Uma noite na ordem



Uma noite na ordem

Era obvio que o lugar não era trouxa: havia coisas estranhas se mexendo, mapas misteriosos que também havia pontos que se mexiam. As paredes eram sujas e mal pintadas. A iluminação era feita por velas, que eram poucas e por isso o lugar era escuro.

- Aqui é realmente a Ordem da Fênix?

- Deve ser sim, Langlie. Mas também pode ser a casa da Chapeuzinho Mágico.

- Não é Chapeuzinho Vermelho?

- Que isso, Evans? Eu conheço só a história da menininha que foi entregar verduras na casa do avô dela, e encontrou um bruxo no caminho que queria que ela...

- Chega dessa história, Evans e Black. Dumbledore quer falar com vocês. Acompanhem-me.

E os garotos seguiram a professora até uma porta, bem no fundo de um corredor mal iluminado, como o restante do lugar. A professora abriu e eles se encontraram em um escritório. Na cadeira atrás da mesa se encontrava um Alvo Dumbledore pensativo.

- Sentem-se – e ele conjurou cadeiras em frente a mesa. Eles se sentaram na primeira cadeira que viram na frente.

- Diretor, o senhor conseguiu prender os comensais?

- Bem, Srta. Langlie... graças à vocês que fizeram o favor de... hum... deixar os comensais... desacordados, conseguimos enviá-los para a prisão. E eles ficaram bem... infelizes quando acordaram atrás das grades. Mas antes de verificar a memória deles, que acho que o faremos somente amanhã, vocês terão que passar uma noite aqui.

- Mas para que o senhor precisa verificar a memória deles? Se eles não podem fazer nada agora, ou será que podem?

Lílian se afundou na poltrona ao ouvir Remo falar isso. Será que mesmo depois de serem presos eles teriam que se esconder deles? Ou pior, ter que se esconder de tudo e de todos o resto da vida deles? Só por que eles foram dois idiotas curiosos que entraram no edifício errado, no dia errado e na hora errada?

- Não é pelo que eles podem fazer, Sr. Lupin. É pelo que eles fizeram. Só verificando a memória deles podemos ver o que eles disseram para Voldemort – houve um arrepio geral quando ouviram esse nome que assustava tantas pessoas. – Dependendo do que disserem hoje veremos qual a conduta que teremos que aplicar em vocês. Talvez vocês já possam sair livres para fazer as besteiras que quiserem ou... – eles se entreolharam de alegria, mas ao ouvir o "ou.." prestaram uma atenção absoluta ao diretor novamente – poderão passar as férias inteiras trancados em uma casa longe daqui por um bom tempo...

- Como assim por um bom tempo? Vamos ficar trancados até voltar para a escola?

- Se eles falaram muitas coisas para seu mestre, Sr. Black, não poderão voltar para a escola – as garotas e Remo prenderam a respiração, mas Tiago e Sirius pareciam mais felizes. – Pelas informações, e tenho certeza que essas são verdadeiras, que tenho recebido, Voldemort – novamente prenderam a respiração – tem recrutado estudantes de todas as casas para seu exército de horror.

- Tenho certeza que não tem ninguém da Grifinória no meio disso! – Tiago falou forte, quase se levantando. – Nenhum dos meus amigos grifinórios iria se juntar ao você-sabe-quem!

- Sr. Potter, estamos em uma época que não temos certeza de nada, não podemos falar que temos certeza de alguma coisa. E infelizmente tive notícias que há comensais na Grifinória. Há pelo menos um comensal...

- Oh, não! Quem será? O senhor sabe de tudo o que acontece no castelo, não sabe?

- Se eu soubesse, tenha certeza que estaria atrás das grades de Azkaban no minuto seguinte. E acho melhor vocês irem para seus quartos agora. Depois do dia que tiveram hoje, devem estar exaustos. Mas não exaustos ao ponto de não ficarem conversando até altas horas – acrescentou em um sorriso. – Até amanhã e tenham bons sonhos! – Com um movimento de varinha, os garotos, depois de sentir um friozinho na culuna, sumiram de seu escritório.

Quando deram por si, estavam Lílian e Mandy em um quarto, e Tiago, Sirius e Remo em outro. Suas malas jaziam ao pé de uma cama.

Uma conversa no quarto Masculino

- Onde é que nós estamos?

- Já disse que é na casa da Chapeuzinho Mágico, Pontas! Mas é claro que é no nosso quarto! Pelo menos estamos num quarto na Ordem, que dizem ser nosso quarto.

- Bom... pelo menos estamos na Ordem da Fênix, bem debaixo do nariz de Dumbledore. Depois daquilo que aconteceu hoje, não há nada melhor que isso...

- Mas Aluado, não se esqueçam que fui eu o herói do dia. Se não fosse eu todo mundo seria pó nesse exato minuto.

- Repete isso para o Sirius, Tiago. Ele acha que foi ele quem levantou debaixo da mesa e enfrentou os comensais.

- Almofadinhas, você o quê?

- Eu estava falando com a Ammy, o que você queria que eu dissesse? Que era você quem fez aquilo ou que era eu? Eu tinha que bancar o herói para ela.

- Ok, dessa vez passa. Mas a próxima coisa que você fizer que prestar, eu vou falar pra Lilly que fui eu, tá? Falando nisso...

- ...Você acha que a Lilly vai querer sair comigo?

- Com você ela não sai, tenha certeza disso, Aluado. Mas comigo, é claro que sai. Quero dizer... eu sou Tiago Potter, o irresistível!

- Sei, é tão irresistível que ela que te ver a dez milhões de quilômetros. E se quiser te ver, o que acho que ela não quer...

- É, Almofadinhas, mas pelo menos eu pergunto "Lilly, você quer sair comigo?", não faço que nem você que só sabe jogar na sorte com a Whitley. E pra ter azar!

- Pelo menos a Ammy gosta de me ver e ela me chama pelo nome, Potter!

- Ora, seu cachorro...

- Calma, gente, calma. Tiago e Sirius, vocês são amigos e não devem brigar. E parem de se xingar!

- Tudo bem. Mas se a gente não for se xingar o que vamos falar, Aluado?

- O que vocês acharam do que Dumbledore falou?

- Legal, considerando que a gente não vai mais voltar para a escola.

- É... mas considerando isso a gente iria parar de fazer um mundo de coisas. Como por exemplo soltar bombas de bosta nos corredores... sair na lua cheia... azarar o Ranhoso...

- Sirius, não me fale uma coisa dessas. Eu agüento ficar sem jogar nenhuma bomba, consigo ficar sem dar passeios, mas dia de São Nunca vou parar de azarar o Ranhoso.

- Ora, gente, pelo amor de Deus! Por que vocês estão sendo tão negativos? Temos que ser positivos e fortes para que tudo isso acabe logo! E acabe bem também!

- Mas, Aluado, você sabe muito bem que não tem jeito de mudar. Não tem jeito disso acabar rápido.

Depois que Tiago terminou de falar, eles ficaram em silêncio, olhando para alguns pontos, mas sem prestar atenção neles. Pouco tempo depois forram dormir, sem trocarem nenhuma palavra. Pelo menos assim eles estariam em um outro mundo. Um mundo mágico e feliz, onde nada de mau poderia acontecer, e, principalmente, onde não estaria acontecendo nada daquilo que acontecia na vida real deles.

Uma conversa no quarto Feminino

- Onde é que nós estamos?

- Sei lá! Deve ser o nosso quarto. As nossas coisas estão aqui. Tem duas camas. E as colchas são cor de rosa.

- É, deve ser. O Dumbledore nos desejou "boa noite".

- Ele não falou "boa noite", Mandy! Falou "tenham bons sonhos", que é diferente.

- Ah, Lilly, é a mesma coisa. Quando falam "tenha bons sonhos" significa sonhar com coisas boas, para que tenha uma boa noite. E quando falam "boa noite", significa que a gente tenha um boa sono e sonhemos muito com coisas boas, que dá no mesmo.

- Tudo bem... falou isso então. Mas por que isso teve que acontecer justo com a gente? Justo comigo que estava na minha casa na maior paz. Bom... não que estando com a Petúnia é estar com paz... mas não estava acontecendo nada de mortalmente ruim!

- Deve ser porque tudo de ruim nesse mundo acontece com as pessoas boas. Bem... veja só: aqueles comensais débeis e inúteis atacam pessoas como você, Lilly. Pessoas trabalhadoras, ou pelo menos estudiosas já que estamos falando do Remo também. Pessoas que tentam melhorar o mundo e ainda assim conseguem fazer isso sem desarrumar o cabelo.

- Ai, Mandy, obrigada!

- Também não precisa apertar tanto assim no abraço.

- Ah, Mandyzinha! Você é a melhor amiga que eu poderia encontrar no mundo! Porque você me agüenta.

- Lilly, para de apertar. E também tem uma pessoa que te agüenta toda hora, tido dia, todo segundo, de dia, de tarde e de noite.

- Quem? Não... Mandy Langlie, eu conheço esse sorriso. Você não está falando do idiota do Potter, está?

- Viu! Você pensa nele o dia inteiro. Qualquer coisa que falo que alguém quer ficar perto de você pensa nele.

- Claro que eu pensei nele...

- Viu, admitiu.

- Por que toda vez que você dá esse risinho maldoso você está insinuando alguma coisa do Potter comigo. Eu te conheço!

- Até decorou minha cara quando falo dele. Que amorzinho mais lindo!

- Cala essa m de boca, Mandy Langlie!

- Tudo bem... não está mais aqui quem falou.

- Vou dormir. Boa noite.

- Boa noite.

Nota: Sorry, gente, mas acabeid eletando esse capítulo do meu pc. Foi um deus nos acupa para encontrar uma segunda via dele... Já ia postar capítulo errado!

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