O Seqüestro de Hermione

O Seqüestro de Hermione



_Vai Harry! Você consegue! Vamos amor! - ela sabia que isso o motivaria.
_Eu tô tentando! - respondeu. Ela segurou a mão dele tentando lhe passar forças. Ela percebeu ele se acalmar e tentou entrar na mente dele. Não conseguiu de primeira, tentou de novo e conseguiu. Saiu. Sorriu. - Ai, consegui! - sorriu pra ela.
_Que bom amo-- - ela não concluiu. Desmaiou.
_Mione! - Harry se assustou quando ela caiu pra frente dele. Um comensal chegou e a retirou dele. Aparatou antes que Harry pudesse fazer algo.


Todos os comensais aparataram junto. Harry gritou.
O quarteto parou. Tonks parou. Lupin parou. A sra. Weasley parou. Os aurores pararam. Todos que ainda estavam ali pararam. Dumbledore parou. Harry caiu pra trás. Gina e Isadora correram até ele. Tonks, Lupin, Dumbledore, Rony e Andrew também.
Murmurinhos eram ouvidos, mas ninguém entendia nada. Dumbledore falou algo, Gina e Isadora choravam já.
Dumbledore aparatou com Harry; Tonks e a sra. Weasley com o quarteto; Lupin e os aurores cuidaram do fim da festa e da segurança de todos.

Tonks trocou algumas palavras com Molly e aparatou em seguida. A matriarca Weasley seguiu pra cozinha e deixou os quatro quietos ali; os meninos as consolavam, embora eles também chorassem. Voltou rápido com quatro xícaras fumegantes.

_Bebam. - pediu. Com as mãos trêmulas cada um pegou uma. - Subam e se troquem. Vocês descansarão depois desse chá. - Assim que terminaram, obedeceram.


Dumbledore chegou com Harry desacordado em seus braços a um St. Mungus quieto e praticamente vazio. Um curandeiro que conversava com a recepcionista, se assustou com a chegada deles e prontamente os ajudou. Puxou uma maca e Dumbledore colocou Harry ali. Seguiu. Dumbledore foi falar com a recepcionista. Tonks e Lupin chegaram juntos.

_O curandeiro acabou de levá-lo. - os dois assentiram e sentaram ao lado dele. - E os outros?
_Molly a essa hora já deve ter dado um chá calmante pra eles.
_Todos já estão seguros e o Salão está sendo investigado. - Lupin explicou.
_Certo.

Quase uma hora depois, o medi-bruxo saiu.

_Dumbledore! - ele disse estendeu a mão.
_Marco! - respondeu a aceitando. Abraçaram-se brevemente. - E Harry?
_Está bem. Desmaiou por emoção e uma descarga muito forte de poder. É só esperar ele acordar e ele já pode ir. Está no quarto 103.
_Ótimo. Obrigado Marco!
_Por nada Dumbledore! E veja se não some!
_Igual! - com um breve aceno o medi-bruxo voltou por aonde veio e Dumbledore se voltou pra o casal sentado. - Tonks, se importa de ficar aqui e esperar o Harry acordar?
_Não não.
_Ótimo, Lupin vem comigo. Vamos voltar ao salão e começar as buscas por Hermione. - despediram-se e aparataram. Tonks seguiu pro quarto.


Elas concordaram tarde. Tomaram banho, trocaram-se e desceram. Eles não tinham acordado ainda. Gina viu um bilhete em cima da mesinha do telefone.

"Crianças,
Saí com Arthur para ter noticias e ajudar nas buscas por Hermione. Quando Harry tiver alta do hospital ele irá para aí. Por favor, cuidem para que ele fique aí! Tem comida no fogão.
Cuidado!
Sra. Wealey."


_Mamãe saiu com papai atrás de noticias. - Gina avisou a Isadora.
_Certo. E o que a gente faz?
_Vamos ver o que tem nessa tevelisão.
_Televisão.
_Esse bicho aí! - Isadora riu. Sentaram no sofá e a ligaram.

_BU! - Rony e Andrew gritaram. Elas deram um berro e um pulo do sofá. Eles caíram na risada.
_Seus...! - pularam o sofá e correram escadas acima atrás dele. Os alcançaram a porta do quarto. Cada um ganhou um belo tapa.


Harry abriu os olhos vagarosamente. Já estava bem claro quando acordou, mas o quarto estava escuro devido às cortinas fechadas. Tonks estava no banheiro lavando o rosto, acabou cochilando.

_Oh Harry! Que bom que acordou! Como se sente?
_Bem. Um pouco fraco, mas bem.
_É por causa do desmaio, que se de deu devido a sua emoção e uma descarga de poder. Harry, antes de irmos eu quero conversar com você.
_Ok. - ele sentou um pouco e Tonks puxou a cadeira para o lado dele.
_Eu sei que Hermione é importante pra você, não sei o quanto, mas sei que é. E eu quero que me prometa que ficará quieto.
_Eu não posso! Ela só foi seqüestrada por minha causa! Porque é importante pra mim e porque tava me ajudando! Eu não posso Tonks.
_Harry, você tem que entender que agora é melhor você ficar quieto! Que você queira ajudar eu entendo, mas você não pode sair por aí! É isso que Voldemort quer que você faça! Que saia por aí feito um louco! Pense na Hermione! Ajude ficando em casa, participando das reuniões, tentando falar com ela! Menos saindo atrás dela Harry. - ele ficou calado. - Pense nisso. Você em casa seguro, com certeza vai tranqüilizar a Mione onde ela esteja!
_Ao mesmo tempo em que eu a tranqüilizo, deixo Voldemort irritado! Isso me preocupa! Ele pode descontar nela de alguma forma!
_Isso é verdade, mas ainda assim não vejo outra saída segura.
_Eu vou tentar. Mas eu tenho que ajudar de alguma forma!
_Pode deixar! - sorriu. - Vamos?
_Deixa eu só ir ao banheiro! - ele pediu e desceu da cama.


_Cadê a mamãe? - Rony perguntou enquanto desciam.
_Saiu com o papai atrás de informações sobre a Mione.
_E o Harry? - Andrew perguntou.
_Assim que receber alta vem-- - ela parou ao ver a porta sendo aberta. Tonks e Harry entravam.
_Harry! - os quatro disseram juntos.
_E aí galera?! - falou.
_Como você tá? - Isadora perguntou.
_Bem. Eu só desmaiei por causa da emoção e de uma descarga de poder.
_Ai que alívio cara! - Rony falou.
_Eu vou indo quinteto. - ela parou. Era estranho não falar "sexteto". - A noite eu volto. Tem comida na cozinha. E Harry, lembre-se do que conversamos! Até a noite!
_Tchau!
_Até!

_Eu tô com fome povo! - Rony reclamou.
_Novidade! - responderam juntos.
_Anda, vamos almoçar! Eu também tô! - Isadora chamou.
_Vocês podiam me explicar o que aconteceu? - Harry pediu.
_Você não lembra de nada? - Gina perguntou.
_Só algumas coisas.
_Senta aí que a gente te conta! - a ruiva falou sentando.



Abriu os olhos com dificuldade. Não por claridade, mas porque sua cabeça doía. Quando tudo entrou em foco, olhou ao redor. Aquele lugar lhe era familiar de algum jeito. E percebeu, estava trancada numa cela. Respirou fundo e espirrou. Fez uma careta. O lugar fedia a mofo.

_Oh! Vejo que acordou minha cara convidada! - uma voz fria soou. Hermione sentiu o corpo arrepiar. - Boa noite! - ela permaneceu calada. - Ora, ora, ora Hermione! Uma menina tão bonita, mas tão mal educada! Não vá me dizer que seus papaizinhos Jane e Orlando não lhe deram educação?
_Não fale dos meus pais! - mandou. Sentiu sua cabeça latejar.
_Oh! Que bom que o gato não comeu sua língua! E cuidado com os movimentos bruscos! O feitiço tem efeitos colaterais até 24 h depois. - fez um sorriso no meio de uma careta e permaneceu calada. Ele a puxou apenas movimentando a mão. Tocou em seu rosto.
_Me solte!
_Você é tão linda. - comentou. - Cheirosa! - disse depois de aspirar rapidamente.
_Me solte! - mandou de novo. Uma luz dourada começou a brilhar levemente nela.
_É, o Potter tem bom gosto! - assumiu vagamente. Ignorava-a completamente.
_ME SOLTA! - ele pareceu despertar. A empurrou e ela bateu no fundo da cela. Soltou um gemido. A luz se apagou. A puxou de volta.
_Me diga! - ordenou com a voz bem fria. - Qual o segredinho de vocês?
_Segredinho? - fingiu-se de desentendida. Sabia do que ele falava.
_É Granger! Segredo! Qual o segredo do sucesso de vocês! Porque alguma coisa vocês tem para poder estarem tão bem! - reclamou impaciente.
_Você não acredita que a gente tenha melhorado não é? Afinal, seis crianças tolas não podem ser melhor que o "Lord das Trevas". - debochou.
_Nunca-deboche-de-mim! - falou com ela bem presa a grade. Largou-a. Chocou-se de novo, mas dessa vez não doeu. - Como castigo, ficará sem comer! - sorriu. - E acho bom que comece a "lembrar" do segredinho de vocês! Ou você não estará em bons lençóis! - ela permaneceu calada. - E respondendo sua pergunta, não acredito que tenham melhorado apenas. Aí tem coisa, e eu vou descobrir! - Ele riu e saiu.
_Anda Harry! Acha-me logo! - sussurrou se encolhendo. Um comensal desceu, a olhou e subiu. Ela tremeu.



Harry sentou no jardim da casa. Os outros estavam dentro da mesma. Suspirou.

Cadê você? Cadê você Mione?!

Esmurrou o chão e se deixou chorar.

Pouco tempo depois, Dumbledore, Tonks, Lupin, Moody, sr. e sra. Weasley chegaram. Gina saiu correndo atrás de Harry. Entraram. Ele ganhou um abraço apertado da sra. Weasley.

_Sentem. - pediu Dumbledore. - Infelizmente não descobrimos nada. - Harry se afundou no sofá. - Se eu não me engano vocês querem ajudar certo? A partir de hoje, terá reuniões aqui toda noite para juntarmos as pistas e tirarmos conclusões. E eu quero a presença de vocês! Ajudando a deduzir, interpretar, chamar atenção para detalhes de todas as pistas que conseguirmos. Topam?
_Com certeza! - Andrew respondeu e obteve o apoio geral.
_Ótimo, então se preparem. Em trinta minutos daremos início a primeira reunião. Harry, posso falar com você? - o garoto levantou e foi até Dumbledore.
_Pois não.
_Tonks me falou sobre a conversa de vocês, fico muito tranqüilo em saber que não sairá daqui. Mas eu não espero contar com você apenas por isso.
_Não?
_Não. Eu quero que você tente se comunicar com ela. Toda madrugada, depois da meia-noite, eu quero que você tente por meia hora se comunicar com ela. É um horário que eu julgo que Tom não estará com ela e ela poderá conseguir se comunicar com você também. Só não passe disso! Pode ser que acabe liberando sua mente e Tom entre. Você tem que viver com a mente fechada.
_Pode deixar!
_E lembre-se Harry: você é mais forte do que ele porque você tem amor! Nunca esqueça disso! - o garoto assentiu. Dumbledore foi falar com Tonks.


_As pistas não são muitas, mas ajudam bastante! - disse Quim.
_Então compartilhe. - pediu outro auror. O quinteto estava na ponta da mesa, perto de Dumbledore e Tonks.
_Alguém do Ministério deu plenas informações e ajudou os comensais a se esconderem na pequena floresta ali perto.
_E já se sabe quem foi? - perguntou Lupin, embora já desconfiasse.
_Sim. Kristofer Jacob Clark Fudge, neto do Ministro da Magia. - todos, exceto Dumbledore, quinteto, Tonks e Lupin se chocaram. Dumbledore olhou para Tonks.
_Há tempos que a Ordem da Fênix vem investigando o sr. Fudge. Numa festa realizada há alguns meses atrás, tivemos mais motivos para duvidar de sua integridade. Na ocasião, ele distribuiu bebidas alteradas e por sorte, não tivemos informações importantes vazadas.
_E o que faremos com ele? - perguntou uma aurora.
_Por hora, o vigiaremos. Precisamos saber como ele se comunica com Voldemort para depois agirmos. - Tonks respondeu séria.
_Mais alguma coisa? - Dumbledore perguntou. Um auror ergueu a mão e começou a falar.

Harry começou a sentir uma dor de cabeça. Sensações de medo, angustia, agonia e ansiedade começaram a invadir-lhe. Começou a suar frio e a tremer. Sentiu uma pontada e uma voz soou longe. Desmaiou.



Hermione aproveitou que estava sozinha para se concertar em Harry. Tentou duas vezes, mas de nada adiantou. Suspirou e tentou se acalmar. Ouviu a risada de Voldemort e um grito. O nervosismo a invadiu. Tentou mais uma vez e teve a impressão de ter conseguido.

Harry? Harry fala comigo! Harry?

Sentiu uma forte pontada na cabeça, uma angustia maior e desmaiou.



Segunda, 24 de dezembro.

Harry acordou angustiado. Olhou o relógio, 05h30minh. Tomou um banho e desceu sem fazer zoada, Rony e Andrew ainda dormiam. Nem a sra. Weasley acordara! Deitou no sofá. Acabou cochilando.

Acordou quando uma panela caiu.

_Droga! - ouviu a sra. Weasley reclamar. Sorriu dela. Levantou e saiu. Deitou-se na neve.


_Bom dia!
_Bom dia mãe! - Isadora e Gina desejaram.
_Bom dia, mas falem baixo! O Harry tá na sala!
_Na sala? Não tem ninguém na sala!
_Como? - ela saiu. A sala estava vazia.
_Mãe! - Gina chamou baixinho. - Ele tá lá fora. Assim que os meninos descerem, manda-os saírem.
_Tá!
_Vem Isa. - as duas saíram e deitaram do lado dele.

Ele sorriu um pouco.
Ampliou quando os meninos chegaram.

_Brigado galera. - disse após um tempo.
_Precisando... - os meninos iniciaram.
_É só gritar! - elas completaram. A sra. Weasley, que observava da porta, sorriu.
_Vamos almoçar? - ela perguntou.
_Claro! - Rony respondeu.
_Eu quero trocar duas palavrinhas com Harry, vão entrando. - ela pediu. - Como você tá?
_Indo.
_Harry, eu imagino como você deve estar se sentindo impotente em ter que ficar aqui dentro esperando, mas eu quero te explicar uma coisa. Pelo que eu entendi desse poder de vocês, que eu estou muito honrada de ter tido dois filhos com ele - Harry sorriu do tom que ela usou. -, a maior ligação é entre você e a Hermione. E, se eu entendi certo, vocês conseguem transferir sentimentos, certo?
_Certo.
_Bom, então me diz como acha que a Hermione está se sentindo se ela, além de ter que sentir o que está sentido, ela sente o que você também sente? Apesar de ser pros dois, pra ela é bem pior já que ela está lá. E, se você ficar muito pra baixo, sem comer, sem fazer nada, como vai senti-la se comunicar com você? - ele ficou calado. - O que eu quero que você entenda é que quanto mais pra baixo você ficar, menos chance de conseguir senti-la você vai ter. E você bem pode transferir energias boas pra ela, o que pode tranqüilizá-la um pouco. Entendeu?
_Entendi.
_E não pense que por ela sentir você bem, ela ficará preocupada achando que você não tá nem aí pra ela, porque ela sabe que não é verdade! Hermione é inteligente, vai saber ligar os fatos. Por mais que Você-Sabe-Quem a incomode. - o garoto sorriu. Abraçou a mulher.
_Brigado sra. Weasley.



_Boa tarde Hermione! Aviso logo que não estou de bom humor hoje, então é bom colaborar! - ela permaneceu calada. - Qual o segredo de vocês? - nada. - Vou perguntar de novo. Qual o segredo de vocês? - nada. - Crucio! - ela gritou. Ele sorriu. - Vai falar?
_Não! - saiu como um sussurro.
_Você quem sabe! Crucio! - ela gritou de novo. Novamente aquela luz dourada voltou a brilhar. - Qual o segredo? - não obteve resposta nenhuma dela. - Crucio!

Mas dessa vez não ouve grito! Até Hermione estranhou! E dessa vez, ela sentiu um calorzinho bom e viu algo dourado brilhando.

Não pôde esconder um sorriso.

Harry!, pensou.



Harry sentiu um calorzinho bom o invadir. Sorriu sentindo-se leve.
Os outros estranharam ele sorrir assim no meio do almoço. O chamaram mais de uma vez, mas de nada adiantava. De repente tudo sumiu.

_Harry?
_Eu! - respondeu assustado.
_Cara, você tá bem? - Rony perguntou.
_Sinceramente? Não sei! - levantou e foi pra sala.
_Como assim? - Isadora perguntou indo atrás dele junto com os outros.
_Eu estava bem sabe?! Daí de repente eu me senti leve, um calor bom me invadiu sabe?! E depois tudo passou. Eu acho que tem haver com a Mione.
_Cara, essa sua ligação é muito estranha! - Andrew falou.
_Hoje, o professor Vincent vai ter que nos contar tudo sobre esse poder!



Voldemort suspendeu o feitiço. Assustou-se. Aquilo estava estranho demais. Saiu dali assustado. Ao chegar ao andar superior do lugar, puxou o primeiro comensal que tinha ali perto. Tocou a marca negra dele com a varinha e aparatou.

No andar de baixo, Hermione acabou cochilando.


_Pois não mestre? - um comensal falou assim que aparatou ali na casa. Voldemort estava sentado em sua cadeira. Era a mesma sala de reuniões de sempre.
_Precisa de algo? - outro comensal falou.
_Sim. Eu necessito que descubram algo! E rápido! - falou grosso.
_Algo sobre o quê mestre?
_Ora Lucius! Sobre como se faz mal a uma pessoa! - respondeu irônico. - Algo sobre o poder que esses moleques tem! Aconteceu uma coisa muito estranha hoje com a Granger, e eu preciso saber o quê!
_Desculpe a demora mestre! - falou um comensal atrasado. - Lord, eu preciso de ajuda!
_Não me diga que me arranjou um problema Kris! O que foi?
_Descobriram sobre mim! É claro que meu avô não acredita, mas muitos aurores já sabem! Entraram agora no Ministério dispostos a me pegarem, mas eu fugi antes. Ainda consegui ouvir um deles dizendo que eu embebedei o Potter numa festa. E--
_Ou seja, DESCOBRIRAM TUDO! - Voldemort gritou enfurecido. - Não sei como eu confiei em você Fudge! Um covarde é o que você é! Sabe porque? Porque você fugiu! Logo se entregou! Idiota! - lançou um feitiço nele que gritou. Lucius deu um sorrisinho por baixo da máscara. - Não sorria Lucius! Trate é de dar um jeito no seu filho!
_Sim senhor, mestre. Desculpe.
_Avada Kedavra! - Kristofer parou de gritar e de se contorcer. - Livrem-se dele!



Hermione acordou assustada. Pela pouca percepção que tinha, notou que já era noite. Seu estômago doeu. Gemeu em reclamação.

_Cadê você Harry?! - se perguntou.

Logo em seguida podia jurar que estava comendo, visto que sentia toda a sua fome passar. Só podia ser o poder e ela sabia disso.

_Se Harry e eu temos uma ligação mental e espiritual, porque não podemos ter também corporal? Afinal, eu o sinto triste ou alegre também. - sorriu. - Eu amo você, Harry Potter! - segundo depois riu. - Com certeza eu sou a única seqüestrada que sorri e ainda se declara!

Começou a reunir suas forças, iria precisar delas.


_Mestre! - o comensal vigia falou empolgado assim que Voldemort aparatou. - Eu ouvi umas coisas da Granger.
_O quê?
_Ela disse que se ela e outra pessoa têm uma ligação mental e espiritual, porque não poderiam ter uma ligação corporal também? Aí ela ficou feliz disse mais alguma coisa que eu não compreendi graças a esse idiota que espirrou bem na hora e, resumindo, se chamou de louca. - Voldemort expressou o que se pode chamar de sorriso.
_Ligação mental, espiritual e corporal é?! - disse baixo para si mesmo. Virou-se pro comensal. - Muito bem! Continue assim e terá futuro! Quanto ao outro, pode castigá-lo por uma hora! - desceu. - Hermione, minha cara! - Hermione fechou a cara.

Tinha que ser agora?!, pensou.

_Mesmo seu namoradinho não aparecendo ainda, você me foi muito útil! - piscou um olho. - Boa noite! - lançou um feitiço e ela caiu dormindo pra trás. Sorriu.



A reunião daquela noite foi sem grandes descobertas. A única extra foi a visita ao Ministério e a fuga de Kristofer.
Harry tentou a noite se comunicar com Hermione, mas de nada adiantou.


Terça-feira, 25 de dezembro.

O dia foi mais eletrizante. Voldemort atacou um vilarejo trouxa ao sul de Cambridge! E lá, largou o corpo de Kris. Durante o dia as únicas informações que o quinteto tinha eram as que passavam no noticiário trouxa. À noite Dumbledore forneceu todas as informações que tinha a todos na reunião. Tudo o que foi atacado hoje, antes e eles não sabiam, quantos tinham falecido... tudo. Analisaram o porquê do lugar do ataque de hoje e o possível motivo do corpo de Kris estar lá, tão longe de Londres.

Harry começou a sentir-se estranho depois da reunião. Estava nervoso e ansioso.

_Eu não posso falar nada ainda! – Vincent explicou. – Eu não posso explicar uma coisa que nem eu mesmo entendo! Me desculpem.

A porta da casa foi aberta com violência. Um dos rapazes da reunião entrou afobado.

_Acabamos de capturar um comensal! – disse depressa. – Minha equipe está trazendo-o para cá. – respirou.
_Ora mais que boa notícia! - um senhor disse feliz. Harry não pôde negar um sorriso.
_Não nos precipitemos senhores! – Dumbledore pediu. – Quinteto, desculpem. Mas vocês não vão poder participar da reunião. E essa decisão é irrevogável. – Harry ficou indignado. Olhou feio para Dumbledore e saiu da casa em direção aos jardins.

_Igual o pai! – a sra. Weasley falou.
_Só tirando os olhos! – Tonks falou em apoio.
_Eu vou falar com ele! – Rony disse – Esperem aqui, por favor. - saiu.


Harry atravessou metade do jardim em três passos. Estava indignado. Como Dumbledore podia fazer aquilo?
Sentiu algo estranho. Mexeu a cabeça. Concentrou-se e fechou sua mente. Não ouvia mais nada dali. Estanhou. Ouviu uma voz de longe. Conhecia aquela voz!

_Harry? – Rony chamou saindo. O viu mais a frente.

Harry?, ouviu-a chamar de longe.

Vamos amor tente! Você consegue! Vamos Mione não desiste, você consegue!

Harry pensou com toda força e concentração que tinha. Rony se aproximou para chamá-lo.

_Mione? – falou em tom alto.
_Não Harry, sou eu, Rony. - o ruivo respondeu sem entender.

Harry! – ele a ouvia perfeitamente bem agora. Sorriu.
"Mi! Que bom que conseguimos! Me diz, onde você tá?" - eles fez um sinal pra Rony que ficou parado sem entender.
"Não sei onde é ao certo! Mas acho esse lugar familiar."
"Descreve pra mim!"
"É grande, escuro, fede a mofo, tem umas caixas, mas eu não consigo chegar perto de nenhuma. É tipo um porão, porque tem uma escada aqui."
“Espera!”


_Rony, o que foi atacado nesses últimos dias? – Harry pediu visivelmente mais feliz.
_Ãnh?
_Me responde apenas!
_Aaah, vejamos: o Empório das Corujas no Beco Diagonal, a loja de varinhas, a sorveteria, algumas lojas da Travessa do Tranco, outras de Hogsmead, a Dedosdemel, a Zonkos--
_É isso! Espera!



Voldemort chegou ao local.

_Ela acordou?
_Sim senhor mestre. – respondeu o comensal dedo-duro. Voldemort desceu.



"Mione?"
"Eu! Fala rápido!"
"Eu acho que já sei onde você tá!"
"Sério?! Harry espera e tenta escutar o que ele vai me dizer!"
"Tá."


_E aí garota? - Voldemort perguntou frio a puxando para mias perto da grade. - Já lembrou do segredinho? - a luz dourada começou a brilhar de novo.
_Não sei mesmo do que você tá falando. – respondeu visivelmente mais calma e de boa vontade. Ele estranhou.
_Muito engraçadinha, você. Pois acho bom lembrar logo! Mais alguns dias sem comer nem beber e você já era! - falou se afastando. Apesar de tudo, ele não notou nada. Subiu. - Cuidem para que nada venha aqui! Eu vou sair e só devo voltar pela manhã!
_Sim senhor! - ela ouviu as ordens dele e a resposta. A porta foi totalmente fechada.

"Harry? E aí? Ouviu?"
"Ouvi! Eu acho que você tá na Dedosdemel! Você tem como puxar uma das caixas?"
"Deixa eu tentar!"


E foi o que ela fez. Conseguiu arrastar uma pequena.

"É isso! Eu tô na Dedosdemel! Vem me salvar Harry!"
"Eu vou! Espera-me aí!"
"Tá!"
"Ah! Mione!"
"Eu!"
"Quantos comensais tem aí?"
"Eu creio que dois ou três. Mas não é certo!"
"Tá! Me espera!"


_Rony, eu descobri onde a Mione tá! Vai comigo?
_Como assim? Era realmente ela? Harry você tem certeza?
_Absoluta! Dumbledore tentou penetrar minha mente e não conseguiu. Quando ela tá bem fechada, só a Mione consegue por causa do poder. Eu ouvi através dela que Voldemort vai sair só vai voltar de manhã, ou seja, barra limpa!
_Então vamos avisar aos outros!
_Não! Eles podem demorar ou sem querer atrapalhar! Eu vou só se você não for comigo agora!
_É claro que eu vou! Como nos velhos tempos! Só o trio! - sorriu, o amigo retribuiu. - Como vamos?
_Nossas formas animagas devem servir para algo! - o ruivo sorriu. Transformaram-se e subiram cortando o céu escuro e frio de Londres. Seguiram pro Norte.







N/A: E aí?! O que acharam do seqüestro dela???
Digam aí!

Brigadaa pelas visitas contantes aos que leêm e comentam e aos que não comentam também!
Até a próximaaa ;]

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