O beijo mais sincero



Capítulo 3 – O beijo mais sincero

Logo depois eles foram para o dormitório. Remo ainda não havia voltado e James pensou que ele talvez tivesse sido seqüestrado por um maníaco assassino ou algo do gênero.

- Relaxa Pontas. – Sirius disse – O Aluado está bem. Ele deve estar na biblioteca com o nariz enfiado em algum livro chato.

- É. – James concordou – Acho que sim.

- “Pelo menos eu espero. ” – Sirius pensou.

James relaxou um pouco e tentou se distrair fazendo alguma baboseira. Pensou seriamente em ir importunar a sua amada ruivinha, mas achou melhor dar uma folga pra ela. Talvez realizando o pedido dela de deixá-la em paz, ela talvez sentisse falta dos apelidos carinhosos e dos beijos roubados.

- Almofadinhas! – James chamou.

- O que você quer? – disse Sirius fazendo o seu livro de Feitiços flutuar pelo dormitório.

- Você acha que a Lily sentiria falta de mim se eu a deixasse em paz?

- Ah, sei lá Pontas. A Evans é muito misteriosa. È difícil saber o que ela pensa.

- Eu sei. – ele suspirou – E é por isso que eu gosto dela.

Sirius fez uma careta.

- Esse sentimentalismo todo está me dando enjôo.

- Qual é, você também seria sentimental se admitisse pra mim que está apaixonado pela Kathryn.

- Pontas, Pontas, Pontas. Eu nunca me apaixonarei pela Matthews.

- Matthews? Desde quando você a chama pelo sobrenome?

- Desde que você começou a me encher o saco.

A porta do dormitório se abriu e Remo entrou sorrindo. Trazia uma pilha de mais ou menos uns oito livros. Largou-os sobre a cama e deitou-se suspirando aliviado. James e Sirius se interessaram pelos suspiros meio abobados do amigo e o olharam interessados.

- O que foi? – Remo perguntou levantando a cabeça.

- Onde você estava? – James perguntou.

- Dã! – Remo disse – Óbvio. Na biblioteca.

- E o que você estava fazendo na biblioteca? – Sirius perguntou.

- Estudando. – Remo respondeu;

- Além disso. – James disse.

- Nada! – Remo disse.

- Está mentindo. – Sirius disse.

Remo corou bruscamente.

- Ok, ok! – ele confessou – Eu estava estudando a biblioteca, quando a Abigail entrou pra buscar um livro. Ela virou pra mim, acenou, eu corei e me senti radiante. Como se tivesse levado uma fechada no coração.

James sorriu.

- Aham! – ele disse.

- Aham o que? – Remo indignou-se.

- Você gosta dela. – James disse.

- Eu? Não! – Remo mentiu.

- Qual é Aluado. – Sirius disse – Está escrito na sua cara: “Eu sou um lobinho apaixonado”.

James e Sirius explodiram numa gargalhada. Remo ficou um pouco aborrecido e não falou com os amigos pelo resto da noite. Mas ele sabia que James e Sirius tinham razão. Afinal, ele mesmo sabia o quanto gostava de Abigail. Desde que a garota havia mudado o visual ele havia prestado mais atenção nela. Claro que era meio ruim ele a desprezar porque ela não era nenhuma modelo. Mas o fato era que Abby era meio invisível. Tendo James e Sirius como melhores amigos, ele nunca prestou muita atenção nas garotas que não eram beldades esculturais.

Acabou saindo com Sheryl, mas a garota era muito chata. Era igual a um chiclete, realmente não desgrudava dele. Mesmo tendo apenas treze anos, ela parecia muito madura, mas termos de relacionamento ela era realmente boba. Mas era bonita também. Os cabelos dela eram louro-acobreados, os olhos era cor de mel e ela tinha uma voz doce, calma e sincera. Mas depois de um tempo ele percebeu que Abby também era assim. Claro que não com as mesmas características, mas parecidas. E o único problema ela que ela gostava de outro. Abby estava saindo com Christopher Parks, um bonitão da Corvinal.

E por mais estúpido que isso soasse, ele estava realmente com muitos ciúmes. Ele nunca poderia competir com Chris. Naquele momento ele teve uma idéia muito maldosa. Sair com uma garota, qualquer uma, só para fazer ciúmes em Abby. Mas isso seria em vão se ela não se interessasse nem um pouco por ele. E se a sua nova namorada descobrisse seria o caos. Ela provavelmente ficaria super deprimida e com muita raiva. Ele decidiu não fazer isso e esperar que um dia as coisas mudassem. Que algum dia Abby se apaixonasse loucamente por ele.

Acordou na manhã seguinte (domingo) com um sorriso bobo estampado nos lábios. Havia tido mais um daqueles sonhos com Abby, os sonhos em que ela está sem grave perigo e ele a salva com uma roupa de príncipe e montado num unicórnio. Quando Sirius acordou, ele se sentou na cama de Remo.

- E aí? – ele começou – Algum sonho com a Northside?

Remo corou.

- Na verdade... Um só. – ele decidiu pela verdade.

- E... – Sirius disse – Como foi o sonho?

- Ah, você vai achar idiota se eu contar.

- Não vou não, agora conta!

- Ok.

Remo contou a Sirius todo o sonhos Tim Tim por Tim Tim com todos os detalhes. Sirius ouvia tudo com atenção e de vez em quando esboçava um sorrisinho. Quando Remo terminou e olhou para o amigo como quem procurasse uma resposta, Sirius disse:

- Pensei que já tivesse te dito isso.

- O que?

- O lobinho aqui está apaixonado.

- Não! Não estou!

Sirius olhou para o amigo com censura.

- Ok! Eu admito! Eu estou apaixonado por ela!

- Finalmente hein, Aluado? – Sirius brincou.

- E você Sr. Eu Não Me Apaixono? – Remo disse seriamente – Seria demais pra você admitir que gosta da Kathryn?

- Ok! Eu gosto dela! – ele se tocou do que havia dito uns momentos depois – Só não conta pro Pontas, tá?

- Seu segredo está a salvo. – Remo disse.

- Valeu Aluado. – Sirius finalizou a conversa.

Por mais que fosse domingo, um belo domingo ensolarado, Lily conseguiu arrastar Kathryn e Abigail para a biblioteca para terminarem o trabalho de História da Magia. Abigail já estava tendo um ataque de nervos. Ela não suportava ficar presa naquele lugar frio e cheio de pó. Não era nada agradável e muito menos confortável. Na verdade era até meio deprimente.

- Lily, não podemos ir lá fora por uns minutos? – Abigail disse – Eu não agüento mais ficar aqui.

- É, Lily. – Kathryn concordou – Vamos lá fora um pouco.

Lily fechou o livro que estava lendo e olhou para as amigas.

- Podem ir vocês. – ela disse – Depois eu vou.

- Tem certeza? – Abigail perguntou.

- Absoluta. – Lily disse.

Kathryn e Abigail guardaram as coisas na mochila e foram para os jardins. Sentaram-se sob a sombra do carvalho suntuoso que era o “Point”. Ficaram ali conversando e relaxando. Lily ainda estava na biblioteca procurando um livro que provavelmente teria o exato conteúdo para finalizar o seu trabalho. James também foi à biblioteca, mas não para irritar Lily. Remo havia esquecido um caderno na biblioteca e James se ofereceu para ir buscar. Principalmente porque sabia que veria Lily lá. E estava certo.

O maroto procurou o tal caderno, guardou-o na mochila e viu que Lily rodeava as estantes. Ele ficou ao lado dela sem ela notar e disse suavemente:

- Bom dia minha ruivinha.

A bela garota levou um susto e o olhou furiosa.

- Potter. – ela disse em voz baixa pra não levar bronca da bibliotecária – O que deu em você?

- Uma vontade enorme e incontrolável de ver você. – ele disse marotamente.

- Nem na biblioteca você me deixa em paz?

- Lily, Lily, Lily. Se você aceitasse sair comigo eu...

- Shhh! É melhor falar baixo! E saiba que eu nunca, nunca, nunca sairei com você.

Ele riu baixo.

- Me lembro que você me disse a mesma coisa quando eu pedi pra sair com você... Pela primeira vez.

Ele notou que os olhos dela haviam se enchido de lágrimas.

- “Por que ele teve que tocar nesse assunto? Não basta pra ele ter me magoado aquele dia? ” – Lily pensou.

James acariciou docemente o rosto dela e a olhou com ternura. Ela insistia em ficar quieta. Não poderia agüentar uma só palavra. Já ele queria mais do que tudo ela que não chorasse. Sentia seu coração ficar apertado. Ele estava com os olhos fixos no chão, pois não poderia suportar olhar dentro daqueles olhos castanho-esverdeados e sentir o coração bater de um jeito diferente.

Ele sentia algo dentro dele, algo que o forçaria a fazer uma coisa que não queria fazer naquele momento. Não queria deixá-la mais triste ainda. Ele sabia que havia errado, mas não cometeria aquele erro novamente. Ela devia saber isso, mas estava magoada demais pra acreditar. Seu coração a dizia para ouvir o que ele tinha a dizer, mas ela, com o coração partido, foi orgulhosa demais para ouvi-lo.

O maroto não pode mais suportar. Era difícil vê-la daquele jeito e permanecer calado. Como por instinto, ele levantou o rosto dela suavemente com uma das mãos e beijou-a. Um beijo doce e inocente. A garota estava muito confusa, mas deixou-se render aos encantos dele e correspondeu. O beijo foi se aprofundando aos poucos, ficando mais ardente e fazendo o coração de ambos bater descompassado.

Ela não fazia idéia por que estava correspondendo um beijo dele. Era algo que ela nunca imaginaria fazer, mas seu coração partido disse para não fazer nada idiota. Idiota seria zangar-se e ir embora dizendo um monte de coisas. Mas romântico seria ficar e continuar ali sem pronunciar uma só palavra. Ela atendeu ao pedido carinhoso do seu coração e ficou ali, aproveitando o momento, sem dizer nada.

Não souberam dizer quanto tempo se passou desde que eles haviam se beijado. O beijo pareceu durar um século, mas o mundo ao redor deles parecia estar congelado. Os dois pareciam estar perdidos no tempo, como se os relógios e ampulhetas tivessem, repentinamente, parado. Madame Pince não havia notado ainda que os dois estavam juntos. Se ela visse, provavelmente, daria uma bronca nos dois e diria para eles saírem da biblioteca.

Depois do que pareceu uma eternidade, eles foram se afastando vagarosamente, como se não fosse aquilo que eles queriam. Os dois abriram os olhos devagar, mas nada disseram. Ficaram apenas olhando nos olhos um do outro com os corações confusos.

- “Foi o beijo mais sincero que ele já me deu. Merlin... Estou tão confusa! - Lily pensou”.

- Lily... – ele disse sem voz baixa.

- Shhh... – ela calou-o – Não precisa dizer nada.

Ela se aproximou lentamente dele. Pode sentir sua respiração descompassada, o calor de seu corpo e um perfume doce e entorpecente. Seus lábios se uniram novamente, mas dessa vez num beijo um pouco mais ardente. Ele passou os braços ao redor da cintura dela mantendo-a perto de si como se nunca mais a deixasse partir. E ela passou os braços ao redor do pescoço dele como se quisesse aprofundar cada vez mais aquele beijo.

James interrompeu aquele beijo, mas com muita hesitação.

- É melhor irmos para outro lugar. – ele disse.

Ela ficou desconfiada no início, mas notou que não havia malícia na voz dele.

- Pra onde? – ela perguntou.

Ele pensou por uns instantes e sorriu marotamente.

- Já sei. – ele disse.

Segurou a mão dela e foi levando-a para algum lugar.

- James, para onde você está me levando?

- Você verá. – ele disse antes de perceber... – Você me chamou de James!

Ela sorriu docemente.

- E por que não chamaria? – ela disse calmamente.

James sorriu e continuou caminhando com ela ao seu lado. Entraram numa sala e dentro dela havia o mais belo jardim que eles já haviam visto. Lily pareceu encantada.

- Que lugar é esse? – ela perguntou.

- Se chama Sala Precisa. – ele respondeu - Se transforma no que você mais deseja. O que achou?

A bela ruiva sorriu.

- Isso tudo é perfeito.

- Tudo o que exatamente?

- Tudo. Esse lugar... Estar com você...


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“Oi gente! Espero que estejam curtindo a minha fanfic. Eu estou tentando fazer uma capa pra ela, uma que fique perfeita. Relaxem que a fic não termina aí! Ainda tem beijos, brigas, tapas, flores, chuva, neve e um romance inesquecível. Por favor, comentem! Eu não quero ser idiota e implorar, mas eu odeio fazer fics e ninguém comentar nelas. Eu adoro que apreciem meus trabalhos. Estão lendo isso de uma futura escritora! Beijos encantados!” .

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