Idiota



N/A: Essa é uma das minhas primeiras fics, eu gostaria de saber
o que vocês acham. A idéia me atraiu. A música chama-se "Stupid" da Sarah McLachlan e foi a partir desses versos que toda a história, ou pelo menos o esboço dela, me veio. A fic não está betada, me perdoem por qualquer erro gramatical (e eu sei que por mais que você releia a fic, sempre existe um erro que só os outros conseguem exergar). Espero que gostem. Dedico essa fic à minha irmã que no final das contas é a única pessoa que realmete me ajuda.
Maddy.

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Capítulo 1 - Idiota



Night lift up the shades
let in the brilliant light of morning
but steady there now
for I am weak and starving for mercy




- OK, o que você acha? - Perguntou a bebê que olhava para a mãe parecendo entender algo. - Vamos pra Londres.


Sleep has left me alone
To carry the weight of unravelling where we went wrong
It's all I can do to hang on
To keep me from falling
Iinto old familiar shoes




Estava infeliz. Incrivelmente infeliz.
E por algum motivo sua filha parecia tão infeliz quanto ela. Estranho... Será que uma mãe era capaz de passar a infelicidade ao seu filho? Não sabia. Como também não sabia o que era ser mãe. Sabia como ser irmã... Sabia como ser a tia legal... Sabia até mesmo ser uma boa amiga, mas não mãe.Nunca mãe.
Mas era isso que ela era agora. Mãe. Mãe de uma menina.

A filha de Harry Potter. Parece sonhador... Mas não era. Amanhã estaria entrando em uma igreja e casando-se com o pai de sua filha, porque era o que todos tinham como a coisa certa a fazer. Casar-se. Criar uma família com Harry Potter.



How stupid could I be?
A simpleton could see
That you're no good for me
But you're the only one I see



Mas não. Ela não queria. Estava infeliz dês do dia que descobriu sobre a gravidez (apesar de ter se apaixonado pela filha dês da primeira vez que a viu) e casar-se com alguém que não amava e não a amava faria dela um ser humano mais infeliz ainda.

Harry também não passava nenhum sinal de alegria profunda. Olhou a menina, ficou bobo ao pensar que aquela era a combinação dele com Gina Weasley.

Visitava-a às vezes na Toca. Falava com a nenê, demonstrava ser um pai atencioso. E quando estavam os três sentados na sala da Toca, Gina não conseguia ver a perfeita foto de uma família, e sim, um adolescente brincando com sua filha, não por amor, não por afeto, simplesmente por obrigação. Ele estava infeliz. Tão infeliz quanto ela e a nenê que nem nome tinha.


Love has made me a fool
It set me on fire and watched as I floundered
Unable to speak
Except to cry out and wait for your answer



Chorou a maior parte do tempo. Chorou por não conseguir ver todo o futuro que havia construído pra si mesma. A filha não se encaixava no futuro em sua cabeça. Então chorava, e quando sua filha chorava, chorava mais alto por simplesmente não saber o que fazer com um bebê chorando.


But you come around in your time
Speaking of fabulous places
Create an oasis
Dries up as soon as you're gone
You leave me here burning
In this desert without you



Jogava seus pertences em seu malão. Iria fugir. Iria fugir do casamento e da infelicidade. O pouco de dinheiro que tinha, serviria para leva-la até Londres. Iria morar em Londres. Sua cidade favorita em todo o mundo (não que conhecesse todo o mundo).
A pobre nenê sem nome mexia-se agitada na cama.


- Não chore... - Pediu Gina baixinho. - Não chore, por favor. Mamãe vai fazer algo que vai mudar nossas vidas, o que você acha?


Olhou a filha enquanto jogava seu último vestido preto na mala e começava a pegar as roupas de nenê da filha de jogar em cima das suas.


Não se formaria em Hogwarts. Não se formaria em Hogwarts porque resolveu dormir com Harry Potter em uma noite de verão. Acabara de terminar com toda a sua vida porque em uma estúpida noite quente de verão resolveu tomar água. E quem encontra na cozinha? Harry Potter. E quem começa a beija-la na sala de estar? Harry Potter. E de repente peças de pijama voavam.

Não foi romântico. Não foi nada como Gina achou que seria sua primeira vez, não havia música romântica ou rosas espalhadas em uma cama e não houve nenhuma declaração de amor (porque simplesmente não existia amor). E agora não se formaria em Hogwarts. Nem sequer entraria no último ano de Hogwarts. E se casasse amanhã, Harry não seria auror. Ela, privaria o mundo mágico de ter uma auror como Harry Potter.


- Eu também acho que vai ser bom. - Disse a filha. - Não vamos deixar papai infeliz, vamos? Não. Papai vai ser um grande auror e vai se casar com Cho Chang. Mas... Não se preocupe, ele vai nos visitar sempre. -

As lágrimas escorriam velozes por seu rosto.

Pegou o resto de seus pertences e jogou em uma mochila. Estava fazendo a coisa certa. Estava fugindo da infelicidade. Pegou um pedaço de papel e rabiscou um bilhete, um bilhete muito curto, mas que explicava exatamente porque ela estava fugindo. Largo-o em sua mesa de cabeceira.


Everything changes
Everything falls apart
Can't stop to feel myself losing control
But deep in my senses I know



Foi burra. Foi tola. E agora arcaria com as conseqüências, mas não seria infeliz.
Seria feliz. Teria uma boa vida.
Enrolou sua filha sonolenta em uma pequena manta.


- Nós vamos ter uma boa vida. Você vai ser inteligente nenê. - Abria a porta do quarto com cuidado tentando não largar nem a mala, nem a filha.
Desceu as escadas com cuidado.


- Vamos... Nós vamos ser felizes. Eu prometo. - Chegou a porta e deu uma última olhada naquela casa que guardava tantas boas lembranças. E saiu. Deixando uma vida inteira para trás. Mas deixando também a infelicidade.


How stupid could I be?


A simpleton could see
That you're no good for me
But you're the only one I see

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