A Volta de Harry Potter



Bom, devido os problemas que aconteceram na floreios nos últimos dias estou postando o cap novamente. Mas não vou escrever tudo que havia escrito da outra vez, mesmo por que não me lembro de tudo. É passado e é lá que deve ficar. Só vou agradecer novamente por todos os comentários, quer sejam críticas ou elogios. E garantir que vou sim, continuar escrevendo, e buscando me aprimorar cada vez mais.


A música inserida no início deste cap chama-se O Nosso Amor, da banda Catedral. Depois eu volto, agora vamos ao cap.




Capítulo 13 – A Volta de Harry Potter




Eu Não Sei Bem O Que Vou Dizer
Mais Mesmo Assim Não Sei
Falo O Que Eu Quero
Eu Nem Sei O Que Devo Fazer
Mais Mesmo Assim Faz O que Eu Gosto




Gina soltou sua mão da de Harry, cobrindo a boca, tentando em vão segurar um acesso de choro. Choro de pura alegria. Com a outra, começou a acariciar delicadamente o rosto de seu amado. Harry, ao sentir o suave toque das mãos tremulas de Gina em seu rosto, sobrepôs a sua própria à dela, correspondendo ao toque. Com a mão livre, começou a secar as lágrimas que escorriam pela face de sua ruiva.




Nossas Pegadas No Chão, Um Coração






- Harry? – Perguntou ela, depois de um tempo.
- Por inteiro. – Respondeu ele, seus olhos também marejando.
- Mas... Como? O que aconteceu? – Perguntou ela, tentando se controlar.
- Depois. – Disse ele, escorregando seu dedo, que passeava pelo rosto dela até sua boca, selando-a delicadamente – Agora, eu tenho duas coisas pra te dizer. Desculpe-me e obrigado.
- Por quê? – Gina retorquiu, curiosa.
- Desculpe por tê-la feito sofrer todo este tempo. Não posso nem imaginar o quanto foi, mas sei que foi muito mais que qualquer um poderia suportar. E obrigado por nunca ter desistido de mim. Mesmo quando eu retornei sem memória e a ignorei, em nenhum momento você saiu de perto de mim. Continuou a minha companheira para todos os momentos. E é por isso e muito mais que eu te amo, Gina Weasley.
- De todas as coisas que eu podia imaginar ouvir neste momento, definitivamente não esperava ouvir nada disso. – Disse ela, sorrindo encabulada – Só o “Eu te amo” já estava de bom tamanho.
- Tem só mais uma coisa. – Completou ele, aconchegando-a mais em seu colo e trazendo-a para bem próximo de si – Eu sou um homem de palavra. Mas estava disposto a quebrar um juramento hoje. Se eu não tivesse conseguido recuperar a memória, mesmo assim eu tinha que te beijar hoje. Agora então, se eu não fizer isso eu acho que morro.
- Então somos dois. – Foi o máximo que Gina conseguiu dizer, de tão nervosa.







Te Amar É Mais Que Um Prazer
Como É Bom Precisar De Você
Eu Não Vou Deixar Morrer O Nosso Amor






Agora, ambos tremiam. Harry foi se aproximando lentamente, acariciando o rosto de Gina com a ponta de seus dedos, causando-lhe arrepios. Ela fechou os olhos, esperando por aquele momento a tanto sonhado, mas Harry parecia não estar com pressa. Quando seus lábios chegaram a milímetros de distância daquela boca vermelha, sedenta, ele parou e começou a deslizar pelo rosto amado, beijando-o levemente. Começou pela ponta do nariz, depois deu vários beijos leves ao longo de sua face direita. Parou por alguns instantes em seus olhos, num beijo mais demorado, arrancando-lhe um longo suspiro. Em seguida, beijou-lhe a testa, descendo pelo lado esquerdo de sua face, até seu queixo. Ali, sem parar de beijar, ele sorriu e então, começou a mordiscá-lo. Gina sorriu, prazerosamente, não resistiu mais e, com as duas mãos, puxou sua cabeça, trazendo-lhe a boca em direção à sua. O encontro foi delicado, sôfrego. Ambos se entregaram de corpo e alma ao momento, tão mágico e esperado. Suas gargantas estavam ressecadas devido ao nervosismo, mas eles precisavam daquele beijo mais do que qualquer coisa. Ali, agora, não precisavam de nenhum alimento, nem água, nem mesmo de respirar. Os lábios se tocaram, quentes, úmidos, trêmulos. As línguas se encontraram, sorvendo a essência do momento. Abraçaram-se ainda mais forte, seus corpos colaram-se, não se sabia onde um começava e o outro terminava. Era um momento único, coroando o amor de duas pessoas, duas almas gêmeas. Continuaram assim por algum tempo, não sabiam precisar quanto, pois parecia que o mundo havia parado, o tempo não significava mais nada para eles.






Te Amar É Maior Que Querer
É Viver, É Sonhar, Entender
Eu Não Vou Deixar Morrer O Nosso Amor
O Nosso Amor







Até que ouviram um som ao fundo, trazendo-os lentamente de volta, deixando-os conscientes de que havia mais alguém com eles naquele local. Era o som de uma risada contida de criança.






- Vocês esqueceram que tem criança presente, é? – Finalmente perguntou Lucy, ainda tentando segurar uma risada, porém sem sucesso.






Eles se separaram, os lábios ainda mais vermelhos e agora, inchados. Encostaram as cabeças, ainda bem próximos, sorrindo, olhos ainda brilhando intensamente de paixão e desejo e disseram, em uníssono.



- Esquecemos da Lucy!






E gargalharam prazerosamente, acompanhados pela menina. Mas o clima durou pouco, pois Harry finalmente se levantou, trazendo Gina pela mão.





- Não podemos ficar aqui. Bella pode voltar com reforços, precisamos ir embora. Mas antes...





Ele retomou o caminho até os túmulos dos pais, trazendo sua amada consigo. Parou ao lado, acariciando o mármore branco das lápides, e falou.






- Oi pai! Mãe! Lamento não ter vindo aqui, vocês sabem que não pude. Tenho certeza que tem dedo de vocês no que aconteceu aqui hoje e por isso eu agradeço. Lembram-se que eu queria apresentar uma pessoa a vocês da última vez? É esta aqui. Sr e Srª Potter, quero que conheçam Gina Weasley, a mulher que eu amo, com quem pretendo dividir minha vida e espero, futura mãe de seus netos.
- Olá sr e srª Potter. – Disse Gina, colocando-se ao lado de Harry e sobrepondo sua mão à dele, sobre a lápide de Lílian Potter – É muito bom estar aqui. Gostaria que estivessem aqui conosco. Ah! E me desculpem por ter sido tão infantil e não ter vindo antes.







Um vento leve soprou pelas alamedas vazias, atingindo a enorme árvore sobre o túmulo dos Potter e derrubando uma única flor, recém desabrochada, que caiu graciosamente até pousar sobre as mãos do casal. Gina a pegou, sorvendo seu delicioso perfume. Harry pegou-a, também cheirando e depois a prendeu nos cabelos de Gina, dizendo:







- Acho que podemos interpretar isso como uma benção.





Beijou novamente a amada, levemente. Despediu-se dos pais em silêncio e então partiram do cemitério.





Aparataram nos jardins da Toca, onde Gina mais uma vez o abraçou. Nunca estivera tão feliz na vida.






- Não vejo a hora de contarmos a todos. – Disse ela, ao seu ouvido.
- Contar o quê? – Perguntou uma curiosa Lucy, ao lado deles.
- Depois a Gina te explica, bruxinha. – Disse Harry, afagando os cabelos da menina – O que acha de fazermos uma surpresa pra eles?
- Ótima idéia. – Concordou a ruiva, seu sangue Weasley fervendo nas veias. Afinal, não era à toa que ela era irmã de Fred e Jorge.








Entraram casa à dentro, chegando até a porta da cozinha, onde Molly Weasley estava na sua rotina de sempre, correndo pela cozinha, movimentando a varinha freneticamente, preparando o almoço. O casal parou na porta, de mãos dadas, olhando para ela, até que Harry se adiantou e disse, no tom mais sério que conseguiu.






- Srª Weasley, voltamos.
- Que bom Harry. Vocês devem estar famintos. Daqui a pouco o almoço estará pronto, podem ir se lavar. – Disse a simpática senhora, sem desviar a atenção do que estava fazendo.
- Srª Weasley, será que eu poderia lhe pedir uma coisa? – Perguntou Harry, se aproximando um pouco mais dela.
- Claro querido. O que você quiser. – Respondeu ela prontamente, ainda mexendo um ensopado que fervia no fogão.
- Será que a srª poderia me dar um abraço de mãe, daqueles que a senhora me dava desde que eu tinha onze anos?





Nunca se viu a cozinha da Toca tão quieta. Mas o silêncio durou pouco, pois Molly acabou derrubando uma pilha de pratos ao se virar, bruscamente.






- O quê? – Perguntou ela, olhando para Harry, que estava parado no meio de sua cozinha, um enorme sorriso no rosto e os braços abertos – Por Merlin! Por Merlin, Você lembrou. Você lembrou!






Molly correu e abraçou o rapaz, realmente um forte abraço. Era o mesmo abraço caloroso de outrora, mas agora havia uma diferença. Harry não mais se afundava em seu colo, a ponto de sufocar. Ele agora deitava sua cabeça no ombro da mulher, que chorava convulsivamente. Atrás deles, Gina assistia a cena também chorando e sorrindo ao mesmo tempo, até que sua mãe a puxou para o abraço, dizendo.




- Ah! Meus filhos, meus queridos filhos. Até que enfim, agora vocês vão poder ser felizes, eu sei disso. – E beijava os dois onde conseguisse alcançar, até que Gina conseguiu se livrar.
- Mãezinha, calma. Assim você sufoca a gente, solta! Não fica nervosa, vai acabar passando mal. – Disse a jovem, enxugando as lágrimas que escorriam do rosto de sua mãe.
- Tudo bem, tudo bem. Já estou calma. Mas como aconteceu? – Perguntou Molly.
- Foram os Dementadores. – Começou Harry, enquanto ajudava a mãe de sua Gina a sentar-se – Não sei bem ao certo, mas acho que foi o seguinte. Quando os Dementadores me atacaram e tentaram sugar minhas lembranças, acabaram indo fundo demais, liberando as lembranças que estavam escondidas.
- Dementadores? Vocês foram atacados por Dementadores? – Assustou-se a senhora – Estão bem? Machucaram-se?
- Sim, fomos atacados. Não mãe, não nos machucamos e sim, estamos bem. Bem demais. – Respondeu Gina abraçando Harry.
- Bom, isso merece uma bela festa. Vamos almoçar e depois preciso começar a preparar tudo pra uma festa hoje à noite. E vocês é que vão convidar as pessoas, então é melhor deixar para namorar outra hora. – Sentenciou Molly.






Almoçaram rapidamente (depois de Gina consertar os pratos com um feitiço “Reparo!”). Durante o almoço, Harry detalhou o que acontecera no cemitério enquanto Gina permanecera desacordada. Lucy, que acompanhava tudo de sua cadeira, perguntou curiosa.





- Quer dizer que o Harry estava doente?
- Mais ou menos amor. – Respondeu Gina – Não era como se estivesse gripado, por exemplo. Mas ele não se lembrava do passado, de sua infância e coisas desse tipo.
- E agora que ele sarou, será que vai se esquecer de mim? – Perguntou ela chorosa, olhando para Harry.
- Nunca baixinha! – Respondeu ele, sorrindo – Eu só me lembrei de tudo o que eu tinha esquecido, não me esqueci de nada do que vivi ultimamente. Não tem perigo de te esquecer. E quer saber? Você vai gostar ainda mais do novo Harry. Não sei como vocês me suportavam, eu estava um verdadeiro porre!




Terminado o almoço, Molly enviou uma coruja para Arthur, avisando sobre a novidade. Quando retornou à sala, Harry e Gina já estavam prontos para partir, então Harry bateu nos bolsos, como se estivesse procurando algo. Gina percebeu e perguntou:






- O que foi amor? Está procurando algo?
- Estou sentindo falta de alguma coisa. – Disse ele, franzindo a testa – Ah! Já sei. Minha varinha. Você pode pegá-la pra mim?
- Claro. Mas você não precisa mais dela para fazer feitiços Harry. – Disse ela.
- Eu sei que não. Mas a minha varinha faz parte de mim, assim como você. – Respondeu ele, beijando-a.







Gina sorriu com o elogio e principalmente o beijo e subiu as escadas, voltando minutos depois com a pequena caixa onde guardava seus tesouros, entregando-a a Harry. Este a abriu, retirando a bela varinha de azevinho, 28 centímetros e uma pena de Fênix em seu cenho. Ao pegá-la entre os dedos, um brilho multicolorido emanou dela, preenchendo o ambiente.






- Eu também estava com saudades. – Disse ele, acariciando sua varinha – Vocês não fazem idéia da falta que ela me fez. Ta certo que nem eu fazia idéia, só agora percebi.






Guardou a varinha no bolso da calça e, junto com Gina, desaparatou. Minutos depois, entravam pela porta do hospital Saint Mungus. Harry caminhou até a mesa de Margot dizendo.


- Sabia que você está muito mais bonita agora do que na época que estudávamos juntos, Margot?
- Quê? – Assustou-se ela com a afirmação inesperada, olhando de Harry para Gina e de volta para Harry, que lhe sorria abertamente. Então, a compreensão a atingiu, ela olhou de volta para Gina, que balançou a cabeça afirmativamente. Ela sorriu, levantou-se de sua cadeira e pulou sobre Harry, gritando – Você lembrou! Lembrou! Está curado, finalmente está curado.







Em seguida, correu para Gina, dando pulinhos e a abraçou, continuando a dizer:





- Ele está bem, finalmente está curado. Graças a Merlin, eu pedi tanto. Vocês estão bem? Está tudo bem?
- Melhor impossível Margot. – Respondeu Gina, ainda abraçada à namorada de seu irmão.
- Margot preciso de um favor. – Disse Harry, ainda rindo da reação da moça – Você pode avisar os gêmeos que teremos uma festa na Toca esta noite?
- Claro! – Respondeu ela, soltando finalmente a ruiva – Mando uma coruja agora mesmo. Eles vão surtar com uma notícia dessas.
- Obrigado. Vem amor, vamos falar com a Mione. – Agradeceu Harry, pegando a mão de Gina e puxando-a para os elevadores.






Margot voltou para sua mesa, ainda falando sozinha:





- Eu não acredito. Finalmente, ele voltou. – Olhou para as pessoas que estavam espalhadas em volta de sua mesa, assistindo a cena e disse – Está curado. Ele está curado. Harry Potter está de volta. Melhor que nunca, vocês vão ver. Preciso de um minuto, por favor, eu já volto.




Margot deixou as pessoas ali, esperando, e saiu correndo para enviar uma coruja até a loja dos gêmeos, para avisar da novidade e da festa.







Harry e Gina entraram no consultório de Mione, sem pacientes naquele momento. A amiga estava de cabeça baixa, fazendo anotações em um pergaminho e sequer levantou a cabeça, mas deu sinal para que entrassem.



- Só um minuto que eu já falo com vocês, só preciso terminar isto aqui. – Disse ela.
- Tudo bem drª. Só queria te fazer uma pergunta. – Disse Harry.
- Tudo bem. Pode fazer então Harry. – Respondeu Mione, ainda concentrada no que estava escrevendo.
- Eu queria saber se a minha irmã já me perdoou. – Perguntou ele, sorrindo.
- Do que você está falando Harry? Você não tem ir... – Mione parou de escrever abruptamente e ficou imóvel por algum tempo, a pena suspensa no ar pingando tinta sobre o pergaminho. Quando, finalmente, levantou a cabeça, seus olhos já estavam inchados. Ela encarou-o, olhos arregalados e continuou – Irmã?
- Não é isso que nós somos, sabe tudo? – Inquiriu ele, abrindo os braços.






Hermione levantou-se tão rapidamente que derrubou sua cadeira. Contornou a mesa rapidamente e pulou sobre Harry, sua vasta cabeleira envolvendo-o completamente, enquanto abraçava-o com força. Apertava-o como se tivesse medo que escapasse de seus braços, com uma necessidade angustiante de sentir o amigo junto a ela novamente.Beijou seu rosto diversas vezes e falou:






- Harry! Ah Harry. Como eu senti a sua falta. Como é bom ter você bem novamente.
- É muito bom estar de volta Mione. – Respondeu ele, tentando tirar os cabelos dela de seus olhos – Mas você não respondeu a minha pergunta. Estou perdoado?
- Como você mesmo disse, “irmão sempre perdoa irmão”. Claro que eu te perdoei há muito tempo, seu bobo.







Continuaram conversando alegremente por mais algum tempo, onde novamente contaram o ocorrido no cemitério e sobre a festa à noite. Despediram-se dizendo que iriam agora falar com Rony e partiram. Poucos minutos depois, já se encontravam no prédio do Ministério da Magia, entrando pelo corredor que dava acesso à seção de Aurores. Rony estava sentado com os pés sobre a mesa, lendo um relatório. Harry fez um sinal para Gina, que esta mantivesse silêncio, sacou a varinha e pronunciou, apontando-a para o amigo – “ Levicorpus!” – Imediatamente, Rony foi pendurado no ar, como se tivesse sido puxado por um gancho invisível, ficando de cabeça para baixo. Com o susto, derrubou sua cadeira e ainda bateu a cabeça na mesa.







- Mas que droga! – Gritou ele – Quem foi o Filho...
- Olha a boca Ronald! – Disse Gina, chorando de rir.
- Gina! Por que você fez isso? Me solta, eu vou te esganar sua pestinha, vai ver só comigo.
- Não foi ela Rony. Fui eu. – Intercedeu Harry, que também ria. E não era o único, a gritaria de Rony chamara a atenção e um grupo cada vez maior de pessoas se amontoava na porta da sala, para ver o que acontecia.
- Você Harry? Que foi, regrediu é? Mas que droga, parece coisa de criança. Desde a época de escola você não aprontava uma dessas comigo. – Resmungou o ruivo, ainda girando no ar.
- É verdade. Desde a sexta série, se não me engano... – Harry concordou, fazendo de conta que estava pensando na resposta – E a sua reação foi exatamente a mesma.
- Lógico! – Começou a responder Rony, mas parou de repente – Caraça! Você lembra. Gina, ele lembra. Genial cara, sua memória voltou.
- É, voltou. – Disse Gina, conseguindo parar de rir.
- Beleza. Então será que dá pra me soltar, delicadamente? – Retorquiu Rony, virando-se para o amigo.
- Sim e não. – Respondeu Harry, suspendendo o feitiço e derrubando Rony sobre a mesa, estrondosamente.





Os dois amigos se abraçaram e, junto com Gina, discutiram o ocorrido. Depois, foram até a sala de Kingsley Shacklebolt dar as boas novas e convidá-lo também para a festa.







A tarde já se aproximava de seu fim quando o casal chegou a Hogwarts. Atravessaram os portões, mas ao invés de seguir em direção ao castelo, Harry parou e ficou olhando em direção à floresta.






- Harry, precisamos nos apressar. Já está ficando tarde e temos muita gente com quem falar. – Disse Gina, franzindo a testa.
- Mas será que não temos tempo para tomar uma xícara de chá com um “grande” amigo? – Perguntou ele, sem se virar para ela, olhando uma enorme silhueta que entrava em sua cabana, localizada na orla da floresta.
- Sempre arrumamos tempo para um chá com os amigos. – Respondeu ela, acariciando-lhe o ombro – Depois daremos um jeito.







Seguiram então em direção à pequena cabana. As aulas do dia já haviam terminado e uma densa fumaça já saia da chaminé. Quando chegaram em frente à porta, Harry bateu e ficou esperando. Instantes depois, a imensa figura do meio-gigante surgiu, curiosa. Ao ver de quem se tratava, não pode deixar de abrir um imenso sorriso, parcialmente escondido sob a densa barba.



- Ora vejam só. Duas visitas em tão pouco tempo? Não esperava vê-los tão cedo crianças. – Disse ele.
- Mas você estava nos esperando Hagrid. – Disse Harry, ingenuamente.
- Estava? Não me lembro de ter marcado nada com ninguém. – Retorquiu ele, tentando se lembrar de algo – Pelo menos que eu me lembre...
- Da última vez que estivemos aqui você nos convidou a voltar e tomar um chá. – Disse Gina, esforçando-se para não rir da cara do homem.
- Convidei? Engraçado. Eu pensei ter dito que esperava por vocês no dia que... – Apesar de sua barba, dava pra perceber sua boca aberta.
- Pois é. – Sorriu Harry – Oi Hagrid.






O meio-gigante não conseguia falar nada. De seus enormes olhos, do tamanho de jabuticabas, começaram a rolar grossas lágrimas, que desapareciam em meio à densa barba que cobria seu rosto. Harry, ao perceber a imobilidade do amigo, adiantou-se e, também chorando, abraçou-o na altura da cintura.






- Tudo bem Hagrid. Tudo bem. Já passou. – Disse ele, dando tapinhas o mais próximo que pôde das costas do amigo.
- Eu sabia que você ia conseguir Harry. Sempre acreditei em você, sabia que não esqueceria dos amigos. – Respondeu Hagrid, dando um abraço quebra-costelas no rapaz, mas logo o soltou, dizendo – Isso merece um belo chá. Entrem, entrem.





Harry pegou na mão de Gina e a conduziu para dentro da cabana. Não trocaram nenhuma palavra, não havia necessidade. Entreolharam-se e neste pequeno gesto, muito mais foi dito do que poderia com meras palavras. Ela não precisava dizer nada para expressar o que sentia ou o que achava de sua atitude e ele sentia naquele olhar terno e carinhoso todo o apoio e cumplicidade que poderia sonhar. Enquanto a água fervia em uma velha chaleira sobre o fogo que crepitava incessantemente, os três sentaram-se e conversaram, explicando novamente o ocorrido naquela manhã e no decorrer do dia, sem esquecer de convidá-lo para a festa na Toca. Tomaram o chá rapidamente, recusando os biscoitos oferecidos, alegando pressa devido ao adiantado da hora e depois de se despedirem, saíram em direção ao castelo. No meio do caminho, Gina já demonstrava sinais de preocupação devido à hora e disse:





- Acho melhor nos separarmos. Eu vou falar com Cho e Neville e você fala com a diretora e Remo.
- Está certo. – Concordou ele, seguindo em direção às portas do castelo, enquanto ela corria em direção às estufas.








Meia hora depois se reencontraram nas escadas defronte às portas do castelo e partiram de Hogwarts de volta à casa da família Weasley, chegando lá já ao cair da noite. Rony, Fred e Vera já estavam lá, ajudando Molly a preparar tudo. Jorge estava esperando por Margot e Mione, ainda no hospital. Gina quis se juntar a eles, mas foi taxativamente dispensada pela mãe, que lhes ordenou a tomarem um belo banho e descansarem até que os convidados começassem a chegar. E assim fizeram, não tinham animo para contestar e realmente precisavam descansar um pouco.






Gina subiu para seu quarto, pegou sua toalha e foi para o banheiro, onde tomou um delicioso e revigorante banho. Enquanto a água caia sobre sua cabeça, ela mal podia acreditar no dia que estava tendo. Quando o dia amanheceu, ela não tinha a menor esperança de que tudo aquilo pudesse acontecer. E o dia ainda estava longe de acabar. Após o banho, foi para o seu quarto e se deitou para descansar um pouco.







Eram em torno de oito da noite quando resolveu descer. Vestia um vestido leve, de alcinhas, branco com flores amarelas e vermelhas, propício para a estação. Uma sandália baixa, também branca, com tiras de couro. O cabelo trazia preso num coque, deixando alguns fios soltos displicentemente sobre os olhos. Quando descia as escadas, percebeu que Harry já se encontrava na sala, conversando com Rony e Mione. Este se virou e caminhou em sua direção, tomando-lhe a mão ao final da escada e beijando sua aliança, dizendo.






- Você está linda amor.
- Obrigada! Você também está ótimo Harry. – Disse ela medindo-o de cima a baixo.






Harry estava vestido com uma calça jeans preta e uma camiseta pólo verde, completamente esportivo, extremamente charmoso com seu cabelo molhado e cuidadosamente bagunçado. De braços dados os dois começaram a andar entre os presentes. A sala já estava cheia de convidados, todos os irmãos Weasleys e suas esposas e namoradas. Minerva Mcgonagall, Alastor Moody, Hagrid, Cho Chang, Neville e Luna, Remo e Tonks com a filha, a qual era atormentada por Lucy, que se divertia em ver os cabelos do bebê mudar de cor quando era provocada.








A festa transcorria muito alegre, a felicidade de todos pela recuperação de Harry era palpável. A certa altura, este estava num grupo, formado por Gina, Mione, Rony, Fred, Jorge, Margot e Vera. Conversavam alegremente e bebiam cerveja amanteigada, quando de repente Rony pareceu perceber algo e perguntou:






- Cara, agora é que eu percebi. Você está bebendo com a gente! Desde que voltou, o máximo que eu vi você beber foi suco de abóbora.
- É verdade Harry. Você não bebia nada alcoólico, mesmo sendo fraco como a cerveja amanteigada. – Concordou Mione.
- Que isso gente! O Harry sempre gostou de cerveja. Quem não bebia era o “Gafanhoto”. – Disse Gina, em defesa de seu amado.
- Mas Gina, o “Gafanhoto” e o Harry são a mesma pessoa, isso é maluquice. Vocês falam como se fossem duas pessoas diferentes, estão começando a me confundir. – Retrucou Rony.
- Mas é assim mesmo que eu me sinto Ron. – Disse Harry, terminando sua cerveja de um só gole – Pode parecer engraçado, mas é como se eu fosse outra pessoa mesmo. Agora, olhando para trás, me parece que eu vivia a vida de outra pessoa. Não quero desfazer do que me tornei estes anos, sei que foi por necessidade. Mas não era eu. E era, ao mesmo tempo.
- Nossa! Está ajudando muito. – Rony olhava o amigo, completamente confuso.
- Era uma vida fria, calculada, metódica. Completamente sem cor. Era como um filme em preto e branco, tudo era cinza e sem vida. Eu olhava as pessoas, os lugares e não via a graça, ou a história que vocês me diziam que havia ali. Eu me sentia um estranho dentro da minha própria vida.
- E como você se sente agora? – Perguntou Mione, dando um sorriso de compreensão ao amigo, enquanto Gina se afastava, indo em direção à mesa para pegar outra cerveja para Harry, uma desculpa para disfarçar a emoção.
- Agora? – Perguntou ele, pensando por um momento – Agora é como se a minha vida tivesse readquirido as cores. Como se depois de muito tempo em um lugar fechado, escuro, eu assistisse ao nascer do sol.Finalmente eu olho para as coisas e pessoas e as enxergo como realmente são. E o meu arco-íris, nesta redescoberta, é vermelho. – Completou, olhando para sua ruiva, de costas na mesa.
- O importante é que você está de volta. – Rony coçava a cabeça, ainda assimilando a resposta que recebera – E agora teremos nosso padrinho se lembrando da gente quando nos casarmos.
- É verdade. – Concordou Mione, abraçando o noivo – Nosso casamento não seria a mesma coisa com você no altar sem se lembrar de tudo por que passamos.
- Ah é! Padrinho... – Harry parecia meio sem jeito – Eu precisava falar com vocês sobre isso.
- Falar o que Harry? – Mione perguntou, com seu olhar perscrutador.
- Bom, sabem... Eu acho que não vou poder aceitar o convite.






Instantaneamente, o silencio tomou conta da residência Weasley. Gina, que já voltava da mesa parou, não acreditando no que ouvia. Seria possível que no dia mais feliz de sua vida, Harry magoaria seus melhores amigos daquela maneira?






- Co...Como assim? – Gaguejou Rony – Cara, você tem que ser nosso padrinho, não podemos nos casar sem você lá com a gente.
- Desculpem-me, mas é que eu já tenho outro compromisso marcado pro mesmo dia. – Justificou-se Harry.
- Mas que droga de compromisso é esse que você tem pro mesmo dia do nosso casamento? Além do mais, nós nem marcamos a data ainda, como você pode ter certeza que não vai poder estar presente? – Hermione praticamente cuspiu as palavras sobre Harry, extremamente vermelha e revoltada.
- Você tem razão Mione. Melhor confirmar primeiro, não é? Me dão um minuto? – E Harry se virou em direção a Gina, que continuava a olhá-lo de onde estava, com a garrafa de cerveja na mão. Sorriu, fez um floreio com a mão, fazendo surgir um buquê de rosas e perguntou – Ginevra Molly Weasley! Você aceita se casar comigo?





Gina arregalou seus belos olhos castanhos, soltou a garrafa, que se espatifou no chão e correu, pulando no pescoço de Harry, gritando:






- Sim!Claro que aceito! Não acredito, você está falando sério mesmo? – E beijou-o ardorosamente.
- Com certeza.Bom, então vamos fazer isso direito. – Disse ele, quando se separaram. Pegou-a pela mão e foi em direção a seus pais, que estavam num canto da sala, em companhia da diretora Minerva Mcgonagall, Remo e Tonks, que tentavam fazer Molly parar de chorar, e disse – Sr Weasley, gostaria de pedir a mão de sua filha em casamento.
- Harry! – Começou Arthur, com a voz embargada – É claro que nós concordamos. Sempre sonhamos com isso, com a felicidade de vocês dois. Ficamos muito felizes com essa união.
- Você sempre foi como um filho pra nós querido. – Interrompeu Molly, conseguindo segurar o choro – Você vai ser um excelente marido pra nossa filhinha, eu tenho certeza.







Não se contendo mais, Molly agarrou os dois, dando-lhes um abraço apertado e emocionado, suas lágrimas se misturando às da filha, que ainda tinha o buquê nas mãos. Arthur se juntou ao abraço, que terminou sob uma salva de palmas dos presentes. Quando se separaram, Harry ainda enxugando as lágrimas se voltou para os amigos e disse.






- É Mione. Não vou poder ser seu padrinho de casamento, porque vou me casar junto com vocês.
- Seu bobo. – Respondeu Mione, correndo a abraçar o amigo, seguida de Rony. Um novo abraço coletivo, agora com os quatro noivos ocorreu.
- Muito bonito sr Potter. – Disse Fred, interrompendo o abraço, com uma cara de poucos amigos – Mas você acha que pode se apossar assim, sem mais nem menos, da nossa irmã caçula?
- Isso mesmo Harry. Tem que passar pela nossa aprovação antes. – Completou Jorge.
- Calem a boca vocês dois. – Intrometeu-se Vera, dando uma cotovelada nas costelas do namorado – Nunca vi coisa mais linda e romântica. Ele recuperou a memória hoje e já a pediu em casamento, com rosas, pedido formal e tudo. Não é como alguns que eu conheço, que enrolam há cinco anos.Não é mesmo Fred?
- Quê? Quem? – Desconversou Fred – Não sei do que você está falando, isso não tem nada a ver.
- Ah não? Veremos então, senhor Weasley. – Retrucou Vera, virando-se e saindo da sala.
- Mas era só brincadeira! – Gritou Fred, correndo atrás da namorada – Vera, volta aqui, vamos conversar.






Jorge, que assistira à cena ocorrida com o irmão olhou, meio ressabiado, para Margot, que ria abertamente, mas ao ver que era observada disse:






- Eu não estou cobrando nada. Mas pode ter certeza que não vou esperar cinco anos.






O rapaz fez uma careta e foi abraçar a namorada. Os presentes ainda riam da situação, quando Harry pareceu lembrar-se de algo e se virou para Gina, colhendo sua mão direita entre as suas e dizendo:








- Esqueci de uma coisa.







Com um trejeito das mãos e murmurando palavras incompreensíveis a todos, fez surgir no anel de Gina uma série de pequenas pedras preciosas, transformando-o em um chuveiro de brilhantes. Ainda mantinha as características originais, em ouro branco e amarelo, bem como a frase em élfico, porém na área superior, agora cinco pequenas jóias se destacavam.






- Harry! Mas... É lindo. Como... - Foi o máximo que Gina conseguiu balbuciar.
- As alianças já tinham este feitiço, para ser invocado quando assumíssemos um compromisso definitivo. Foi o que conjurei em élfico, “ amor selado pra toda a vida”. É sua aliança de noivado. – Explicou o moreno, mais uma vez beijando, sua agora, noiva.
- É realmente linda. – Disse Gina encantada, estendendo a mão para ver como a aliança ficava nela.





A festa continuou, mas não até muito tarde, já que era dia de semana e todos precisavam trabalhar no dia seguinte. Aos poucos, as pessoas começaram a partir, trazendo a paz e quietude de volta à casa da família Weasley.





Passava um pouco da meia-noite e Harry estava em seu quarto, recostado em sua cama, com as mãos atrás da cabeça. Não conseguia dormir, estava extremamente inquieto. Muitas coisas passavam por sua mente, principalmente a jovem ruiva que, àquela hora, já deveria estar dormindo em um quarto próximo. Mesmo no estado em que estava, seus sentidos continuavam extremamente aguçados, assim deu um pulo da cama quando percebeu uma sombra passando em frente à sua porta. Com passos rápidos e silenciosos chegou até a maçaneta, virando-a de supetão e escancarando a porta. Do outro lado, seguindo pelo corredor em direção ao seu quarto, estava Gina, que tomou um grande susto.
- Harry! Que susto! – Disse ela, levando a mão ao peito.
- Desculpe! – Sussurrou ele – Não sabia que era você. Algum problema?
- Não. Só não estou conseguindo dormir, então pra não acordar a Lucy, resolvi andar um pouco pela casa. – Respondeu ela, aproximando-se dele.
- Não quer entrar para conversar um pouco? – Perguntou ele, correndo o olhar pela moça, que estava vestida com uma camisola cor-de-rosa, de seda, a lingerie da mesma cor, deixando a garota extremamente envergonhada, mas mesmo assim se aproximou e se encostou à porta do quarto do rapaz.
- Foi uma bela festa não foi? – Perguntou ela, tentando achar um assunto.
- Foi ótima. Mas a noite ainda não acabou. – Disse ele, prensando-a contra o umbral, seus corpos ficando tão próximos que parecia que uma corrente elétrica se formava entre eles, atraindo um de encontro ao outro.
- Harry... – Sussurrou Gina, quando este começou a beijar-lhe o pescoço, delicadamente, fazendo seus finos pelos se arrepiarem por todo o seu corpo, atravessando o fino tecido.
- Já esperamos muito tempo Gina. Tempo demais. Nós nos amamos e não somos mais crianças. Sabemos o que queremos. E eu quero você, pro resto da minha vida.
- Eu também te amo Harry. E claro que te quero. – Respondeu ela, abraçando-o e capturando seus lábios, extravasando todo o amor contido ali por anos, todo seu desejo aflorando, cedendo finalmente a eles. Harry dissera tudo o que ela mesma estava pensando, tudo o que desejava.Finalmente chegara o momento com o qual sonhara a vida toda.







Harry abraçou-a com paixão, levantou-a delicadamente do chão, colocando-a para dentro do quarto e fechando a porta com um gesto da mão. (N:A: Pessoal, obedecendo a política da Floreios, e levando em consideração que esta FIC é censura livre, vamos ficar deste lado da porta. Maiores informações ao final do cap)








Ao pé da escada, uma mulher segurava as lágrimas novamente. Será que as emoções daquele dia não acabariam? Quando ouviu os dois conversando, chegou a pensar em interromper, prevendo o que poderia acontecer. Mas Harry dissera uma realidade, eles já ansiavam por aquele momento há muito tempo. Ela não tinha o direito de interferir. Se eles achavam que já estavam prontos e realmente se amavam, que se cumprisse o destino. Na verdade, ela estava muito contente pela filha, nem todas as mulheres conseguiam se realizar daquela maneira, com o homem amado. Mas na manhã seguinte teria uma conversa com a filha, se algum dos homens da casa descobrisse o que estava acontecendo, a reação poderia ser desastrosa.







Com estes pensamentos, Molly Weasley seguiu para seu quarto, onde seu marido já dormia a sono solto. Deitou-se a seu lado e finalmente, encerrou seu dia.


N:A: Bom, é isso aí. Espero que tenham gostado. A MarciaM me convenceu a, pelo menos tentar escrever o que se passa atrás da porta daquele quarto. Bom, vou escrever isto em uma short, NC e estarei postando em alguns dias. Vou avisar aqui, na área de resumos, ok?


O Júlio criou comunidades para as FICs no Orkut.

O link pra Comunidade da Guardiões de Hogwarts é:http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=27623107


O da Ressurreição é:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=27672340.



Lá nós estaremos informando com antecedência sobre atualizações, postando algumas informações e coisas do tipo. Ainda não sei como, ou quando, mas pretendo postar lá o período em que Harry treinou com mestre Caine, que eu cortei de um dos caps. Mas primeiro, pretendo fazer uma enquete sobre a personagem Lucy, para a próxima FIC. * Atualizado* A enquete já está no ar.


Se acharem interessante, passem lá, acho que vão gostar.

Um abraço e até a short.

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