Sete minutos no paraíso



- Não, Addie! – a ruivinha o olhava meio arrependida.


Vic e Bruny vinham em direção ao grupo, só que em direções diferentes. Atwood tinha um pouco de raiva no olhar.


- Do que estão falando?


- Tentando arrumar um jeito de ajudar o Sirius e a Kammy. – Addie sorria para a amiga.


- Algo que não fizemos ainda. Um jogo? Algo assim! – murmurou Pontas.


- Que tal 7 minutos no paraíso? – todos olharam para a morena de mechas rosas espantados. – É um jogo que eu jogava na Beauxbatons.


- Até parece que um jogo vai ajudar alguém! – contradisse Summers, fazendo Atwood a olhar com raiva.


- Eu topo. Como é esse jogo? – perguntou Potter, fazendo todos olharem espantados pra ele.


- Você não ouviu o que eu disse.


- Você tem um plano melhor, Summers? Acho que não. Além disso, o plano é excelente. Se todo mundo brincar, eles poderão dizer que é um plano. Então Bruny, como é que se joga? – a morena sorriu.


- Muito simples. Uma pessoa é escolhida o deus, que por sua vez escolherá duas pessoas para irem a uma sala reservada. Uma é o anjo, e estará de olhos vendados e a outra é o demônio.


- Hmmmm... Gostei! Então a gente se encontra amanhã, no corredor do sétimo andar, na frente da estátua do Barnabas, ok? – todos concordaram com a cabeça e começaram a se dispersar. – Summers... – a menina se virou, ficando de frente pra ele. – Convide o Bastons também, ok?


- Mas ele e o Black não se dão bem!


- Acho que a Bruny ia gostar de ter quem ama de volta. – Vic sorrui ao ver que o menino está coberto de razão.


 


Apesar das horas se arrastarem, a brincadeira se aproximava. As 8:30 a maioria das pessoas convidadas já estavam em frente à estátua. James passou três vezes seguida pelo corredor, uma porta se materializou logo após a terceira vez. Todos entraram encontrando três grandes ambientes. Uma sala maior, onde todos poderiam se acomodar, com uma pequena cozinha embutida e outra salinha bem menor comparado a outras. Fizeram um grande círculo no centro da sala, sendo que James estava no meio.


- Que jogo é esse? – alguém perguntou.


- A idéia do jogo foi da Bruny. – a menina o olhou espantada. – Então nada mais justo do que ela coordenar o jogo!


- Não!


- Ok! Então o Peter coordena! – o garoto baixinho se levantou e postou-se ao lado de James. – Não se esqueça do que combinamos. – sussurrou voando no ouvido do amigo. – O Peter é o deus, ou seja, escolherá quem são as duas pessoas que irão pra a salinha. – apontando-a. – Uma será o anjo, estando com os olhos vendados e a outra será o demônio, tendo sete minutos pra “aproveitar”. – todos ficaram entusiasmados com a idéia.


- Anonimmous! – ordenou Peter. Jimmy tentou se livrar de Potter, mas o menino conseguiu vendá-lo mesmo assim e o encaminhou para a sala. – Summers!


A morena caminhou com passos decididos. Mesmo com os olhos vendados, Jimmy encostou-se na parede, ficando de frente para Vic. Os segundos se arrastaram sem que Victória fizesse alguma coisa.


- Você não vai se aproveitar de mim, Summers?


- Como sabe que era eu?


- Há reconheci pelo modo de andar.


- Muito inteligente Sir Anonimmous. – o moreno estranhou o fato de ela pronunciar o Sir, sendo que nunca o chamava assim.


Fletcher sentia os passos da garota se aproximando, mas ela parou antes que se aproximasse dele totalmente.


- Não, não vou me aproveitar de você. Não sou fútil como certas garotas, como você disse certa vez. Além disso, você nem gosta de garotas ou gosta? – ela riu debochadamente. O garoto se surpreendeu com a resposta, mas preferiu nem responder, sendo que um sininho não parava de tocar, anunciando que SEUS sete minutos já haviam passado. – Só uma dúvida. – Victoria se virou para ele. – Por que VOCÊ não aproveitou os sete minutos?


- Já perdi meu tempo vindo aqui, 7 minutos a mais ou a menos não vão fazer muita diferença.


Os dois voltaram à sala quando a porta se abriu inesperadamente. Todos prenderam a respiração pensando que era o diretor.


- Podemos brincar também, ou é só pro grupinho seleto de amigos dos marotos? – perguntou Thom irônico, rodeado por um grupinho da sonserina, incluindo Malfoy, Crabbe, Goyle e Narcisa.


Black levantou-se rapidamente com se estivesse pronto para brigar.


- Claro que pode. – Potter levantou-se sorrindo. – Afinal, quanto mais gente melhor. – abrindo seu habitual sorriso maroto.


- Bem... – Pettigrew atrapalhava-se todo. – Crawford. – vendam-lhe os olhos, colocando-o na salinha. – Becker.


Cansado do olhar de nojo e desprezo que sua prima lhe lançava, Sirius levantou-se e caminhou em direção a cozinha.


- Vaca. – suspirou tentando se acalmar, procurando algo nos armários que pudesse esvaziar sua raiva, até que encontro um estoque de cerveja amanteigada. Abriu a garrafa, bebendo todo o seu conteúdo. Preparava-se para pegar mais uma quando a porta da outra sala se abriu.


Os próximos a entrarem na sala são Bruny e Thom, sendo que a menina estava de olhos vendados. O moreno se aproxima dela, abraçando-a e encostando-a na parede.


- Bastons? Eu sei que é você! Larga-me! – levantou os braços tentando bater nele, no que ele somente os segurou com suas mãos contra a parede, um pouco acima da altura de sua cabeça.


- Deixa de ser má Bruny.


- Não, não deixo. Solte-me! – tentando se livrar da mão do garoto, mas sem sucesso.


 O aperto em torno de sua mão se afrouxou. Ele a abraçou pela cintura e ela o enlaçou pelo pescoço, ainda se beijando. No momento nada mais importava, somente os dois. As mãos do moreno entraram por debaixo de sua blusa, alisando suas costas. Atwood estava cada vez mais rendida, acariciando a nuca dele. Separaram-se por breves segundos, mas sem se soltar completamente. Bruny olhava fixamente nos olhos dele, quando as mãos do rapaz saíram de suas costas e foram parar em suas pernas, entrando por baixo de sua saia e acariciava suas coxas, beijando seu pescoço ao mesmo tempo. Segurava suas coxas, erguendo-as um pouco do chão, fazendo a menina as enroscar em torno de sua cintura. Eles se beijavam com tanta fome e paixão, que a principio nem escutaram o sininho tocando. Ouviram o ruído da porta se abrindo, separando-se bruscamente, saindo daquela posição.


- Bruny, eu quero...


- Nunca mais me separar de você. – a morena de mechas deu um selinho nele.


Eles voltaram à sala grande de mãos dadas, vendo que algumas pessoas já estavam servidas de cerveja amanteigada. Mais pessoas chegava, a brincadeira estava chegando a uma proporção que eles, a principio, não haviam imaginado. Depois de um tempo, foi à vez de Lily ser escolhida. Ela entrou na salinha contrariada, esperando que Peter tivesse o bom senso de não mandar Potter para lá. Alguns instantes depois, a ruivinha ouviu o barulho da porta se abrindo. O “demônio” que entrou, aparentemente era muito tímido, não poderia ser Potter. O menino vinha se aproximando.


- Está gostando Evans?


- Potter, eu vou...


- Shii. Não faça tanto escândalo, senão pode estragar a brincadeira.


- Tô pouco me importando com a brincadeira.


- Com a brincadeira sim, mas acho que você se importa com a Kammy. Com seus amigos você se importa, ou será que nem isso? – a ruivinha bufou de raiva e contrariedade.


- O que você vai fazer comigo?


- Isso depende de você.


- Potter, eu... – ele a calou colocando seus dedos sobre os lábios dela.


- Não tem problema se você não quiser nada comigo. Só me chame de James, tá? Eu não mordo... – armando seu habitual sorriso maroto. – Há não ser que você queira! – Potter percebeu que o olhar sério que Evans lhe lançava, apesar de ela estar com os olhos vendados. – Eu tava brincando. – deu um sorrisinho forçado.


- Eu sei James. – apesar de seu tom sério ela o abraçou, desarmando-o.


- É... – encabulado. – Posso te abraça também?


- Desde que não morda. – brincou. – Claro que pode.


- Pensei que não ia deixar. – o maroto ainda conservava um lindo sorriso em seu rosto, que Lily não resistiu e foi aproximando seu rosto do dele.


- Por que não? – mas ela não esperou uma resposta. A boca dele estava tão próxima e convidativa que a garota somente beijou-lhe os lábios delicadamente.


Potter, a principio, ficou surpreso, mas logo a abraçou forte, beijando-a intensamente. A garota retribuiu na mesma intensidade, mesmo sabendo que isso era uma loucura.


As mãos do rapaz, que estavam comportadamente em sua cintura, vão subindo em direção a suas costas.


*barulho do sino*


- “Droga! Justamente quando melhora, sempre tem algo pra estragar”. – ele retirou as mãos de suas costas, parando de a beijar.


- E nunca mais faça isso, Potter. – ela andou em direção a porta, abrindo-a como se estivesse furiosa.


- Mulheres, mulheres... Quem as entende?


Muitos outros casais liberaram seu lado oculto.


- Lupin. – a casal de namorados olhavam para Rabicho estáticos. O loirinho sentiu alguém o vendando e o encaminhando-o a sala. Addie olhou de Peter para James sem acreditar. – Apple.


- Eu não acredito que vocês fizeram isso! – os dois somente sorriem marotamente.


Addie entrou na sala e se sentou ao lado de Remus.


- Addie, é você?


- Sim amor. – a loirinha de mechas o abraçou.


- Vamos fazer uma brincadeira com eles?


Enquanto Remus contava a ela, a maioria se agrupou em torna da porta para ver se escutavam alguma coisa, entre eles, seus amigos. Logo ouviram uns gemidos vindos da sala. Todos estavam de olhos arregalados, não acreditando no que provavelmente acontecia lá dentro. Apple sempre foi certinha e agora liberava esse lado, até então oculto.


- Finalmente o Aluado tá colocando meus ensinamentos em prática. – Black só ria, ao imaginar o que poderia estar acontecendo, mas logo parou ao perceber um triste olhar em sua direção.


Os gemidos estavam ficando cada vez mais altos e fortes. O espanto de todos crescia cada vez mais. Logo ouviram o sino tocar sem parar dentro da sala e o clic da porta se abrindo devagar. Quando esta está completamente aberta, revelou Remus e Addie sentados de mãos dadas, se segurando para não rir, mas ao ver a cara de incredulidade de todos, eles caíram na gargalhada.


- Suas mentes maliciosas, o que vocês pensaram que era? – o loirinho se fingia de indignado.


- Que desperdício de tempo. – Pontas ainda não acreditava que tudo não passara de uma brincadeira.


- É Aluado. Há tantas maneiras de se aproveitar.


- Você não precisa de uma sala como essa para “aproveitar”, sr Black. – devolveu Lupin, ainda se fingindo de indignado. – A Kammy que o diga! – sorriu marotamente para a amiga.


- Não coloca meu nome no meio. – o casalzinho já havia saído da sala


- A brincadeira tava tão legal. Quem vai ser o próximo? – perguntou uma voz próxima.


- O Lucius ainda não foi. – Narcisa disse com segundas intenções com seu “namorado”.


- Está bem. Então você é o anjo agora Malfoy.


Eles vendaram-lhe e o conduziram a sala. Pettigrew estava o ponto de dizer que Narcisa seria o demônio, mas Sirius e James fizeram uma expressão de desaprovação. Peter ficou indeciso. Via-se sem opções, afinal suas amigas Addie, Lily e Kammy estavam “comprometidas” ou pelo menos assim pensavam Potter e Black. E nenhuma outra garota iria querer entrar com o belo e maldoso Lucius. Ao correr os olhos pela sala a procura de alguém até ver Victória, aluna nova, sem compromissos e sonserina.


- Summers!


- O que? Mas ela já foi. – Black estava indignada.


- Não tem nenhuma regra que diz que não pode ir. – Sirius estava com uma expressão de prazer no rosto, ao ver à decepção da prima.


- E o Rabicho a escolheu, então... – Potter decidiu ajudar o amigo, mesmo estando brigados, afinal também odiava a garota de nariz empinado.


Vic entrou na sala, fechando a porta logo em seguida, ficando em silêncio pro alguns instantes.


- Quem tá ai? – Malfoy disse enquanto a ouvia se aproximar.


- Por que não adivinha? – ele começou a tateá-la. As formas eram iguais as de Black.


- Narcisa? – ela começou a mudar as formas e ele as sentiu. – Só uma pessoa consegue metamorfogar a esse ponto. – agora Summers estava em sua forma original.


- Se quiseres posso voltar à forma que estava há alguns minutos atrás.


- Na verdade, está é muito melhor.


- Vai querer trair sua “namorada”?


- Acho que não sou o único comprometido aqui.


- Tem certeza que tá falando de mim?


- E o Anoni...


- Chega de conversa. – a próxima coisa que Lucius sentiu foi os lábios de Vic sobre os seus, logo as línguas se enroscaram trabalhando em perfeita sincronia.


O sonserino a virou encostando-a na parede e grudando seu corpo no dela. A morena, que de santa não tinha nada, apertou a bunda dele com vontade. Ele a beijou com vontade, a mãos subindo em direção aos seios dela, mas seu tempo havia acabado.


- Podemos continuar outra hora se você quiser, afinal somos da mesma casa... - ele entendeu o recado, dando um selinho rápido nela, saindo rapidamente da sala, logo atrás dela.


- Peter... – a loirinha o chamava já que ele estava no mundo da lua. – Quem é o próximo.


- Você Kammy. – Rabicho vendou-lhe os olhos.


- Mas, eu... – o menino a coloco dentro da sala, fechando a porta.


- Que duvida cruel quem ele vai escolher, não é mesmo? – disse uma voz muito próxima a Summers.


- ah... Jimmy. – ele estava com a mesma expressão serena de sempre. A menina tinha quase certeza que ele sabia tudo que havia se passado na sala, contudo não fez nenhum comentário. – Se você diz, então é.


- É óbvio que ele vai escolher o Black, afinal ele a ama, mesmo não admitindo. – “comentouao ver Pettigrew correr os olhos pela sala, fingindo procurar alguém.


- Me Deixa? Me deixa? – alguns garotos se agitaram na esperança que Peter os escolhesse, mas Sirius lançouhe um olhar furioso que os faz calar na hora.


- E que ele morre de ciúmes dela. – comentounonimmous ao ver a cena.


- Sirus, você é o demônio.


- Mas por que eu?


- Vai ver porque combina com você. – debochou um moreno, um sonserino que por ironia de destino era seu irmão.


- Ai está sua chance de aproveitar Sirius. – disse Peter tentando quebrar o clima estranho que se formara. – Brincadeirinha, brincadeirinha. – murmurou o garoto gordinho com medo do olhar raivoso que o outro lhe lançava, se escondendo atrás de Potter.


O maroto entrou na sala, encontrando Kammy parada a um canto. Apesar de estarem brigados, o menino não resistiu. A saudade falou mais alto. Ele a prensou na parede, beijando-a intensamente. A menina, no começo, tentou resistir, mas logo se entregou ao beijo. Às mãos dele subiam lentamente por cima de sua blusa em direção aos seus seios, mas ela não o deixou prosseguir.


- Vai dizer que você não quer?


- BLACK! O que você tá fazendo aqui?


“Por que ele pergunta isso se sabe a resposta” - pensou a loirinha


- Fui escolhido o demônio. – ele sorriu marotamente, a prensando ainda mais contra a parede.


- Me solta? – apesar de ser difícil, ela conseguiu pegar sua varinha e mantinha apontada para ele. Ela era muito boa com uma varinha em mãos. Contrariado, ele foi obrigado a soltá-la. - Por que você bateu no James?


- Tinha que falar dele. Tava muito melhor antes.


- Vai ver porque você bateu nele sem o menor motivo?


- Eu tinha um motivo. – devido a sua discussão, os dois nem ouviram o sininho tocando e a porta se abrindo. A menina arrancou a venda de seus olhos.


- Só porque ele é melhor que você? Pega mais garotas que você?


- Ele pode pegar quantas garota quiser... – se controlando para não gritar. – Menos uma.


- A Goshawk por acaso.


- NÃO, VOCÊ! EU TE...


- Você não me ama Black, nem nunca me amou, só ama seu própria ego.


- MAS VOCÊ ME AMA!


- Quem disse?


- Então diga olhando nos meus olhos que você não me ama? – olhou fixamente nos olhos dela, desafiando-a.


- Eu... – ela não conseguia encará-lo direito. – não... Te... Amo. – gaguejando a cada palavra. Olhando-o de soslaio. Ele estava em estado de choque, mas logo se virou e saiu das duas salas, batendo a segunda porta. – Sirius... – sussurrava correndo para a porta na esperança de alcançá-lo.


James aproximou-se dela, abraçando-a. A menina se entregou ao abraço, as lágrimas escorrendo deliberadamente pelo seu rosto.


- Ainda bem que ele finalmente terminou com essa sangue-ruim. – o sangue de Victória fervia, não havia nenhuma pessoa que ela conhecera que superava o ódio que agora sentia por Narcisa Black.


- Acabou a brincadeira. – Lupin tentava controla a situação, mas também olhava com raiva para a sonserina. – Todos para suas casas agora! – um a um todos se dispersaram só restando Potter e Engels na sala.


- Eu... Não devia... – as lágrimas ainda caiam.


- Shii. Não chore, a culpa é minha. Eu que dei a idéia do jogo, eu que fiz vocês brincarem. Não fique assim Kammy. – secando as lágrimas dela. – Odeio ver você triste.


Os dois voltaram ao salão comunal algum tempo depois, mas não encontraram seus amigos que já haviam ido dormir. Eles seguem seu exemplo e foram cada um para sua cama.

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