ANO NOVO




CAPITULO 13

ANO NOVO



- Oi, Lara – falou Kedar para a garota que o observava apreensiva de longe, sem desviar o olhar do sol que se recolhia no deserto, proporcionando um espetáculo de cores que nunca se cansava de admirar

- Não queria te interromper – desculpou-se ela, aproximando-se do vidente – Você parecia tão concentrado

- Alguém está bloqueando os videntes – contou Kedar ainda sem olhar o rosto mimoso – Estamos tentando descobrir o que está acontecendo

- Hum ..... Onde está Andy ? – indagou Lara, tentando não tocar no assunto que a levara a procurar pelo amigo,

- Assim como eu, ele procurou um lugar especial para meditar – respondeu sorrindo melancolicamente – Foi para o lago da ala norte

- Enquanto você vem apreciar o por de sol no mirante – analisou Lara reconhecendo a mesma paisagem que Kedar pedira a sala precisa no dia do fatídico beijo que ainda não saíra da sua cabeça. Ainda podia sentir os lábios de Kedar pressionando os dela – Desculpe atrapalhar – pediu, começando a se afastar, tentando controlar as pernas que tremiam

- Porque você me procurou ? – indagou um pouco seco, sem deixar que a garota saísse

- Eu ... Nada demais, eu ...

- Quer falar sobre aquele dia – adivinhou ele, contendo um suspiro triste, fechando as mãos para que elas parassem de tremer

- Gostaria de não precisar falar – admitiu Lara cabisbaixa, sua tristeza era clara, mas tentava esconder a sua confusão

- Não podemos fingir que não aconteceu – argumentou Kedar, sentindo o vazio aumentar em seu peito – Principalmente porque isso está nos atormentando

- Eu sei, você tem razão – suspirou pesarosamente, sentia-se a beira das lagrimas, mas não podia chorar, não podia ser fraca nem confusa. Ele era seu amigo e ponto final !

- Gostaria que você tivesse me deixado sozinho, naquele dia – declarou quase com raiva dela

- Não resolveria nada – negou ela, tentando impor um tom frio sem sucesso
O sol aos poucos ia desaparecendo no horizonte, deixando o crepúsculo como testemunha da tensão imposta no ar, antes leve, agora pesado e frio.

- E tem alguma coisa resolvida agora, Lara ? – indagou o rapaz sarcástico – Você resolveu alguma coisa ? – perguntou seriamente

- Não quero te ver sofrer - disse a garota sem conseguir encarar os olhos do vidente

- O sofrimento faz parte da vida – filosofou Kedar , sem querer carregando na ironia – Você deveria saber disso

- Mas gostaria de te ver feliz – assegurou Lara, contrariada com o tom de voz usado pelo vidente

- Tantos rodeios só podem significar uma coisa: que você não sente o mesmo que eu – declarou o vidente voltando a olhar o horizonte escuro, já era noite, a curta conversa havia demorado tempo suficiente para a lua e as estrelas brilharem no céu

- Kedar, eu .... – parou o que ia falar. Não sabia o que queria, o que pensar - Eu lamento muito ...

- Eu também – cortou o pedido de desculpas. Eram inúteis, não fariam com que se sentisse melhor, ou inteiro novamente. Uma parte sua pertencia a Lara e o vazio que essa parte havia deixado era escuro e frio, inundou seu coração e se espalhou pelo corpo, deixando a pele arrepiada de agonia e tristeza, os músculos doloridos por conter tamanha agonia

- Kedar, eu ...

- Só posso esperar que você ainda aceite a minha amizade – falou seco, inflexível, cortando novamente a garota

- Você sempre foi muito importante pra mim – garantiu Lara, num fio de voz, os olhos marejados de lagrimas que o vidente não via – E sempre vai ser meu melhor amigo

- Obrigado – agradeceu gélido, controlando-se para não implorar por uma chance

- Eu vou ...

- É melhor você ir – concordou seco, sua postura era rígida, achou que se movesse apenas um músculo acabaria se quebrando em mil pedaços

As lágrimas de gosto salgado correram furiosas pelo rosto que ele contraia torturado, amargurado. Calafrios dolorosos sacudiram seu corpo. Toda a esperança que , inconscientemente, ainda alimentava e que servia de apoio nos dias de espera, haviam acabado, como o ar que lentamente sai de um balão estourado, que jamais poderia ser remendado. Lara não o queria. Não o amava. E apesar das palavras carinhosas sobre a amizade que os havia unido, duvidava muito que o relacionamento entre eles algum dia voltasse ser como antes daquele dia na sala precisa, antes do seu descontrole e do beijo

- E ai ? – perguntou Andrew entrando no mirante – Descobriu alguma coisa ou Lara te desconcentrou totalmente, mais uma vez ?

- O que você acha ? – rebateu Kedar enxugando as lagrimas sem se preocupar em esconde-las do amigo

- Que a minha prima acabou com você – declarou Andrew, num tom mais serio, lamentando a tristeza do amigo

- E eu não consegui descobrir nada sobre o que está nos bloqueando – acrescentou Kedar sorrindo tristemente

- Nem eu – admitiu Andrew, sentando-se no chão de pedra e olhando as estrelas – Tô me sentindo imprestável

- Bem vindo ao grupo – declarou Josh, parecendo emburrado, se juntando ao outros videntes

- Isso é uma reunião, é ? – Kedar tentou brincar, mas seu tom de voz falhava – O “Clube dos videntes imprestáveis ” ?

- Ele ainda consegue fazer piadas ! – Andrew fingiu supresa – Lara não acabou totalmente com ele !

- Lamento que não tenha dado certo – disse Josh voltando-se para o filho dos sacerdotes – Sempre pensei que vocês ficariam juntos

- Não posso obriga-la a gostar de mim – respondeu de forma amargurada

- Pode sim ! Uma poção do amor, ou a maldição imperius – sugeriu Andrew sorrindo largamente

- Ah ! Me faça um favor, Andrew – Kedar pediu irritado – Cale a boca !

- Você faria isso com a auror ? – indagou Josh , em duvidas com o comportamento do sobrinho, que afinal era filho de Sirius e Alex, tinha a quem puxar !!!

- Não que eu precise disso, mas .... – não respondeu de forma clara

- Você está com problemas – assegurou Josh apertando os olhos e encarando firmemente o sobrinho

- Não estou com problemas ! – negou o rapaz veementemente, orgulhoso – Apenas com algumas duvidas – acrescentou diante do olhar firme do tio e do amigo

- Duvidas ?? Sei – debochou Josh – Que tipo de duvidas ?

- Ela realmente gostava do Lupim – começou Andrew, voltando a encarar as estrelas – Não era amor, mas existia algo

- E você seria muito burro se não percebesse – comentou Kedar, vingando-se das zombarias do outro – E idiota se não admitisse

- Não abusa, Kedar – exigiu o outro, mal humorado

- O que você quer saber e não consegue, é : O que ela sente por você – emendou Josh, interrompendo os dois jovens

- Na verdade o que eu queria saber é : Quando eu vou conseguir dormir com ela – corrigiu o sobrinho sorrindo malicioso

- Ela é sua prima – argumentou Kedar, desconfiado dos sentimentos do outro – Não pode agir assim com ela

- Prima em segundo grau – defendeu-se Andrew – Não tem nada que nos impeça de vivermos uma tórrida e rápida paixão

- Não precisa ser rápida - argumentou Josh se divertindo com a atitude do sobrinho, era muito parecido com o pai

- Você tem idéia de quantas garotas existem na escola ? – perguntou o rapaz forçando um tom incrédulo com a sugestão do tio – Como eu poderia me envolver apenas com uma quando se tem tanta variedade ? – indagou parecendo chocado com a idéia – Ainda mais sem experimentar todas as outras antes ?

- Porque você não desiste da auror e fica com a variedade, então ? - desdenhou Josh

- E porque você não está no seu quarto com a sua linda mulher, titio ? - perguntou Andrew tão irônico quanto Josh

- Porque eu fui expulso da minha cama – confessou o outro , fazendo uma careta ao ser vitima das risadas dos jovens videntes

- Que decadência, tio – debochou Andrew rindo muito

- O que você fez ? – perguntou Kedar, o mais sensato dos três

- Eu a proibi de ir a Londres – resumiu contrariado

- Ela continua insistindo nisso ? – indagou Andrew desnecessariamente

- E você continua negando ? – indagou Kedar, pensando nas discussões que já havia assistido entre Josh e a companheira

- Sim e sim – respondeu o mais velho – Dá pra mudar de assunto ?

- E que assunto pode ser melhor do que mulheres ? – debochou o sobrinho – Ou a desgraça alheia ? – riu

- É um ótimo assunto – declarou Aziz, entrando na conversa, surgindo sem aviso – As mulheres são as criaturas intrigantes e interessantes que existem

- Esqueceu o complicadas – avisou Andrew a quisa de comprimento

- E irritantes – acrescentou Josh

- Extraordinárias e surpreendentes – acrescentou o sacerdote sorrindo divertido mas sem negar o que os outros afirmavam

- Não me diga que mamãe te expulsou do quarto também ? – indagou Kedar olhando torto para o pai

- Ah, não .... Ela só costuma fazer isso uma vez a cada cinqüenta anos – comentou Aziz , piscando divertido – E a ultima vez que eu acordei foi pouco antes de você nascer– brincou e ficou um pouco em silencio, olhando para Sothis – Não existe nada mais terrível e belo quanto as angustias do amor

- Tem certeza que Ayla não brigou com você ? – indagou Andrew, sem a menor cerimonia, como de habito

- Sintam, crianças – pediu a voz seria, a face compenetrada, os olhos faiscantes presos na estrela – Sintam plenamente, não mascarem nem anestesiem suas dores, angustias, seus amores – parecia que não falava para os videntes, mas para outras pessoas, para longe dali, suspirou pesadamente – Três dons que não podem ser chamados de bênçãos porque cobram um preço muito caro, mas também não podem ser chamados de maldições porque proporcionam muitas alegrias ...

- Pai – chamou Kedar baixinho, se erguendo e se aproximando do sacerdote, mas ele não parecia vê-lo ou ouvi-lo – Pai, você está bem ???

- A vidência é um grande dom com um enorme peso, a feitiçaria também é grandiosa, mas pode ser um desastre, mas os sentimentos sim, podem ser magníficos mas completamente catastróficos – fechou os olhos escondendo o tormento que sentia – O amor é um poder inigualável tanto para o bem quanto para o mal – abriu os olhos e encarou o mais velho de seus videntes – Venha comigo, Josh e vocês, não saiam do templo ate que eu volte e cuidem das meninas





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- Ele está acordando – ouviu a voz preocupada e sussurrada de Mione

- Cara, você tá bem ? – indagou Rony, lentamente, baixinho

- O que foi que aconteceu ? – perguntou Harry com voz rouca, sentia a boca seca, sua língua estava áspera, o corpo dolorido, sua cicatriz ardia e queimava

- Eu me acordei com você gritando – contou Rony, a apreensão e o medo presente em cada palavra – Não consegui te acordar, então ... Chamei a Mione

- Aqui, Harry – disse a amiga, entregando os óculos – O que foi que aconteceu ?

- Não sei ... Eu tava dormindo e ... Minha cicatriz ...... – falou, sua voz estava rouca e o ar pareceu arranhar sua garganta, engoliu em seco e esfregou a testa – Ele está irritado, muito irritado

- Ah, Harry – choramingou Mione, entre preocupada e irritada – Voldemort esta entrando em sua mente novamente

- Não .... Eu é que ando entrando na mente dele – contou, desviando o olhar dos amigos, torcendo para que eles percebessem que essa não era a primeira vez

- Como assim ? – indagou a amiga desconfiada

- Desde aquele pesadelo ? – falou Rony , franzindo a testa – Aquele que eu te acordei e você quase me atacou ?

- Você quase atacou Ron ?! – exclamou Mione parecendo assustada e segurou o braço do ruivo , aflita

- Eu fiquei confuso – explicou-se para a amiga – Sonhei com Sirius e ... meus pais, acordei com Rony me sacudindo e ....

- Você ainda não disse a quanto tempo esta invadindo a mente de Voldemort ? – Mione parecia um pouco irritada

- Parou um pouco depois ... Durante as ferias – suspirou pesadamente e dirigiu-se a janela do quarto, sem se importar por estar de pijama na frente da amiga – Mas voltou depois que Josh terminou com as aulas de oclumencia

- Mas essas aulas eram pra você aprender a impedir que ele invadisse a sua mente – protestou a amiga se aproximando dele – Não para você invadir a mente dele !!!

- Porque ele está irritado ? – perguntou Rony, impedindo os amigos de continuarem discutindo

- Porque ele não consegue fazer uma coisa que quer muito – contou, esfregando a cicatriz que queimava sua testa , fazendo a cabeça latejar – Eu não sei o que é .

- Ele não percebeu que você ...

- Acho que não – respondeu a pergunta que a amiga deixou incompleta – Com certeza ele teria feito alguma coisa pra me expulsar

- O que mais você viu ? – indagou a amiga, praticamente roendo as unhas da mão, postura que ela só assumia quando ficava muito nervosa, ou muito preocupada

- Não vi, assimilei – contou observando a reação dos amigos pelo reflexo no vidro da janela – Não agora, mas ... das outras vezes – suspirou pesadamente - Sei que ele detesta ser chamado de Tom Ridle, que não confia em nenhum de seus comensais, que Draco é um deles, alem de outros garotos da sonserina – fechou os olhos, não se voltou para os amigos, tinha medo de que eles o olhassem com receio, esperando surgir fendas no seu nariz – Ele gosta de matar, mas o que mais o diverte é a maldição Cruciatos. Quanto mais ... sua vitima grita e se debate mais ele se diverte

- Harry, .... – a voz de Mione estava entrecortada e a amiga tentou esconder um soluço

- Senti como se fosse minha, a satisfação que ele sentiu quando torturou e matou o próprio pai e os avos, o ódio que sente pela fraqueza da mãe que morreu de tristeza por ser abandonada por um trouxa desprezível – ouviu um soluço alto de Mione, e a respiração pesada de Rony. Os amigos pareciam expressar os sentimentos reprimidos dele – Sei fazer feitiços e encantamentos que nunca vi na escola e tenho certeza que nem você conhece, Mione – uma risada fria escapou de sua boca, respirou fundo decidido a contar tudo aos amigos – É asqueroso saber coisas assim. Ser capaz disso. Magia negra

- NÃO !!! – gritou Rony, se aproximando de Harry, agarrando-o pelo moletom do pijama de forma violenta – VOCÊ NÃO É CAPAZ DISSO !!!! – vociferou furioso parecendo aumentar de tamanho, o rosto vermelho, sacudindo o amigo, seria assustador se não usasse um pijama verde com pomos de ouro – O Harry que eu conheço não é capaz de usar magia negra – Rony praticamente cuspiu na cara do moreno prensado contra a janela – Não o cara que no primeiro ano da escola escolheu como amigo um ruivo pobre e cheio de sardas e desprezou o Malfoy rico e nojento – Rony agora falava baixinho – Nem o cara que enfrentou um basilisco pra salvar a irmã caçula do melhor amigo

- Muito menos o garoto que esqueceu da magia e enfiou a varinha no nariz de um trasgo só pra salvar uma garota que nem era sua amiga – acrescentou Mione, pálida e com o rosto úmido de lagrimas

- Você entendeu ? – inquiriu Rony de forma brusca – VOCÊ ENTENDEU , POTTER ??? – gritou quando Harry se soltou dele e se aproximou da cama,

- Obrigado - disse simplesmente encarando os amigos

- Por te fazer cair na real ? – perguntou Rony, uma tentativa de sorriso aparecendo no rosto ainda vermelho – Pode contar sempre com a gente

- Estaremos sempre com você, Harry – apoiou Mione sorrindo entre lagrimas

- Você amassou meu pijama, Weasley – falou Harry fingindo-se de bravo – Vai me pagar muito caro por isso ! – avisou antes de pegar o travesseiro e jogar na cara constrangida de Rony

- Harry !! – exclamou Mione sem ser ouvida pelo moreno que estava tentando se defender do ruivo que jogava almofadas nele – Garotos !!! – resmungou antes de sair, apesar de sorrir emocionada e divertida

- Ei ! – chamou Gina – O que deu neles ? – perguntou a ruiva ouvindo a gritaria que os dois rapazes faziam

- É a forma deles de demostrarem a amizade que sentem um pelo outro – revelou Mione, divertida e exasperada

- E pensar que você é apaixonada pelo meu irmão !!! – exclamou a ruiva começando a descer as escadas – Como foi que isso aconteceu ?

- Seu irmão não é esse bobalhão que você pensa, Gina – Mione defendeu o ruivo de forma tranqüila, já havia discutido o assunto com Gina antes e sabia o que a ruiva achava do irmão – Tá, eu admito: Ele é um pouco bobo mesmo – admitiu sob o olhar de franca descrença da amiga – Mas eu gosto desse lado dele também

- É o único lado do Rony – insistiu a ruiva sarcástica

- Não é não – discordou a morena, sorrindo – Você o vê como irmã, não consegue enxergar o garoto maravilhoso que ele é

- Se você diz – desistiu Gina ao ver o olhar determinado e sonhador que a amiga tinha, e abriu a porta da cozinha – Bom dia, mãe ....

- Bom dia Gina, Mione – respondeu Josh , sorrindo simpático , sentado na cabeceira da mesa

- Cadê a minha mãe ? – perguntou a ruiva, franzindo a testa , buscou o olhar de John, mas ele estava de costas para ela, fazendo o café da manha com magia

- John cozinha muito bem, - contou o professor , ainda sorrindo – Sirvam-se enquanto eu chamo os garotos

- O que tá acontecendo ? – inquiriu Gina determinada para John quando o professor saiu, mãos na cintura , olhar incisivo

- Porque você acha que eu sei ? – revidou ele, sem olhar para a ruiva

- Cadê a minha mãe ? – exigiu saber, num tom de voz mais alto, assustada

- Sua família esta bem – falou finalmente – Dumbledore levou sua mãe para falar com seus irmãos, incluindo aquele que mora na Romênia – contou fazendo a ruiva e a morena trocarem olhares assustados

- Que droga, Foz !!! – xingou Gina mais assustada ainda – O que foi que aconteceu ???

- Ele também não sabe, Gina – assegurou o professor voltando a cozinha com Rony e Harry, ambos nervosos e ainda de pijama – Sentem-se todos e tentem ficar calmos enquanto eu explico – pediu e sentou na ponta da mesa – Seus pais e seus irmãos estão bem , podem acreditar – começou tentando tranqüilizar as crianças – Os seus também, Mione e seus tios, Harry

- Então o que ... ??? – interrompeu Rony, se servindo de suco e começando a comer

- Nós , videntes, não somos maquinas e muito menos perfeitos – continuou Josh – As vezes vemos coisas que infelizmente não podem ser evitadas , as vezes simplesmente não vemos , e outras vezes somos bloqueados

- Voldemort ? – perguntou Harry, trocando um olhar com Mione e Rony

- Achamos que não – continuou Josh, o rosto serio, inexpressivo – Porque existe outra batalha acontecendo. Uma guerra muito maior, onde a nossa é uma pequena parte, mas tem influencias sobre esse mundo e nessa guerra ...

- Que tipo de influencia ? – perguntou Gina, atenta a cada barulho da casa, desejando que seus pais chegassem logo

- Os bloqueios dos videntes, o lugar onde Alex e Sirius estão sendo mantidos – contou com amargura na voz

- Vocês são meio inúteis, então ? – perguntou Rony entre uma torrada e outra

- Quanta delicadeza – rosnou John, Josh ficou mudo, um pouco pálido com as palavras do rapaz

- Que é ? É verdade não é ? – defendeu-se o ruivo, encolhendo os ombros – Se os videntes não conseguem ver o futuro , eles servem pra que ?

- Muitas coisas, Rony – defendeu-se o vidente ao mesmo tempo em que pedia para John se acalmar

- O que importa é porque você está aqui e a Sra Weasley não – declarou Harry olhando com desconfiança para o vidente – O que aconteceu ?

- Molly foi, acompanhada por Dumbledore, avisar todos os filhos que eles não devem ir ate a casa de vocês, nem à vila ali perto – contou Josh – Arthur foi com Remo a Aziz ate lá porque a vila e a casa de vocês foram atacadas – finalmente revelou, seu olhar, agora triste percorria cada um dos jovens, Rony ficou pálido, a mão segurando uma torrada a caminho da boca aberta, Mione cobriu a boca com as duas mãos, Harry ficou estático, paralisado, lagrimas começaram a brilhar nos olhos de Gina

- Não .... Não pode ser – murmurou Harry, sem querer acreditar no tinha escutado, a Toca era o lar dos seus amigos, seu lar, onde conheceu carinho e preocupação maternal

- Eu sinto muito por todos vocês – lamentou Josh com verdadeiro pesar

- É brincadeira .... Não é ? – indagou Rony, seu pescoço e rosto estavam vermelhos, seu olhar implorava para que Josh dissesse “Sim, é brincadeira e você caiu como um pato seu ruivo idiota”

- Alfred ? Ele ... Ele tinha saído, não tinha ? – gaguejou a caçula dos Weasley , o rosto molhado pelas lagrimas – Alfred esta bem, não está ? - Alfred era o vampiro da família, que morava no sótão

- Não sei, pequena – respondeu Josh suavemente, compadecido com a tristeza dos olhos castanhos – Vamos ter que esperar seu pai e Remo voltarem

- E se tiver comensais lá ! – gritou Rony desesperado , levando com tanta força que a cadeira caiu para trás – E se fizerem uma armadilha pra ......

- Eu estou conectado com Aziz – revelou Josh mantendo o tom delicado da voz – Sei tudo o que esta acontecendo lá, na verdade eles estão indo para o ministério agora. Contar o que aconteceu . Eles estão em segurança – Rony apenas acenou com a cabeça, num gesto de concordância, de entendimento e lentamente, como se suas pernas pesassem toneladas se arrastou para fora da cozinha

- Gina, você.... você está bem ? – indagou John se aproximando da ruiva

- Vou ficar – respondeu a garota, a voz tremula e determinada, também saiu da cozinha pedindo que a deixassem sozinha

- Harry ....

- Isso não podia ser ... evitado ? – indagou entredentes, furioso , sem perceber as lagrimas que corriam no seu rosto

- Alguém muito poderoso nos bloqueou – repetiu Josh, triste – Somos humanos, Harry e como humanos, somos falhos

- MAS NÃO PODIAM !!! - gritou o moreno enfurecido, em pé chutando a cadeira, a mesa, o que tinha pela frente

- Harry !!! – gritou Mione desconcertada pela fúria do amigo

- NÃO PODIAM FALHAR !!! NÃO A TOCA !!! NÃO COM ELES !!! – gritou sentindo a garganta arranhada , Josh e John continuavam impassíveis, sentados, jogou uma cadeira no professor, querendo que ele reagisse, querendo gritar e brigar ate a exaustão , mas a cadeira simplesmente parou e flutuou para o canto da cozinha. Mais irritado ainda, pegou outra cadeira e ergueu sobre a cabeça

- O QUE É ISSO, HARRY ??? – o poderoso grito de Molly Weasley foi mais forte que a sua raiva, virou rapidamente na direção da voz e parou estático, emudecido olhando para a mulher que o acalentou quando vira Cedric Diggory morrer, que se preocupava com a sua alimentação, com os seus sentimentos, com a sua segurança, que , simplesmente, se preocupava com ele, Harry . A cadeira escorregou de seus dedos e cai no chão pelas suas costas – É só uma casa, querido. Somente uma casa – falou com ternura, abraçando o garoto, um abraço apertado, de carinho, ânsia de proteger, de preocupação maternal – Arthur, meus filhos e vocês estão bem, vivos e inteiros e isso é o que importa – assegurou a mulher, os olhos inchados, vermelhos por todos as lagrimas que havia derramado quando Dumbledore revelou o que aconteceu, e a cada encontro que tivera com cada um dos filho, para tranquiliza-los – Onde estão Gina e Ron ? – perguntou a mulher que ainda o mantinha apertado entre os braços

- Lá em cima – respondeu Mione, baixinho, a voz tremendo

- Vou lá falar com eles. Você vai ficar bem ? – perguntou para Harry, afastando-se para olhar nos olhos dele, quando o menino, praticamente um rapaz acenou com a cabeça ela o deixou e foi conversar com os próprios filhos, sem controlar uma nova onda de lagrimas

- O que faz um lar não é uma casa – começou o diretor, falando pela primeira vez desde que chegou com Molly e se depararam com aquela cena – Mas as pessoas que moram nela. Você sabe disso, Harry – o garoto apenas concordou com a cabeça, mudo, sofrendo demais para conseguir falar, a Toca era o seu lar - Também não queria que isso tivesse acontecido – concordou Dumbledore – Ninguém queria – Harry simplesmente saiu da sala em silencio, não teve a intenção de ser grosseiro com o diretor, apenas queria ficar sozinho – Onde estão Arthur, Aziz e Remo ? – o diretor perguntou para Josh depois de Harry sair , Mione havia ficado parada lá, não sabia o que fazer ou para onde ir

- Estão agora no ministério – respondeu o professor de DCAT – Aziz está sob disfarce

- Vou lá , me avise quando Evelyn e os outros chegarem – pediu o diretor antes de sair

- O que minha mãe vem fazer aqui ? – perguntou John , o olhar preocupado

- Querem que eu ... saia ? – ouviram a voz fraca de Mione indagar

- Fique aqui se quiser – respondeu Josh o olhar pesaroso – Somos intrusos na dor deles, mas ainda temos algumas coisas para conversar com Molly e Arthur – contou para a garota que tinha o rosto úmido pelas lagrimas– Ivy irá trazer os Longbottom pra cá e , imagino eu, que ficará morando aqui já que a casa que ela ocupando também foi destruída

- Também ??? – interrompeu a monitora supresa , assustada

- Era perto da casa dos Weasley – contou Josh e olhou para o sobrinho – Graças aos deuses ela foi para o templo e você estava aqui

- Graças a teimosia dela, você quer dizer – corrigiu o rapaz, não conteve um suspiro preocupado ao pensar nos seus pais morando juntos. Discutiam o tempo inteiro desde que Remo “invadira” a outra casa - Não sei se ela morar aqui é uma boa idéia – resmungou aborrecido – Os dois juntos aqui, eles vivem brigando !

- Talvez eles parem de brigar já que vão dividir a casa com mais outras pessoas – supôs Josh





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O profeta Diário havia noticiado o massacre na aldeia de St Mary Mead e o ataque à casa dos Weasley e a outras casas bruxas. Mas não noticiou as duas pontes que caíram sem explicação em cidades trouxas, nem o ataque ao Primeiro Ministro dos Trouxas. Um clima pesado tomou conta de Hogwarts na volta dos alunos com o fim as ferias de natal e Ano Novo. Os pais bombardeavam os filhos com corujas quase diariamente e seus filhos respondiam às preocupações deles respondendo as cartas e pedindo mais noticias. Dois alunos da Corvinal, um da grifinoria e um da Lufa Lufa não voltaram para a escola, estavam de luto por algum parente perdido. Outros não voltaram porque os pais decidiram mante-los em casa. Dino Thomas contou que tivera que brigar com a mãe que queria mante-lo na Irlanda. Um aluno da Corvinal havia sido morto junto com toda a família. Todos estavam apreensivos, confusos, preocupados e com medo das cartas dos pais, das noticias do jornal. Apenas os sonserinos pareciam não encontrar motivos para outras preocupações alem de quadribol e provocar e azarar os outros.
Alheio a essas questões Ron estava mergulhado na mais pura apatia, sem encontrar motivo para revidar as provocações que sofria, se é que escutava, nem mesmo quadribol chamava a sua atenção. No momento estava sentado na beira do lago congelado enxergando sua infância, as ferias com os colegas, seu quarto, suas coisas. Somente agora percebia como gostava do seu quarto com paredes cor de tijolo, da cama que fora de Carlinhos, as roupas que não usava mais, ate mesmo dos livros de segunda mão que usou nos anos anteriores na escola.

- Ron ? – ouviu Mione lhe chamar delicadamente. Suspirou cansado sem olhar para a garota que desde a sede vinha o observando atentamente – Ron, você esta bem ? – sentiu a preocupação dela com ele e acenou que sim, estava bem, mas sabia que ela sabia que estava mentindo – Vocês não tinham treino agora ?

- Terminou mais cedo – contou desinteressado – Os Fox vão se reunir com o sacerdote hoje – acrescentou lembrando a monitora que amanhã, a primeira sexta-feira da volta das aulas os Fox iriam partir em busca da segunda chave, haviam combinado de se encontrarem todos no escritório do diretor à meia-noite e meia

- Cadê o Harry ? – perguntou tentando atrair a atenção do ruivo para uma conversa

- Com a Mel – respondeu ele desanimado. Sabia o que Mione queria, mas não tinha vontade de falar com ninguém, nem mesmo com ela

- Você não está com frio ? – indagou a morena observando o ruivo formar pequenas bolas com a neve do chão – Não vai entrar ?

- Vai você – aproveitou a deixa – Vou ficar aqui mais um pouco

- Eu sei que você esta triste, mas ...

- Triste ??!! – exclamou o outro. Não sabia o nome do que sentia, mas achou que na palavra tristeza não cabia o vazio, a amargura e tudo o mais que sentia – Mione ! Era a minha casa !

- Eu sei – a morena suspirou arrasada e segurou as mãos molhadas pela neve, tentando confortar o ruivo desolado

- Não é só a casa – afirmou agoniado – É ... É tudo ! Os ataques, a guerra, Harry, você ... – as palavras saindo atropeladas, sem controle – Eu tenho medo que a minha família .... – cortou o que ia dizer, - Não sei se eu consigo .... Se vou ser capaz de ajudar o Harry

- Você é um bruxo fantástico – cortou a morena determinada apertando as mãos do ruivo – Um amigo leal e corajoso e é disso que Harry precisa. É disso que eu preciso !

- Você é que é fantástica ! – corrigiu o ruivo, os olhos azuis agoniados com suas incertezas, com seus medos – Você é que tem todas as respostas, os planos, sabe todos os feitiços ...

- E nada disso os torna mais fortes e poderosos que os seus, Ron – garantiu ela sorrindo docemente para o rapaz que se sentia tão inadequado – E você está cada vez melhor, mais rápido, mais forte – afirmou e vendo o olhar de descrença do ruivo fingiu ficar irritada – Eu não admito que você se desmereça assim, Ronald Weasley !!! – usou um tom tão duro e inflexível que o outro se assustou, segurou o rosto querido entre as mãos e obrigou-o a encara-la – Você não diz que eu sou uma sabe-tudo ??? – provocou sorrindo de forma travessa – Então se eu sou uma sabe-tudo você tem que acreditar em mim: Você é um bruxo fantástico ! O melhor amigo que Harry poderia ter !

- Eu quero acreditar, mas ... – não conseguiu completar envolvido pela intensidade dos olhos castanhos que estavam cada vez mais próximos dos azuis. Mione estava se inclinando para ele ou ele é que estava se inclinando na direção dela ??? Não sabia dizer

- Acredite – pediu carinhosamente, cada vez mais decidida a conquistar o amigo – Acredite em mim, Ron – repetiu, cedendo a vontade de beija-lo. Beijos leves, carinhosos, um mero roçar no canto da boca, no queixo ...

- Mione, eu .... – “resista, resista” ordenava seu cérebro – Você não quer ..... – obrigou-se a dizer contra os lábios dela

- Quero sim ! – protestou manhosa , roçando os lábios no rosto vermelho do rapaz que não pareceu notar que suas mãos já estavam na cintura dela

- Eu não .. não sou de ferro ... – gemeu baixinho, os olhos semicerrados ao ter seus cabelos, seu pescoço acariciado pelas pequenas mãos – Mione ....

- Então me beije logo – ordenou a morena, com um sorriso maroto que se perdeu em um beijo apaixonado e em outro e mais outro e mais outro





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- Você tá bem ? - indagou nervoso sem saber como conversar com aquela Mel que não escondia a irritação por ter sido obrigada a ficar sozinha com ele

- Você pediu que eu ficasse pra saber se eu estou bem ? – indagou ela de volta, a voz carregada de ironia

- Não , eu ... – gaguejou e percebendo que ela não iria facilitar a conversa, resolveu ser um legitimo grifinorio e se encheu de coragem – Você gostou da pulseira ? – perguntou num folgo só

- É linda – respondeu a loira sem sorrir – Mas você não precisava me dar presente nenhum

- Eu quis fazer isso – confessou , sentindo o rosto ficar vermelho ao lembrar de como fora difícil pedir a Sra. Weasley que comprasse os presentes para ele

- Um pedido de desculpas seria o suficiente – afirmou Mel se encaminhando para a porta do vestiário

- Desculpas ?? Porque eu teria que te pedir desculpas ? – perguntou caminhando apresado para impedir que a garota saísse

- Você não sabe ? – rebateu Mel, agora sim , furiosa – Por ter fingido ser meu amigo, por ter me beijado apenas pra tentar obter informações, por ter fingido se interessar por mim ! – enumerou a garota

- Mas eu não ... – tentou se defender das acusações e segurar a porta que Mel insistia em tentar abrir – Eu não fiz nada disso !!!

- Fez sim !!! – insistiu ela – Você só se aproximou de mim pra isso !!!

- Você me beijou primeiro !!! – rebateu Harry começando a ficar irritado – E sim, eu queria informações sobre vocês, afinal vocês são estranhos e ... esquisitos .....

- Esquisitos ???!!! exclamou a garota, partindo pra cima do garoto que tentava se defender de tapas e socos bem colocados

- Esquisitos sim !!! – garantiu quando conseguiu segurar uma das mãos da loira- E também queria saber sobre a busca por Sirius – admitiu irritado por ela não entender seus motivos – Ele é a minha única família !!! – repetiu - Mas quando nós estávamos juntos eu só conseguia pensar em beijar você !!!

- Não vem com conversa mole pra cima de mim, Potter !!! – protestou Mel obrigando-se a não acreditar no rapaz

- Você é a única garota que eu consigo conversar, me divertir – declarou Harry sentindo o rosto quente, muito quente , achou que estava tão vermelho quanto Ron ficaria nessa situação

- Alem da Mione , da Gina – argumentou Mel

- Mas eu nunca quis beijar nenhuma delas ! – afirmou irritado

- Problema seu ! – declarou Mel irredutível , abrindo a porta do vestiário

- Nada disso ! – retrucou ele, puxando a garota pra dentro do vestiário – Você começou isso ! Você me beijou primeiro, agora vai ter que me agüentar no seu pé !!!

- Ficou maluco, Potter ! – exclamou Mel sem reconhecer o sorriso maroto no rosto da rapaz

- Não ! – assegurou Harry, seu sorriso se ampliando ainda mais – Acho que puxei ao meu pai – comentou tranqüilamente para uma confusa Mel – Você conhece a historia dos meus pais ? – indagou

- Sim, mas .... – respondeu ela e percebendo onde ele queria chegar protestou veementemente – Nem vem, Potter !

- Accio varinha – falou puxando a própria varinha e convocando a dela – Colloportus – e a porta se trancou

- Eu não sou a sua mãe ...

- Graças a deus ! – cortou ele se aproximando da garota que havia se afastado dele

- E você não é o seu pai ! – continuou Mel – Eu posso quebrar o seu nariz – advertiu quando ele já estava muito perto

- Mas também pode me beijar – comentou mergulhando nos olho azuis arregalados de supresa, mas não transformou as palavras em ação, apenas ficou ali parado tão perto que podia sentir a respiração dela no seu rosto, olhos nos olhos, ele sorrindo e ela , bom, Mel parecia muito confusa



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O plano de Kedar era simples, fácil e objetivo: Ambos se conectariam aos sonhos de Draco e enquanto Nicole distraia o sonserino, Kedar, usando a telepatia, faria uma busca na mente e nas lembranças do loiro.

“Simples ! Fácil ! Facílimo !!!” Nicole pensou carregando na ironia e no sarcasmo quando se deu de cara com o sonho do cretino infeliz: Ele e uma turbinada Nicole trocando altos amassos em uma enorme cama com lençóis negros “ OK! Definitivamente eu não sou a garota dos sonhos dele !” pensou enquanto avaliava o próprio busto

“Ciúmes ?” ouviu a voz debochada de Kedar em sua mente

“Nunquinha !” rosnou para o vidente que riu

“Dê a César o que é de César” citou o outro irônico

“Nem nos sonhos dele !” protestou a feiticeira

“Acho que nos sonhos você já deu !” brincou Kedar sem conseguir resistir. Nicole estava muito irritada com a sua versão turbinada

“Virou voyer agora, foi ??” indagou irritada “Ele já está bem distraído, acho que você pode começar”

“Me de um tempinho pra ver se vou precisar que você ... participe do sonho dele” pediu o outro bem humorado enquanto a feiticeira resmungava com o que acontecia no sonho do loiro

“Deuses! Isso é nojento !” resmungou para si mesma, enquanto esperava que Kedar a chamasse “ Que situação !!! Mas ele tem um corpo muuuuuito interessante !” analisou apreciativa

“Tenho tudo o que precisamos” ouviu Kedar voltando a sua mente “ Vamos embora”

“Vai na frente” pediu rabugenta

“Nicole ... “ chamou o vidente, em tom de alerta

“Só vou dar .... um presentinho pra esse loiro pervertido” argumentou fazendo cara de inocente

“ Certo, vou te esperar no salão comunal” cedeu e Desconectou-se da morena que ficou observando de forma raivosa sua vitima ..... terminar o serviço, por assim dizer

O Draco na cama gemeu e suspirou com um desejo real insatisfeito. O Draco do sonho gemeu e suspirou cansado e ergueu o rosto para olhar para a parceira que lhe deu tanto prazer. O Draco da cama gritou apavorado, num reflexo pulou da cama , se enredou no cortinado caindo no chão e acordando seus companheiro de quarto

- QUE DIABOS, MALFOY ?!! - gritou Zabini irritado por ter sido acordado – Deu pra ter pesados como um bebezinho ???

- CALE E BOCA !!! – ordenou o loiro furioso, assustado e enojado

- É você que está gritando !!! – protestou o outro. Goyle e Crabbe apenas olhavam abobados a discussão

- Cale aboca ! – ordenou em tom perigoso e letal , Zabini achou melhor encerrar a briga por ali mesmo e fechou as cortinas da sua cama – Vocês também ! – Draco se voltou para os outros dois , que rapidamente imitaram Zabini – Eu preciso de um banho – murmurou furioso olhando para a sua cama. Não entendia como que numa hora estava sonhando que possuía uma linda e quente garota e na outra estava com .... – Argh ! Que nojo ......



- Então ? Como ele ....

- Primeiro você vai me dizer o que fez com o Malfoy – impôs Kedar desconfiado da amiga

- Nada demais – assegurou a morena dando de ombros – Só substitui aquela Nicole siliconada pela Mme Pince – contou obrigando o outro se jogar numa poltrona de tanto que ria

- Coitado ! Que maldade, Nicole – debochou Kedar ainda rindo

- E então ? –insistiu a morena aflita

- O que você sente pelo Malfoy ? – inquiriu o vidente encarando-a com firmeza

- Como o martini do James Bond – confessou, fazendo careta

- Hein ? – Kedar ficou sem entender a comparação

- Mexida – admitiu respirando pesadamente – Muito mexida – acrescentou fazendo o outro suspirar

- Narcisa Malfoy te viu numa visita que fez ao filho , reconheceu a tua semelhança com Alexandra O’Connor, a desaparecida namorada de Sirius Black e , juntos, deduziram o resto – resumiu

- Eles falaram para alguém ? – indagou a morena preocupada

- Draco não falou pra ninguém e pediu que a mãe mantivesse segredo – contou , mas seus pensamentos estavam na relação de Nicole e Draco – Mas nada nos garante que ela não falou

- Quer dizer que , alem de dar um “cala-te boca” no Malfoy, vamos ter que dar outro na mãe dele – avaliou Nicole um pouco angustiada – Josh ! – gemeu baixinho ao perceber que teriam que contar ao tio , que simplesmente odiava Lúcios Malfoy pelo que ele fizera com Alex, a mãe dela

- Você se meteu numa encrenca das grandes ! – falou o vidente ao deduzir o que passava na cabeça da feiticeira

- Andrew vai pegar no meu pé – gemeu a morena, deprimida só de pensar no ciumento e possessivo irmão, que andava distante apenas porque estava atras da auror

- Mais cedo ou mais tarde ele ia descobrir – garantiu Kedar e continuou em tom preocupado – Você sabe que ele é um comensal

- Sei, e sei também onde está a minha lealdade – assegurou, determinada e firme – Não sou Jasminie

- Não estou duvidando de você – tentou tranquiliza-la – Só estou preocupado , Nicole

- Vou indo falar com Josh – avisou depois de suspirar pesadamente

- Quer que eu vá junto ? – perguntou disposto a apoiar a feiticeira, sabia muito bem o que era se apaixonar pela pessoa errada

- Eu tenho que fazer isso sozinha – assegurou sorrindo com pesar e agradecida pelo apoio





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- O que o Ministro quer agora ? – indagou Severo, sem se preocupar em disfarçar a sua preocupação, lembrava perfeitamente da ultima vez que Rufos Scrimgeour havia procurado o diretor. O Ministro havia exigido a demissão dele, Severo, devido ao seu passado, alem de exigir conversar com o garoto Potter sem se importar que fosse de madrugada

- Só posso imaginar, Severo – suspirou pesadamente – Mas devido aos últimos acontecimentos não creio que ele esteja interessado em você – avaliou o diretor

- O que você imagina, Dumbledore ? – indagou o mestre de poções

- Muitas coisas, meu caro – respondeu os claros olhos azuis brilhantes como sempre

- E você não irá me contar – deduziu o outro – Mesmo que eu tenha um papel nessa sua imaginação

- Você sabe tudo o que precisa saber no momento – assegurou o diretor sorrindo com bondade – Logo chegará o momento de saber de tudo

- E o Potter ? Ele não precisa saber ? – indagou em um repentino momento de justiça – Não seria melhor ...

- Ainda não , severo – cortou o diretor – Ele ainda não está pronto

- Mas ...

- Como está o menino Draco ? – cortou novamente o seu professor

- Com a cabeça cheia de planos de vingança – respondeu amargamente , os olhos negros inexpressivos

- Quero que cuide dele. – pediu Dumbledore, calmamente – Quero que o ajude

- Draco quer matar Bellatrix e Potter . Quer que eu o ajude nisso ? – inquiriu Severo sarcasticamente

- Não – garantiu o outro – Quero que você o ajude a se manter seguro e com as mãos limpas enquanto for possível

- Não posso prometer nada – alertou sombriamente – Ele é muito parecido com o pai

- Pois eu acho que Draco é mais parecido com a mãe – afirmou pensativo, lembrando da linda menina que Narcisa fora

- Se não precisa mais de mim vou me recolher – as palavras de Severo tiraram o diretor das suas lembranças e mostraram que não estavam mais à sós no escritório, Rufos, saia da lareira fazendo barulho e espalhando cinzas

- Claro, Severo – dispensou-o Dumbledore, olhando para o Ministro em educada expectativa – E então, Ministro ? A que devo a sua visita ? – perguntou gentil



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N/A:
Sim , eu sei: Vocês me odeiam
E têm todas as razões pra isso
Eu não tenho defesa
Não tenho mesmo
Nem cara de pau de fazer promessas do tipo “Vou tentar não repetir isso”, ou “juro que isso nunca mais vai acontecer”
Não! Eu não vou fazer nada disso !!!
Só vou pedir desculpas e dizer que não foi proposital ( isso é verdade ) e também que não tenho a mínima idéia de quando o próximo vai sair da minha cabeça


Camille: maninha to de mal, só vou responder teu comentário porque eu adoro fazer isso. Detalhes do que eles aprenderam na casa de Majana vão aparecer ao longo dos capítulos, com o amadurecimento deles. Sobre a minha cultura .... nunca ouvi um gaúcho legitimo dizendo “trilegal” .... mas tudo bem ....

Ana Karynne: Tu parece familiarizada com termos médicos, faz faculdade de medicina? Veterinária ? Enfermagem? .... Desculpe por ter deixado as tuas ferias vazias, eu realmente lamento muito, to roxa de vergonha

Eve: Que bom que tu gostasse do capitulo, eu adorei zoar com a cara do Remo, mas fiquei achando que peguei pesado com ele. Eu não tava com a capa do Harry, mas to com ela agora ....vai que alguém resolve me azarar, ou pior me amaldiçoar ......

Milinha: Um dos seus favoritos ??? Que bom ..... Fica ansiosa não que eu tardo mas não falho ..... é a primeira vez que eu fico mais de um mês sem postar e isso me deixou muito mal. Mas você deveria ganhar um prêmio ... Acertou quando disse que eu fui seqüestrada ..... Reclama pra Camila, Fui pra casa da mãe dela ajudar com a mudança, e não tive tempo pra quase nada

Camila: acabei de colocar o teu na reta, contei porque demorei tanto pra postar , mas respondendo ao teu comentário: Sim, sim, sim, também achei, eu já te disse que não mando nada, os personagens se governam, eu adoro Agatha Cristhe, eu achei que tu a gostar, eu sabia que tu ia gostar , eu sabia que tu ia amar, e não vou dizer ........ rrsrsrsrsrsrs

Lara: flor de laranjeira, você voltou!!! Seja muito bem vinda , vou esperar teus comentários, teus palpites e teus capítulos ansiosamente





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