Dumbledore disse que depois da reunião viria conversar conosco, não foi! Talvez ele nós conte alguma coisa. E responda algumas de nossas perguntas. – Hermione disse isso e olhou para Harry, que desviou seu olhar e deitou-se na cama onde Fred tinha estado.

- E você realmente acha que Dumbledore vai nos contar alguma coisa Hermione! – falou Rony, deitando-se na cama ao lado da de Harry.

- Se ele disse que nos contaria, é porque ele vai. – Harry a pouco tempo sentiu raiva do diretor, mas sabia que podia confiar nele. Se Dumbledore disse que falaria com eles, era isso o que ele iria fazer.

Hermione finalmente saiu da janela e sentou-se na beirada da cama em que Harry estava. O garoto pensou que ela fosse bombardea-lo com perguntas sobre o que tinha acontecido na mesa na hora em que estavam almoçando, mas em vez disso, ela ficou somente sentada, olhando para as paredes, depois para o quarda-roupa, de volta para as paredes...

- Porque você não nos contou nada Mione? – Rony que parecia estar observando a amiga durante esse tempo, não pareceu aborrecido quando falou, tinha apenas um tom de voz magoado. A garota parou de olhar para o quarto, e mirou o amigo com as sobrancelhas juntas.

- Pensei que isso tivesse ficado obvio. Eu não poderia fazer isso com vocês.

- Fazer o quê? Nós poderíamos ter lhe ajudado, somos seus amigos...

- Exatamente Rony. – agora Hermione agia como se estivesse explicando alguma tarefa para os garotos, como fazia sempre na Sala Comunal. – Todo o estresse e preocupação de saber que eu não poderia voltar para Hogwarts. A humilhação que tenho que passar tanto no mundo dos bruxos como no dos trouxas por ser mestiça, depois, tentando esconder e agir normalmente para que ninguém descobrisse que fugi, e agora o remorso e a vergonha de saber os problemas que eu criei. Porque eu dividiria esses sentimentos e pensamentos ruins com você e Harry? Vocês já tem problemas suficientes, eu não poderia aborrece-los com mais, não é mesmo?

Harry ficou olhando para Hermione. Era como se ela tivesse descrito os seus sentimentos. Era exatamente pelas coisas que Hermione falou, que Harry não queria contar seus segredos para os amigos. Harry compreendia a garota, não podia jogar nos amigos um peso daqueles. Hermione entenderia o seu silêncio sobre a Profecia! E pela primeira vez naquele verão, Harry sentiu-se calmo, calmo por saber que não importava sua atitude, os amigos continuariam ao seu lado e entenderiam suas decisões. Eles entenderiam.

- Tudo bem, Mione. Nós compreendemos. Você poderia ter desabafado conosco, você sabe que nós a ajudaríamos no que fosse preciso. – Harry sentia-se muito grato pelo sentimento que o dominava agora e queria transmitir isso a ela. – Rony e eu estamos do seu lado.

Rony, que ainda parecia chateado com o silêncio da amiga, concordou com Harry. Ele também iria entender. Hermione, por sua vez, parecia que ia chorar. Harry aproveitaria a oportunidade, iria contar aos amigos sobre a Profecia.

- Escutem... – Rony e Hermione olharam para o amigo. – Faz tempo que eu... bom, eu queria conversar com vocês... sobre...

“Vamos seu idiota, conte a eles. Que mau pode a ver nisso?” Pensou o garoto. Mas era mais difícil do que Harry imaginou.

- O que foi, cara? – perguntou Rony, enquanto Hermione permanecia calada, como se ela soubesse o que ele estava para revelar.

- Bom... hum...é que eu queria conversar... sobre...

- Desculpe ter que infurná-los dentro deste quarto – Dumbledore irrompia pela porta, fazendo Harry arregalar os olhos e suar freneticamente – Mas a Ordem e eu precisávamos de privacidade.

Rony sentou-se rapidamente na cama, enquanto o diretor atravessava o quarto, conjurava uma enorme poltrona confortável, a mesma que Harry tinha visto ele conjurar no dia do seu julgamento no Ministério da Magia, e sentou-se de frente para os meninos, juntando as pontas dos dedos e olhando-os atentamente pôr trás dos oclinhos de meia lua.

- Muito bem... sou todo ouvidos – disse aos garotos – o que me perguntarem eu responderei, de acordo com as possibilidades, é claro.

Harry não sabia se era porque tudo estava fácil demais, as resposta bem ali na sua frente, praticamente sentadas em uma poltrona, mas o garoto não conseguiu escolher qual pergunta fazer primeiro. Eram tantas em sua cabeça, que todas vinham de uma vez sem dar espaço a uma única. Esperava que alguns dos amigos estivessem em melhor situação, não sabia até quando a boa vontade de Dumbledore continuaria.

- Desculpe, mas infelizmente não temos todo o tempo do mundo, eu realmente gostaria de voltar à escola, penso que Fawkes esteja esperando ansiosamente por notícias também. Mas se vocês quiserem, podemos passar a noite toda em discussões silenciosas – disse quando viu que nenhum dos três garotos abriu a boca.

- Hum... bem professor... – começou Hermione, e Dumbledore olhou atenciosamente para ela, que ficou da cor dos cabelos de Rony – acho que o que nós queríamos saber.. é que... hum... bom, deixa pra lá.

Ela parecia que iria perguntar alguma coisa, mas resolveu desistir. Dumbledore mirou-a.

- Pode perguntar srta. Granger, garanto que não é difícil. A senhorita já deveria ter aprendido que não é fugindo que resolvemos nossos problemase medos, não é mesmo!

Hermione ficou mais vermelha ainda e baixou a cabeça.

- Eu só queria saber... – disse olhando para o assoalho – se vocês sabem dos planos que Voldemort está tramando? – Rony reprimiu um tremor.

- Ótima pergunta, realmente muito boa – Harry olhava para o professor, engolindo cada palavra – Mas, infelizmente, temos só vestígios do que ele possa estar fazendo. De acordo com nossas fontes diretas, sabemos é claro, qual é o alvo dele e o seu objetivo. Voldemort quer juntar os dois mundos para poder governa-los. Mas pela falta da arma que ele esperava receber dos seus Comensais da Morte, seus planos atrasaram, e achamos que ele tem uma espécie de plano reserva, o qual ainda não o pôs em prática. Falta somente uma peça importante, uma pessoa que... não, não... não é o Harry, não se preocupem – ele disse isso quando Rony e Hermione viraram as cabeças rapidamente para olhar o garoto com rostos assustados – nosso informante tem certeza disso. Ele estaria atrás de um ser humano que substitui-se Harry no plano anterior de conseguir a Profecia. Mas estamos fazendo esforços, exagerados até, para saber mais sobre o novo plano.

- O quê o professor Snape está fazendo pela Ordem? – Harry perguntou tão subitamente, que sua voz saiu um pouco mais alta do que era a intenção, e fez os amigos e Dumbledore olharem para ele. Fontes diretas, nosso informante... tudo isso queria dizer que Snape tinha voltado a ser Comensal da Morte, mas agora como espião? Dumbledore fixou seus olhinhos em Harry.

- Infelizmente, Harry, os trabalhos que o professor Snape presta à Ordem, é uma das perguntas que eu não poderia responder. Não seria ético e nem... seguro.

O diretor tinha uma voz seria, e que intimidava. Ouve um silêncio constrangedor depois da resposta à pergunta de Harry, então foi a vez de Rony falar.

- Ele sabe o que estamos tramando contra ele? Quero dizer... temos algum plano contra ele?

- Mas é claro que temos sr. Wesley, ou o senhor esperava que ficássemos todos a mercê da boa vontade de Voldemort de esperar que tivéssemos uma arma contra ele, seus planos logo serão executados, e então, iremos dar início aos nossos.

- Que planos nós temos são esses? – perguntou Hermione, agora em sua cor normal.

- Terei que me calar mais uma vez sobre isso, mas, acho que não vai fazer mal se vocês souberem que... nossas visitas de amanha serão bastante esclarecedoras. Bom, é inútil continuar esta conversa se já chegamos neste ponto, acho que vocês irão ficar aqui esta noite, poderei conjurar suas roupas de casa até aqui – o professor levantou-se da poltrona, e que com uma sacudidela da varinha, ela desapareceu – Vou falar com seus pais Rony, e dizer para passarem a noite aqui. As visitas de amanha virão cedo e não podem esperar.

- Que visita? É outro membro da Ordem? Quem é ele? – disparou Harry. Precisava urgentemente saber quem era essa pessoa misteriosa, talvez ela tivesse realmente uma resposta para suas perguntas, já que até Dumbledore parecia esperar ansiosamente por ela.

- Paciência é uma virtude, Harry. – disse quando passava pela porta – Boa noite e até amanha!

E deixou os garotos com mais perguntas ainda. Quem iria chegar no dia seguinte? Essa era uma pessoa tão importante assim?

- Vocês acham que esse cara pode ser uma nova arma, já que Harry não deu certo? – Rony expõe sua opinião.

- O que o faz pensar que é um homem, essa pessoa pode muito bem ser uma mulher – disse Hermione aborrecida.

Enquanto Rony e Hermione começavam uma briga para saber qual o sexo da visita que receberiam, Harry tinha outras coisas em mente. Realmente, qual era a importância disso, será que essa pessoa, fosse homem ou mulher, tinha alguma coisa a ver com a morte de Voldemort, mesmo se tivesse, não poderia ter tanto a ver quanto Harry, que tinha que mata-lo de qualquer jeito. O garoto não via como essa pessoa poderia ajuda-los, nem com toda a Ordem trabalhando contra ele, evitaram que Harry fosse possuído e que Sirius fosse morto, o que fazia desta visita especial? Era bom que ele tivesse um bom plano, ou Harry não via o porquê de sua vinda à Sede. Pensava seriamente quem seria, quando Fred, Jorge e Gina irromperam pelo quarto, quebrando seus pensamentos.

- Ele está mais magro do que da última vez que o vimos – disse Gina preocupada – acho que não estão cuidando muito bem dele, não é mesmo?

- Você acha que vão se preocupar com um Hipogrifo velho com tanta coisa para fazer aqui Gina – disse Jorge. – Nós também temos mais com que nos preocuparmos... onde está Dumbledore?

- Veio e já se foi – falou Rony levantando-se da cama e dirigindo-se à porta

- O quê? – gritou Fred – e perdemos o show de perguntas e respostas para ficar olhando aquele pássaro bizarro estraçalhar ratinhos? Eu não acredito! A culpa toda é sua, Gina!

- Minha! Foi você quem deu a idéia de ir pra lá primeiro...

- Foi, eu estava louco para ver aqueles olhinhos laranjas no meu pescoço, esperando o momento certo de me atacar... – sua voz foi diminuindo quando desciam a escada em direção ao patamar de entrada. Hermione seguiu-os mais atrás, deixando Harry sozinho. Teria gostado de ficar ali no quarto, pensando, mas achou melhor dirigir-se a cozinha com todos, para evitar perguntas constrangedoras.

- Não teve coragem de dizer a eles, não é mesmo? – Harry virou-se rapidamente para trás e olhou em direção a voz, procurando seu dono, mas viu somente um quadro velho, com apenas uma poltrona vazia – Prefere levar o fardo sozinho, como se fosse um herói. Sinceramente me admira você não ser do mesmo sangue do meu sobrinho. Os dois sempre tiveram mania para salvamentos idiotas sem medir as conseqüências.

Harry sabia quem era. O dono do quadro o qual olhava deveria estar escondido atrás da moldura. Com certeza ele escutou toda a conversa desde que entraram no quarto.

- Me parece que quem não tem coragem para alguma coisa aqui, é você! – disse em tom de desafio – Escondendo-se pôr trás das paredes. Não me admira que esteja morto. Falta de coragem e excesso de bisbilhotagem... uma péssima combinação.

Harry pode ouvir somente um movimento de desconforto, e como o quadro continuou calado, o garoto dirigiu-se porta afora, indo em direção ao patamar onde estava o quadro da mãe de Sirius Black, que permanecia misteriosamente calada.
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bom gente, espero que voces estejam gostando, se quiserem dar alguma opiniao é so comentar. Eu sei que esta faltando o capitulo 2 e 4 e nao faço amenor ideia do que houve... mas quando eu tiver um tempo juro que coloco eles aqui, talvez proximo fim de semana, aguardem...e por favor.... comentem.

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