Mas eu te amo



Capítulo 4 – Mas eu te amo

De um jeito doce e romântico, James enlaçou Lily pela cintura e colou seus lábios nos dela dando início a um beijo ardente e apaixonado. Ela parecia se soltar nos braços dele. As mãos dele passeavam livremente sobre o corpo dela, contanto, é claro, que ele não tocasse onde não devia.

Ele a deitou no gramado, mas sem desgrudar os lábios dos dela. Lily sabia que aquela posição não era a mais confortável nem a mais aceitável do mundo. Ela sabia que se alguém os visse daquele jeito iriam pensar mil e uma coisas a respeito. Mas naquele instante ela não se importava.

Ela sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo quando ele, vagarosamente, tirou os lábios dos dela e a beijou suavemente no pescoço. Ela soltou um fraco gemido e sorriu levemente.

- James? – ela suspirou.

- O que foi? – ele perguntou calmamente.

- Eu sei que essa pergunta não é nada romântica, mas... Que horas são?

Ele riu baixo.

- 13:40

- 13:40?

Lily se levantou no mesmo instante.

- O que foi? – ele perguntou – E daí que são 13:40?

- A Kathryn e a Abigail estão me esperando a um tempão! Elas vão me matar!

Ela foi em direção a porta, mas ele a segurou pelo braço, encostou-a numa árvore que tinha ali e beijou-a apaixonadamente. Quando se afastaram ambos estavam sem fôlego.

- Por que isso? – ela perguntou confusa.

- Um último beijo antes de você ir. – ele respondeu ofegante.

Os dois saíram da Sala Precisa. Lily deu um beijo no rosto dele e saiu correndo para se encontrar com suas amigas. Lily só viu Abigail. Foi na direção dela e perguntou:

- Cadê a Kat?

- Foi seqüestrada. – Abby respondeu.

- Ah bom... – Lily disse – O quê?

- Relaxa Lils. – Abby disse – Eu não quis dizer seqüestrada por um maníaco psicótico. Eu quis dizer que o Sirius metaforicamente a seqüestrou. E como eu sei que eles se amam eu não fiz nada pra impedir.

- Ninguém merece, Merlin! – Lily suspirou.

Enquanto isso... Na margem do lago...

- O que deu em você seu maníaco? – Kathryn exclamou zangada.

- Pode parar com os “elogios” Kat? Precisamos conversar. – ele disse calmamente.

- Não, não precisamos. – ela disse rispidamente – Nós não temos nem nunca teremos nada pra conversar!

- Quer me ouvir, Kathryn? – ele disse segurando os braços dela pra ela não ir embora.

- Me solte, Black! – ela disse tentando se soltar.

- Pelo visto vou ter que tomar medidas drásticas. – ele suspirou.

Sirius enlaçou Kathryn pela cintura e beijou-a apaixonadamente. A garota tentou soltar-se dos braços dele, mas ele era muito mais forte do que ela. Quando ele se afastou dela ela deu um tapa forte no rosto dele.

- Eu te odeio, seu canalha! – ela exclamou.

- Mas eu te amo! – ele exclamou sem saber exatamente o por que.

Kathryn pareceu ter tomado um banho de água gelada. Ela não pode acreditar naquelas palavras.

- O quê?

Ele se aproximou dela lentamente, encostou-a numa árvore e sussurrou em seu ouvido:

- Eu te amo.

Sirius tentou beijá-la, mas ela foi mais rápida e empurrou-o. Deu mais um tapa no rosto dele e exclamou:

- Mas eu não acredito e você, seu maníaco psicótico!

Ela saiu correndo dali, deixando-o confuso com seus próprios pensamentos. Kathryn já estava bem longe dali quando ele resolveu procurá-la. Mas ela não havia voltado para os jardins. Ela havia subido em uma árvore e ficado por lá, para por as idéias no lugar. Era difícil acreditar que ele havia usado aquelas três palavrinhas que juntas são tão cheias de significado.

Sirius estava super confuso. Por que ela pareceu ter acreditado quando ele disse pela primeira vez? Ele decidiu procurá-la. Finalmente, depois de umas horas, ele a viu. Sem ela notar, ele subiu na árvore e se sentou ao lado dela. Quando ela notou, permaneceu séria.

- Kathryn... – ele começou – Por que você não acredita em mim?

- Porque eu sei que você está mentindo. – ela disse secamente.

- Há alguma maneira de eu provar que te amo de verdade?

- É só me beijar de novo.

Ele sorriu marotamente.

- Não é por que eu quero! É um modo de saber se está falando a verdade. Se seu beijo for sincero, eu vou pensar em te dar uma chance.

- Ok. Mas pra isso dar certo você vai ter que cooperar.

Sirius sorriu levemente e se aproximou dela devagar. Os dois podiam sentir a respiração um do outro, os corações batendo mais rápido... Quando estavam a milímetros de distância...

- Finalmente achei vocês! – Abigail disse com Lily ao seu lado.

Kathryn e Sirius olharam para elas um pouco envergonhados.

- Kat, a gente vai a Hogsmeade. Quer vir com a gente? – Abigail perguntou.

- Vou daqui a pouco. – Kathryn respondeu corada – Encontro com vocês lá.

- Ok... – Lily disse saindo dali com Abigail.

Sirius suspirou.

- Será que elas notaram? – ele perguntou.

- O que você acha? – Kathryn disse ironicamente – Sabia que estar com você só ia me trazer problemas.

Ela desceu da árvore e foi caminhando, mas ele foi mais rápido e segurou o braço dela para que ela não fosse embora.

- E o nosso beijo? – ele disse calmamente.

- Esqueça isso. – ela disse.

- Não. – ele finalizou.

Como por impulso ele puxou-a mais pra perto e beijou-a suavemente. Mas a coisa mais estranha foi que Kathryn não se sentiu mais uma da lista dele. Ela se sentiu espantosamente maravilhosa. Podia até sentir fogos de artifício. Como se ela estivesse flutuando. O beijo foi ficando mais intenso, mais romântico... Afastaram-se momentos depois com o coração na boca.

- E aí? – ele disse olhando nos olhos dela – Foi sincero o bastante?

- Sirius... – ela disse refletindo – Não se trata apenas de sinceridade. Trata-se de confiança. – ela suspirou – É preciso mais do que apenas vontade, ok? – Kathryn olhou fixamente nos olhos dele – Não posso te dar uma chance sabendo que posso me magoar depois.

- Eu nunca faria nada pra te magoar. – ele disse.

- É por isso que nunca te dei uma chance. Eu tenho medo disso, sabe?

- Medo do que?

- De me desapontar. E acredite, já me desapontei tantas vezes e eu nunca mais quero que isso aconteça.

- Então... Você não acredita em mim?

- Não é que eu não acredite... – ela respirou fundo – Eu não sei...

Sirius tocou carinhosamente no rosto dela e disse com calma:

- Só uma chance. É tudo que eu peço.

Kathryn olhou para ele.

- Não posso. Eu simplesmente não posso.

- Mas Kat...

- Sinto muito, Sirius.

Após dizer isso ela saiu correndo dali. Não se sentia disposta a ir para Hogsmeade. Queria apenas ficar sozinha. Mas onde ela encontraria um lugar calmo pra pensar? Um legar lhe veio à mente, seria perfeito. O locar estaria deserto, provavelmente. No campo do Quadribol. Sentou-se na última fileira das arquibancadas e ficou ali com seus pensamentos.

Uma lágrima solitária escorreu pelo seu rosto deixando os seus olhos azul-escuros com um brilho especial. Ela não podia acreditar no que ouvira e muito menos no que sentira ao beijá-lo daquela maneira. Sentira o coração acelerar e uma sensação muito estranha. Era como se ela tivesse, de repente, se apaixonado louca e completamente por ele.

Seus cabelos balançaram com o vento e ela sentiu um pouco de frio. Aconchegou-se no casaco branco e disse a si mesma que esqueceria tudo o que havia acontecido. Ela pretendia ficar ali por um bom tempo, não queria ver ninguém, muito menos aquele que agora era o dono do seu coração. E pensar que por anos ela foi tão fria e tão insensível com ele. E, de repente, ela se apaixona por ele.

Uma chuva fina começou a cair. Kathryn achou melhor sair dali, ir para a Sala Comunal e tentar esquecer tudo. Suas amigas provavelmente fariam um monte de comentários do tipo: “Eu bem que vi vocês quase se beijando”, “Você gosta dele, não gosta?” E “Vocês formam um casal tão bonitinho”. Seria realmente muito difícil lidar com tudo isso. Principalmente com o seu coração confuso.

Voltou correndo para o castelo esperando não encontrar ninguém. O coração batendo rápido, os olhos marejados, um frio percorrendo-lhe o corpo... Era muito difícil suportar tudo aquilo. Ela queria acreditar que tudo aquilo não passava de um sonho, mas era real. E a realidade estava sendo muito difícil de agüentar. Ela continuou correndo, passando pelos corredores e escadas que levavam até a Torre da Grifinória.

Quando entrou pelo retrato viu Lily e Abby sentadas em frente a lareira. Quando a viram olharam imediatamente para ela.

- Onde você estava? – Lily perguntou.

- Lugar nenhum. – Kat mentiu.

- Sei, sei... – Abby disse – Nós bem que te vimos com o Sr. Bonitão.

- E nós bem que vimos vocês quase se beijando. – Lily disse.

- Você gosta dele, não gosta? – Abby disse sonhadoramente – Vocês formam um casal tão bonitinho...

Kathryn suspirou como se soubesse que elas iam dizer isso.

- Poupem-me. – Kat disse indo para o dormitório.

Ela entrou no aposento parcialmente na penumbra. A chuva havia coberto o céu de nuvens cinzentas, fazendo com que o dia parecesse mais escuro. Sem querer acender as luzes do dormitório inteiro, Kathryn abriu uma gaveta da sua mesa de cabeceira e tirou de lá uma vela vermelha. Acendeu-a com magia, o que deixou apenas a sua cama iluminada. Pegou um caderno com capa dura e negra com um título em uma letra muito bonita: “Kathryn’s Journal”.

Era o seu mais precioso bem, o seu diário. Pegou a chave que ela usava como colar e abriu o cadeado do diário, pegou sua pena favorita e o tinteiro e começou a escrever. Ela sentia uma liberdade quando escrevia, como se todas as suas mágoas fossem passadas para o papel. Sentia-se mais calma, mais segura... Era como se a sua maior magia fosse a das palavras. Suas palavras pareciam ganhar vida, como se dançassem no ritmo dos sentimentos dela.

Kathryn fechou o cortinado da sua cama para ter mais privacidade. Não queria que ninguém a visse ali. Não estava chorando nem falando sozinha. Estava apenas passando toda a sua história para o seu diário. Ela não conseguia chorar, só queria escrever. Escrever tudo que lhe passasse pela cabeça. Kat podia até considerar seu diário o seu melhor amigo. Depois de James, é claro.

Depois de encontrar Sirius, James lembrou-o do plano de invadir a sala da McGonagall. Sirius fingiu estar interessado.

- Me encontre na Sala Comunal quinze pra meia-noite. – James disse.

- Como quiser, Pontas. – Sirius disse seriamente.

- O que você tem, Almofadinhas? – James disse – Você está tão estranho...

- Eu estou bem, Pontas. – Sirius disse – Me deixe em paz.

Ele foi para o dormitório e ficou por lá. James entrou ali uns minutos depois e começou:

- Vamos revisar o plano.

- Agora não, Pontas. – Sirius disse calmamente.

- Mas tem que ser agora! – James exclamou.

Sirius virou-se pra ele e suspirou:

- Eu não estou com cabeça pra prestar atenção nos seus planos.

- O que você tem hoje? Tá meio deprimido...

- Eu estou deprimido, Pontas! Caso você não tenha notado. Eu nem estou com vontade de sair daqui hoje. Por que você não vai pegar a ficha sozinho?

James olhou pra ele indignado.

- Quem vai me dar cobertura?

- Sei lá. Pede pro Aluado.

- Ah tá. Até parece. Aí eu ia ter que contar pra ele todo o nosso plano e etc e tal.

- Esqueci.

- Qual é, Almofadinhas!

Pra finalizar aquela conversa de uma vez por todas, Sirius disse:

- Cala a boca, Pontas.

James pensou um pouco. Só existia uma explicação óbvia.

- É a Kathryn, não é?

- Não quero falar sobre ela. – Sirius disse com a voz baixa.

Hello friends! Então, estão gostando da minha fic? Se quiserem ver a capa dela é só olharem o endereço no resumo. É o meu flog. Comentem e continuem aproveitando!!! Beijos cheios de magia!!! :-*

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