Capítulo 3



3) Capítulo 3 (Esse capítulo terá algumas cenas de NC-17)

And I don't want the world to see me (E eu não quero que o mundo me veja)
'Cause I don't think they'd understand (Porque eu não acho que eles entenderiam)
When everything's made to be broken (Enquanto tudo é feito para ser destruído)
I just want you to know who I am (Eu só quero que você saiba quem eu sou)


Goo Goo Dolls – Íris

Por três dias, além da comida, Draco levava poções para curar os ferimentos que Hermione recebera na última visita de Lucius. Ele fazia questão de lembrá-la sempre que não fazia nada além de seguir as ordens do pai. Não estava mentindo, o homem parecia ter interesse na recuperação de Hermione; mas por vezes ele se questionou, se apenas as ordens de Lucius o motivavam a levar as poções.

- Aonde pensa que vai? – questionou ao vê-la levantar-se e caminhar até o minúsculo banheiro.

- Sabe, Malfoy... Eu posso ser uma prisioneira, mas ainda tenho necessidades fisiológicas como qualquer pessoa... – ele revirou os olhos.

- Poupe-me os detalhes, Granger. – a mulher sorriu, antes de entrar no banheiro.

Draco levantou e caminhou até a janela. Ela já havia terminado o almoço, e assim que voltasse a amarraria como de costume, já que Hermione já estava praticamente recuperada. A noite daquele dia era fria, mas não chovia; quase não havia estrelas no céu. Virou-se ao ouvir o som da porta ser aberta.

- Você já vai, não é? – ela perguntou.

- Sim. – Draco caminhou até perto dela a fim de pegar a bandeja que usara para trazer o jantar.

- Você acha que falta pouco para...

- O plano do Lord das Trevas? – ela confirmou com a cabeça – Acho que sim.

- Certo... – ela suspirou.

- Ficar pensando nisso não vai ajudar em nada.

- É impossível não pensar nisso, Malfoy. – ele a olhou bem nos olhos – Não faço outra coisa a não ser pensar no que pode estar para acontecer. Não... É mentira...

- Como?

- Não é só nisso que eu penso. – Hermione confessou.

- Em que mais você fica pensando, Granger? – ela desviou o olhar, e Draco pensou tê-la visto corar.

- Esqueça... – ela se afastou um pouco, dando alguns passos para trás.

- Não vou esquecer... Já que começou, precisa terminar de falar – Draco se aproximou novamente, e à medida que ele se aproximava, ela se afastava. Até que as costas de Hermione encontraram a parede – Em que mais fica pensando?

Ela abriu a boca umas duas vezes, mas não conseguiu responder. Draco estava perto demais e apesar de isso significar um perigo que Hermione deveria evitar, sua mente pedia exatamente aquela proximidade. Assustou-se ao sentir uma das mãos dele tocar firmemente sua cintura. Não podia acreditar que aquilo estivesse acontecendo, mas se estava significava que não era a única a desejar tal momento. O viu resmungar alguma coisa, antes de sentir o toque dos lábios dele em seu pescoço. Prendeu a respiração e fechou os olhos.

Ambas as mãos do loiro estavam agora em sua cintura, alisando-a. Sentia-o beijar e mordiscar seu pescoço, e a sensação era boa demais para pedir que parasse. Entretanto, ele parou e voltou seu olhar para encarar a morena.

- Malfoy... – ela ia começar, mas ele a impediu.

- Não... Eu prefiro que não diga nada – ele sussurrou perto de seu ouvido, fazendo-a tremer – Eu não quero razões que me levem a desistir desse momento.

- Eu também não – Hermione apenas sorriu, antes de sentir o toque dos lábios dele nos seus.

O beijo de Draco era intenso e diferente de qualquer outro beijo que já recebera. Parecia possessivo, e ao mesmo tempo dominador. Ela percebeu que Draco gostava de se sentir no controle. Sentiu as mãos dele agora acariciarem sua pele por baixo de sua blusa. Deixou escapar um gemido abafado, quando sentiu a língua dele em seu ouvido. Sua sanidade parecia tê-la abandonado completamente, mas não se importava.

Draco tentava explorar cada parte do colo de Hermione, não esquecendo a boca da morena. Não demorou para ela perceber a excitação dele, provocando um sorriso em seus lábios. Draco retirou o casaco e o colocou no chão, em seguida, deitou Hermione sobre ele. A mulher retirou-lhe a blusa e começou a mordiscá-lo no tórax, ao mesmo tempo em que sentia as mãos dele alisarem suas coxas.

Jamais poderia imaginar um momento como aquele, mas preferia esvaziar a mente das lembranças, guardando apenas o presente. Draco a olhou por alguns instantes, e contemplou a face de Hermione. Teve um mau pressentimento, e suas expressões mudaram.

- A-algum problema? – perguntou preocupada.

- Não. Não é nada, Granger. – ele deu um pequeno sorriso e a beijou nos lábios.

Ele retirou a blusa de Hermione, e começou a mordiscar-lhe um dos seios, enquanto com uma das mãos, massageava o outro. As mãos da morena bagunçavam o cabelo dele, e sua respiração estava começando a ficar irregular. Sentiu as mãos de Draco agora retirarem a sua calça, e logo estava completamente despida. Sua face corou, e ela percebeu um sorriso jocoso nos lábios do homem, mas Draco nada disse. Ele começou a distribuir beijos em toda a extensão da barriga de Hermione, provocando gemidos nela.

Após algum tempo, ele mesmo se despiu e deitou sobre ela. Hermione suspirou quando o sentiu completamente dentro de si; Draco não era gentil, na verdade, ela não esperava mesmo que fosse. Contudo, ele não desviou o olhar da face dela um só momento, como se desejasse guardar cada instante daquele momento. Ele aumentou o ritmo, e em algum tempo, ela atingiu o êxtase. Não demorou para que o mesmo acontecesse com o loiro. Draco repousou, então, a cabeça entre os seios de Hermione, e ficou desta maneira por cerca de cinco minutos.

Depois, ele levantou e começou a vestir-se. A mulher o observava em silêncio; Hermione não esperava nenhuma palavra dele. Respirou fundo, e começou a vestir-se também. Pela primeira vez, o impacto daquele acontecimento lhe veio à mente. Ficou parada, a blusa parcialmente vestida.

- Agora é tarde para se arrepender, Granger. – ouviu a voz dele.

- Eu sei.

- Não sou como os homens que deve estar acostumada a fazer sexo. – Hermione o encarou um pouco chocada – Não espere sentimentalismo.

- Não espero nada, Malfoy! – ela falou.

- Ótimo – sem mais uma palavra, ele pegou a bandeja e caminhou até a porta. Sequer lembrou-se de amarrá-la, como havia pretendido.

**************

Quando Draco voltou no dia seguinte com o café da manhã de Hermione, a encontrou de pé, perto da janela. A morena não se virou para ver quem chegara, apenas pôde ouvir os passos de Draco, e perceber que ele se aproximava. O homem parou perto dela. Nada disseram por vários minutos, até que ele não agüentou.

- Vai ficar aí o dia todo?

- Por que não? – ela respondeu.

- Faça como quiser... O café está aqui – Draco resmungou algo inaudível, e se afastou novamente.

- Draco? – ele parou subitamente ao ouvi-la pronunciar seu primeiro nome – Pela primeira vez eu consegui parar de pensar no que pode acontecer comigo... Eu só consegui pensar no que houve ontem.

- Não deveria ter perdido seu tempo com isso! – ela revirou os olhos.

- É inevitável para mim.

- Que pena... Eu, por outro lado, tenho diversas coisas para me preocupar...

- Você é desprezível, Malfoy – Hermione bufou de raiva, fazendo-o sorrir.

- Ontem, você não me achou desprezível. – ele lembrou – Mais parecia que você me achava irresistível!

- Seu idiota! – Draco se aproximou, e a agarrou, beijando-a. Ela tentou empurrá-lo, mas Draco mostrou-se bem mais forte.

- Era isso que queria, não era, Granger? – a mulher resmungou algo, mas ele apenas sorriu. Ele, então, a beijou mais uma vez, enquanto suas mãos a acariciavam nas costas.

- Eu odeio você!

- Ótimo... – Draco a mordiscou no pescoço, fazendo-a fechar os olhos – Mas você terá que esperar até a noite para demonstrar todo seu ódio por mim.

- Está marcando um encontro comigo? – ela brincou.

- Granger, você é uma prisioneira! – Draco revirou os olhos.

- Só por isso preciso deixar de ser romântica?

- Portanto que não espere que eu seja romântico... – ela sorriu.

- Não se preocupe.

- Você é patética. Tome logo seu café, que preciso ir.

Hermione ia se soltar dos braços dele, mas antes que ela pudesse se afastar, Draco a beijou novamente. Assim que ela terminou, o homem deixou a cela. À noite, eles namoraram mais uma vez. Aquilo se repetiu por várias noites. Entretanto, Draco não saia mais imediatamente. Sempre ficava algum tempo deitado ao lado dela.

- Não acha estranho o que está acontecendo? – Hermione perguntou.

- Será que não poderia ficar quieta? Granger, você é a pessoa mais conversadeira que já conheci. – ela sorriu.

- Custa você me responder? – o homem suspirou.

- Está bem... É claro que eu acho estranho... Ou você acha que eu ficava sonhando como seria fazer sexo com você?

- É só isso que estranha? O fato de estarmos dormindo juntos? – ela sentou.

- O que mais poderia ser? – a morena não respondeu – Eu lhe avisei que não esperasse sentimentalismos de minha parte.

- Tem razão... – ela começou a procurar as roupas e em seguida vestiu-se. Draco revirou os olhos – Você me avisou!

- Granger...

- Será que você poderia ir agora? – ela perguntou. O loiro ia questionar, mas desistiu. Começou a vestir-se.

Hermione ficou de costas, enquanto o esperava sair. Ele ainda pensou em dizer algo, mas não conseguiu. Não sabia o que dizer; não tinha o que dizer. Era ela quem se confundira, ele a avisara. Sem se despedir, ele deixou a cela. Bateu a porta com força, e em seguida, caminhou em direção ao quarto. Quando chegou ao aposento, jogou-se na cama.

Mirou o relógio, eram oito e meia. Não pretendia voltar tão cedo, mas a culpa era apenas de Hermione. Virou-se na cama, decidido a esquecer o que acontecera. Decidiu também que nunca mais aquilo se repetiria. Acabou dormindo por algumas horas, mas despertou um pouco depois da meia-noite. Tentou adormecer mais uma vez, mas era inútil, então, levantou.

- Maldição! – caminhou irritado até a porta. Seguiu para as masmorras, mas sequer notara que o castelo estava mais escuro que de costume. Abriu a porta violentamente, mas para sua surpresa, não havia ninguém na cela onde Hermione deveria estar.

Pegou a varinha e iluminou o local para ter certeza de que ela realmente não estava. Sabia que não havia como ela ter escapado. Seu olhar recaiu sobre uma estranha luz avermelhada. Procurou sua origem, encontrando assim a pequena janela. Caminhou até ela, e assustou-se quando ao olhar para o céu, encontrou uma lua vermelha. Sem saber exatamente o porquê, correu até a sala do mestre.

Só agora pareceu notar a escuridão na qual o castelo se encontrava, como se todos os castiçais tivessem sido apagados. Precisou usar a varinha em determinado momento, pois não conseguia enxergar muito a sua frente. Parou subitamente quando alcançou a sala de Voldemort, havia vários Comensais parados e conversando entre si. O loiro se aproximou, mas não procurou conversa com ninguém. Não entendia o que estava acontecendo. Tentou ouvir algo que pudesse esclarecer alguma coisa, mas nada fazia sentido. Entretanto, pouco tempo depois, a porta da grande sala foi aberta.

Draco ficou parado onde estava, mas aos poucos, os Comensais começaram a adentrar no aposento. Seguindo seu instinto, resolveu entrar também. Pôde ver o Lord das Trevas em seu imenso trono, e uma forte luz vermelha no centro da sala. Os Comensais fizeram um círculo ao redor da luz, e sem demora o grande mistério foi esclarecido. Draco sequer percebera que o pai se aproximara.

- Finalmente, Draco... Espero que tenhas saciado sua curiosidade. – o homem falou, mas Draco sequer se virara para encará-lo.

- Mas o que... – Draco perdeu a fala ao finalmente ter conhecimento do “perfeito” plano que seu pai lhe falara há alguns dias.

- Potter não terá chances... – todos os Comensais, inclusive o próprio Voldemort riram. Draco ainda não conseguia se mover... Seu olhar estava perdido na figura a sua frente.

N/A: =D Demorou mais chegou... \o/ \o/ \o/ Fico feliz que estejam curtindo essa fic *ebbaaaaa!!*. DHr é mais difícil de escrever que HH, então essa fic deu um bocado de trabalho! xD Mais um cap então, prometo que breve posto mais!! Obrigada a todos que leram, comentaram e votaram!! Beijos!! Pink_Potter : )

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