Hum... SIM



Sábado finalmente chegou. Snape havia conseguido se comportar durante as aulas, mas todos perceberam que ele parecia mais leve, menos mal humorado. Já havia ocorrido uma mudança com o fim da guerra, mas agora alguns alunos começavam a fazer comentários maldosos e a dizer que aquele mau humor todo era falta de mulher. Talvez fosse.
A jovem sonserina chamada Elisabeth Lancaster lançava olhares furtivos a Snape e a Hermione com um ar de “vocês vão ver só”, mas a estúpida achava que as suposições de envolvimento entre os dois era uma carta da manga.
Em fim, sábado ali estava. A manhã de primavera amanheceu linda como poucas; o dia convidava as pessoas à alegria e às boas lembranças. Snape havia combinado com Hermione de se encontrarem às onze e meia da manhã na frente dos portões de Hogwarts. Agora que não havia mais guerra, alunos do sétimo ano podiam sair do colégio aos sábados e domingos, contanto que tivessem autorização dos pais. Como Hermione era maior de idade, ela se autorizava a sair.
Ela estava com um vestido leve, verde, nos joelhos. O verde era num tom de musgo, bem sonserina, mas como o tecido era leve, não parecia um vestido do mal. Ela não estava com pressa nem ansiosa. Sabia que Snape, como todo bom sonserino, chegaria exatamente no horário marcado. Ainda mais sendo um britânico incorrigível.
Pensado e feito. Eram exatamente onze e meia da manhã quando ela viu a silhueta de Severo Snape aproximando-se. Ela lhe sorriu um sorriso muito largo; Snape retribuiu com seu sorriso no canto da boca. Quando se aproximou mais, não fez nenhuma questão de evitar olhá-la da cabeça aos pés, de um jeito que a deixou muito ruborizada.
Estavam do lado de fora dos portões; ele a abraçou de surpresa e eles aparataram dali. Quando ela conseguiu olhar em volta de novo, estavam em Hogsmeade, mas um lado aonde ninguém ia; era proibido aos alunos, não por haver algo errado por lá, mas porque era muito afastado do resto.
- Hum... Vejo que o professor Snape pensou na possibilidade de haver alguma setimanista fofoqueira pelas outras bandas.
- Claro. Principalmente se for aquela insuportável vadiazinha – disse Snape, mas estava calmo.
Ele fez questão de dar o braço a ela, num gesto de “Estão vendo? Isso, só olhem, porque ela é minha”. Hermione não pôde esconder o sorriso. Ninguém naqueles lados gostava muito de comentar o que se passava por lá, mais um motivo porque aquele lado era perfeito.
Andaram juntos pelas ruas.
- Você se importa de irmos a um lugar antes de almoçar? – perguntou ele, de um modo civilizado que lhe era raríssimo em outra circunstância.
- Bom, eu achei estranho marcar tão cedo... – disse ela. – Eu já imaginava que você ia querer ir a algum lugar antes... Só não imagino onde...
- Então vamos andando... – disse ele.
Ela assentiu. Iam andando, despertando alguns olhares curiosos, que rapidamente se voltavam às suas próprias vidas. Ele mostrou várias lojas onde comprava ingredientes e instrumentos de poções; ela pediu para passarem por lá depois.
Andaram mais um pouco e Snape parou.
- Que foi? – perguntou ela, parando também.
- É difícil admitir, mas estou com medo da sua reação. Acho que vou parecer muito apressado. Estou quase desistindo.
- Ah, pare com isso, Sevie! – ela exclamou. – Agora estou curiosa.
- Compreenda, para mim não é precipitado. Um homem na minha idade não faz coisas precipitadas...
- Ai, Sevie, fala logo o que é! – exclamou ela, curiosa.
Ele sacudiu a cabeça, mas foi adiante com ela. Agora ele não estava tão tranqüilo quanto antes; estava inquieto, algo que ela nunca tinha visto, nem na época da guerra.
- Sevie, você vai matar alguém na minha frente? – perguntou ela.
- Não – disse ele seco.
- Então não precisa ficar preocupado – disse ela de modo reconfortante.
Quando se aproximaram do lugar que Snape queria, ele parou novamente, virou-se para ela e disse:
- Espere um pouco. Não é para você saber agora.
Hermione fez cara de quem não concorda, mas pacientemente esperou. Ele sumiu diante dos olhos dela, quase como se tivesse aparatado. Ela até pensou em segui-lo, mas ele ficaria muito irritado se descobrisse. O fato de ele andar fofinho não significava que ela podia desobedecê-lo. Achou melhor esperar.
Fazia já uns bons quinze minutos que estava esperando, quando alguém chegou por trás dela e tapou seus olhos com as mãos.
- Ah, estava preocupada... Que demora!...
Ouviu uma risada que fez a sua alma congelar por dentro. Tentou alcançar a varinha, mas sua mão foi imediatamente imobilizada.
- Me larga! – ela gritou o mais forte que podia.
Algumas pessoas até saíram para as janelas, mas, ao verem de quem se tratava, entraram, fingindo que não haviam visto. Ela gritou mais; Lúcio Malfoy tapou sua boca outra vez, mas ela mordeu a mão dele, o que o fez gritar um pouco. Ele virou-a de frente para si e esbofeteou-a de modo a fazê-la parar no chão.
Ela usou isso para alcançar sua varinha, mas ele foi mais rápido e chutou a mão dela. Ela gritou de dor. Ele a puxou pelo braço e pelos cabelos para ficar em pé novamente e disse:
- Sentiu saudades de mim?
Ela se sacudiu, mas ele puxou a cabelo dela com mais força.
- Quem você estava esperando? O Potter?
Uma das mãos dele rumou em direção ao sul, procurando levantar a saia do vestido dela, mas ela se mexeu tanto quanto pôde e quase chorou de alegria ao ouvir uma voz forte e austera. Estupefaça!
E Malfoy voou para trás, caindo como matéria inerte no chão. Hermione tinha lágrimas escorrendo pelos olhos, e correu para alcançar sua varinha. Snape aproximava-se em seu melhor passo de professor de Poções. Ele olhou para Hermione, com a varinha apontada para o peito de Malfoy, e perguntou a ela:
- Demorei muito? Cheguei a tempo?
Ela fez que sim com a cabeça, incapaz de falar, com a varinha apontada para Malfoy; suas mãos tremendo muito. Snape delicadamente tirou a varinha da mão dela para ela não fizesse nenhuma bobagem e virou-se para Malfoy.
- Sabe as pessoas que não iam salvar Hermione de você? Elas não vão salvar você de mim. Porque, além de tudo, não assusto só pelo que fui, como você; minha aparência intimida.
Malfoy arregalou os olhos ao se ver à mercê do bruxo mais poderoso que ele conhecera, depois de Dumbledore e Voldemort.
Snape não abriu a boca; apenas encarou Malfoy com os olhos faiscando sobre o outro ex-comensal.
Malfoy foi levitado uns dois metros do chão e completamente contorcido no ar, de modo impossível para músculos e tendões normais. Hermione olhou para o outro lado. Não faria nada para impedir, mas não tinha coragem de olhar.
Aquele tipo de tortura durou uns bons quinze minutos, quando Snape deixou o outro cair no chão como um saco de lixo e disse, de um modo baixo e sussurrado, em seu pior tom letal:
- Sectusempra.
Malfoy arregalou os olhos; não conseguia gritar porque Snape fizera um feitiço para prender-lhe a voz. O corpo de Malfoy foi rasgado da parte superior do peito até a parte inferior da barriga. , mas não era um rasgo suficiente para matar.
A expressão de dor de Malfoy era tudo o que mostrava o que se passava com ele; algumas lágrimas chegavam a escorrer pela face dele, lágrimas incontroláveis de dor.
Por fim, Snape deu um sorriso no canto da boca e executou um último feitiço. Malfoy sumiu dali.
- Pronto, pode olhar – disse Snape calmamente.
- Onde ele está? – perguntou ela, olhando em volta.
- Eu o mandei para o Saara – esclareceu Snape. – Simples. Não vou matá-lo. Ele vai morrer por falta de sangue ou por desidratação, o que vier primeiro. Se não morrer e for corajoso o bastante para voltar, poderei matá-lo com as minhas próprias mãos.
Hermione fez que não com a cabeça, ainda assustada, mas logo afastou o episódio da mente quando Snape envolveu sua cintura e puxou-a para mais perto, para seu lado.
- Acalme-se, Hermione, eu jamais a abandonaria completamente sozinha depois daquele episódio – sussurrou no ouvido dela, fazendo-a estremecer. – Agora vamos. É meio cedo para almoçar, mas os alunos devem estar de volta na escola às seis da tarde e não quero perder todo o meu tempo num restaurante.
Hermione não conseguiu disfarçar um sorrisinho quando ouviu aquilo. Bem imaginava qual a idéia de Snape para o resto da tarde. Não sabia há quanto tempo ele não tocava ninguém, mas imaginava que era muito. Talvez até anos.
Snape ainda caminhava lado a lado com ela com uma das mãos baixo na cintura dela, na curva do quadril.
- Sabe, Hermione, sou meio anti-social, por isso vamos a um restaurante deserto, que é onde almoço quando tenho que vir cuidar daqueles pirralhos insuportáveis do 3º ano quando vêm pela primeira vez a Hogsmeade.
- Tudo bem... – ela parou e olhou para ele. – Aonde você foi mesmo?
Snape fez que não ouviu.
- Você só vai saber quando eu achar que deve saber – disse ele muito sério.
Hermione cruzou os braços; ele puxou-a para voltarem a andar.
- Bom, apesar das pessoas daqui serem muito menos fofoqueiras que as do outro lado, talvez seja conveniente que nós conversássemos apenas sobre poções enquanto estivermos à vista.
- O que você quer dizer com enquanto estivermos à vista? – perguntou ela com um sorrisinho maroto.
- Acho melhor você nem saber – respondeu ele, devolvendo o gracejo.
Ela gargalhou, a mesma gargalhada por que Snape era apaixonado. Finalmente chegaram ao restaurante; Hermione de braços dados com ele. Alguns olhares e nada mais foi o que receberam.
Sentaram-se a uma mesa – Snape puxou a cadeira para ela – e Hermione começou a fazer perguntas sobre os testes da poção de imunidade às maldições imperdoáveis. Snape as respondia com seu habitual tom de mestre de Poções, e logo as pessoas em volta ficaram convencidas de que aquele era um almoço profissional.
Pediram, comeram, Snape pagou a conta e saíram, ainda falando sobre as poções com uma concentração ímpar naquele assunto. Hermione fingia muito bem que não estava morrendo de ansiedade e Snape – nem é preciso dizer.
Caminharam juntos no mesmo assunto até; Hermione olhava para Snape procurando algum sinal das pretensões nada ortodoxas dele, mas nada encontrava. Parecia até que ele havia esquecido.
Mas, quando ela olhou em volta, viu que ele a estava levando a uma rua quase deserta.
- Onde estamos? – perguntou ela fazendo uma careta.
- Vamos aparatar daqui – explicou ele displicente.
De súbito, sem avisar nem nada, ele puxou para si e os dois aparataram dali. Desaparataram logo em seguida numa casa antiga, mas limpa e bem arejada.
- Que lugar é esse? – perguntou ela, afastando-se dele e olhando em volta.
Hermione tinha certeza de que já conhecia aquele lugar, mas não era capaz de lembrar de onde.
Snape cruzou os braços, prestando atenção nas atitudes dela.
- Não reconhece mais a Mansão Snape? – questionou ele.
Ela olhou-o com um ar de surpresa.
- Nossa, está muito diferente! Mais... mais...
- Limpa? – perguntou Snape. – Organizada?
Hermione riu.
- Parece um lugar habitado agora – disse ela sorrindo.
- Isso é porque mandei arrumarem tudo – disse ele. – E eu finalizei sem precisar de esforço. Com aceno de varinha e... Tudo aos seus devidos lugares.
- Muito bom. Um homem que sabe organizar mais ou menos as coisas...
Snape arqueou as sobrancelhas.
- Mais ou menos?
Hermione deu outra gargalhada.
- Tenho alguns pontos a apontar depois – esclareceu ela.
- Sei – disse Snape, e sua expressão amenizou-se enquanto ele caminhava para ela.
O coração dela acelerou. Não imaginava como Snape era, mas, a julgar pelo medo anterior dele de machucá-la, ela devia esperar o pior. Estava sendo sincera consigo mesma. Ele não era romântico, não era carinhoso, não era paciente. Ainda assim, tinha algum autocontrole.
Ela conseguiu pensar tudo isso antes de Snape puxá-la para si delicadamente pela cintura e moldar seu corpo ao dela. A jovem notou que ele já estava muito excitado. Ele olhava-a nos olhos e, quando ela ergueu o olhar, encarou aqueles olhos negros observando-a com tanto desejo que até assustou-se um pouco. Era muito estranho ver Snape com uma expressão daquelas no olhar.
- Medo, srta. Granger? – perguntou ele no ouvido dela, com sua voz sussurrada, mas havia alguma coisa de diferente naquela voz.
Ela estremeceu.
- Talvez... um pouco ansiosa – ela levantou a mão direita e acariciou o rosto dele, algo que o pegou desprevenido. – Mas não tenho medo de você... Severo.
O som de seu nome vindo dos lábios dela com aquele jeito carinhoso e um pouco nervoso fez Snape dar um sorrisinho no canto da boca. Ele a puxou ainda mais para si – como se isso fosse possível – e tocou os lábios dela com os seus. Ela abriu a boca tão rápido, tão ansiosa, que Snape riu uma de suas risadas meio sinistras, mas logo abriu a boca e beijou-a de verdade. A jovem envolveu o pescoço dele com os braços, mas mesmo uma de suas mãos ainda acariciava os cabelos dele.
Hermione sentiu uma pressão maior em sua cintura: as mãos dele a apertavam com mais força, aproximando-a de si tanto quanto possível. Ela sentiu-se levantada e soltou os lábios dos dele para olhar em volta. Ele a pegara no colo e agora se dirigia às escadas.
- Será que com a sua idade você consegue me levar lá pra cima? Não quer mesmo me pôr no chão? – ironizou ela.
Snape apenas a olhou de canto de olho antes de disparar com uma voz letal:
- Continue me provocando, srta. Granger, e você vai ver o a sua idade daqui a pouco.
Ela abafou o riso.
Chegaram até bem rápido no andar de cima e Snape nem estava arfando. Ele foi um comensal; já deve ter feito coisas piores que levar menininhas assustadas escadas acima... Ele caminhou com ela no colo pelo extenso corredor e somente a pôs de volta no chão quando entraram em um quarto amplo com uma enorme cama de casal e uma mesinha a um canto com duas taças e uma garrafa de vinho.
- Que menino mau, tentando me deixar bêbada – disse ela pilheriando.
Snape fez que não ouviu. Tirou o casaco leve que usava e pendurou-o sistematicamente no cabideiro atrás da porta, enquanto Hermione olhava em volta.
Então Snape virou-se para ela e olhou-a. Ela estava linda naquele vestido que homenageava sua casa. Mesmo ele usava um tom parecido de verde, só que na camisa de manga comprida.
Ele caminhou para ela; ela virou-se para ele, esperando o próximo passo.
- Relaxe – disse ele. – Não dá para fazer nada com você tensa desse jeito.
- Tecnicamente, essa vai ser a minha verdadeira primeira vez – murmurou ela, mas já parecia esquecida de Malfoy, principalmente quando Snape a tomou em seus braços outra vez.
Novamente beijou-a. Aquele excesso de autocontrole estava fazendo com que alguém ali em baixo reclamasse um pouco, mas isso ele podia ignorar. Ignorara por tanto tempo...
Mas então sentiu algo que não esperava: uma resposta dela. Uma das mãos da jovem descera até o volume em sua calça e começara a brincar ali, fazendo com que ele soltasse um gemido e soltasse sua boca da dela.
As mãos dele passeavam pelas costas dela com força, e já ameaçavam abrir o zíper para tirar o vestido. Ela desabotoou as calças dele e abaixou-se para tirá-la. Snape esperou. Ela tirou seus sapatos e suas meias. Ele apenas a ajudava tirando os pés do chão quando ela mandava.
Ela deixou as peças no chão e ficou em pé outra vez, fingindo que não se assustara um pouco com o que vira escondido pela cueca dele. Havia ali mais ou menos o dobro do que Malfoy tinha.
- Que foi? – perguntou ele, abraçando-a outra vez e, agora sim, começando a abrir o zíper dela.
- Estava agradecendo mentalmente a Deus por não ter sido você o comensal que me... forçou ao mundo das mulheres – ela disse e abafou o riso.
Quando Snape entendeu o que ela queria dizer, corou um pouco, mas conseguiu rir com ela. O vestido da jovem foi ao chão, e Snape arqueou as duas sobrancelhas com espanto quando viu que ela usava uma calcinha preta de fiozinho e um sutiã preto que combinava.
- Ah, não me olhe assim, Severo – ela disse, muito constrangida com aquele olhar que a varria por completo.
Ele a fez calar com outro beijo, dessa vez mais quente, mais exigente, não deixando entretanto, de ser apaixonado. Ele olhava-a enquanto passeava as mãos nas costas dela.
- O que você quer que eu faça? – perguntou ele, no ouvido dela, e ela estremeceu com aquela respiração quente em seu pescoço.
- O que você quiser fazer – sussurrou ela em resposta, com a voz totalmente alterada e a respiração já entrecortada.
Mais uma demonstração de confiança cega. O que você quiser fazer não era uma resposta que uma pessoa normal daria a um ex-comensal da morte. Mas ela sabia que ele era diferente. Sabia que ele nunca fora como os outros. Mesmo não sabendo, ela sabia.
Severo Snape beijou-a mais uma vez; estava adorando o modo carinhoso e ao mesmo tempo quente com que ela lhe respondia. Começou a andar com ela em direção à cama.
Desabotoou o sutiã dela no caminho e deixou-o de qualquer jeito com as suas calças. Antes de deitá-la na cama, porém, tirou a calcinha dela. Deitou-se por cima dela, um pouco receoso de deixar seu peso todo apoiado no corpo aparentemente frágil, mas ela pediu com um sussurro:
- Deite em mim.
Prontamente ele atendeu. Sua vez de brincar com ela e mandá-la ao mundo da lua. Brincou com os seios dela primeiro com as mãos e depois com a boca. Ela gemia cada vez mais alto, deixando-o louco. Controle-se, homem, ela é só uma menina! Ele voltou à boca dela; ambas respirações entrecortadas. Ele virou-a, pondo-a por cima de si; ela sentou-se bem em cima do volume que era ainda escondido por sua cueca, o que o fez gemer e arquear o corpo.
- Hum... parece que você quer que eu tire isso aqui, não quer? – perguntou ela, com um sorrisinho entre divertido e maroto, apontando para a cueca dele.
- Tira... – respondeu ele, mal sabendo de onde vinha sua voz, olhando para as mãos dela, que agora faziam o que ela dissera.
A peça íntima ficou no chão; ela sentou-se em cima dele outra vez, mas sem se encaixar nele. Ele começou a se mexer, reclamando, pedindo mais. Ela abaixou-se e beijou-o. Ele abraçou-a, aproximando-a de si tanto quanto podia; parecia ter medo de perdê-la, de vê-la sumir. Ele virou-os novamente e ficou por cima dela.
Hermione olhou-o nos olhos. Ele a olhava com muito desejo, mais ainda do que ela imaginava, mas havia alguma coisa... algo escondido, camuflado, que ela não sabia o que era, mas não havia apenas desejo naquele olhar. Ainda pensava, e seus pensamentos se perderam totalmente quando ele entrou nela. Ela arqueou com um gemido, permitindo que ele entrasse mais fundo; ele imediatamente o fez. O gemido que ele soltou do fundo de sua garganta a espantou. Jamais imaginara ver Snape tão vulnerável quanto ele estava naquele momento. Ele estava indo devagar; tinha medo de machucá-la, tinha medo de perder o controle. Tremia tanto que parecia que o desejo cada vez maior o consumia e ele não atendia a seus próprios instintos.
Hermione sentiu algo diferente. Pensou que, se fora violentada pelo pior dos comensais, poderia agüentar uma perdazinha de controle de Snape. Começou a mover-se junto com ele, envolveu as pernas nele e puxou-o com força para si. Ele deu um gemido alto que chegou a assustá-la, mas isso não foi o suficiente para fazê-la parar.
Agora sim. Snape desistira de manter a meia velocidade em que começara. Não controlava nada do que sentia e do que seu corpo exigia, como o corpo de qualquer homem comum. Era isso o que ele era ali: um homem. Um simples homem. Aumentou a velocidade e a força das investidas. Hermione arranhava suas costas, mas isso não o incomodava nem um pouco; pelo contrário. Apenas olhava-a de vez em quando, para ver se havia algum traço de dor na expressão dela, mas não achou senão um olhar carinhoso e cheio de desejo.
- Não, não pare – sussurrou ela de modo suave. – Continue até você chegar lá...
Não estava se importando consigo mesma àquela altura. Não sabia que raios estava pensando; não estava com pressa de descobrir como era o prazer. Sabia que Snape poderia mostrar a ela; ele apenas tinha que se lembrar antes. Teriam tempo. Aquela tarde ainda só estava no começo.
Snape não entendeu muito bem o você da última frase dela, mas não estava raciocinando direito mesmo, talvez tivesse ouvido errado. Ele continuou. Até que sentiu que estava quase lá; ouviu-a gemer mais alta e os músculos dela o apertarem. Não houve dúvidas: ele estava no paraíso. Retirou-se dela e saiu de cima dela. Ela deitou-se no peito dele apenas para ouvir o coração dele acelerado, numa tentativa de se acalmar. As respirações ainda estavam muito irregulares, mas ela o sentiu acariciar seus cabelos.
- Você é linda... é perfeita... – murmurou ele beijando o alto da cabeça dela.
Snape carinhoso? Ela achou que já tinha dormindo e estava sonhando, mas não estava. Ela afastou um pouco o rosto dele e olhou-o, sorrindo.
Ele acariciou o rosto dela e passou o polegar pelos lábios dela, enquanto os outros dedos acariciavam a face. Ele parecia indeciso entre dizer algo ou não, mas decidiu-se a dizer, antes que fosse tarde:
- Eu amo você.
A expressão de espanto que lhe surgiu no rosto, Hermione não pôde disfarçar. Não esperava isso. Sempre amara Snape, não se incomodava em ser só sexo para ele. Sabia que ele começara a ter um carinho por ela, mas não imaginava que pudesse ser amor. Um pouco séria demais para o que Snape pretendia, ela disse:
- Olha, Sevie, você não precisa me dizer isso. Não me incomodo em ficar como amante, sério mesmo. Eu amo você mais do que imaginei que poderia amar alguém, sabe... Eu ficaria muito... magoada se você mentisse para mim e... Olha... eu não estou esperando uma declaração de amor; eu o amo sem pedir nada em troca... – ela virou o rosto. Tinha umas lágrimas ameaçando cair, mas ela não queria que ele pensasse que era por culpa dele, por isso tratou de mandá-las de volta.
Para seu espanto, viu Snape sorrir.
- Gostei de ouvir isso – ele disse, com um ar meio cínico.
Ela não entendeu – e fez cara de desentendida mesmo.
- Você disse que me ama mais do que já imaginou que poderia amar alguém ou foi só impressão minha? – perguntou ele, muito sério.
- Eu... eu disse... – respondeu ela, meio tremendo, com medo de haver dito alguma coisa errada.
Ele levantou-se da cama e foi até seu casaco, pendurado atrás da porta. Tirou algo do bolso, algo que ela não viu o que era.
Snape segurava algo em sua mão quando voltou à cama.
- Se você tem certeza do que disse... – começou ele, um pouco nervoso.
- Mais que absoluta – interrompeu Hermione.
Snape não pôde deixar de sorrir, e dessa vez foi um sorriso, não só um meio sorriso de deboche, como os de sempre. Aquilo fez Hermione relaxar. O que quer que ele fosse dizer, não era nada de ruim.
Ele pôs o que trazia na mão dela, segurando-a fechado, de modo a não deixá-la ver o que era. Soltou e olhou para ela, entre ansioso e constrangido.
Curiosa, ela olhou para o que tinha em mãos. Uma caixinha preta de veludo, muito pequena. Seu coração acelerou. Bem imaginava o que era aquilo. Abriu a caixinha e quase enfartou ao ver ali um anel de ouro com uma pequena peça de esmeralda entre duas de rubi. Ela sorriu para ele.
- Parece que será o casamento mais inusitado de todo o mundo bruxo... Um sonserino cabeça-dura e uma grifinória metida a sabe-tudo!
Snape sorriu mais abertamente e beijou-a, um beijo longo e apaixonado. Levantou-se e disse:
- Bom, esse vinho aqui poderia servir para duas coisas – ele fez uma pequena pausa e sorriu, antes de continuar – Ou para comemoramos um noivado ainda não anunciado... ou para afogar as mágoas...
Hermione gargalhou.
- Então estou honrada de servir de motivo à primeira opção – ela disse, sorrindo.
Ela pôs a camisa dele que estava no chão e ele pôs seu roupão e abriu o vinho, servindo as duas taças e entregando umas dela à sua noiva.
- Eu realmente amo você – ele disse, no ouvido dela, fazendo-a estremecer.
- Mas eu amo você mais do que você me ama – ela disse, sorrindo e bebendo um gole de seu vinho.




AH, PARA TODOS AQUELES QUE MANDARAM E-MAILS, AGRADEÇO MUITO, MESMO AOS QUE CRITICARAM. ESSA CENINHA MAIS QUENTE FOI SÓ PRA PROVAR QUE SOU CAPAZ DE ESCREVER UMA NC-17 ‘DE VERDADE’, COMO UM DOS E-MAILS ME DISSE TÃO GROSSAMENTE.
TÁ CERTO QUE ESTOU MORRENDO DE VERGONHA, SEM TER ONDE PÔR A MINHA CARA, MAS BELEZA, ISSO FAZ PARTE DOS OSSOS DO OFÍCIO.
ENTRETANTO, GOSTARIA DE DEIXAR BEM CLARO QUE CLASSIFICO A MAIOR PARTE DAS MINHAS FICS COMO NC NÃO PORQUE SEJA MEU ESTILO PREFERIDO, MAS PORQUE CREIO QUE NÃO É POSSÍVEL FALAR DE UMA RELAÇÃO ENTRE DOIS ADULTOS SEM FALAR DE SEXO (PRINCIPALEMENTE UMA GRACINHA COMO O SEVIE).
GOSTO DE INSINUAR, PORQUE DESCRIÇÕES PRECISAS DO QUE CADA UM FEZ E BLA BLA BLA NÃO FAZEM MUITO O MEU ESTILO DE NARRATIVA, MAS ATENDENDO AO GENTIL PEDIDO DE “SE VC SE PROPÕE A ESCREVER UMA NC, TEM Q FAZER DIREITO” , AQUI ESTÁ.

AH! AOS MEUS LEITORES DE VERDADE, ÀQUELES QUE MANDAM CRÍTICAS DE VERDADE, TIPO A KEKA, A CACAU ROSA, A VIVIAN, A VIVVI PRINCE, A FABIA AFFONSO, E TODOS OS LEITORES QUE ME MANDAM MENOS E-MAILS OU MESMO NÃO MANDAM, MAS QUE GOSTAM DE MIM DO JEITO QUE EU ESCREVO, LÁ VAI UMA QUESTÃO: PONHO O PONTO FINAL DAQUI MESMO OU AINDA FAÇO UM CAPÍTULO PRO BAILE DE FORMATURA E O ANÚNCIO DO NOIVADO???
ESPERO RESPOSTA, EM, LINDONAS E ALGUNS LINDÕES QUE PODEM ESTAR AQUI NO MEIO (Q SÃO POUCOS OS MENINOS QUE CURTEM FAN FIC).

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